domingo, 19 de maio de 2019





PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 20 de maio de 2019









Segunda da V semana de Páscoa


Ofício da féria






SEGUNDA-FEIRA da semana V

S. Bernardino de Sena, presbítero – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L 1 Act 14, 5-18; Sal 113 B (114), 1-2. 3-4. 15-16
Ev Jo 14, 21-26


* Na Ordem Franciscana – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – B. Josefa Stenmanns, Co-fundadora da Congregação – FESTA
* Na Congregação Salesiana (Évora) – Aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora – SOLENIDADE.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas suas ove¬lhas e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num único desejo, fazei que o vosso povo ame o que mandais e espere o que prometeis, para que, no meio da instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 14, 5-18
«Vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos
e voltar-vos para o Deus vivo»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, surgiu em Icónio um movimento, da parte dos pagãos e dos judeus, com os seus chefes, para maltratar e apedrejar Barnabé e Paulo. Conscientes da situação, estes refugiaram-se nas cidades da Licaónia, Listra, Derbe e seus arredores, onde começaram a anunciar a boa nova. Havia em Listra um homem inválido dos pés, coxo de nascença, que nunca tinha podido andar. Um dia em que escutava as palavras de Paulo, este fixou nele os olhos e, vendo que tinha fé para ser curado, disse-lhe com voz forte: «Levanta-te e põe-te direito sobre os pés». Ele levantou-se e começou a andar. Ao ver o que Paulo tinha feito, a multidão exclamou em licaónico: «Os deuses tomaram forma humana e desceram até nós». A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo Hermes, porque era este que falava. Então o sacerdote do templo de Zeus, que estava à entrada da cidade, trouxe touros e grinaldas para as portas do templo e, juntamente com a multidão, pretendia oferecer-lhes um sacrifício. Quando souberam isto, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as túnicas e precipitaram-se para a multidão, clamando: «Amigos, que fazeis? Nós somos homens como vós e vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos e voltar-vos para o Deus vivo, que fez o céu, a terra e o mar e tudo o que neles existe. Nas gerações passadas, permitiu que todas as nações seguissem os seus caminhos. Mas nem por isso deixou de dar testemunho da sua generosidade, concedendo-vos do céu as chuvas e estações férteis, para saciar de alimento e felicidade os vossos corações». Com estas palavras, a custo impediram a multidão de lhes oferecer um sacrifício.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 113 B (115), 1-2.3-4.15-16 (R. 1b)
Refrão: Glória, Senhor, ao vosso nome! Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Não a nós, Senhor, não a nós,
mas ao vosso nome dai glória,
pela vossa misericórdia e fidelidade,
porque diriam os povos: «Onde está o seu Deus?» Refrão

O nosso Deus está no céu,
faz tudo o que Lhe apraz.
Os ídolos dos gentios são ouro e prata,
são obra das mãos dos homens. Refrão

Bendito seja o Senhor,
que fez o céu e a terra.
O céu é a morada do Senhor;
a terra, deu-a aos filhos dos homens. Refrão


ALELUIA Jo 14, 26
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Refrão


EVANGELHO Jo 14, 21-26
«O Paráclito que o Pai enviará em meu nome
vos ensinará todas as coisas»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele». Disse-Lhe Judas, não o Iscariotes: «Senhor, como é que Te vais manifestar a nós e não ao mundo?» Jesus respondeu-lhe: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse- vos estas coisas, enquanto estava convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas. de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 27
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz, diz o Senhor.
Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«A confissão dos pecados é uma proclamação da Boa Nova: A proclamação de que há um caminho de regresso após as nossas quedas, que  há cura e  recuperação após o desânimo».

Wiston T Smith





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Atos 14, 5-18: Estamos hoje durante o percurso da primeira viagem missionária de S. Paulo, feita conjuntamente com S. Barnabé, e estamos em plena Ásia Menor, a Turquia atual, e na cidade de Listra, terra de pagãos. O ponto de partida para os evangelizar foi uma cura miraculosa; mas essa evangelização não se ficou pelo extraordinário da cura, pelo milagre. A cura foi um “sinal”: a palavra dos Apóstolos fez a catequese a partir desse sinal. Os Apóstolos procuram ir até a anunciar-lhes o Deus verdadeiro, a partir da experiência que eles agora eram capazes de ter da ação de Deus no meio de si.


Jo 14, 21-26: A união entre Jesus Cristo e os cristãos vai ser maior depois da sua morte do que o havia sido antes. Os cristãos mostrarão que O amam guardando os seus mandamentos, sobretudo o mandamento do amor fraterno; e o Senhor, que está agora no Pai, vai manifestar-Se-lhes na intimidade profunda do coração, na fé, na esperança e na caridade. Mas toda esta ação divina junto dos homens será fruto do Espírito Santo, o Defensor, o Paráclito, que os discípulos hão de receber no Pentecostes.

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA


14.30 horas: Funeral em Tolosa
16.30 horas: Oração do terço na Amieira
18.30 horas: Oração do ter em Alpalhão
18.30 horas: oração do terço em Gáfete
21.00 horas: Oração do terço em Nisa








A VOZ DO PASTOR



A PROPÓSITO MESMO QUE A DESPROPÓSITO
    
A Igreja é constituída por quem ainda peregrina neste mundo em direção à Pátria definitiva; por quem, após passar por esta vida, já contempla no Céu Deus uno e trino; e por quem, tendo morrido na graça e na amizade de Deus, embora seguro da sua salvação, ainda se purifica para entrar na alegria da bem-aventurança eterna (cf. CIgC954/1023/1031). Entre os que ainda peregrinamos e os que já adormeceram na paz de Cristo, existe uma verdadeira comunhão, uma comunhão reforçada pela comunicação dos bens espirituais, uma comunhão que reclama o exercício da verdadeira e mútua caridade fraterna. Os que estão no Céu são para nós um exemplo e um estímulo, intercedem por nós, são um auxílio. Pelos que ainda se purificam, nós rezamos, é um dever de caridade e de justiça. A esta purificação final dos que estão salvos a Igreja chama Purgatório. Acreditando nesta comunicação de todos os membros do Corpo Místico de Cristo, a Igreja que ainda peregrina por este mundo, de facto, sempre cultivou a memória dos defuntos. Sempre ofereceu sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico, recomendando também, como sufrágio, a indulgência, a esmola e as obras de penitência. Judas Macabeu, no início do século I antes de Cristo, dizia que é coisa santa e salutar rezar pelos mortos e mandou oferecer um sacrifício pelos pecados dos que tinham morrido, para que fossem libertados do pecado (cf. 2Mac 12,46). O Concilio Vaticano II tornou presente esta nossa união vital com os irmãos que já estão na glória celeste ou que, após a morte, sofrem a purificação. E não se inibiu de voltar a propor a doutrina do II Concílio de Niceia, do de Florença e do de Trento. (cf. LG50-51). Como não sabemos nem temos o direito de julgar, é claro que rezamos por todos os que morrem, sabendo embora que a oração só é sufrágio pelos fiéis defuntos, pelos defuntos que foram fiéis, pelos que estão salvos, mas que ainda se purificam.

E aqui está a minha questão. Sabemos que há quem reze muito pelos seus familiares e amigos depois de eles terem morrido. Sabemos que há quem tenha muita devoção e reze pelas benditas almas do Purgatório. E bem, é bom! No entanto, também acontece que há quem, apesar de rezar muito pelos mortos, se esquece de rezar pelos vivos e, não raro, até lhes faz a vida cara: “rezam pelos mortos e andam aos pontapés aos vivos”. Não estou a dizer que não se deve rezar pelos mortos, deve, sim, rezar pelos mortos é um dever de caridade e de justiça. Só estou a querer questionar as nossas atitudes e a colocar “em dúvida académica” os possíveis frutos dessa oração, para nós e para aqueles por quem rezamos. É que, como já dissemos, essa oração é pelos fiéis defuntos, pelos defuntos que foram fiéis, pelos defuntos que estão salvos. Na verdade, há muita gente com grande dedicação aos outros, cuidando que nada lhes falte: companhia, cuidados de higiene, medicação, alimentação, médico à cabeceira. Muito bem, é bom que assim seja. Menos bom, porém, se permanecêssemos sossegados perante alguém que sempre viveu, vive e se prevê venha a falecer, pelo menos aparentemente, sem arrependimento, alimentando ódios e sentimentos de vingança, autoexcluindo-se, definitivamente, da comunhão com os outros, com Deus rico em misericórdia e com os bem-aventurados. Embora acreditemos que sempre possa haver, na hora da morte, um momento de reconsideração e de conversão; embora saibamos que Deus é rico em misericórdia e tem os Seus desígnios de amor; embora saibamos que Ele veio para nos salvar e não quer que alguém se condene; embora acreditemos nisso, a possibilidade de autoexclusão desta comunhão eterna existe: é aquilo que designamos por “Inferno”.

A propósito, a Mensagem de Fátima, que também engloba dimensões escatológicas, dimensões que estão para além desta vida, usa formas de catequese muito vivas e concretas sobre tal temática. E pede conversão individual, e pede oração e penitência pela conversão dos pecadores, tal como Jesus, que morreu para nos salvar, pediu. Na quarta Aparição, Nossa Senhora dizia aos Pastorinhos que há muita gente que não se salva porque não há quem se sacrifique e reze por ela. Na Carta Encíclica Mystici Corporis, Pio XII escrevia: “Tremendo mistério, e nunca assaz meditado: Que a salvação de muitos depende das orações e dos sacrifícios voluntários, feitos com esta intenção, pelos membros do corpo místico de Jesus Cristo, e da colaboração que pastores e féis, sobretudo os pais e mães de família, devem prestar ao divino Salvador” (MC43). E tantos são os cristãos que, por preconceitos, respeito humano ou indiferença de quem os rodeia, morrem sem apoio espiritual na hora da agonia, sem a celebração dos sacramentos e sem o acompanhamento orante que purifique, reconforte e dê esperança!... Não será melhor que, em vez de esperar que eles morram para depois lhes rezar pela alma, não será melhor rezar por eles enquanto vivos e tudo fazer para que morram em paz e na graça de Deus, em comunhão consigo próprios, com os outros e com Deus, para depois, como defuntos que foram fiéis, usufruírem da oração da Igreja? Claro que sim, é um dever de todos nós: “Saiba que aquele que reconduz um pecador desencaminhado salvará a sua alma da morte e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5, 20).

Santa Rita de Cássia, teve um marido que não era flor que se cheirasse. Era-lhe infiel no matrimónio, bebia demais, causava sofrimento em casa, fomentava violência e rixas na cidade. Embora sofrendo, sempre ela se preocupava e rezava pela conversão do marido que acabou por se converter, mudou de vida. Um dia, porém, saindo para trabalhar, seu marido não voltou a casa. O seu passado ainda pesava, fora assassinado por quem, tal como hoje, não acreditava na sua conversão, por preconceitos, medos ou vinganças. Os dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Rita, porém, se tinha feito tudo para converter o seu marido, pede agora ao Senhor que os filhos não cometam tal crime, se convertam ao amor de Deus e ao perdão. E a graça aconteceu, perdoaram ao assassino do pai. Acometidos de peste, ambos morreram em paz. Santa Rita de Cássia é invocada como advogada das causas perdidas e dos impossíveis, ela acreditava na força da oração e sempre teve a consciência do seu papel de esposa, de mãe, de viúva e, depois, como religiosa agostiniana.
  
Santa Mónica, ainda jovem, casou-se com Patrício, homem violento e pagão. Seu filho mais velho, jovem inteligente e brilhante professor, levava vida leviana. Mónica vivia preocupada com a conversão da sua família, não desistia de rezar e de fazer tudo quanto estava ao seu alcance para ver a conversão de seu marido e filho. Nunca se deixou abater pelas dificuldades sentidas. Seu marido converteu-se, morreu santamente. Seu filho, igualmente, converteu-se já depois do pai ter falecido, é Santo Agostinho, foi Bispo, é doutor da Igreja. Um dia, Mónica disse a Agostinho: “... já nada espero deste mundo. Havia só uma razão pela qual desejava prolongar um pouco mais esta vida: ver-te cristão católico, antes de morrer. Deus concedeu-me esta graça de modo superabundante ...”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 17-05-2019.





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