PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta, 08 de maio de 2019
Quarta da III
semana de Páscoa
Ofício da féria
QUARTA-FEIRA
da semana III
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 8, 1b-8; Sal 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a
Ev Jo 6, 35-40
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 8, 1b-8; Sal 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a
Ev Jo 6, 35-40
* Na Ordem Agostiniana – Nossa
Senhora da Graça – MF
* Na Ordem Carmelita – B. Luís Rabatá, presbítero – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Jeremias de Valáquia, religioso, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – Patrocínio da B. Virgem Maria sobre toda a Família Dominicana – MO
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças – MO
* Na Congregação das Servas de Maria – Nossa Senhora, Saúde dos Enfermos – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – S. Madalena de Canossa, virgem, Fundadora do Instituto – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – I Vésp. de S. Maria Domingas Mazzarello.
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – Vésp. I de S. Luísa de Marillac.
* Na Ordem Carmelita – B. Luís Rabatá, presbítero – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Jeremias de Valáquia, religioso, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – Patrocínio da B. Virgem Maria sobre toda a Família Dominicana – MO
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças – MO
* Na Congregação das Servas de Maria – Nossa Senhora, Saúde dos Enfermos – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – S. Madalena de Canossa, virgem, Fundadora do Instituto – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – I Vésp. de S. Maria Domingas Mazzarello.
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – Vésp. I de S. Luísa de Marillac.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 70, 8.23
Cante a minha boca, Senhor, a vossa glória,
proclamando continuamente os vossos louvores.
Os meus lábios exultem de alegria. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Vinde, Senhor, em auxílio da vossa família reunida em oração e concedei que participem eternamente na ressurreição do vosso Filho Unigénito aqueles a quem destes a graça da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 8, 1b-8
«Andaram de terra em terra a anunciar a palavra do Evangelho»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Cante a minha boca, Senhor, a vossa glória,
proclamando continuamente os vossos louvores.
Os meus lábios exultem de alegria. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Vinde, Senhor, em auxílio da vossa família reunida em oração e concedei que participem eternamente na ressurreição do vosso Filho Unigénito aqueles a quem destes a graça da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 8, 1b-8
«Andaram de terra em terra a anunciar a palavra do Evangelho»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naquele dia, levantou-se uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém e todos, à exceção dos Apóstolos, se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grandes lamentações por ele. Saulo, por sua vez, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e metia-os na prisão. Entretanto, os irmãos dispersos andaram de terra em terra, a anunciar a palavra do Evangelho. Foi assim que Filipe, tendo descido a uma cidade da Samaria, começou a anunciar Cristo àquela gente. As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, porque ouviam falar dos milagres que fazia e também os viam. De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados. E houve muita alegria naquele cidade
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 65 (66) l-3a.4-5.6-7a (R. l)
Refrão: A terra inteira aclame o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Aclamai o Senhor, terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores, dizei a Deus:
«Maravilhosas são as vossas obras». Refrão
«A terra inteira Vos adore e celebre,
entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens. Refrão
Mudou o mar em terra firme,
atravessaram o rio a pé enxuto.
Alegremo-nos n’Ele:
domina eternamente com o seu poder. Refrão
ALELUIA cf. Jo 6, 40
Refrão: Aleluia. Repete-se
Quem acredita no Filho de Deus tem a vida eterna:
Eu o ressuscitarei no último dia, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Jo 6, 35-40
«A vontade d’Aquele que Me enviou é esta:
que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede. No entanto, como vos disse, ‘embora tivésseis visto, não acreditais’. Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não os rejeitarei, porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou. E a vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no último dia. De facto, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n’Ele tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor, que em todo o tempo possamos alegrar-nos com estes mistérios pascais, de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção seja para nós causa de alegria eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Fomos resgatados pelo Sangue de Cristo
que, ressuscitando de entre os mortos,
fez brilhar sobre nós a sua luz. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ouvi, Senhor, as nossas preces e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção nos auxiliem na vida presente e nos alcancem as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O demónio teme o jejum, a oração e a humildade e é
reduzido à impotência perante o sinal da cruz».
Santo António,
Abade
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Atos 8, 1b-8: Um conjunto de pequenas notícias
enche esta leitura; mas em todas elas perpassa o sopro do Espírito do
Ressuscitado. Até a dispersão de que sofreu a comunidade de Jerusalém foi
ocasião para que o Evangelho chegasse ás outras províncias mais distantes. E o
próprio ardor de Saulo, aquela testemunha ocular da morte de Estêvão, irá
transformar-se em zelo pela Boa Nova de Jesus ressuscitado. Está-se
verdadeiramente no Tempo Pascal da Igreja, sob o signo do Espírito.
Jo 6, 35-40: Jesus afirma-Se agora, claramente, o
“Pão da Vida”. Já assim fora anteriormente prefigurado no pão multiplicado e no
maná evocado na fala com os Judeus; mas agora é Ele mesmo que Se apresenta
claramente como o Pão, o alimento que mata a fome. E este Pão assimila-se pela
fé. Por isso, Jesus, como outrora a Sabedoria (cf. Pr 9) ergue a voz e clama,
convidando para o banquete. Quem d’Ele se alimentar terá a vida eterna na
glória da ressurreição, que o Tempo Pascal prefigura.
REZANDO A PALAVRA
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
09.30
horas: Funeral em Alpalhão
17.00
horas: Missa em Gáfete
18.00
horas: Missa em Tolosa
18.00
horas: Missa em Nisa
A VOZ DO PASTOR
O
Dia da Mãe vem primeiro, o da Europa logo depois. Mesmo que elas não topem
piada e se ponham no sério a olhar o rolo da massa ou o cabo da vassoura,
vou-me meter com elas. Aquela que é mãe, é mãe, está tudo dito; a outra, a
Europa, luta por ser mãe, mas, pelo que somos capazes de enxergar, a coisa não
lhe está nada fácil. A mãe existe desde que o mundo é mundo e sem qualquer
dúvida quanto à sua espécie e natureza; a Europa, esta de que falamos, nasceu
no século passado, mas tem muitas dúvidas sobre si própria. É verdade que a mãe
também anda por aí muito apreensiva, com os olhos arregalados e a mão na boca.
Gente de estranhos saberes propala que a mulher nunca nasceu nem nasce mulher,
é uma construção social, é fruto duma escolha posterior, tal como o homem. A
própria maternidade, como especificidade feminina, é uma opressão, é uma
discriminação injusta, dizem tais colonizadores ideológicos; a Europa, coitada,
sem qualquer dessas veleidades, nasceu feminina, não teve direito a escolha. É
verdade que não sabemos bem o que ela é. Também não sabemos bem o que deseja
ser. As perspetivas são tantas que depende dos gostos de quem a olha e dela
fala: é uma questão de amores, é cultura das elites! A mãe, mesmo que tenha uma
só casa e sem grandes condições, está sempre de portas abertas para receber os
seus filhos. Fica feliz e cheia de alegria sempre que isso acontece e os netos
gritam e saltitam por todos os cantos, ainda que, com pena, mas a todos por
igual, só tenha sopa para lhes dar; a Europa marca dias para receber, em seus
palácios, alguns dos seus filhos, sobretudo os de gravata. A mãe não precisa de
se fazer valer. Por isso, quando acolhe os seus filhos, não lhes faz discursos
nem quer que lhos façam, não os faz participar em debates insonsos, nem lhes
faz visitas guiadas e enfadonhas à casa, nem lhes organiza atividades para os
entreter enquanto estão, até porque o tempo parece sempre pouco para estar com
eles, e vice-versa; a Europa, essa sim, os visitantes são convidados a
participar em debates solenes, em visitas guiadas, e, por esse mundo fora,
organizam-se atividades para provar quanto ela vale, quanto ela é importante,
quanto é necessário que ela seja amada, porque, embora pareça, não é madrasta,
convém que se saiba! A mãe, acolhe e faz tudo, discreta e abnegadamente, para
que os seus filhos sejam felizes, alegres e brincalhões, cresçam escorreitos,
gozem de saúde, se acolham mutuamente, se estimem e respeitem; a Europa, mesmo
que diga que não, é mãe seletiva, faz aceção de pessoas, tem ressaibos racistas
e xenófobos, deixa crescer as desigualdades entre os filhos: a uns dá sopas e
deixa-os a viver na rua, a outros eleva-os a salários, castelos e reformas
doiradas. A mãe educa para a paz, para a fé, para a liberdade, para os valores,
o diálogo, o perdão, o trabalho, e sempre com alegria, com atenção aos mais
frágeis, com empenho e dedicação desinteressada; a Europa, que nasceu com
vocação de carvão e aço para ser, de facto, construtora da paz e da unidade
entre todos, porque mandou às malvas a educação que os pais lhe deram e acha
retrogrado apostar nessas coisas, está-se a esfrangalhar em saídas, não em
saídas por amor às preferias, mas por egoísmos de quem pensa que ainda manda no
mundo e pode exigir o sol na eira e a chuva no nabal. A mãe, mesmo que já
cansada, não faz eleições lá em casa para saber quem é que passa agora a mandar
e porquanto tempo o fará, não há propaganda eleitoral, há uma espécie de
atenção continua e discreta de toda a comunidade familiar para que todos se
amem e vivam bem e a nenhum falte o essencial para viver feliz e honestamente;
em casa da mãe Europa todos querem mandar. No entanto, dado que nem todos o
podem fazer, escolhem-se alguns dos que se apresentam como os melhores para tal
desempenho, para que mandem, nem que seja mal. Por isso, os que se consideram
mais dignos e capazes para tais andanças e ordenanças, já andam por aí, pelas
ruas, a querer convencer sobre o que lá vão mandar, a fazer ouvir o pouco que
dizem sem dizer nada, não sabendo nós, mesmo assim, se aquele pouco que dizem é
o muito que realmente pensam ou se apenas falam verdade quando dizem mal uns
dos outros! A vontade de se juntarem àqueles que por lá já riscam e
desarriscam, àqueles que já sabem quem deve tanto, quem empresta o quê, quem
paga a quem, quem é o próximo a cair no lixo e quem é o mártir das dores
ciáticas, tudo, tudo isso a tudo obriga e faz com que todos andem animados.
Ainda bem, aplaudimos e gostamos que assim seja! À mãe, neste dia, oferecemos
uma linda flor ou uma prenda, ou, se já faleceu, rezamos por ela, agradecidos e
com saudade; à mãe Europa vamos oferecer-lhe o voto, sim, é a única forma de
podermos participar na sua alegria ou na sua tristeza, depende dos olhares.
Votar é um dever, mesmo quando o tiro sai pela culatra e nos atira pelo chão.
Com uma oração e as melhores saudações para todas as mães, a todos deixo um
poema de Filipa Leal sobre a Europa, um poema integrado no festival de Poesia
de Berlim sob “Um diálogo europeu em versos”, e que li em Focussocial – Revista
de Economia Social, de dezembro de 2016:
“A EUROPA
Apontas para o rosto sarcástico do sol de
Inverno
E disparas. Há tantos meses que não chove – reparaste?
É o próprio céu a desistir de ti. E mesmo assim tu disparas, só sabes disparar.
Estás enganada, Europa. Envelheceste mal e perdeste a humildade.
Não é contra o sarcasmo que disparas, não é contra o Inverno,
Nem sequer contra o insólito, contra o desespero.
Tu disparas contra a luz.
Podes atirar-me tudo à cara, Europa: bombas, palavras, relatório de contas.
Podes até atirar-nos à cara um deputado, uma cimeira.
Mas os teus filhos não querem gravatas. Os teus filhos querem paz.
Os teus filhos não querem que lhes dês a sopa. Os teus filhos querem trabalhar.
Há tantos meses que não chove – reparaste?
A terra está seca. Nem abraçados à terra conseguimos dormir.
Enquanto te escrevo, tu continuas a fazer contas, Europa.
Quem deve. Quem empresta. Quem paga.
Mas os teus filhos têm fome, têm sono. Os teus filhos têm medo do escuro.
Os teus filhos precisam que lhes cantes uma canção, que os vás adormecer.
Eu acreditei em ti e tu roubaste-me o futuro e o dos meus irmãos.
Se estamos calados, Europa, é apenas porque, contrários ao teu gesto,
Nós não queremos disparar.” (Filipa Leal)
.......
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-05-2019.
E disparas. Há tantos meses que não chove – reparaste?
É o próprio céu a desistir de ti. E mesmo assim tu disparas, só sabes disparar.
Estás enganada, Europa. Envelheceste mal e perdeste a humildade.
Não é contra o sarcasmo que disparas, não é contra o Inverno,
Nem sequer contra o insólito, contra o desespero.
Tu disparas contra a luz.
Podes atirar-me tudo à cara, Europa: bombas, palavras, relatório de contas.
Podes até atirar-nos à cara um deputado, uma cimeira.
Mas os teus filhos não querem gravatas. Os teus filhos querem paz.
Os teus filhos não querem que lhes dês a sopa. Os teus filhos querem trabalhar.
Há tantos meses que não chove – reparaste?
A terra está seca. Nem abraçados à terra conseguimos dormir.
Enquanto te escrevo, tu continuas a fazer contas, Europa.
Quem deve. Quem empresta. Quem paga.
Mas os teus filhos têm fome, têm sono. Os teus filhos têm medo do escuro.
Os teus filhos precisam que lhes cantes uma canção, que os vás adormecer.
Eu acreditei em ti e tu roubaste-me o futuro e o dos meus irmãos.
Se estamos calados, Europa, é apenas porque, contrários ao teu gesto,
Nós não queremos disparar.” (Filipa Leal)
.......
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-05-2019.
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