PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta, 29 de maio de 2019
Quarta da VI semana de Páscoa
Ofício da féria ou da memória
QUARTA-FEIRA da semana VI
S. Paulo VI, papa – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 17, 15. 22 – 18, 1; Sal 148, 1-2. 11-12ab. 12c-14a. 14bcd
Ev Jo 16, 12-15
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António José Cavaco Carrilho, Bispo Emérito do Funchal (1999).
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Elias de S. Clemente, virgem – MF
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. José Kowalski, presbítero e mártir – MO e MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 17, 15. 22 – 18, 1; Sal 148, 1-2. 11-12ab. 12c-14a. 14bcd
Ev Jo 16, 12-15
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António José Cavaco Carrilho, Bispo Emérito do Funchal (1999).
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Elias de S. Clemente, virgem – MF
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. José Kowalski, presbítero e mártir – MO e MF
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 17, 50
; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Senhor, que, celebrando agora o mistério da ressurreição do vosso Filho, mereçamos alegrar-nos com todos os Santos, quando Ele vier na sua glória. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 17, 15.22 - 18, 1
«Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Senhor, que, celebrando agora o mistério da ressurreição do vosso Filho, mereçamos alegrar-nos com todos os Santos, quando Ele vier na sua glória. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 17, 15.22 - 18, 1
«Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas e voltaram em seguida, encarregados de transmitirem a Silas e a Timóteo a ordem de irem ter com Paulo o mais depressa possível. Um dia, Paulo, de pé no meio do Areópago, disse: «Atenienses, vejo que sois em tudo extremamente reli¬gio¬sos. Na verdade, quando eu andava percorrendo a vossa cidade e observando os vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Pois bem: Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe é o Senhor do céu e da terra. Não habita em templos feitos por mãos humanas, nem é servido pelas mãos dos homens, como se tivesse necessidade de alguma coisa. É Ele que a todos dá a vida, a respiração e tudo o mais. Criou de um só homem todo o género humano, para habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente para O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n’Ele que vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos vossos poetas: ‘Somos da raça de Deus’. Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem. Sem olhar a estes tempos de ignorância, Deus fez saber agora aos homens que todos e em toda a parte se devem arrepender; pois Ele fixou um dia em que há-de julgar o universo com justiça por meio de um homem que escolheu, e deu a todos motivo de crédito, ressuscitando-O de entre os mortos». Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, alguns zombavam, mas outros disseram: «Havemos de te ouvir falar disto ainda outra vez». Foi assim que Paulo saiu do meio deles. No entanto, alguns homens juntaram-se a Paulo e abraçaram a fé: entre eles, Dionísio, o Areopagita, e também uma mulher chamada Dâmaris, e outros com eles. Depois disto, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 148, 1-2.11-12ab.12bc-14a.14bcd
Refrão: O céu e a terra proclamam a vossa glória. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Louvai o Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas,
louvai-O, todos os seus Anjos. Refrão
Reis e povos do mundo,
príncipes e todos os juízes da terra,
jovens e donzelas, velhos e crianças; Refrão
Louvem todos o nome do Senhor,
porque o seu nome é sublime,
a sua majestade está acima do céu e da terra. Refrão
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel, seu povo eleito. Refrão
ALELUIA cf. Jo 14, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre. Refrão
EVANGELHO Jo 16, 12-15
«Tudo o que o Pai tem é meu.
O Espírito receberá do que é meu, para vo-lo anunciar»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há-de anunciá-lo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício, nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«De pouco vale a riqueza
da conta bancária quando há pobreza de coração»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS Atos 17, 15.22 - 18, 1: Paulo
chega a Atenas, a capital da Grécia, que foi a escola de todo o saber da
antiguidade. À vista da multidão dos deuses adorados pelos pagãos, Paulo
anuncia-lhes o Deus de Jesus Cristo. Pode observar-se como, a não-judeus, Paulo
não parte da Escritura, mas da ordem natural. Partindo de Deus Criador, chega
até Jesus Cristo ressuscitado. Mas, chegando aqui, aqueles homens não
conseguiram ouvir mais; a ressurreição estava acima da sua filosofia.
Jo 16, 12-15: A ciência dos gregos, apesar de ser a mais alta do tempo, não conseguiu ultrapassar a limitada medida do homem. A própria palavra divina, mesmo anunciada por Jesus, mas escutada pelos ouvidos, ainda muito terrenos, dos discípulos, não conseguiu ser entendida logo que escutada. Será só depois o Espírito de Deus que conduzirá os mesmos discípulos até à compreensão profunda dessa mesma palavra.
REZANDO A PALAVRA
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
17.00 horas: Missa em
Gáfete
17.30 horas: Oração do
Terço em Gáfete
17.30 horas: Oração do
Terço em Tolosa
18,00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.30 horas: Oração do
terço em Alpalhão
21.00 horas: Oração do
terço em Nisa.
A VOZ DO PASTOR
CUIDADO, NÃO SUJE OS SAPATOS!...
Sim, cuidado com o esterco do diabo, não se deixe sujar nem se escandalize,
é palavra de santo!... Mas convenhamos que algum desse esterco até faz jeito.
Inclusive faz falta em pé de meia, sobretudo quando sabemos que o diabo anda
por aí à solta a gerar corruptos, agiotas, onzenários, avaros e trapaceiros com
a conivência de bancos públicos que emprestam milhões aos bens falantes, sem
avaliar riscos, e negam uns tostões aos de mãos calejadas, regra geral gente
séria e de palavra honrada. Ser radicalmente alérgico a tal esterco é tolice,
lá isso é, é não fechar bem a gaveta. Essa coisa tão desconsiderada quão amada
e que se dá pelo nome de grana, pataca, massa, pilim, caroço, milho, guita,
bago, cacau, papel, prata, pasta, arame, chapa, carcanhol - e mais o leitor
acrescentará! -, essa coisa é aquilo com que se compram os melões de Almeirim,
os pepinos não sei de onde, a sericaia com ameixa de Elvas, a tigelada da
Sertã, a palha de Abrantes, como dantes, as amêndoas de Portalegre, o maranho,
o bucho e o borrego estonado de Oleiros, as fraldas para o bebé, a bengala para
os mais sabidos... Sem isso, estando nas lonas ou tesos, sem cheta, não se pode
abrir, de quando em vez, os cordões à bolsa, nem apaziguar o ser humano, nem
alegrar uma família que se olha com fome em tristeza e dor. Pior ainda quando
tal flagelo brota da indigência e da miséria. Sim, o andar constantemente de
mãos a abanar faz ter a sensação de andar sempre com a corda ao pescoço,
humilha, retrai, tira a liberdade, exclui da participação social!
No entanto, uma coisa é ter o necessário para viver com dignidade, outra coisa
é a ganância e o lucro à custa da falsa fraternidade entre os homens e os
povos, à custa da avidez pelos recursos da natureza, à custa da exploração e da
corrupção que não se importa de esmagar, descartar e destruir até mesmo esta
nossa casa comum, a criação, a natureza. Mas nada de novo sobre a face da
terra. Cristo veio-nos alertar, deu a vida por nós e pediu-nos mudança de
coração. No entanto, virando-Lhe as costas e auto elevados, em pés de barro,
como os maiores, tornamo-nos petulantes em dureza do coração e continuamos a
ser “um povo de cabeça dura” (Ex 32,9). No século IV, Santo Ambrósio de Milão
já se insurgia contra os alambazados: “Quantos são sacrificados nos preparos da
vossa alegria? Avidez nefasta; nefasta sumptuosidade. Este caiu dum telhado
quando erguia celeiros maiores para as vossas colheitas. Aquele tombou do alto
duma árvore quando colhia as uvas que dela pendem para produzir vinhos dignos
do teu banquete. Outro ainda afogou-se quando no mar procurava o peixe ou as
ostras que temias viessem a faltar à tua mesa... Aquele, que por acaso te
desagradou, foi vergastado até à morte diante dos teus olhos, salpicando com o
sangue derramado os teus festins. Houve até um rico que ordenou que lhe
trouxessem à mesa a cabeça dum pobre profeta; não encontrou melhor forma de
favorecer uma dançarina do que ordenar a morte de um pobre”.
Vem tudo isto a propósito duma iniciativa que o Papa Francisco, com olhar
profético sobre o mundo e a humanidade de hoje, resolveu anunciar no princípio
deste mês de maio. É uma iniciativa de se lhe tirar o chapéu, uma iniciativa
inédita, na esperança de poder contribuir para a mudança da atual economia e da
economia do amanhã. Ele não desiste de bater na mouche. Já na sua viagem
apostólica à Bolívia, por exemplo, afirmava: “Hoje, a comunidade científica
aceita aquilo que os pobres já há muito denunciam: estão a produzir-se danos
talvez irreversíveis no ecossistema. Está-se a castigar a terra, os povos e as
pessoas de forma quase selvagem. E por trás de tanto sofrimento, tanta morte e
destruição, sente-se o cheiro daquilo que Basílio de Cesareia – um dos
primeiros teólogos da Igreja – chamava «o esterco do diabo»: reina a ambição
desenfreada de dinheiro. É este o esterco do diabo. O serviço ao bem comum fica
em segundo plano. Quando o capital se torna um ídolo e dirige as opções dos
seres humanos, quando a avidez do dinheiro domina todo o sistema
socioecónomico, arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo,
destrói a fraternidade inter-humana, faz lutar povo contra povo e até, como
vemos, põe em risco esta nossa casa comum, a irmã e mãe terra”.
Consciente de que os jovens “são capazes de escutar com o coração os
gritos cada vez mais angustiantes da Terra e dos seus pobres”; com a certeza de
que os jovens sabem “sonhar e começar a construir, com a ajuda de Deus, um
mundo mais justo e mais belo”; acreditando que "as universidades, empresas
e organizações são laboratórios de esperança para novas formas de compreender a
economia e o progresso, combater a cultura do desperdício, dar voz a quem não
tem nenhuma e propor novos estilos de vida"; convidando para esse encontro
"alguns dos melhores especialistas em ciências económicas, assim como
empresários que já estão comprometidos a nível mundial com uma economia coerente
com este ideal", o Papa Francisco convocou estudantes e jovens
economistas, empreendedores e empreendedoras de todo o mundo, jovens que tenham
a coragem de ser "protagonistas da mudança", para um encontro a
realizar em março de 2020, em Assis, Itália. O seu principal objetivo é dar
início a um modelo económico "diferente, que permita às pessoas viver e
não matar, incluir e não excluir, humanizar e não desumanizar, cuidar da
Criação e não depredar".
A iniciativa terá o nome de "Economia de Francisco", em homenagem
a São Francisco de Assis que se despojou “de toda a mundanidade”, se fez “pobre
com os pobres” e deu origem a uma visão económica que “pode dar esperança ao
nosso futuro, solucionar os problemas estruturais da economia mundial,
beneficiar não só os mais pobres, mas toda a humanidade”. De facto, precisam-se
“modelos de crescimento capazes de garantir o respeito pelo ambiente, o
acolhimento da vida, o cuidado da família, a equidade social, a dignidade dos
trabalhadores, os direitos das futuras gerações”. Este apelo da “gravidade dos
problemas” desafia a “promover em conjunto”, através de um “pacto comum”, um
processo de “mudança global”, concretizado por todos os jovens,
independentemente do credo e das nacionalidades, “unidos pelo ideal da fraternidade,
atento sobretudo aos pobres e aos excluídos”. Tal apelo reclama incrementar “um
novo modelo económico”, que se baseie na “cultura da comunhão”, na
“fraternidade e na equidade”. E “todos, mesmo todos” somos chamados a “mudar
esquemas mentais e morais” em ordem ao bem comum, afirma Francisco.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-05-2019.
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