sexta-feira, 16 de abril de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Sábado, 17 de abril de 2021

 

Sábado da II semana depois da Páscoa

 

 

 

LITURGIA

 

Sábado da semana II

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L 1 At 6, 1-7; Sal 32 (33), 1-2. 4-5. 18-19
Ev Jo 6, 16-21

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Batista Mantuano, presbítero – MO e MF
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA 1 Pedro 2, 9
Povo resgatado, proclamai as maravilhas do Senhor,
que vos chamou das trevas para a sua luz admirável. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que nos enviastes o Salvador e nos fizestes vossos filhos adoptivos, atendei com paternal bondade as nossas súplicas e concedei que, pela nossa fé em Cristo, alcancemos a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 6, 1-7
«Escolheram sete homens cheios do Espírito Santo...»

Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, aumentando o número dos discípulos, os helenistas começaram a murmurar contra os hebreus, porque no serviço diário não se fazia caso das suas viúvas. Então os Doze convocaram a assembleia dos discípulos e disseram: «Não convém que deixemos de pregar a palavra de Deus, para servirmos às mesas. Escolhei entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para lhes confiarmos esse cargo. Quanto a nós, vamos dedicar-nos à oração e ao ministério da palavra». A proposta agradou a toda a assembleia; e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos aos Apóstolos e estes oraram e impuseram as mãos sobre eles. A palavra de Deus ia-se divulgando cada vez mais; o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém e também obedecia à fé grande número de sacerdotes.


Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 1-2.4-5.18-19 (R. 22)
Refrão: Esperamos, Senhor, na vossa misericórdia. Repete-se
Ou: Venha sobre nós a vossa bondade, porque em Vós esperamos, Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Justos, aclamai o Senhor,
os corações retos devem louvá-l’O.
Louvai o Senhor com a cítara,
cantai-Lhe salmos ao som da harpa. Refrão

A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão

Os olhos do Senhor estão voltados
para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se

Ressuscitou Jesus Cristo, que criou o universo
e Se compadeceu do género humano. Refrão


EVANGELHO Jo 6, 16-21
«Viram Jesus caminhando sobre o mar»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus desceram até junto do mar, subiram para um barco e seguiram para a outra margem, em direção a Cafarnaum. Já fazia escuro e Jesus ainda não tinha ido ter com eles. Como o vento soprava forte, o mar ia-se encrespando. Tendo eles remado duas e meia a três milhas, viram Jesus aproximar-Se do barco, caminhando sobre o mar e tiveram medo. Mas Jesus disse-lhes: «Sou Eu. Não temais». Quiseram então recebê-l’O no barco mas logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons que Vos oferecemos como sacrifício espiritual, e fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 17, 24
Eu quero, ó Pai, que estejam sempre comigo aqueles que Me deste, para que vejam a minha glória. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados, humildemente Vos pedimos, Senhor: o sacramento que o vosso Filho nos mandou celebrar em sua memória, aumente sempre a nossa caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Atos 6, 1-7: Começa a sentir-se, desde hoje, a necessidade de certa organização na comunidade dos cristãos. Os Apóstolos criam um grupo de sete para o serviço de assistência caritativa. São chamados “diáconos”, isto é, “ministros”, “servos”. A Igreja não descansa unicamente nos seus chefes: é toda ela uma comunidade viva. Estes “diáconos” não são ainda os futuros diáconos da hierarquia cristã, mas desempenham já alguns dos serviços que serão próprios dos futuros diáconos. Outros ministérios irão aparecer no futuro.

Jo 6, 16-21 : A cena aqui narrada passa-se depois da morte do Senhor Jesus. Andando sobre as ondas, Jesus cria nos seus interrogações sobre a sua pessoa; assim mais facilmente eles irão descobrindo a sua origem divina, que Ele próprio mais claramente manifesta ao aplicar a Si o nome divino revelado a Moisés: “Eu sou”; Ao lado da palavra, as ações que encarnam a palavra e como que lhe dão credibilidade. Assim serão as ações da liturgia: a palavra e o rito. Deste modo, ficamos desde hoje preparados para o grande discurso do Senhor, na próxima semana, sobre o Pão da Vida.



 AGENDA DO DIA

 

15.00 horas: Missa em Falagueira

16.00 horas: Missa em Monte Claro

16.00 horas: Missa no Pardo

17.15 horas: Funeral em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa.

 

A VOZ DO PASTOR:

 

QUANDO UM PAI VIVE A SUA BELA MISSÃO!...

 

Em nome da igualdade e inclusão – dizem, e lá terão as ‘suas’ razões! - , a universidade de Manchester incluiu um novo guião no livro de estilo da instituição. Por lá consta também banir certas palavras, como, por exemplo, pai/mãe, mulher/homem, mulher/marido... Já que a natureza nos supera e deve ser respeitada, acho preferível apostar na educação para que as pessoas se respeitem e amem na sua dignidade de pessoas e funções, todas iguais mas todas diferentes. Inclusive no respeito pelos tão habituais e queridos termos de pai e mãe, marido e esposa, mulher e homem.

Na viragem do milénio, São João Paulo II afirmava que a Igreja do terceiro milénio deve estimular “todos os batizados e crismados a tomarem consciência da sua própria e ativa responsabilidade na vida eclesial” (NMI46). Ora, se a família é o primeiro espaço a fomentar a cultura do diálogo e da corresponsabilidade, da intervenção e participação, da solidariedade, gratidão e atenção mútua, também é o primeiro espaço de evangelização e crescimento na fé, em metodologia apropriada. Este ministério do pai e da mãe, original e insubstituível, assume as conotações típicas da vida familiar entrelaçada com o amor, a simplicidade, o sentido do concreto e o testemunho do quotidiano. “Só o facto de determinadas verdades sobre os principais problemas da fé e da vida cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor e de respeito, fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira decisiva para toda a vida. E os próprios pais beneficiarão do esforço que isso lhes impõe, porque nesse diálogo catequético cada um recebe e dá alguma coisa” (CT68). Além disso, este ministério dos pais, se precede toda e qualquer outra forma de catequese, deve acompanhar a vida dos filhos nos anos da adolescência e da juventude, mesmo quando estes contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã recebida nos primeiros anos de vida. Como na Igreja – e este serviço dos pais é essencialmente um serviço eclesial – como na Igreja, a obra de evangelização nunca está separada de sofrimento. Por isso, “os pais devem encarar com coragem e com grande serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de evangelização algumas vezes encontra nos próprios filhos” (cf. FC53). Os filhos são sempre uma bênção de Deus para os pais e para a sociedade em geral, com todos os seus talentos e capacidade de intervenção e promoção social na diversidade dos sectores de ação.

Nestas próximas semanas, dentro do Ano Família Amoris laetitia e Ano de São José, apontarei como, nos Evangelhos, nos aparece Cristo a escutar a oração de pais e mães pelos seus filhos, de irmãos pelos irmãos, de amigos pelos amigos, de patrões pelos seus servos, de pessoas a orar por si próprias, às vezes em grupo.

Hoje, referimo-nos apenas ao pai de família, e apenas nesta dimensão da formação em família. A Igreja lembra-nos que a oração familiar tem as suas caraterísticas. Ela exprime comunhão, uma comunhão que é fruto e exigência daquela comunhão dada pelos sacramentos do batismo e matrimónio. E Cristo prometeu que, quando dois ou três se reunissem em seu nome para pedir ao Pai alguma coisa, Ele estaria no meio deles e o Pai lho concederia (Mt 18,19...). Mas a oração em comunhão, comunitária, não evita a oração individual, antes pelo contrário, uma completa e reclama a outra. O pai deve ser um pai presente, próximo à esposa e aos filhos, partilhando as alegrias e as tristezas, os êxitos e os fracassos, os projetos e as esperanças. Como refere o Papa francisco, a proximidade dos pais aos filhos manifesta-se “quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho; pai presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador! Porque os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer” (cat.2015). E apresentando São José como estímulo, acrescenta: “se há alguém que pode explicar até o fundo a oração do “Pai nosso”, ensinada por Jesus, este é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar. A Igreja, nossa mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de Deus, como São José”.

Paulo VI, depois de se dirigir às mães, afirmava: “E vós, pais, sabeis rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, acompanhada com algumas orações comuns, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas” (11/8/1976).

No Evangelho, aparece-nos Jairo, um dos principais chefes da sinagoga, que se aproxima de Jesus a pedir-lhe a cura de sua filha de doze anos que estava a morrer. Entretanto, vieram dizer ao chefe da sinagoga que a sua filha já morrera, que não valia a pena incomodar o Mestre. Atendendo à fé de Jairo, Jesus acompanhou-o a casa, onde, perante o alvoroço e os que choravam a morte da menina, Jesus tomou-a pela mão e ela levantou-se e pôs-se a andar, com grande espanto dos presentes (cf. Mc 5,22–24, 35–43). Jesus atendeu a oração deste pai!

Noutra ocasião, um homem, funcionário do governo, cujo filho estava doente em Cafarnaum, ouvir dizer que Jesus estava próximo. Foi ao seu encontro pedir-lhe que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava às portas da morte, e insistia: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”. Jesus disse-lhe que voltasse para casa porque o seu filho ia sobreviver. O homem, crendo em Jesus, voltou para casa e o seu filho ficou curado (Jo 4, 43-54). Jesus atendeu a oração deste pai! Um outro pai, abeirou-se de Jesus e pediu-lhe que curasse o seu filho, pois era epilético e tinha ataques tão fortes que muitas vezes caía no fogo e na água. Jesus mandou que lho trouxessem e ficou curado (Mt 17, 14-20). Jesus atendeu a oração deste pai!

Se os filhos são uma bênção de Deus, que cada pai não deixe de agradecer e rezar pelos seus filhos e de os abençoar mesmo com aquela bênção tão frequente na Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz” (Nm 6, 24-26).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2021.

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