PARÓQUIAS
DE NISA
Terça, 21 de maio de 2019
Terça da V semana de Páscoa
Ofício da féria ou da memória
TERÇA-FEIRA
da semana V
SS. Cristóvão
Magallanes, presbítero,
e Companheiros, mártires – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 14, 19-28; Sal 144 (145), 10-11. 12-13ab. 21
Ev Jo 14, 27-31a
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Augusto César Alves Ferreira da Silva, Bispo Emérito de Portalegre-Castelo Branco (1972).
* Na Ordem de São Domingos – B. Jacinto Maria Cormier – MF
* Na Diocese de Angra – I Vésp. do B. João Baptista Machado.
* Na Arquidiocese de Évora (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
e Companheiros, mártires – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 14, 19-28; Sal 144 (145), 10-11. 12-13ab. 21
Ev Jo 14, 27-31a
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Augusto César Alves Ferreira da Silva, Bispo Emérito de Portalegre-Castelo Branco (1972).
* Na Ordem de São Domingos – B. Jacinto Maria Cormier – MF
* Na Diocese de Angra – I Vésp. do B. João Baptista Machado.
* Na Arquidiocese de Évora (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Ap 19, 5; 12,
10
Louvai o Senhor, todos os seus servos, pequenos e grandes,
porque chegou a salvação e o poder e o reino de Cristo. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que, pela ressurreição de Cristo nos regenerais para a vida eterna, fortalecei em nós a fé e a esperança, para que nunca duvidemos do cumprimento das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 14, 19-28
«Contaram à Igreja tudo o que Deus fizera com eles»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Louvai o Senhor, todos os seus servos, pequenos e grandes,
porque chegou a salvação e o poder e o reino de Cristo. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que, pela ressurreição de Cristo nos regenerais para a vida eterna, fortalecei em nós a fé e a esperança, para que nunca duvidemos do cumprimento das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 14, 19-28
«Contaram à Igreja tudo o que Deus fizera com eles»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, chegaram uns judeus de Antioquia e de Icónio, que aliciaram a multidão, apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto. Mas, tendo-se reunido os discípulos à sua volta, ele ergueu-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe. Depois de terem anunciado a boa nova a esta cidade e de terem feito numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, a Icónio e a Antioquia. Iam fortalecendo as almas dos discípulos e exortavam-nos a permanecerem firmes na fé, «porque – diziam eles – temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no reino de Deus». Estabeleceram anciãos em cada Igreja, depois de terem feito orações acompanhadas de jejum, e encomendaram-nos ao Senhor em quem tinham acreditado. Atravessaram então a Pisídia e chegaram à Panfília. Depois anunciaram a palavra em Perga e desceram até Atalia. De lá navegaram para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para a obra que acabavam de realizar. À chegada, convocaram a Igreja, contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé. Demoraram-se ali bastante tempo com os discípulos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 10-11.12-13ab.21 (R. cf. 12a)
Refrão: Aqueles que Vos amam, Senhor, proclamem a glória do vosso reino. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Graças Vos deem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem e glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos; Refrão
Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações. Refrão
Cante a minha boca os louvores do Senhor
e todo o ser vivo bendiga eternamente
o seu nome santo. Refrão
ALELUIA cf. Lc 24, 46.26
Refrão: Aleluia Repete-se
Cristo tinha de sofrer e ressuscitar dos mortos
para entrar na sua glória. Refrão
EVANGELHO Jo 14, 27-31a
«Dou-vos a minha paz»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis. Já não falarei muito convosco, porque vai chegar o príncipe deste mundo. Ele nada pode contra Mim, mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja em festa: Vós que lhe destes tão grande alegria, fazei-a tomar parte na felicidade eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 6, 8
Se morremos com Cristo,
com Cristo viveremos. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo e fazei chegar à gloriosa ressurreição da carne aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Após a morte não
levarás riquezas em ouro ou poder;
levarás somente o que deres».
Eduardo
Marquina
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Atos 14, 19-28: De
terra em terra, Paulo e os companheiros vão anunciando a Palavra de Deus, a
qual aumenta, dia a dia, o número dos discípulos do Senhor. Estes estabelecem
chefes em cada Igreja que vão fundando e, por fim, retornam ao lugar donde
tinham partido e dão parte à comunidade local das maravilhas que Deus, por meio
deles, tinha operado, a maior das quais tinha sido a vocação dos pagãos ao
Evangelho. Paulo torna-se realmente o Apóstolo dos gentios.
Jo
14, 27-31a: A paz é o dom sempre ligado à pessoa de
Jesus. “Paz” significa união, aliança, comunhão. Jesus, que na Paixão desce às
profundezas do homem, humilhando-Se até à morte, e morte de cruz, será
glorificado pelo Pai, ao ser exaltado junto de Deus. Ele é a paz, Aquele que
estabelece a comunhão do homem com Deus. Na hora da Ressurreição, os discípulos
irão compreender o que por enquanto não entendem. O Tempo Pascal também a nós
nos irá fazendo compreender mais profundamente as palavras de Jesus.
REZANDO A PALAVRA
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
16.30 horas: Oração do
terço na Amieira
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.30 horas: Oração do
terço em Alpalhão
17.30 horas: oração do
terço em Gáfete
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Oração do
terço em Nisa.
A VOZ DO PASTOR
A PROPÓSITO MESMO QUE A DESPROPÓSITO
A
Igreja é constituída por quem ainda peregrina neste mundo em direção à Pátria
definitiva; por quem, após passar por esta vida, já contempla no Céu Deus uno e
trino; e por quem, tendo morrido na graça e na amizade de Deus, embora seguro
da sua salvação, ainda se purifica para entrar na alegria da bem-aventurança
eterna (cf. CIgC954/1023/1031). Entre os que ainda peregrinamos e os que já
adormeceram na paz de Cristo, existe uma verdadeira comunhão, uma comunhão
reforçada pela comunicação dos bens espirituais, uma comunhão que reclama o
exercício da verdadeira e mútua caridade fraterna. Os que estão no Céu são para
nós um exemplo e um estímulo, intercedem por nós, são um auxílio. Pelos que
ainda se purificam, nós rezamos, é um dever de caridade e
de justiça. A esta purificação final dos que estão salvos a Igreja chama
Purgatório. Acreditando nesta comunicação de todos os membros do Corpo Místico
de Cristo, a Igreja que ainda peregrina por este mundo, de facto, sempre
cultivou a memória dos defuntos. Sempre ofereceu sufrágios em seu favor,
particularmente o Sacrifício eucarístico, recomendando também, como sufrágio, a
indulgência, a esmola e as obras de penitência. Judas Macabeu, no início do
século I antes de Cristo, dizia que é coisa santa e salutar rezar pelos mortos
e mandou oferecer um sacrifício pelos pecados dos que tinham morrido, para que
fossem libertados do pecado (cf. 2Mac 12,46). O Concilio Vaticano II tornou
presente esta nossa união vital com os irmãos que já estão na glória celeste ou
que, após a morte, sofrem a purificação. E não se inibiu de voltar a propor a
doutrina do II Concílio de Niceia, do de Florença e do de Trento. (cf.
LG50-51). Como não sabemos nem temos o direito de julgar, é claro que rezamos
por todos os que morrem, sabendo embora que a oração só é sufrágio pelos fiéis
defuntos, pelos defuntos que foram fiéis, pelos que estão salvos, mas que ainda
se purificam.
E
aqui está a minha questão. Sabemos que há quem reze muito pelos seus familiares
e amigos depois de eles terem morrido. Sabemos que há quem tenha muita devoção
e reze pelas benditas almas do Purgatório. E bem, é bom! No entanto, também
acontece que há quem, apesar de rezar muito pelos mortos, se esquece de rezar
pelos vivos e, não raro, até lhes faz a vida cara: “rezam pelos mortos e andam
aos pontapés aos vivos”. Não estou a dizer que não se deve rezar pelos mortos,
deve, sim, rezar pelos mortos é um dever de caridade e de justiça. Só estou a
querer questionar as nossas atitudes e a colocar “em dúvida académica” os
possíveis frutos dessa oração, para nós e para aqueles por quem rezamos. É que,
como já dissemos, essa oração é pelos fiéis defuntos, pelos defuntos que foram
fiéis, pelos defuntos que estão salvos. Na verdade, há muita gente com grande
dedicação aos outros, cuidando que nada lhes falte: companhia, cuidados de higiene,
medicação, alimentação, médico à cabeceira. Muito bem, é bom que assim seja.
Menos bom, porém, se permanecêssemos sossegados perante alguém que sempre
viveu, vive e se prevê venha a falecer, pelo menos aparentemente, sem
arrependimento, alimentando ódios e sentimentos de vingança, autoexcluindo-se,
definitivamente, da comunhão com os outros, com Deus rico em misericórdia e com
os bem-aventurados. Embora acreditemos que sempre possa haver, na hora da
morte, um momento de reconsideração e de conversão; embora saibamos que Deus é
rico em misericórdia e tem os Seus desígnios de amor; embora saibamos que Ele
veio para nos salvar e não quer que alguém se condene; embora acreditemos
nisso, a possibilidade de autoexclusão desta comunhão eterna existe: é aquilo
que designamos por “Inferno”.
A
propósito, a Mensagem de Fátima, que também engloba dimensões escatológicas,
dimensões que estão para além desta vida, usa formas de catequese muito vivas e
concretas sobre tal temática. E pede conversão individual, e pede oração e
penitência pela conversão dos pecadores, tal como Jesus, que morreu para nos
salvar, pediu. Na quarta Aparição, Nossa Senhora dizia aos Pastorinhos que há
muita gente que não se salva porque não há quem se sacrifique e reze por ela.
Na Carta Encíclica Mystici Corporis, Pio XII escrevia: “Tremendo mistério, e
nunca assaz meditado: Que a salvação de muitos depende das orações e dos
sacrifícios voluntários, feitos com esta intenção, pelos membros do corpo
místico de Jesus Cristo, e da colaboração que pastores e féis, sobretudo os
pais e mães de família, devem prestar ao divino Salvador” (MC43). E tantos são
os cristãos que, por preconceitos, respeito humano ou indiferença de quem os
rodeia, morrem sem apoio espiritual na hora da agonia, sem a celebração dos
sacramentos e sem o acompanhamento orante que purifique, reconforte e dê
esperança!... Não será melhor que, em vez de esperar que eles morram para
depois lhes rezar pela alma, não será melhor rezar por eles enquanto vivos e
tudo fazer para que morram em paz e na graça de Deus, em comunhão consigo
próprios, com os outros e com Deus, para depois, como defuntos que foram fiéis,
usufruírem da oração da Igreja? Claro que sim, é um dever de todos nós: “Saiba
que aquele que reconduz um pecador desencaminhado salvará a sua alma da morte e
cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5, 20).
Santa
Rita de Cássia, teve um marido que não era flor que se cheirasse. Era-lhe
infiel no matrimónio, bebia demais, causava sofrimento em casa, fomentava
violência e rixas na cidade. Embora sofrendo, sempre ela se preocupava e rezava
pela conversão do marido que acabou por se converter, mudou de vida. Um dia,
porém, saindo para trabalhar, seu marido não voltou a casa. O seu passado ainda
pesava, fora assassinado por quem, tal como hoje, não acreditava na sua
conversão, por preconceitos, medos ou vinganças. Os dois filhos, que já eram
jovens, juraram vingar a morte do pai. Rita, porém, se tinha feito tudo para
converter o seu marido, pede agora ao Senhor que os filhos não cometam tal
crime, se convertam ao amor de Deus e ao perdão. E a graça aconteceu, perdoaram
ao assassino do pai. Acometidos de peste, ambos morreram em paz. Santa Rita de
Cássia é invocada como advogada das causas perdidas e dos impossíveis, ela
acreditava na força da oração e sempre teve a consciência do seu papel de
esposa, de mãe, de viúva e, depois, como religiosa agostiniana.
Santa
Mónica, ainda jovem, casou-se com Patrício, homem violento e pagão. Seu filho
mais velho, jovem inteligente e brilhante professor, levava vida leviana.
Mónica vivia preocupada com a conversão da sua família, não desistia de rezar e
de fazer tudo quanto estava ao seu alcance para ver a conversão de seu marido e
filho. Nunca se deixou abater pelas dificuldades sentidas. Seu marido converteu-se,
morreu santamente. Seu filho, igualmente, converteu-se já depois do pai ter
falecido, é Santo Agostinho, foi Bispo, é doutor da Igreja. Um dia, Mónica
disse a Agostinho: “... já nada espero deste mundo. Havia só uma razão pela
qual desejava prolongar um pouco mais esta vida: ver-te cristão católico, antes
de morrer. Deus concedeu-me esta graça de modo superabundante ...”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 17-05-2019.
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