terça-feira, 21 de maio de 2019





PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 22 de maio de 2019



QUARTA-FEIRA da semana V

S. Rita de Cássia, religiosa – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L 1 Act 15, 1-6; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5
Ev Jo 15, 1-8


* Na Diocese de Angra – B. João Baptista Machado, presbítero e mártir, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* Na Arquidiocese de Évora – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Arquidiocese – FESTA
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Aniversário da criação da Diocese (1545); Comemoração dos Pastores e benfeitores defuntos.
* Na Diocese de Leiria-Fátima – Aniversário da criação da Diocese (1545).
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da entrada solene e tomada de posse de D. Amândio José Tomás.
* Na Ordem Agostiniana – S. Rita de Cássia, religiosa – FESTA
* Na Ordem Carmelita, na Ordem dos Carmelitas Descalços e na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – S. Joaquina de Vedruna, religiosa, Fundadora das Carmelitas da Caridade – MF, MF e MO
* Na Companhia de Jesus – B. João Baptista Machado, presbítero e mártir – MF
* Na Ordem de São Domingos (Porto) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja de Cristo-Rei.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 70, 8.23
Cante a minha boca, Senhor, a vossa glória, proclamando continuamente os vossos louvores. Os meus lábios exultem de alegria. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, Pai santo, que amais a inocência e a restituís aos que a perderam, dirigi para Vós os corações dos vossos servos, para que vivam sempre na luz da vossa verdade aqueles que libertastes das trevas do erro. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 15, 1-6
«Decidiram que fossem tratar esta questão
com os Apóstolos e os anciãos»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia começaram a ensinar aos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundo a lei de Moisés, não podereis salvar-vos». Isto provocou um conflito e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé tiveram com eles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns discípulos subissem a Jerusalém para tratarem desta questão com os Apóstolos e os anciãos. Despedidos afavelmente pela Igreja, atravessaram a Fenícia e a Samaria, onde narravam a conversão dos gentios, causando grande contentamento a todos os irmãos. Ao chegarem a Jerusalém, foram recebidos pela Igreja, pelos Apóstolos e pelos anciãos, e contaram tudo o que Deus tinha feito por seu intermédio. Ergueram-se alguns homens do partido dos fariseus que tinham abraçado a fé, para dizerem que era preciso circuncidar os gentios e impor-lhes a observância da Lei de Moisés. Então os Apóstolos e os anciãos reuniram-se para examinar o assunto.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 121 (122), 1-2.3-4a.4b-5 (R. cf. 1)
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor. Repete-se

Ou: Aleluia. Repete-se

Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém. Refrão

Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor. Refrão

Segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David. Refrão


ALELUIA Jo 15, 4a.5b
Refrão: Aleluia Repete-se


Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós,
diz o Senhor.
Quem permanece em Mim dá fruto abundante. Refrão


EVANGELHO Jo 15, 1-8
«Quem permanece em Mim e Eu nele dá fruto abundante»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto. Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem. Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido. A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor, que em todo o tempo possamos alegrar-nos com estes mistérios pascais, de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção seja para nós causa de alegria eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal

ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Fomos resgatados pelo Sangue de Cristo,
que, ressuscitando de entre os mortos,
fez brilhar sobre nós a sua luz. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ouvi, Senhor, as nossas preces e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção nos auxiliem na vida presente e nos alcancem as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«Dá-me, senhor, o teu amor e a tua graça e isso me basta».

Santo Inácio de Loyola





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Atos 15, 1-6: Grande dificuldade, na Igreja primitiva, foi a passagem do Antigo ao Novo Testamento, do judaísmo para o cristianismo. A novidade do cristianismo não era facilmente aceite pelos judeus tradicionalistas. Era a consequência de se confundir o espírito com a letra. A lei de Moisés era o guia para Cristo, e não a palavra definitiva. Para encontrar uma solução para tal questão, reúne-se em Jerusalém um “concílio”.
 
Jo 15, 1-8 :A comparação entre o povo de Deus e a vinha é tradicional na Sagrada Escritura. Mas aqui é o próprio Jesus que Se apresenta como a videira, e aos seus discípulos como as varas da mesma. Tal comparação sublinha a identidade de vida, que, procedendo de Jesus, vivifica os membros da sua Igreja. Não se trata apenas de união exterior, mas de comunhão de vida que d’Ele nos vem.
 

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA


15.00 horas: Funeral em Nisa
16.30 horas: Oração do terço na Amieira
17.00 horas: Missa em Gáfete
17.30 horas: Oração do terço em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa
18.30 horas: Oração do terço em Alpalhão
21.00 horas: Oração do terço em Nisa.








A VOZ DO PASTOR



A PROPÓSITO MESMO QUE A DESPROPÓSITO
    
A Igreja é constituída por quem ainda peregrina neste mundo em direção à Pátria definitiva; por quem, após passar por esta vida, já contempla no Céu Deus uno e trino; e por quem, tendo morrido na graça e na amizade de Deus, embora seguro da sua salvação, ainda se purifica para entrar na alegria da bem-aventurança eterna (cf. CIgC954/1023/1031). Entre os que ainda peregrinamos e os que já adormeceram na paz de Cristo, existe uma verdadeira comunhão, uma comunhão reforçada pela comunicação dos bens espirituais, uma comunhão que reclama o exercício da verdadeira e mútua caridade fraterna. Os que estão no Céu são para nós um exemplo e um estímulo, intercedem por nós, são um auxílio. Pelos que ainda se purificam, nós rezamos, é um dever de caridade e de justiça. A esta purificação final dos que estão salvos a Igreja chama Purgatório. Acreditando nesta comunicação de todos os membros do Corpo Místico de Cristo, a Igreja que ainda peregrina por este mundo, de facto, sempre cultivou a memória dos defuntos. Sempre ofereceu sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico, recomendando também, como sufrágio, a indulgência, a esmola e as obras de penitência. Judas Macabeu, no início do século I antes de Cristo, dizia que é coisa santa e salutar rezar pelos mortos e mandou oferecer um sacrifício pelos pecados dos que tinham morrido, para que fossem libertados do pecado (cf. 2Mac 12,46). O Concilio Vaticano II tornou presente esta nossa união vital com os irmãos que já estão na glória celeste ou que, após a morte, sofrem a purificação. E não se inibiu de voltar a propor a doutrina do II Concílio de Niceia, do de Florença e do de Trento. (cf. LG50-51). Como não sabemos nem temos o direito de julgar, é claro que rezamos por todos os que morrem, sabendo embora que a oração só é sufrágio pelos fiéis defuntos, pelos defuntos que foram fiéis, pelos que estão salvos, mas que ainda se purificam.

E aqui está a minha questão. Sabemos que há quem reze muito pelos seus familiares e amigos depois de eles terem morrido. Sabemos que há quem tenha muita devoção e reze pelas benditas almas do Purgatório. E bem, é bom! No entanto, também acontece que há quem, apesar de rezar muito pelos mortos, se esquece de rezar pelos vivos e, não raro, até lhes faz a vida cara: “rezam pelos mortos e andam aos pontapés aos vivos”. Não estou a dizer que não se deve rezar pelos mortos, deve, sim, rezar pelos mortos é um dever de caridade e de justiça. Só estou a querer questionar as nossas atitudes e a colocar “em dúvida académica” os possíveis frutos dessa oração, para nós e para aqueles por quem rezamos. É que, como já dissemos, essa oração é pelos fiéis defuntos, pelos defuntos que foram fiéis, pelos defuntos que estão salvos. Na verdade, há muita gente com grande dedicação aos outros, cuidando que nada lhes falte: companhia, cuidados de higiene, medicação, alimentação, médico à cabeceira. Muito bem, é bom que assim seja. Menos bom, porém, se permanecêssemos sossegados perante alguém que sempre viveu, vive e se prevê venha a falecer, pelo menos aparentemente, sem arrependimento, alimentando ódios e sentimentos de vingança, autoexcluindo-se, definitivamente, da comunhão com os outros, com Deus rico em misericórdia e com os bem-aventurados. Embora acreditemos que sempre possa haver, na hora da morte, um momento de reconsideração e de conversão; embora saibamos que Deus é rico em misericórdia e tem os Seus desígnios de amor; embora saibamos que Ele veio para nos salvar e não quer que alguém se condene; embora acreditemos nisso, a possibilidade de autoexclusão desta comunhão eterna existe: é aquilo que designamos por “Inferno”.

A propósito, a Mensagem de Fátima, que também engloba dimensões escatológicas, dimensões que estão para além desta vida, usa formas de catequese muito vivas e concretas sobre tal temática. E pede conversão individual, e pede oração e penitência pela conversão dos pecadores, tal como Jesus, que morreu para nos salvar, pediu. Na quarta Aparição, Nossa Senhora dizia aos Pastorinhos que há muita gente que não se salva porque não há quem se sacrifique e reze por ela. Na Carta Encíclica Mystici Corporis, Pio XII escrevia: “Tremendo mistério, e nunca assaz meditado: Que a salvação de muitos depende das orações e dos sacrifícios voluntários, feitos com esta intenção, pelos membros do corpo místico de Jesus Cristo, e da colaboração que pastores e féis, sobretudo os pais e mães de família, devem prestar ao divino Salvador” (MC43). E tantos são os cristãos que, por preconceitos, respeito humano ou indiferença de quem os rodeia, morrem sem apoio espiritual na hora da agonia, sem a celebração dos sacramentos e sem o acompanhamento orante que purifique, reconforte e dê esperança!... Não será melhor que, em vez de esperar que eles morram para depois lhes rezar pela alma, não será melhor rezar por eles enquanto vivos e tudo fazer para que morram em paz e na graça de Deus, em comunhão consigo próprios, com os outros e com Deus, para depois, como defuntos que foram fiéis, usufruírem da oração da Igreja? Claro que sim, é um dever de todos nós: “Saiba que aquele que reconduz um pecador desencaminhado salvará a sua alma da morte e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5, 20).

Santa Rita de Cássia, teve um marido que não era flor que se cheirasse. Era-lhe infiel no matrimónio, bebia demais, causava sofrimento em casa, fomentava violência e rixas na cidade. Embora sofrendo, sempre ela se preocupava e rezava pela conversão do marido que acabou por se converter, mudou de vida. Um dia, porém, saindo para trabalhar, seu marido não voltou a casa. O seu passado ainda pesava, fora assassinado por quem, tal como hoje, não acreditava na sua conversão, por preconceitos, medos ou vinganças. Os dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Rita, porém, se tinha feito tudo para converter o seu marido, pede agora ao Senhor que os filhos não cometam tal crime, se convertam ao amor de Deus e ao perdão. E a graça aconteceu, perdoaram ao assassino do pai. Acometidos de peste, ambos morreram em paz. Santa Rita de Cássia é invocada como advogada das causas perdidas e dos impossíveis, ela acreditava na força da oração e sempre teve a consciência do seu papel de esposa, de mãe, de viúva e, depois, como religiosa agostiniana. 

Santa Mónica, ainda jovem, casou-se com Patrício, homem violento e pagão. Seu filho mais velho, jovem inteligente e brilhante professor, levava vida leviana. Mónica vivia preocupada com a conversão da sua família, não desistia de rezar e de fazer tudo quanto estava ao seu alcance para ver a conversão de seu marido e filho. Nunca se deixou abater pelas dificuldades sentidas. Seu marido converteu-se, morreu santamente. Seu filho, igualmente, converteu-se já depois do pai ter falecido, é Santo Agostinho, foi Bispo, é doutor da Igreja. Um dia, Mónica disse a Agostinho: “... já nada espero deste mundo. Havia só uma razão pela qual desejava prolongar um pouco mais esta vida: ver-te cristão católico, antes de morrer. Deus concedeu-me esta graça de modo superabundante ...”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 17-05-2019.







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