domingo, 5 de maio de 2019




PARÓQUIAS DE NISA

Segunda, 06 de maio de 2019








Segunda da III semana de Páscoa

Ofício da féria






SEGUNDA-FEIRA da semana III

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L 1 Act 6, 8-15; Sal 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30
Ev Jo 6, 22-29


* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. Domingos Sávio – FESTA



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Ressuscitou o Bom Pastor,
que deu a vida pelas suas ovelhas
e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade para poderem voltar ao bom caminho, concedei a quantos se declaram cristãos que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome, sigam fielmente as exigências da sua fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Actos 6, 8-15
«Não eram capazes de resistir à sabedoria
e ao Espírito Santo com que ele falava»

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo. Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão, mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava. Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir blasfémias contra Moisés e contra Deus». Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio, apresentando falsas testemunhas, que disseram: «Este homem não cessa de proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei, pois ouvimo-l’O dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que recebemos de Moisés». Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto parecia o rosto de um Anjo.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 23-24.26-27.29-30 (R. 1b)
Refrão: Ditosos os que seguem a lei do Senhor. Repete-se


Ainda que os príncipes conspirem contra mim,
o vosso servo meditará os vossos decretos.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros. Refrão

Expus meus caminhos e destes-me ouvidos:
ensinai-me os vossos decretos.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas. Refrão

Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a graça da vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos. Refrão


ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia Repete-se


Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão


EVANGELHO Jo 6, 22-29
«Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,
mas pelo alimento que dura até à vida eterna»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos. Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?» Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas, de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 27
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz, diz o Senhor. Aleluia.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor.






«A humildade não é covardia. A mansidão não é fraqueza»

Swani Sivananda




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Actos 6, 8-15: Estamos em presença das primeiras manifestações do Espírito na Igreja. É agora que o mistério de Jesus se começa a revelar aos homens para além do grupo que O tinha acompanhado em sua vida mortal. E é o Espírito Santo quem o revela. Então em Estêvão, o primeiro mártir, como depois em todos os outros mártires, a Páscoa de Jesus vai arrastando em si os que se deixam ensinar pela sabedoria do Espírito Santo. O processo de S. Estêvão segue os mesmos passos que o de Jesus: as mesmas falsas testemunhas, o mesmo ódio da parte dos acusadores; e, da parte de Estêvão, o mesmo olhar fixo em Deus e as mesmas palavras de perdão para os seus algozes, como Jesus para aqueles que O crucificavam.

Ap 5, 11-14: Com a Sua Ressurreição, Jesus Cristo foi constituído Senhor de todas as coisas, de todos os seres espirituais e materiais, mesmo daqueles cuja existência ainda não conhecemos. Centro de toda a criação, que para Ele ficou orientada, o Senhor Ressuscitado, confundindo-se agora com a única Majestade de Deus, recebe o agradecimento e o louvor da assembleia dos santos. Unindo-se a este louvor, as nossas assembleias eucarísticas, inundadas de alegria pascal, testemunham que Jesus Cristo, nosso Deus, é o verdadeiro Senhor da História.

Jo 6, 22-29: A partir da multiplicação dos pães, proclamada na semana anterior, Jesus vai fazer uma longa catequese sobre o Pão da Vida. E começa, hoje, por criar nos seus ouvintes a fome de Deus, pela fé, pois que os sacramentos são sinais da fé. A multiplicação dos pães e dos peixes era também um sinal. Jesus tinha matado a fome àquela gente com o alimento que lhe multiplicara no monte. Mas, o alimento de que eles precisam e que devem esforçar-se por encontrar é Ele próprio, o Senhor, a quem alcançarão pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se com o alimento que leva à vida eterna.


REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA


15.00 horas: Funeral em Belver
21.00 horas: Mês de Maria em Nisa – Espirito Santo.




A VOZ DO PASTOR



DIA DA MÃE SEM SOPAS NEM GRAVATAS
O Dia da Mãe vem primeiro, o da Europa logo depois. Mesmo que elas não topem piada e se ponham no sério a olhar o rolo da massa ou o cabo da vassoura, vou-me meter com elas. Aquela que é mãe, é mãe, está tudo dito; a outra, a Europa, luta por ser mãe, mas, pelo que somos capazes de enxergar, a coisa não lhe está nada fácil. A mãe existe desde que o mundo é mundo e sem qualquer dúvida quanto à sua espécie e natureza; a Europa, esta de que falamos, nasceu no século passado, mas tem muitas dúvidas sobre si própria. É verdade que a mãe também anda por aí muito apreensiva, com os olhos arregalados e a mão na boca. Gente de estranhos saberes propala que a mulher nunca nasceu nem nasce mulher, é uma construção social, é fruto duma escolha posterior, tal como o homem. A própria maternidade, como especificidade feminina, é uma opressão, é uma discriminação injusta, dizem tais colonizadores ideológicos; a Europa, coitada, sem qualquer dessas veleidades, nasceu feminina, não teve direito a escolha. É verdade que não sabemos bem o que ela é. Também não sabemos bem o que deseja ser. As perspetivas são tantas que depende dos gostos de quem a olha e dela fala: é uma questão de amores, é cultura das elites! A mãe, mesmo que tenha uma só casa e sem grandes condições, está sempre de portas abertas para receber os seus filhos. Fica feliz e cheia de alegria sempre que isso acontece e os netos gritam e saltitam por todos os cantos, ainda que, com pena, mas a todos por igual, só tenha sopa para lhes dar; a Europa marca dias para receber, em seus palácios, alguns dos seus filhos, sobretudo os de gravata. A mãe não precisa de se fazer valer. Por isso, quando acolhe os seus filhos, não lhes faz discursos nem quer que lhos façam, não os faz participar em debates insonsos, nem lhes faz visitas guiadas e enfadonhas à casa, nem lhes organiza atividades para os entreter enquanto estão, até porque o tempo parece sempre pouco para estar com eles, e vice-versa; a Europa, essa sim, os visitantes são convidados a participar em debates solenes, em visitas guiadas, e, por esse mundo fora, organizam-se atividades para provar quanto ela vale, quanto ela é importante, quanto é necessário que ela seja amada, porque, embora pareça, não é madrasta, convém que se saiba! A mãe, acolhe e faz tudo, discreta e abnegadamente, para que os seus filhos sejam felizes, alegres e brincalhões, cresçam escorreitos, gozem de saúde, se acolham mutuamente, se estimem e respeitem; a Europa, mesmo que diga que não, é mãe seletiva, faz aceção de pessoas, tem ressaibos racistas e xenófobos, deixa crescer as desigualdades entre os filhos: a uns dá sopas e deixa-os a viver na rua, a outros eleva-os a salários, castelos e reformas doiradas. A mãe educa para a paz, para a fé, para a liberdade, para os valores, o diálogo, o perdão, o trabalho, e sempre com alegria, com atenção aos mais frágeis, com empenho e dedicação desinteressada; a Europa, que nasceu com vocação de carvão e aço para ser, de facto, construtora da paz e da unidade entre todos, porque mandou às malvas a educação que os pais lhe deram e acha retrogrado apostar nessas coisas, está-se a esfrangalhar em saídas, não em saídas por amor às preferias, mas por egoísmos de quem pensa que ainda manda no mundo e pode exigir o sol na eira e a chuva no nabal. A mãe, mesmo que já cansada, não faz eleições lá em casa para saber quem é que passa agora a mandar e porquanto tempo o fará, não há propaganda eleitoral, há uma espécie de atenção continua e discreta de toda a comunidade familiar para que todos se amem e vivam bem e a nenhum falte o essencial para viver feliz e honestamente; em casa da mãe Europa todos querem mandar. No entanto, dado que nem todos o podem fazer, escolhem-se alguns dos que se apresentam como os melhores para tal desempenho, para que mandem, nem que seja mal. Por isso, os que se consideram mais dignos e capazes para tais andanças e ordenanças, já andam por aí, pelas ruas, a querer convencer sobre o que lá vão mandar, a fazer ouvir o pouco que dizem sem dizer nada, não sabendo nós, mesmo assim, se aquele pouco que dizem é o muito que realmente pensam ou se apenas falam verdade quando dizem mal uns dos outros! A vontade de se juntarem àqueles que por lá já riscam e desarriscam, àqueles que já sabem quem deve tanto, quem empresta o quê, quem paga a quem, quem é o próximo a cair no lixo e quem é o mártir das dores ciáticas, tudo, tudo isso a tudo obriga e faz com que todos andem animados. Ainda bem, aplaudimos e gostamos que assim seja! À mãe, neste dia, oferecemos uma linda flor ou uma prenda, ou, se já faleceu, rezamos por ela, agradecidos e com saudade; à mãe Europa vamos oferecer-lhe o voto, sim, é a única forma de podermos participar na sua alegria ou na sua tristeza, depende dos olhares. Votar é um dever, mesmo quando o tiro sai pela culatra e nos atira pelo chão. Com uma oração e as melhores saudações para todas as mães, a todos deixo um poema de Filipa Leal sobre a Europa, um poema integrado no festival de Poesia de Berlim sob “Um diálogo europeu em versos”, e que li em Focussocial – Revista de Economia Social, de dezembro de 2016:

“A EUROPA
Apontas para o rosto sarcástico do sol de Inverno
E disparas. Há tantos meses que não chove – reparaste?
É o próprio céu a desistir de ti. E mesmo assim tu disparas, só sabes disparar.
Estás enganada, Europa. Envelheceste mal e perdeste a humildade.
Não é contra o sarcasmo que disparas, não é contra o Inverno,
Nem sequer contra o insólito, contra o desespero.
Tu disparas contra a luz.
Podes atirar-me tudo à cara, Europa: bombas, palavras, relatório de contas.
Podes até atirar-nos à cara um deputado, uma cimeira.
Mas os teus filhos não querem gravatas. Os teus filhos querem paz.
Os teus filhos não querem que lhes dês a sopa. Os teus filhos querem trabalhar.
Há tantos meses que não chove – reparaste?
A terra está seca. Nem abraçados à terra conseguimos dormir.
Enquanto te escrevo, tu continuas a fazer contas, Europa.
Quem deve. Quem empresta. Quem paga.
Mas os teus filhos têm fome, têm sono. Os teus filhos têm medo do escuro.
Os teus filhos precisam que lhes cantes uma canção, que os vás adormecer.
Eu acreditei em ti e tu roubaste-me o futuro e o dos meus irmãos.
Se estamos calados, Europa, é apenas porque, contrários ao teu gesto,
Nós não queremos disparar.” (Filipa Leal)
.......
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-05-2019.









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