segunda-feira, 27 de maio de 2019





PARÓQUIAS DE NISA



Terça, 28 de maio de 2019








Terça da VI semana de Páscoa
Ofício próprio







TERÇA-FEIRA da semana VI

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L 1 Act 16, 22-34; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 7c-8
Ev Jo 16, 5-11


* Na Ordem Franciscana – S. Maria Ana de Paredes, virgem, da III Ordem – MF





MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 19, 7.9
Exultemos de alegria e dêmos glória a Deus,
porque o Senhor reina eternamente. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Exulte sempre o vosso povo, Senhor, com a renovada juventude da alma, de modo que, alegrando-se agora por se ver restituído à glória da adopção divina, aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Actos 16, 22-34
«Acredita no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua família»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, a multidão dos habitantes de Filipos amotinou-se contra Paulo e Silas e os magistrados mandaram que lhes arrancassem as vestes e os açoitassem. Depois de lhes terem dado muitas vergastadas, meteram-nos na cadeia e ordenaram ao carcereiro que os guardasse cuidadosamente. Ao receber semelhante ordem, o carcereiro lançou-os no calaboiço interior e prendeu-lhes os pés no cepo. Por volta da meia noite, Paulo e Silas, em oração, entoavam louvores a Deus e os outros presos escutavam-nos. De repente, sentiu-se um tremor de terra tão grande que abalou os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e soltaram-se as cadeias de todos os presos. O carcereiro acordou e, ao ver abertas as portas da prisão, puxou da espada e queria suicidar-se, julgando que os presos se tinham evadido. Mas Paulo bradou com voz forte: «Não faças nenhum mal a ti mesmo, pois nós estamos todos aqui». O carcereiro pediu uma luz, correu para dentro e lançou-se, a tremer, aos pés de Paulo e Silas. Depois trouxe-os para fora e perguntou-lhes: «Senhores, que devo fazer para ser salvo?» Eles responderam-lhe: «Acredita no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua família». E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, bem como a todos os que viviam em sua casa. O carcereiro, àquela hora da noite, tomou-os consigo, lavou-lhes as feridas e logo recebeu o Batismo, juntamente com todos os seus. Depois mandou-os subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua família, por ter acreditado em Deus.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-2a.2bc-3.7c-8 (R. 7c)
Refrão: A vossa mão direita salvou-me, Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei-de cantar-Vos
e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo. Refrão

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade
e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma. Refrão

A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos. Refrão


ALELUIA cf. Jo 16, 7.13
Refrão: Aleluia Repete-se


Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade. Refrão


EVANGELHO Jo 16, 5-11
«Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora vou para Aquele que Me enviou e nenhum de vós Me pergunta: ‘Para onde vais?’. Mas por Eu vos ter dito estas coisas, o vosso coração encheu-se de tristeza. No entanto, Eu digo-vos a verdade: É do vosso interesse que Eu vá. Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-l’O enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do julgamento: do pecado, porque não acreditam em Mim; da justiça, porque vou para o Pai e não Me vereis mais; do julgamento, porque o príncipe deste mundo já está condenado».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor, que em todo o tempo possamos alegrar-nos com estes mistérios pascais, de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção seja para nós causa de alegria eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf . Lc 24, 46.26
Jesus Cristo tinha de padecer e ressuscitar dos mortos
para entrar na sua glória. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ouvi, Senhor, as nossas preces e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção nos auxiliem na vida presente e nos alcancem as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«Faz o possível para formar uma pequena comunidade na qual se procure viver o dia a dia  na confiança e na reconciliação».

Roger de Taïser







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS Actos 16, 22-34: Na cidade de Filipos, a mesma cidade onde se batizara a primeira cristã da Europa, fruto da pregação de Paulo, aconteceu também a primeira perseguição por parte das autoridades locais. Paulo e seu companheiro são presos; mas a cadeia transforma-se num espaço sagrado para acolher uma assembleia em vigília de oração. E tudo acaba com a iniciação cristã do carcereiro e sua família. A Páscoa continua assim como em perpétua Vigília Pascal, ao longo de toda a vida da Igreja sobre a Terra.
 
Jo 16, 5-11: Jesus “parte” deste mundo pela sua Morte, e “vai” para o Pai. Mas não Se ausenta. Por um lado, leva em Si o homem que veio procurar a este mundo: por outro, continua, e bem vivo e activo, no meio dos seus, pelo seu Espírito. Foi precisamente para que o Espírito de Deus fosse a alma da nova humanidade que Jesus foi até à Cruz e partiu para o Pai. Vivemos agora, no tempo da Igreja, da vida do Espírito de Deus. Foi por isso bom que o Senhor tivesse partido. E é agora, pela acção do Espírito, que se pode fazer justiça à causa de Jesus.

 
REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


!0.30 horas: Reunião arciprestal no Gavião
15.00 horas: Funeral em Gáfete
15.30 horas: Funeral na Falagueira
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
18.30 horas: Oração do terço em Alpalhão
21.00 horas: Oração do terço em Nisa.






A VOZ DO PASTOR



CUIDADO, NÃO SUJE OS SAPATOS!...

Sim, cuidado com o esterco do diabo, não se deixe sujar nem se escandalize, é palavra de santo!... Mas convenhamos que algum desse esterco até faz jeito. Inclusive faz falta em pé de meia, sobretudo quando sabemos que o diabo anda por aí à solta a gerar corruptos, agiotas, onzenários, avaros e trapaceiros com a conivência de bancos públicos que emprestam milhões aos bens falantes, sem avaliar riscos, e negam uns tostões aos de mãos calejadas, regra geral gente séria e de palavra honrada. Ser radicalmente alérgico a tal esterco é tolice, lá isso é, é não fechar bem a gaveta. Essa coisa tão desconsiderada quão amada e que se dá pelo nome de grana, pataca, massa, pilim, caroço, milho, guita, bago, cacau, papel, prata, pasta, arame, chapa, carcanhol - e mais o leitor acrescentará! -, essa coisa é aquilo com que se compram os melões de Almeirim, os pepinos não sei de onde, a sericaia com ameixa de Elvas, a tigelada da Sertã, a palha de Abrantes, como dantes, as amêndoas de Portalegre, o maranho, o bucho e o borrego estonado de Oleiros, as fraldas para o bebé, a bengala para os mais sabidos... Sem isso, estando nas lonas ou tesos, sem cheta, não se pode abrir, de quando em vez, os cordões à bolsa, nem apaziguar o ser humano, nem alegrar uma família que se olha com fome em tristeza e dor. Pior ainda quando tal flagelo brota da indigência e da miséria. Sim, o andar constantemente de mãos a abanar faz ter a sensação de andar sempre com a corda ao pescoço, humilha, retrai, tira a liberdade, exclui da participação social! 

No entanto, uma coisa é ter o necessário para viver com dignidade, outra coisa é a ganância e o lucro à custa da falsa fraternidade entre os homens e os povos, à custa da avidez pelos recursos da natureza, à custa da exploração e da corrupção que não se importa de esmagar, descartar e destruir até mesmo esta nossa casa comum, a criação, a natureza. Mas nada de novo sobre a face da terra. Cristo veio-nos alertar, deu a vida por nós e pediu-nos mudança de coração. No entanto, virando-Lhe as costas e auto elevados, em pés de barro, como os maiores, tornamo-nos petulantes em dureza do coração e continuamos a ser “um povo de cabeça dura” (Ex 32,9). No século IV, Santo Ambrósio de Milão já se insurgia contra os alambazados: “Quantos são sacrificados nos preparos da vossa alegria? Avidez nefasta; nefasta sumptuosidade. Este caiu dum telhado quando erguia celeiros maiores para as vossas colheitas. Aquele tombou do alto duma árvore quando colhia as uvas que dela pendem para produzir vinhos dignos do teu banquete. Outro ainda afogou-se quando no mar procurava o peixe ou as ostras que temias viessem a faltar à tua mesa... Aquele, que por acaso te desagradou, foi vergastado até à morte diante dos teus olhos, salpicando com o sangue derramado os teus festins. Houve até um rico que ordenou que lhe trouxessem à mesa a cabeça dum pobre profeta; não encontrou melhor forma de favorecer uma dançarina do que ordenar a morte de um pobre”. 

Vem tudo isto a propósito duma iniciativa que o Papa Francisco, com olhar profético sobre o mundo e a humanidade de hoje, resolveu anunciar no princípio deste mês de maio. É uma iniciativa de se lhe tirar o chapéu, uma iniciativa inédita, na esperança de poder contribuir para a mudança da atual economia e da economia do amanhã. Ele não desiste de bater na mouche. Já na sua viagem apostólica à Bolívia, por exemplo, afirmava: “Hoje, a comunidade científica aceita aquilo que os pobres já há muito denunciam: estão a produzir-se danos talvez irreversíveis no ecossistema. Está-se a castigar a terra, os povos e as pessoas de forma quase selvagem. E por trás de tanto sofrimento, tanta morte e destruição, sente-se o cheiro daquilo que Basílio de Cesareia – um dos primeiros teólogos da Igreja – chamava «o esterco do diabo»: reina a ambição desenfreada de dinheiro. É este o esterco do diabo. O serviço ao bem comum fica em segundo plano. Quando o capital se torna um ídolo e dirige as opções dos seres humanos, quando a avidez do dinheiro domina todo o sistema socioecónomico, arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, faz lutar povo contra povo e até, como vemos, põe em risco esta nossa casa comum, a irmã e mãe terra”.
 Consciente de que os jovens “são capazes de escutar com o coração os gritos cada vez mais angustiantes da Terra e dos seus pobres”; com a certeza de que os jovens sabem “sonhar e começar a construir, com a ajuda de Deus, um mundo mais justo e mais belo”; acreditando que "as universidades, empresas e organizações são laboratórios de esperança para novas formas de compreender a economia e o progresso, combater a cultura do desperdício, dar voz a quem não tem nenhuma e propor novos estilos de vida"; convidando para esse encontro "alguns dos melhores especialistas em ciências económicas, assim como empresários que já estão comprometidos a nível mundial com uma economia coerente com este ideal", o Papa Francisco convocou estudantes e jovens economistas, empreendedores e empreendedoras de todo o mundo, jovens que tenham a coragem de ser "protagonistas da mudança", para um encontro a realizar em março de 2020, em Assis, Itália. O seu principal objetivo é dar início a um modelo económico "diferente, que permita às pessoas viver e não matar, incluir e não excluir, humanizar e não desumanizar, cuidar da Criação e não depredar"
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A iniciativa terá o nome de "Economia de Francisco", em homenagem a São Francisco de Assis que se despojou “de toda a mundanidade”, se fez “pobre com os pobres” e deu origem a uma visão económica que “pode dar esperança ao nosso futuro, solucionar os problemas estruturais da economia mundial, beneficiar não só os mais pobres, mas toda a humanidade”. De facto, precisam-se “modelos de crescimento capazes de garantir o respeito pelo ambiente, o acolhimento da vida, o cuidado da família, a equidade social, a dignidade dos trabalhadores, os direitos das futuras gerações”. Este apelo da “gravidade dos problemas” desafia a “promover em conjunto”, através de um “pacto comum”, um processo de “mudança global”, concretizado por todos os jovens, independentemente do credo e das nacionalidades, “unidos pelo ideal da fraternidade, atento sobretudo aos pobres e aos excluídos”. Tal apelo reclama incrementar “um novo modelo económico”, que se baseie na “cultura da comunhão”, na “fraternidade e na equidade”. E “todos, mesmo todos” somos chamados a “mudar esquemas mentais e morais” em ordem ao bem comum, afirma Francisco. 

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-05-2019.
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