PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda, 06 de maio de 2019
Segunda da III semana
de Páscoa
Ofício da féria
SEGUNDA-FEIRA
da semana III
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 6, 8-15; Sal 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30
Ev Jo 6, 22-29
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. Domingos Sávio – FESTA
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 6, 8-15; Sal 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30
Ev Jo 6, 22-29
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. Domingos Sávio – FESTA
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Ressuscitou o Bom Pastor,
que deu a vida pelas suas ovelhas
e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade para poderem voltar ao bom caminho, concedei a quantos se declaram cristãos que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome, sigam fielmente as exigências da sua fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 6, 8-15
«Não eram capazes de resistir à sabedoria
e ao Espírito Santo com que ele falava»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Ressuscitou o Bom Pastor,
que deu a vida pelas suas ovelhas
e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade para poderem voltar ao bom caminho, concedei a quantos se declaram cristãos que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome, sigam fielmente as exigências da sua fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 6, 8-15
«Não eram capazes de resistir à sabedoria
e ao Espírito Santo com que ele falava»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo. Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão, mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava. Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir blasfémias contra Moisés e contra Deus». Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio, apresentando falsas testemunhas, que disseram: «Este homem não cessa de proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei, pois ouvimo-l’O dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que recebemos de Moisés». Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto parecia o rosto de um Anjo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 23-24.26-27.29-30 (R. 1b)
Refrão: Ditosos os que seguem a lei do Senhor. Repete-se
Ainda que os príncipes conspirem contra mim,
o vosso servo meditará os vossos decretos.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros. Refrão
Expus meus caminhos e destes-me ouvidos:
ensinai-me os vossos decretos.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas. Refrão
Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a graça da vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos. Refrão
ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia Repete-se
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 6, 22-29
«Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,
mas pelo alimento que dura até à vida eterna»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos. Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?» Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas, de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 27
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz, diz o Senhor. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor.
«A humildade não é covardia. A mansidão não é fraqueza»
Swani Sivananda
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Actos
6, 8-15: Estamos em presença das primeiras manifestações do
Espírito na Igreja. É agora que o mistério de Jesus se começa a revelar aos
homens para além do grupo que O tinha acompanhado em sua vida mortal. E é o
Espírito Santo quem o revela. Então em Estêvão, o primeiro mártir, como depois
em todos os outros mártires, a Páscoa de Jesus vai arrastando em si os que se
deixam ensinar pela sabedoria do Espírito Santo. O processo de S. Estêvão segue
os mesmos passos que o de Jesus: as mesmas falsas testemunhas, o mesmo ódio da
parte dos acusadores; e, da parte de Estêvão, o mesmo olhar fixo em Deus e as
mesmas palavras de perdão para os seus algozes, como Jesus para aqueles que O
crucificavam.
Ap
5, 11-14: Com a Sua Ressurreição, Jesus Cristo foi constituído
Senhor de todas as coisas, de todos os seres espirituais e materiais, mesmo
daqueles cuja existência ainda não conhecemos. Centro de toda a criação, que
para Ele ficou orientada, o Senhor Ressuscitado, confundindo-se agora com a
única Majestade de Deus, recebe o agradecimento e o louvor da assembleia dos
santos. Unindo-se a este louvor, as nossas assembleias eucarísticas, inundadas
de alegria pascal, testemunham que Jesus Cristo, nosso Deus, é o verdadeiro
Senhor da História.
Jo
6, 22-29: A partir da multiplicação dos pães, proclamada na
semana anterior, Jesus vai fazer uma longa catequese sobre o Pão da Vida. E
começa, hoje, por criar nos seus ouvintes a fome de Deus, pela fé, pois que os
sacramentos são sinais da fé. A multiplicação dos pães e dos peixes era também
um sinal. Jesus tinha matado a fome àquela gente com o alimento que lhe
multiplicara no monte. Mas, o alimento de que eles precisam e que devem
esforçar-se por encontrar é Ele próprio, o Senhor, a quem alcançarão pela fé.
Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se com o alimento que leva à
vida eterna.
REZANDO A PALAVRA
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
15.00
horas: Funeral em Belver
21.00
horas: Mês de Maria em Nisa – Espirito Santo.
A VOZ DO PASTOR
O
Dia da Mãe vem primeiro, o da Europa logo depois. Mesmo que elas não topem
piada e se ponham no sério a olhar o rolo da massa ou o cabo da vassoura, vou-me
meter com elas. Aquela que é mãe, é mãe, está tudo dito; a outra, a Europa,
luta por ser mãe, mas, pelo que somos capazes de enxergar, a coisa não lhe está
nada fácil. A mãe existe desde que o mundo é mundo e sem qualquer dúvida quanto
à sua espécie e natureza; a Europa, esta de que falamos, nasceu no século
passado, mas tem muitas dúvidas sobre si própria. É verdade que a mãe também
anda por aí muito apreensiva, com os olhos arregalados e a mão na boca. Gente
de estranhos saberes propala que a mulher nunca nasceu nem nasce mulher, é uma
construção social, é fruto duma escolha posterior, tal como o homem. A própria
maternidade, como especificidade feminina, é uma opressão, é uma discriminação
injusta, dizem tais colonizadores ideológicos; a Europa, coitada, sem qualquer
dessas veleidades, nasceu feminina, não teve direito a escolha. É verdade que
não sabemos bem o que ela é. Também não sabemos bem o que deseja ser. As
perspetivas são tantas que depende dos gostos de quem a olha e dela fala: é uma
questão de amores, é cultura das elites! A mãe, mesmo que tenha uma só casa e
sem grandes condições, está sempre de portas abertas para receber os seus
filhos. Fica feliz e cheia de alegria sempre que isso acontece e os netos
gritam e saltitam por todos os cantos, ainda que, com pena, mas a todos por
igual, só tenha sopa para lhes dar; a Europa marca dias para receber, em seus
palácios, alguns dos seus filhos, sobretudo os de gravata. A mãe não precisa de
se fazer valer. Por isso, quando acolhe os seus filhos, não lhes faz discursos
nem quer que lhos façam, não os faz participar em debates insonsos, nem lhes
faz visitas guiadas e enfadonhas à casa, nem lhes organiza atividades para os
entreter enquanto estão, até porque o tempo parece sempre pouco para estar com eles,
e vice-versa; a Europa, essa sim, os visitantes são convidados a participar em
debates solenes, em visitas guiadas, e, por esse mundo fora, organizam-se
atividades para provar quanto ela vale, quanto ela é importante, quanto é
necessário que ela seja amada, porque, embora pareça, não é madrasta, convém
que se saiba! A mãe, acolhe e faz tudo, discreta e abnegadamente, para que os
seus filhos sejam felizes, alegres e brincalhões, cresçam escorreitos, gozem de
saúde, se acolham mutuamente, se estimem e respeitem; a Europa, mesmo que diga
que não, é mãe seletiva, faz aceção de pessoas, tem ressaibos racistas e
xenófobos, deixa crescer as desigualdades entre os filhos: a uns dá sopas e
deixa-os a viver na rua, a outros eleva-os a salários, castelos e reformas
doiradas. A mãe educa para a paz, para a fé, para a liberdade, para os valores,
o diálogo, o perdão, o trabalho, e sempre com alegria, com atenção aos mais
frágeis, com empenho e dedicação desinteressada; a Europa, que nasceu com
vocação de carvão e aço para ser, de facto, construtora da paz e da unidade
entre todos, porque mandou às malvas a educação que os pais lhe deram e acha
retrogrado apostar nessas coisas, está-se a esfrangalhar em saídas, não em
saídas por amor às preferias, mas por egoísmos de quem pensa que ainda manda no
mundo e pode exigir o sol na eira e a chuva no nabal. A mãe, mesmo que já
cansada, não faz eleições lá em casa para saber quem é que passa agora a mandar
e porquanto tempo o fará, não há propaganda eleitoral, há uma espécie de atenção
continua e discreta de toda a comunidade familiar para que todos se amem e
vivam bem e a nenhum falte o essencial para viver feliz e honestamente; em casa
da mãe Europa todos querem mandar. No entanto, dado que nem todos o podem
fazer, escolhem-se alguns dos que se apresentam como os melhores para tal
desempenho, para que mandem, nem que seja mal. Por isso, os que se consideram
mais dignos e capazes para tais andanças e ordenanças, já andam por aí, pelas
ruas, a querer convencer sobre o que lá vão mandar, a fazer ouvir o pouco que
dizem sem dizer nada, não sabendo nós, mesmo assim, se aquele pouco que dizem é
o muito que realmente pensam ou se apenas falam verdade quando dizem mal uns
dos outros! A vontade de se juntarem àqueles que por lá já riscam e
desarriscam, àqueles que já sabem quem deve tanto, quem empresta o quê, quem
paga a quem, quem é o próximo a cair no lixo e quem é o mártir das dores
ciáticas, tudo, tudo isso a tudo obriga e faz com que todos andem animados.
Ainda bem, aplaudimos e gostamos que assim seja! À mãe, neste dia, oferecemos
uma linda flor ou uma prenda, ou, se já faleceu, rezamos por ela, agradecidos e
com saudade; à mãe Europa vamos oferecer-lhe o voto, sim, é a única forma de
podermos participar na sua alegria ou na sua tristeza, depende dos olhares.
Votar é um dever, mesmo quando o tiro sai pela culatra e nos atira pelo chão.
Com uma oração e as melhores saudações para todas as mães, a todos deixo um
poema de Filipa Leal sobre a Europa, um poema integrado no festival de Poesia
de Berlim sob “Um diálogo europeu em versos”, e que li em Focussocial – Revista
de Economia Social, de dezembro de 2016:
“A EUROPA
Apontas para o rosto sarcástico do sol
de Inverno
E disparas. Há tantos meses que não chove – reparaste?
É o próprio céu a desistir de ti. E mesmo assim tu disparas, só sabes disparar.
Estás enganada, Europa. Envelheceste mal e perdeste a humildade.
Não é contra o sarcasmo que disparas, não é contra o Inverno,
Nem sequer contra o insólito, contra o desespero.
Tu disparas contra a luz.
Podes atirar-me tudo à cara, Europa: bombas, palavras, relatório de contas.
Podes até atirar-nos à cara um deputado, uma cimeira.
Mas os teus filhos não querem gravatas. Os teus filhos querem paz.
Os teus filhos não querem que lhes dês a sopa. Os teus filhos querem trabalhar.
Há tantos meses que não chove – reparaste?
A terra está seca. Nem abraçados à terra conseguimos dormir.
Enquanto te escrevo, tu continuas a fazer contas, Europa.
Quem deve. Quem empresta. Quem paga.
Mas os teus filhos têm fome, têm sono. Os teus filhos têm medo do escuro.
Os teus filhos precisam que lhes cantes uma canção, que os vás adormecer.
Eu acreditei em ti e tu roubaste-me o futuro e o dos meus irmãos.
Se estamos calados, Europa, é apenas porque, contrários ao teu gesto,
Nós não queremos disparar.” (Filipa Leal)
.......
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-05-2019.
E disparas. Há tantos meses que não chove – reparaste?
É o próprio céu a desistir de ti. E mesmo assim tu disparas, só sabes disparar.
Estás enganada, Europa. Envelheceste mal e perdeste a humildade.
Não é contra o sarcasmo que disparas, não é contra o Inverno,
Nem sequer contra o insólito, contra o desespero.
Tu disparas contra a luz.
Podes atirar-me tudo à cara, Europa: bombas, palavras, relatório de contas.
Podes até atirar-nos à cara um deputado, uma cimeira.
Mas os teus filhos não querem gravatas. Os teus filhos querem paz.
Os teus filhos não querem que lhes dês a sopa. Os teus filhos querem trabalhar.
Há tantos meses que não chove – reparaste?
A terra está seca. Nem abraçados à terra conseguimos dormir.
Enquanto te escrevo, tu continuas a fazer contas, Europa.
Quem deve. Quem empresta. Quem paga.
Mas os teus filhos têm fome, têm sono. Os teus filhos têm medo do escuro.
Os teus filhos precisam que lhes cantes uma canção, que os vás adormecer.
Eu acreditei em ti e tu roubaste-me o futuro e o dos meus irmãos.
Se estamos calados, Europa, é apenas porque, contrários ao teu gesto,
Nós não queremos disparar.” (Filipa Leal)
.......
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-05-2019.
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