sábado, 17 de abril de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Domingo 18 de abril de 2021

 

III semana da Páscoa

 

 

 

LITURGIA

 

DOMINGO III DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. pascal.

L 1 At 3, 13-15. 17-19; Sal 4, 2. 4. 7. 9
L 2 1 Jo 2, 1-5a
Ev Lc 24, 35-48

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Em todas as Dioceses do País – Começa hoje a LVIII Semana de Oração pelas Vocações Consagradas.
* No Patriarcado de Lisboa – Ofertório para as Novas Igrejas.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Maria Bessa Taipa, Bispo Emérito de Tabbora (1999).
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – Ofertório para os Seminários Diocesanos.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 65, 1-2
Aclamai a Deus, terra inteira, cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores. Aleluia.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Exulte sempre o vosso povo, Senhor, com a renovada juventude da alma, de modo que, alegrando-se agora
por se ver restituído à glória da adopção divina,
aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 3, 13-15.17-19
«Matastes o autor da vida; mas Deus ressuscitou-o dos mortos»


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O. Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação dum assassino; matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso. Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes. Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer. Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 4, 2.4.7.9 (R. 7a)
Refrão: Fazei brilhar sobre nós, Senhor,
a luz do vosso rosto.
Repete-se

Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim
e ouvi a minha súplica. Refrão

Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco. Refrão
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?»
Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face. Refrão

Em paz me deito e adormeço tranquilo,
porque só Vós, Senhor,
me fazeis repousar em segurança. Refrão


LEITURA II 1 Jo 2, 1-5a
«Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados
e também pelos do mundo inteiro»


Leitura da Primeira Epístola de São João


Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai. Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro. E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.


Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. Lc 24, 32
Refrão: Aleluia. Repete-se
Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras,
falai-nos e inflamai o nosso coração. Refrão


EVANGELHO Lc 24, 35-48
«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer
e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?». Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja em festa.
Vós que lhe destes tão grande felicidade, fazei-a tomar parte na alegria eterna. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Cristo tinha de sofrer a morte e ressuscitar ao terceiro dia,
para ser proclamado, em seu nome,
o arrependimento e o perdão dos pecados. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo e fazei chegar
à gloriosa ressurreição da carne aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna. Por Nosso Senhor.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Atos 3, 13-15.17-19 : O plano da salvação, traçado por Deus, cumpriu-se em Jesus Cristo, que realizou todas as profecias do Antigo Testamento. Contudo perante o desígnio de Deus, a atitude dos judeus é de incompreensão: do verdadeiro Servo de Deus fizeram o «Servo sofredor». Mas Deus ressuscitou Jesus! Como o prova o milagre, realizado por Pedro antes deste discurso, Ele está vivo e continua a Sua obra de restauração da humanidade. Aqueles que não reconheceram o Messias, quando estava entre eles, têm agora a possibilidade de se converter, pois a Sua ação renovadora continua através dos Sacramentos.

1 Jo 2, 1-5a: Vencer o mal e responder, de modo perfeito, a Deus, é um ideal que ultrapassa as nossas forças. Não devemos, porém, desanimar. Com efeito, Jesus Cristo, para nos livrar do mal, aceitou ser vítima de expiação por todos nós, tornando-se assim o nosso advogado, o nosso intercessor junto do Pai. Só Ele pode fortificar a nossa fé e sustentar a nossa fidelidade. Exige-se-nos apenas que amemos a Cristo, esforçando-nos por traduzir a nossa fidelidade pela observância dos Seus mandamentos.

Lc 24, 35-48: Jesus aparece, visivelmente, aos Apóstolos e convida-os a tocarem o Seu corpo glorificado, a fim de que não subsistam dúvidas acerca da realidade corporal da Sua Ressurreição. Ele não é apenas um espírito imortalizado. Ele ressuscitou também no Seu corpo, como o provam as cicatrizes da Paixão e a refeição tomada diante deles. A salvação alcançada por Jesus é, na verdade, total. Não abrange apenas a alma. Também o nosso corpo será glorificado. O que é necessário é que o cristão saiba sempre respeitar o seu corpo. Só assim a renovação iniciada com os Sacramentos se tornará, no futuro, «glória incorruptível».

 AGENDA DO DIA

 

09.30 horas: Missa em Amieira

10.00 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão.

12.00 horas: Missa em Gáfete

13.30 horas: Missa em Montalvão

13.30 horas: Missa no Cacheiro

13.30 horas: Missa no Arneiro

16.45          horas: Funeral no Arneiro.

 

A VOZ DO PASTOR:

 

QUANDO UM PAI VIVE A SUA BELA MISSÃO!...

 

Em nome da igualdade e inclusão – dizem, e lá terão as ‘suas’ razões! - , a universidade de Manchester incluiu um novo guião no livro de estilo da instituição. Por lá consta também banir certas palavras, como, por exemplo, pai/mãe, mulher/homem, mulher/marido... Já que a natureza nos supera e deve ser respeitada, acho preferível apostar na educação para que as pessoas se respeitem e amem na sua dignidade de pessoas e funções, todas iguais mas todas diferentes. Inclusive no respeito pelos tão habituais e queridos termos de pai e mãe, marido e esposa, mulher e homem.

Na viragem do milénio, São João Paulo II afirmava que a Igreja do terceiro milénio deve estimular “todos os batizados e crismados a tomarem consciência da sua própria e ativa responsabilidade na vida eclesial” (NMI46). Ora, se a família é o primeiro espaço a fomentar a cultura do diálogo e da corresponsabilidade, da intervenção e participação, da solidariedade, gratidão e atenção mútua, também é o primeiro espaço de evangelização e crescimento na fé, em metodologia apropriada. Este ministério do pai e da mãe, original e insubstituível, assume as conotações típicas da vida familiar entrelaçada com o amor, a simplicidade, o sentido do concreto e o testemunho do quotidiano. “Só o facto de determinadas verdades sobre os principais problemas da fé e da vida cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor e de respeito, fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira decisiva para toda a vida. E os próprios pais beneficiarão do esforço que isso lhes impõe, porque nesse diálogo catequético cada um recebe e dá alguma coisa” (CT68). Além disso, este ministério dos pais, se precede toda e qualquer outra forma de catequese, deve acompanhar a vida dos filhos nos anos da adolescência e da juventude, mesmo quando estes contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã recebida nos primeiros anos de vida. Como na Igreja – e este serviço dos pais é essencialmente um serviço eclesial – como na Igreja, a obra de evangelização nunca está separada de sofrimento. Por isso, “os pais devem encarar com coragem e com grande serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de evangelização algumas vezes encontra nos próprios filhos” (cf. FC53). Os filhos são sempre uma bênção de Deus para os pais e para a sociedade em geral, com todos os seus talentos e capacidade de intervenção e promoção social na diversidade dos sectores de ação.

Nestas próximas semanas, dentro do Ano Família Amoris laetitia e Ano de São José, apontarei como, nos Evangelhos, nos aparece Cristo a escutar a oração de pais e mães pelos seus filhos, de irmãos pelos irmãos, de amigos pelos amigos, de patrões pelos seus servos, de pessoas a orar por si próprias, às vezes em grupo.

Hoje, referimo-nos apenas ao pai de família, e apenas nesta dimensão da formação em família. A Igreja lembra-nos que a oração familiar tem as suas caraterísticas. Ela exprime comunhão, uma comunhão que é fruto e exigência daquela comunhão dada pelos sacramentos do batismo e matrimónio. E Cristo prometeu que, quando dois ou três se reunissem em seu nome para pedir ao Pai alguma coisa, Ele estaria no meio deles e o Pai lho concederia (Mt 18,19...). Mas a oração em comunhão, comunitária, não evita a oração individual, antes pelo contrário, uma completa e reclama a outra. O pai deve ser um pai presente, próximo à esposa e aos filhos, partilhando as alegrias e as tristezas, os êxitos e os fracassos, os projetos e as esperanças. Como refere o Papa francisco, a proximidade dos pais aos filhos manifesta-se “quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho; pai presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador! Porque os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer” (cat.2015). E apresentando São José como estímulo, acrescenta: “se há alguém que pode explicar até o fundo a oração do “Pai nosso”, ensinada por Jesus, este é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar. A Igreja, nossa mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de Deus, como São José”.

Paulo VI, depois de se dirigir às mães, afirmava: “E vós, pais, sabeis rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, acompanhada com algumas orações comuns, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas” (11/8/1976).

No Evangelho, aparece-nos Jairo, um dos principais chefes da sinagoga, que se aproxima de Jesus a pedir-lhe a cura de sua filha de doze anos que estava a morrer. Entretanto, vieram dizer ao chefe da sinagoga que a sua filha já morrera, que não valia a pena incomodar o Mestre. Atendendo à fé de Jairo, Jesus acompanhou-o a casa, onde, perante o alvoroço e os que choravam a morte da menina, Jesus tomou-a pela mão e ela levantou-se e pôs-se a andar, com grande espanto dos presentes (cf. Mc 5,22–24, 35–43). Jesus atendeu a oração deste pai!

Noutra ocasião, um homem, funcionário do governo, cujo filho estava doente em Cafarnaum, ouvir dizer que Jesus estava próximo. Foi ao seu encontro pedir-lhe que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava às portas da morte, e insistia: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”. Jesus disse-lhe que voltasse para casa porque o seu filho ia sobreviver. O homem, crendo em Jesus, voltou para casa e o seu filho ficou curado (Jo 4, 43-54). Jesus atendeu a oração deste pai! Um outro pai, abeirou-se de Jesus e pediu-lhe que curasse o seu filho, pois era epilético e tinha ataques tão fortes que muitas vezes caía no fogo e na água. Jesus mandou que lho trouxessem e ficou curado (Mt 17, 14-20). Jesus atendeu a oração deste pai!

Se os filhos são uma bênção de Deus, que cada pai não deixe de agradecer e rezar pelos seus filhos e de os abençoar mesmo com aquela bênção tão frequente na Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz” (Nm 6, 24-26).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2021.

 

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