PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 12 de abril de 2021
Segunda-feira da II semana depois da Páscoa
LITURGIA
Segunda-feira
da semana II
Branco – Ofício da féria. (Semana II do Saltério).
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 At 4, 23-31; Sal 2, 1-3. 4-6. 7-9
Ev Jo 3, 1-8
* Na Diocese de Aveiro – Aniversário da Dedicação da igreja catedral. Na Sé –
SOLENIDADE (transferida)
* Na Arquidiocese de Braga – Nossa Senhora dos Prazeres (ou da Alegria) ou S.
Vítor, mártir – MO
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Rom 6, 9
Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não pode morrer. A morte não tem
domínio sobre Ele. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, a quem podemos chamar nosso Pai, fazei crescer o
espírito filial em nossos corações, para merecermos entrar um dia na posse da
herança prometida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 4, 23-31
«Depois de terem rezado, ficaram cheios do Espírito Santo
e começaram a anunciar com firmeza a palavra de Deus»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro e João, tendo sido postos em liberdade, voltaram para
junto dos seus e contaram-lhes tudo o que os príncipes dos sacerdotes e os
anciãos lhes tinham dito. Depois de os ouvirem, invocaram a Deus numa só alma,
dizendo: «Senhor, Vós fizestes o céu, a terra, o mar e tudo o que neles se
encontra; Vós dissestes, mediante o Espírito Santo, pela boca do nosso pai
David, vosso servo: ‘Porque se agitaram em tumulto as nações e os povos
intentaram vãos projetos? Revoltaram-se os reis da terra e os príncipes
conspiraram juntos contra o Senhor e contra o seu Ungido’. Na verdade, Herodes
e Pôncio Pilatos uniram-se nesta cidade com as nações pagãs e os povos de
Israel contra o vosso santo servo Jesus, a quem ungistes. Assim cumpriram tudo
o que o vosso poder e sabedoria tinham de antemão determinado. E agora, Senhor,
vede como nos ameaçam e concedei aos vossos servos que possam anunciar com toda
a confiança a vossa palavra. Estendei a vossa mão, para que se realizem curas,
milagres e prodígios, em nome do vosso santo servo Jesus». Depois de terem
rezado, tremeu o lugar onde estavam reunidos: todos ficaram cheios do Espírito
Santo e começaram a anunciar com firmeza a palavra de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 2, 1-3.4-6.7-9 (R. cf. 12d ou Aleluia)
Refrão: Felizes aqueles que confiam no
Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Porque se agitam em tumulto as nações
e os povos intentam vãos projetos?
Revoltam-se os reis da terra
e os príncipes conspiram juntos
contra o Senhor e contra o seu Ungido:
«Quebremos as suas algemas
e atiremos para longe o seu jugo». Refrão
Aquele que mora nos céus sorri,
o Senhor escarnece deles.
Então lhes fala com ira
e com sua cólera os atemoriza:
«Fui Eu quem ungiu o meu Rei
sobre Sião, minha montanha sagrada». Refrão
Vou proclamar o decreto do Senhor.
Ele disse-me: «Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.
Pede-me e te darei as nações como herança
e os confins da terra para teu domínio.
Hás-de governá-los com ceptro de ferro,
quebrá-los como vasos de barro». Refrão
ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 3, 1-8
«Quem não nascer da água e do Espírito
não pode entrar no reino de Deus»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Havia um fariseu chamado Nicodemos, que era um dos principais entre os judeus.
Foi ter com Jesus de noite e disse-Lhe: «Rabi, nós sabemos que vens da parte de
Deus como mestre, pois ninguém pode realizar os milagres que Tu fazes se Deus
não está com ele». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: Quem
não nascer de novo não pode ver o reino de Deus». Disse-Lhe Nicodemos: «Como
pode um homem nascer, sendo já velho? Pode entrar segunda vez no seio materno e
voltar a nascer?» Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade te digo: Quem não
nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da
carne é carne e o que nasceu do Espírito é espírito. Não te admires por Eu te
haver dito que todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer: ouves a sua
voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele
que nasceu do Espírito».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja em festa: Vós que lhe destes tão
grande alegria, fazei-a tomar parte na felicidade eterna. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 20, 19
Jesus apareceu aos seus discípulos e disse-lhes:
A paz esteja convosco. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo e fazei chegar à gloriosa
ressurreição da carne aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna.
Por Nosso Senhor.
.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 4, 23-31: A
proclamação da palavra de Deus e a aceitação que os homens lhe dão é fruto do
Espírito Santo. Por isso, a pregação do Evangelho não é propaganda, mas
anúncio; não é apenas demonstração, mas iluminação; não convence apenas, mas
converte. Foi à luz do Espírito Santo que aos primeiros cristãos foi revelado
que o sentido último das palavras do Antigo Testamento se referia ao mistériode
Jesus Cristo.
Jo 3, 1-8: O
Tempo Pascal é o tempo da mistagogia, isto é, da catequese dos sacramentos da
Igreja, particularmente dos sacramentos da iniciação cristã, que seria normal
terem sido celebrados na Vigília pascal. Não era antes de termos sido iniciados
por meio deles que os poderíamos ter entendido, mas agora que, por eles,
estamos introduzidos na comunidade da Igreja (S. Ambrósio). A conversa de Jesus
com Nicodemos é verdadeira catequese sobre o Baptismo. Sacramento celebrado com
a água sob a ação do Espírito; o Batismo é verdadeiro nascimento do cristão
como filho de Deus em Cristo.
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Funeral em
Gáfete
11.30 horas: Funeral no
cacheiro
18.00 horas: Missa em
Nisa – Senhora dos Prazeres
A VOZ DO PASTOR:
QUANDO UM PAI VIVE A SUA BELA MISSÃO!...
Em nome da igualdade e inclusão – dizem, e lá terão as
‘suas’ razões! - , a universidade de Manchester incluiu um novo guião no livro
de estilo da instituição. Por lá consta também banir certas palavras, como, por
exemplo, pai/mãe, mulher/homem, mulher/marido... Já que a natureza nos supera e
deve ser respeitada, acho preferível apostar na educação para que as pessoas se
respeitem e amem na sua dignidade de pessoas e funções, todas iguais mas todas
diferentes. Inclusive no respeito pelos tão habituais e queridos termos de pai
e mãe, marido e esposa, mulher e homem.
Na viragem do milénio, São João Paulo II afirmava que
a Igreja do terceiro milénio deve estimular “todos os batizados e crismados a
tomarem consciência da sua própria e ativa responsabilidade na vida eclesial” (NMI46).
Ora, se a família é o primeiro espaço a fomentar a cultura do diálogo e da
corresponsabilidade, da intervenção e participação, da solidariedade, gratidão
e atenção mútua, também é o primeiro espaço de evangelização e crescimento na
fé, em metodologia apropriada. Este ministério do pai e da mãe, original e
insubstituível, assume as conotações típicas da vida familiar entrelaçada com o
amor, a simplicidade, o sentido do concreto e o testemunho do quotidiano. “Só o
facto de determinadas verdades sobre os principais problemas da fé e da vida
cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor e de respeito,
fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira decisiva para toda a
vida. E os próprios pais beneficiarão do esforço que isso lhes impõe, porque
nesse diálogo catequético cada um recebe e dá alguma coisa” (CT68). Além disso,
este ministério dos pais, se precede toda e qualquer outra forma de catequese,
deve acompanhar a vida dos filhos nos anos da adolescência e da juventude, mesmo
quando estes contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã recebida nos primeiros
anos de vida. Como na Igreja – e este serviço dos pais é essencialmente um
serviço eclesial – como na Igreja, a obra de evangelização nunca está separada
de sofrimento. Por isso, “os pais devem encarar com coragem e com grande
serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de evangelização
algumas vezes encontra nos próprios filhos” (cf. FC53). Os filhos são sempre
uma bênção de Deus para os pais e para a sociedade em geral, com todos os seus
talentos e capacidade de intervenção e promoção social na diversidade dos
sectores de ação.
Nestas próximas semanas, dentro do Ano Família Amoris
laetitia e Ano de São José, apontarei como, nos Evangelhos, nos aparece Cristo
a escutar a oração de pais e mães pelos seus filhos, de irmãos pelos irmãos, de
amigos pelos amigos, de patrões pelos seus servos, de pessoas a orar por si
próprias, às vezes em grupo.
Hoje, referimo-nos apenas ao pai de família, e apenas
nesta dimensão da formação em família. A Igreja lembra-nos que a oração
familiar tem as suas caraterísticas. Ela exprime comunhão, uma comunhão que é
fruto e exigência daquela comunhão dada pelos sacramentos do batismo e
matrimónio. E Cristo prometeu que, quando dois ou três se reunissem em seu nome
para pedir ao Pai alguma coisa, Ele estaria no meio deles e o Pai lho
concederia (Mt 18,19...). Mas a oração em comunhão, comunitária, não evita a
oração individual, antes pelo contrário, uma completa e reclama a outra. O pai
deve ser um pai presente, próximo à esposa e aos filhos, partilhando as
alegrias e as tristezas, os êxitos e os fracassos, os projetos e as esperanças.
Como refere o Papa francisco, a proximidade dos pais aos filhos manifesta-se
“quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando
estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam
e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho;
pai presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador!
Porque os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer”
(cat.2015). E apresentando São José como estímulo, acrescenta: “se há alguém
que pode explicar até o fundo a oração do “Pai nosso”, ensinada por Jesus, este
é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do
Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os
filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus
insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas
precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar. A Igreja, nossa
mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa
dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e
mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de
Deus, como São José”.
Paulo VI, depois de se dirigir às mães, afirmava: “E vós, pais, sabeis
rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas
vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, acompanhada com
algumas orações comuns, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato
de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas”
(11/8/1976).
No Evangelho, aparece-nos Jairo, um dos principais
chefes da sinagoga, que se aproxima de Jesus a pedir-lhe a cura de sua filha de
doze anos que estava a morrer. Entretanto, vieram dizer ao chefe da sinagoga
que a sua filha já morrera, que não valia a pena incomodar o Mestre. Atendendo
à fé de Jairo, Jesus acompanhou-o a casa, onde, perante o alvoroço e os que
choravam a morte da menina, Jesus tomou-a pela mão e ela levantou-se e pôs-se a
andar, com grande espanto dos presentes (cf. Mc 5,22–24, 35–43). Jesus atendeu
a oração deste pai!
Noutra ocasião, um homem, funcionário do governo, cujo
filho estava doente em Cafarnaum, ouvir dizer que Jesus estava próximo. Foi ao
seu encontro pedir-lhe que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava às
portas da morte, e insistia: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”.
Jesus disse-lhe que voltasse para casa porque o seu filho ia sobreviver. O
homem, crendo em Jesus, voltou para casa e o seu filho ficou curado (Jo 4,
43-54). Jesus atendeu a oração deste pai! Um outro pai, abeirou-se de Jesus e
pediu-lhe que curasse o seu filho, pois era epilético e tinha ataques tão
fortes que muitas vezes caía no fogo e na água. Jesus mandou que lho trouxessem
e ficou curado (Mt 17, 14-20). Jesus atendeu a oração deste pai!
Se os filhos são uma bênção de Deus, que cada pai não
deixe de agradecer e rezar pelos seus filhos e de os abençoar mesmo com aquela
bênção tão frequente na Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça
brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e
te dê a paz” (Nm 6, 24-26).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2021.
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