quarta-feira, 14 de abril de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Quinta, 15 de abril de 2021

Quinta-feira da II semana depois da Páscoa

 

 

 

LITURGIA

 

Quinta-feira da semana II

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L 1 At 5, 27-33; Sal 33 (34), 2 e 9. 17-18. 19-20
Ev Jo 3, 31-36

* Na Diocese do Porto – Aniversário da entrada solene de D. Manuel da Silva Rodrigues Linda.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 67, 8-9.20
Quando saístes, Senhor, à frente do vosso povo,
abrindo-lhe o caminho e habitando no meio dele,
estremeceu a terra e abriram-se as fontes do céu. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Nós Vos pedimos, Deus misericordioso, que os dons recebidos neste tempo pascal dêem fruto abundante em toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 5, 27-33
«Somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo»



Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, o comandante do templo e os guardas trouxeram os Apóstolos e fizeram-nos comparecer diante do Sinédrio. O sumo sacerdote interpelou-os, dizendo: «Já vos proibimos formalmente de ensinar em nome de Jesus; e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem». Pedro e os Apóstolos responderam: «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens. O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós destes a morte, suspendendo-O no madeiro. Deus exaltou-O pelo seu poder, como Chefe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e o perdão dos pecados. E nós somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo que Deus tem concedido àqueles que Lhe obedecem». Exasperados com esta resposta, decidiram dar-lhes a morte.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 33 (34), 2.9.17-18.19-20 (R. cf. 7a ou Aleluia)
Refrão: O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz.
Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão

A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as angústias. Refrão

O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.
Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor. Refrão


ALELUIA Jo 20, 29
Refrão: Aleluia. Repete-se

Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste;
felizes os que acreditam sem terem visto. Refrão


EVANGELHO Jo 3, 31-36
«O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Aquele que vem do alto está acima de todos; quem é da terra, à terra pertence e da terra fala. Aquele que vem do Céu dá testemunho do que viu e ouviu; mas ninguém recebe o seu testemunho. Quem recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. De facto, Aquele que Deus enviou diz palavras de Deus, porque Deus dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. Quem acredita no Filho tem a vida eterna. Quem se recusa a acreditar no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas, de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Atos 5, 27-33: A pregação basilar dos Apóstolos é sempre o anúncio do Mistério Pascal: «Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador», que morreu e ressuscitou. Este será também o pregão fundamental da pregação da Igreja. Todo o desenvolvimento que a catequese depois irá fazer partirá deste acontecimento central. O testemunho que os Apóstolos dão deste acontecimento pascal e que a Igreja agora continua a dar é, ao mesmo tempo, dado pelo próprio Espírito Santo. É, por isso, testemunho do próprio Deus.

Jo 3, 31-36: Esta passagem faz continuação à conversa de Jesus com Nicodemos, começada a ler-se ontem. São verdadeiras catequeses sobre o mistério da pessoa de Jesus, a sua origem, a sua relação com o Pai, a sua missão. A terra é o mundo dos homens com as suas limitações, as suas carências, até a sua cegueira que os impede de ver a luz de Deus; o Céu é o mundo de Deus, donde nos vem Jesus, o Filho, para tornar os homens participantes da sua vida divina e os conduzir ao Pai. Mas quem aceitará o seu testemunho?

 AGENDA DO DIA

 

18.00 horas: Missa em Nisa

21.00 horas: Adoração ao Santíssimo.

 

A VOZ DO PASTOR:

 

QUANDO UM PAI VIVE A SUA BELA MISSÃO!...

 

Em nome da igualdade e inclusão – dizem, e lá terão as ‘suas’ razões! - , a universidade de Manchester incluiu um novo guião no livro de estilo da instituição. Por lá consta também banir certas palavras, como, por exemplo, pai/mãe, mulher/homem, mulher/marido... Já que a natureza nos supera e deve ser respeitada, acho preferível apostar na educação para que as pessoas se respeitem e amem na sua dignidade de pessoas e funções, todas iguais mas todas diferentes. Inclusive no respeito pelos tão habituais e queridos termos de pai e mãe, marido e esposa, mulher e homem.

Na viragem do milénio, São João Paulo II afirmava que a Igreja do terceiro milénio deve estimular “todos os batizados e crismados a tomarem consciência da sua própria e ativa responsabilidade na vida eclesial” (NMI46). Ora, se a família é o primeiro espaço a fomentar a cultura do diálogo e da corresponsabilidade, da intervenção e participação, da solidariedade, gratidão e atenção mútua, também é o primeiro espaço de evangelização e crescimento na fé, em metodologia apropriada. Este ministério do pai e da mãe, original e insubstituível, assume as conotações típicas da vida familiar entrelaçada com o amor, a simplicidade, o sentido do concreto e o testemunho do quotidiano. “Só o facto de determinadas verdades sobre os principais problemas da fé e da vida cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor e de respeito, fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira decisiva para toda a vida. E os próprios pais beneficiarão do esforço que isso lhes impõe, porque nesse diálogo catequético cada um recebe e dá alguma coisa” (CT68). Além disso, este ministério dos pais, se precede toda e qualquer outra forma de catequese, deve acompanhar a vida dos filhos nos anos da adolescência e da juventude, mesmo quando estes contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã recebida nos primeiros anos de vida. Como na Igreja – e este serviço dos pais é essencialmente um serviço eclesial – como na Igreja, a obra de evangelização nunca está separada de sofrimento. Por isso, “os pais devem encarar com coragem e com grande serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de evangelização algumas vezes encontra nos próprios filhos” (cf. FC53). Os filhos são sempre uma bênção de Deus para os pais e para a sociedade em geral, com todos os seus talentos e capacidade de intervenção e promoção social na diversidade dos sectores de ação.

Nestas próximas semanas, dentro do Ano Família Amoris laetitia e Ano de São José, apontarei como, nos Evangelhos, nos aparece Cristo a escutar a oração de pais e mães pelos seus filhos, de irmãos pelos irmãos, de amigos pelos amigos, de patrões pelos seus servos, de pessoas a orar por si próprias, às vezes em grupo.

Hoje, referimo-nos apenas ao pai de família, e apenas nesta dimensão da formação em família. A Igreja lembra-nos que a oração familiar tem as suas caraterísticas. Ela exprime comunhão, uma comunhão que é fruto e exigência daquela comunhão dada pelos sacramentos do batismo e matrimónio. E Cristo prometeu que, quando dois ou três se reunissem em seu nome para pedir ao Pai alguma coisa, Ele estaria no meio deles e o Pai lho concederia (Mt 18,19...). Mas a oração em comunhão, comunitária, não evita a oração individual, antes pelo contrário, uma completa e reclama a outra. O pai deve ser um pai presente, próximo à esposa e aos filhos, partilhando as alegrias e as tristezas, os êxitos e os fracassos, os projetos e as esperanças. Como refere o Papa francisco, a proximidade dos pais aos filhos manifesta-se “quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho; pai presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador! Porque os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer” (cat.2015). E apresentando São José como estímulo, acrescenta: “se há alguém que pode explicar até o fundo a oração do “Pai nosso”, ensinada por Jesus, este é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar. A Igreja, nossa mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de Deus, como São José”.

Paulo VI, depois de se dirigir às mães, afirmava: “E vós, pais, sabeis rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, acompanhada com algumas orações comuns, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas” (11/8/1976).

No Evangelho, aparece-nos Jairo, um dos principais chefes da sinagoga, que se aproxima de Jesus a pedir-lhe a cura de sua filha de doze anos que estava a morrer. Entretanto, vieram dizer ao chefe da sinagoga que a sua filha já morrera, que não valia a pena incomodar o Mestre. Atendendo à fé de Jairo, Jesus acompanhou-o a casa, onde, perante o alvoroço e os que choravam a morte da menina, Jesus tomou-a pela mão e ela levantou-se e pôs-se a andar, com grande espanto dos presentes (cf. Mc 5,22–24, 35–43). Jesus atendeu a oração deste pai!

Noutra ocasião, um homem, funcionário do governo, cujo filho estava doente em Cafarnaum, ouvir dizer que Jesus estava próximo. Foi ao seu encontro pedir-lhe que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava às portas da morte, e insistia: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”. Jesus disse-lhe que voltasse para casa porque o seu filho ia sobreviver. O homem, crendo em Jesus, voltou para casa e o seu filho ficou curado (Jo 4, 43-54). Jesus atendeu a oração deste pai! Um outro pai, abeirou-se de Jesus e pediu-lhe que curasse o seu filho, pois era epilético e tinha ataques tão fortes que muitas vezes caía no fogo e na água. Jesus mandou que lho trouxessem e ficou curado (Mt 17, 14-20). Jesus atendeu a oração deste pai!

Se os filhos são uma bênção de Deus, que cada pai não deixe de agradecer e rezar pelos seus filhos e de os abençoar mesmo com aquela bênção tão frequente na Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz” (Nm 6, 24-26).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2021.

 

 

 

 

 

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