terça-feira, 14 de maio de 2019





PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 15 de maio de 2019









Quarta da IV semana de Páscoa


Ofício da féria






QUARTA-FEIRA da semana IV
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L 1 Act 12, 24 – 13, 5a; Sal 66 (67), 2-3. 5. 6 e 8
Ev Jo 12, 44-50

* Na Arquidiocese de Évora – S. Manços, mártir – MO
* Na Diocese de Viseu – S. Frei Gil, presbítero – MO
* Na Ordem Beneditina e na Congregação dos Sagrados Corações – S. Pacómio, abade – MO
* Na Ordem de São Domingos – B. Gil de Vouzela, presbítero – MO
* Nas Oblatas do Divino Coração – Aniversário da fundação (1926).



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 17, 50; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.

ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso, vida dos fiéis, glória dos humildes e feli¬cidade dos justos, ouvi as súplicas do vosso povo e saciai com a abundância dos vossos dons os que têm sede das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 12, 24 - 13, 5a
«Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, a palavra de Deus crescia e multiplicava-se. Depois de Barnabé e Saulo cumprirem a sua missão, voltaram de Jerusalém, trazendo consigo João, que tinha o sobrenome de Marcos. Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo. Estando eles a celebrar o culto do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei». Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram- nos partir. Enviados pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e de lá navegaram para Chipre. Tendo chegado a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.6.8 (R. 4)
Refrão: Louvado sejais, Senhor,
pelos povos de toda a terra.
Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação. Refrão

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão

Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da terra. Refrão


ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão


EVANGELHO Jo 12, 44-50
«Eu vim como luz do mundo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus disse em alta voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me enviou; e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para o salvar. Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia. Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o que havia de dizer e anunciar. E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício, nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO
cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«Não posso deixar de trabalhar argumentando cansaço. Terei toda a eternidade para descansar».

Madre Teresa de Calcutá






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Atos 12, 24 - 13, 5a: Barnabé e Paulo vão ser, durante algum tempo, companheiros na expansão missionária do Evangelho. Partem de Antioquia, onde se tinham encontrado, e navegam para a ilha de Chipre, donde Barnabé é oriundo. A sua missão tem origem numa graça do Espírito Santo, e é, ao mesmo tempo, um gesto da Igreja; esta ora por eles, impõe-lhes as mãos e envia-os. O Espírito atua na Igreja, e a Igreja é o lugar onde o Espírito está e Se manifesta.

Jo 12, 44-50: Jesus continua a afirmar que é o Enviado do Pai, que nos diz as palavras do Pai, que vem cumprir os desígnios do Pai, que são de salvar o mundo, não de o condenar. Ele veio como luz; por isso, haverá trevas onde a sua luz não chegar, haverá condenação para quem não quiser ser salvo.

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA


Durante a tarde: Atividade missionária em Vale do Arco
21.00 horas: oração do terço em Nisa.







A VOZ DO PASTOR



MAIS ALÉM POR OUTROS MARES ADENTRO

Não vou pedir aos leitores que digam três vezes e muito depressa “três tristes tigres”. Embora possam experimentar, só os quero convidar a mergulhar em três importantes acontecimentos que nestes dias estamos a viver:

1 – Uma boa notícia

O Dia Internacional da Família está a bater à porta! Bem-haja quem tudo faz para ajudar a família! Tudo quanto ela, com ela e por ela se possa fazer e se faça é sempre muito pouco. Muita coisa se tem feito, é verdade, mas ela merece muito mais. A família, constituída por um homem e uma mulher e aberta aos filhos, é um valor necessário para os esposos, para os filhos, para a sociedade, para a própria ecologia humana integral. Uma sociedade que se limite a cuidar os efeitos sem ligar patavina às causas do que acontece, jamais terá saúde, será meter a cabeça na areia, gastará imenso tempo a trabalhar para aquecer. A saúde da sociedade é uma consequência da saúde da família. Embora sempre com o tema da família na baila, coabitamos com forças e mentalidades adversas à família. Tanta coisa que soa a “conversa da pires”, a “conversa de chacha” ou da treta! É uma cultura hipócrita comparável à dos falsos amigos: pela frente e em público, bate-se nas costas, elogia-se, aplaude-se. Logo em seguida, na esquina da curva, não se demora em fazer o manguito ao que se disse para logo trair, secundarizar, ferir de morte, matar. Embora haja muito de bom e a enaltecer, há legislações anti família. Há política habitacional anti família. Há trabalhadores com ordenados anti família. Há empregos a distâncias anti família. Há ideologias ditatoriais anti família. Há vícios, grosserias, graçolas e comportamentos anti família. Há conteúdos na comunicação social anti família. Há testemunhos de gente de referência anti família. Há falta de educação e de valores familiares. Há a perda de identidade e a crise de valores no interior das próprias famílias. Há um contexto aparentemente cultural a minimizar e a corroer a família. Fomos criados por amor para amar e ser amados, mas tantas vezes o amor não é amado nem respeitado!

2 – Se há vida há futuro

Na semana que integra o Dia Internacional da Família, o 15 de maio, todas as pessoas de boa vontade, em Portugal, celebram a Semana da Vida. Infelizmente, a consciência pessoal e social em relação à vida humana tem-se vindo a relaxar, tanto no respeito pela vida própria e alheia como na sua necessária qualidade e proteção. Quando a liberdade é absolutizada com critério individualista, quando deixa de reconhecer e respeitar a sua ligação com a verdade, quando a razão humana se fecha às evidências primárias de uma verdade objetiva e comum, quando isso acontece a pessoa entra no campo da subjetividade, da opinião ou do interesse egoísta e a liberdade esvazia-se do seu conteúdo originário, da sua vocação e dignidade, renega-se a si própria, autodestrói-se (cf. EV19). A decisão de privar um ser humano de viver a sua vida é sempre má, nunca é lícita. A vida não é convencional, não é negociável, não se pode descartar. Não se torna lícito ou moral destruir uma vida humana só porque maiorias parlamentares, contra o seu dever, deixam de respeitar a dignidade de toda a pessoa, fundamento da sadia convivência humana. Tais atitudes não são sinal de progresso nem conquista de liberdade. Mesmo que o discurso possa “assumir formas persuasivas em nome até da solidariedade, a verdade é que estamos perante uma objetiva “conjura contra a vida” em que se acham também implicadas Instituições Internacionais”. Estas ameaças contra a vida incluem “ameaças programadas de maneira científica e sistemática” (id17).
São João Paulo II afirmava que “Nada e ninguém pode autorizar que se dê a morte a um ser humano inocente, seja ele feto ou embrião, criança ou adulto, velho, doente incurável ou agonizante. E também a ninguém é permitido requerer este gesto homicida para si ou para outrem confiado à sua responsabilidade, nem sequer consenti-lo explicita ou implicitamente. Não há autoridade alguma que o possa legitimamente impor ou permitir” (id57). Por mais graves e dramáticas que sejam as razões invocadas, nunca elas podem “justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente”, nem se pode querer esconder a verdadeira natureza de tal ato ou atenuar a sua gravidade na opinião pública.

3 – Arriscar com Ele e Por Ele 

Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, veio ao nosso encontro e continua a fazer-se encontrado. Sem ferir a nossa liberdade, sem se impor nem gritar, aponta-nos caminhos, fala-nos aos ouvidos do coração.  Escutar e discernir o que Ele nos vai insinuando, é rasgar horizontes, é calcorrear o caminho que nos leva a fazer opções e a ter a coragem de arriscar, com confiança. Assim acontece quando alguém escolhe construir a vida no matrimónio, constituindo família. Assim acontece quando alguém sente fascínio pela vida consagrada. Assim acontece na vida laical, profissional, social e política.  Assim aconteceu junto ao mar da Galileia, quando Jesus, à hora de arrumar os cestos daquela pesca sem sucesso, Se faz encontrado, desafia os pescadores, faz-lhes um convite e deixa-lhes uma promessa. Entendendo o alcance da proposta de Jesus, logo deixam as suas seguranças, o seu pequeno mundo, as suas rotinas. Com total disponibilidade, arriscam aceitar o desafio de navegar por outros mares adentro, confiando na promessa do Senhor.
Esta semana, e sob a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Vocações, a Igreja une-se em oração pedindo ao Senhor que faça descobrir um verdadeiro projeto de amor para a vida de cada um, e que cada um tenha a coragem de arriscar com Ele e por Ele, sem medo, com confiança. Nesta semana, rezamos sobretudo pelas vocações ao ministério ordenado e à vida consagrada, sabendo, no entanto, que o terreno mais propício para que elas surjam é a própria família, aquelas famílias que vivem verdadeiramente a sua vocação matrimonial com alegria e esperança, respeitando a vida e ajudando os filhos a descobrir, na escuta, na oração e no discernimento, a sua própria vocação segundo o projeto de Deus.
Ajudemos a promover a família, celebremos e agradeçamos a vida, rezemos por muitas e santas vocações à vida laical, ao ministério ordenado, à vida matrimonial e à vida consagrada.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 10-05-2019.




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