PARÓQUIAS DE NISA
Domingo 18 de abril de 2021
III semana da Páscoa
LITURGIA
DOMINGO III DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio (Semana III do Saltério).
Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. pascal.
L 1 At 3, 13-15. 17-19; Sal 4, 2. 4. 7. 9
L 2 1 Jo 2, 1-5a
Ev Lc 24, 35-48
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Em todas as Dioceses do País – Começa hoje a LVIII Semana de Oração pelas
Vocações Consagradas.
* No Patriarcado de Lisboa – Ofertório para as Novas Igrejas.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Maria Bessa Taipa, Bispo
Emérito de Tabbora (1999).
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – Ofertório para os Seminários
Diocesanos.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Salmo 65, 1-2
Aclamai a Deus, terra inteira, cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores. Aleluia.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Exulte sempre o vosso povo, Senhor, com a renovada juventude da alma, de modo
que, alegrando-se agora
por se ver restituído à glória da adopção divina,
aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 3, 13-15.17-19
«Matastes o autor da vida; mas Deus ressuscitou-o dos mortos»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o
Deus de nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, que vós entregastes e
negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O. Negastes o
Santo e o Justo e pedistes a libertação dum assassino; matastes o autor da
vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso. Agora,
irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes. Foi
assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os
Profetas: que o seu Messias havia de padecer. Portanto, arrependei-vos e
convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 4, 2.4.7.9 (R. 7a)
Refrão: Fazei brilhar sobre nós, Senhor,
a luz do vosso rosto. Repete-se
Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim
e ouvi a minha súplica. Refrão
Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco. Refrão
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?»
Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face. Refrão
Em paz me deito e adormeço tranquilo,
porque só Vós, Senhor,
me fazeis repousar em segurança. Refrão
LEITURA II 1 Jo 2, 1-5a
«Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados
e também pelos do mundo inteiro»
Leitura da
Primeira Epístola de São João
Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós
temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai. Ele é a vítima de
propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do
mundo inteiro. E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus
mandamentos. Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é
mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse
o amor de Deus é perfeito.
Palavra do Senhor.
ALELUIA cf. Lc 24, 32
Refrão: Aleluia. Repete-se
Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras,
falai-nos e inflamai o nosso coração. Refrão
EVANGELHO Lc 24, 35-48
«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer
e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no
caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto,
Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus:
«Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos
corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um
espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto,
mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não
queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante
deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda
estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na
Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento
para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o
Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que
havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a
todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas
estas coisas».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja em festa.
Vós que lhe destes tão grande felicidade, fazei-a tomar parte na alegria
eterna. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Cristo tinha de sofrer a morte e ressuscitar ao terceiro dia,
para ser proclamado, em seu nome,
o arrependimento e o perdão dos pecados. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo e fazei chegar
à gloriosa ressurreição da carne aqueles que renovastes com os sacramentos de
vida eterna. Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 3, 13-15.17-19 : O
plano da salvação, traçado por Deus, cumpriu-se em Jesus Cristo, que realizou
todas as profecias do Antigo Testamento. Contudo perante o desígnio de Deus, a
atitude dos judeus é de incompreensão: do verdadeiro Servo de Deus fizeram o
«Servo sofredor». Mas Deus ressuscitou Jesus! Como o prova o milagre, realizado
por Pedro antes deste discurso, Ele está vivo e continua a Sua obra de
restauração da humanidade. Aqueles que não reconheceram o Messias, quando
estava entre eles, têm agora a possibilidade de se converter, pois a Sua ação
renovadora continua através dos Sacramentos.
1
Jo 2, 1-5a: Vencer o mal e responder, de modo
perfeito, a Deus, é um ideal que ultrapassa as nossas forças. Não devemos,
porém, desanimar. Com efeito, Jesus Cristo, para nos livrar do mal, aceitou ser
vítima de expiação por todos nós, tornando-se assim o nosso advogado, o nosso
intercessor junto do Pai. Só Ele pode fortificar a nossa fé e sustentar a nossa
fidelidade. Exige-se-nos apenas que amemos a Cristo, esforçando-nos por
traduzir a nossa fidelidade pela observância dos Seus mandamentos.
Lc
24, 35-48: Jesus aparece, visivelmente, aos
Apóstolos e convida-os a tocarem o Seu corpo glorificado, a fim de que não
subsistam dúvidas acerca da realidade corporal da Sua Ressurreição. Ele não é
apenas um espírito imortalizado. Ele ressuscitou também no Seu corpo, como o
provam as cicatrizes da Paixão e a refeição tomada diante deles. A salvação
alcançada por Jesus é, na verdade, total. Não abrange apenas a alma. Também o
nosso corpo será glorificado. O que é necessário é que o cristão saiba sempre
respeitar o seu corpo. Só assim a renovação iniciada com os Sacramentos se
tornará, no futuro, «glória incorruptível».
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Missa em
Amieira
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão.
12.00 horas: Missa em
Gáfete
13.30 horas: Missa em
Montalvão
13.30 horas: Missa no
Cacheiro
13.30 horas: Missa no
Arneiro
16.45 horas: Funeral no Arneiro.
A VOZ DO PASTOR:
QUANDO UM PAI VIVE A SUA BELA MISSÃO!...
Em nome da igualdade e inclusão – dizem, e lá terão as
‘suas’ razões! - , a universidade de Manchester incluiu um novo guião no livro de
estilo da instituição. Por lá consta também banir certas palavras, como, por
exemplo, pai/mãe, mulher/homem, mulher/marido... Já que a natureza nos supera e
deve ser respeitada, acho preferível apostar na educação para que as pessoas se
respeitem e amem na sua dignidade de pessoas e funções, todas iguais mas todas
diferentes. Inclusive no respeito pelos tão habituais e queridos termos de pai
e mãe, marido e esposa, mulher e homem.
Na viragem do milénio, São João Paulo II afirmava que
a Igreja do terceiro milénio deve estimular “todos os batizados e crismados a
tomarem consciência da sua própria e ativa responsabilidade na vida eclesial”
(NMI46). Ora, se a família é o primeiro espaço a fomentar a cultura do diálogo
e da corresponsabilidade, da intervenção e participação, da solidariedade,
gratidão e atenção mútua, também é o primeiro espaço de evangelização e
crescimento na fé, em metodologia apropriada. Este ministério do pai e da mãe,
original e insubstituível, assume as conotações típicas da vida familiar
entrelaçada com o amor, a simplicidade, o sentido do concreto e o testemunho do
quotidiano. “Só o facto de determinadas verdades sobre os principais problemas
da fé e da vida cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor
e de respeito, fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira
decisiva para toda a vida. E os próprios pais beneficiarão do esforço que isso
lhes impõe, porque nesse diálogo catequético cada um recebe e dá alguma coisa”
(CT68). Além disso, este ministério dos pais, se precede toda e qualquer outra
forma de catequese, deve acompanhar a vida dos filhos nos anos da adolescência
e da juventude, mesmo quando estes contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã
recebida nos primeiros anos de vida. Como na Igreja – e este serviço dos pais é
essencialmente um serviço eclesial – como na Igreja, a obra de evangelização
nunca está separada de sofrimento. Por isso, “os pais devem encarar com coragem
e com grande serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de
evangelização algumas vezes encontra nos próprios filhos” (cf. FC53). Os filhos
são sempre uma bênção de Deus para os pais e para a sociedade em geral, com
todos os seus talentos e capacidade de intervenção e promoção social na
diversidade dos sectores de ação.
Nestas próximas semanas, dentro do Ano Família Amoris
laetitia e Ano de São José, apontarei como, nos Evangelhos, nos aparece Cristo
a escutar a oração de pais e mães pelos seus filhos, de irmãos pelos irmãos, de
amigos pelos amigos, de patrões pelos seus servos, de pessoas a orar por si
próprias, às vezes em grupo.
Hoje, referimo-nos apenas ao pai de família, e apenas
nesta dimensão da formação em família. A Igreja lembra-nos que a oração
familiar tem as suas caraterísticas. Ela exprime comunhão, uma comunhão que é
fruto e exigência daquela comunhão dada pelos sacramentos do batismo e
matrimónio. E Cristo prometeu que, quando dois ou três se reunissem em seu nome
para pedir ao Pai alguma coisa, Ele estaria no meio deles e o Pai lho
concederia (Mt 18,19...). Mas a oração em comunhão, comunitária, não evita a
oração individual, antes pelo contrário, uma completa e reclama a outra. O pai
deve ser um pai presente, próximo à esposa e aos filhos, partilhando as
alegrias e as tristezas, os êxitos e os fracassos, os projetos e as esperanças.
Como refere o Papa francisco, a proximidade dos pais aos filhos manifesta-se
“quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando
estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam
e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho;
pai presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador!
Porque os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer”
(cat.2015). E apresentando São José como estímulo, acrescenta: “se há alguém
que pode explicar até o fundo a oração do “Pai nosso”, ensinada por Jesus, este
é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do
Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os
filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus
insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas
precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar. A Igreja, nossa
mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa
dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e
mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de
Deus, como São José”.
Paulo VI, depois de se dirigir às mães, afirmava: “E vós, pais, sabeis
rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas
vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, acompanhada com
algumas orações comuns, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato
de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas”
(11/8/1976).
No Evangelho, aparece-nos Jairo, um dos principais
chefes da sinagoga, que se aproxima de Jesus a pedir-lhe a cura de sua filha de
doze anos que estava a morrer. Entretanto, vieram dizer ao chefe da sinagoga
que a sua filha já morrera, que não valia a pena incomodar o Mestre. Atendendo
à fé de Jairo, Jesus acompanhou-o a casa, onde, perante o alvoroço e os que
choravam a morte da menina, Jesus tomou-a pela mão e ela levantou-se e pôs-se a
andar, com grande espanto dos presentes (cf. Mc 5,22–24, 35–43). Jesus atendeu
a oração deste pai!
Noutra ocasião, um homem, funcionário do governo, cujo
filho estava doente em Cafarnaum, ouvir dizer que Jesus estava próximo. Foi ao
seu encontro pedir-lhe que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava às
portas da morte, e insistia: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”.
Jesus disse-lhe que voltasse para casa porque o seu filho ia sobreviver. O
homem, crendo em Jesus, voltou para casa e o seu filho ficou curado (Jo 4,
43-54). Jesus atendeu a oração deste pai! Um outro pai, abeirou-se de Jesus e
pediu-lhe que curasse o seu filho, pois era epilético e tinha ataques tão
fortes que muitas vezes caía no fogo e na água. Jesus mandou que lho trouxessem
e ficou curado (Mt 17, 14-20). Jesus atendeu a oração deste pai!
Se os filhos são uma bênção de Deus, que cada pai não
deixe de agradecer e rezar pelos seus filhos e de os abençoar mesmo com aquela
bênção tão frequente na Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça
brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e
te dê a paz” (Nm 6, 24-26).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2021.
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