PARÓQUIAS
DE NISA
Terça, 07 de maio de 2019
Terça da III
semana de Páscoa
Ofício da féria
TERÇA-FEIRA
da semana III
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 7, 51 – 8, 1a; Sal 30 (31), 3cd-4. 6ab e 7b e 8a. 17 e 21ab
Ev Jo 6, 30-35
* Na Ordem Agostiniana – B. Maria de S. José Alvarado, virgem – MF
* Na Congregação dos Missionários Monfortinos – B. Maria Luísa Trichet, virgem, co-fundadora das Filhas da Sabedoria – MO
* Na Congregação das Servas de Maria – I Vésp. de Nossa Senhora, Saúde dos Enfermos.
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – I Vésp. de S. Madalena de Canossa.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 7, 51 – 8, 1a; Sal 30 (31), 3cd-4. 6ab e 7b e 8a. 17 e 21ab
Ev Jo 6, 30-35
* Na Ordem Agostiniana – B. Maria de S. José Alvarado, virgem – MF
* Na Congregação dos Missionários Monfortinos – B. Maria Luísa Trichet, virgem, co-fundadora das Filhas da Sabedoria – MO
* Na Congregação das Servas de Maria – I Vésp. de Nossa Senhora, Saúde dos Enfermos.
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – I Vésp. de S. Madalena de Canossa.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Ap 19, 5; 12,
10
Louvai o Senhor, todos os seus servos, pequenos e grandes,
porque chegou a salvação e o poder e o reino de Cristo. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de misericórdia, que abris as portas do vosso reino aos homens renascidos pela água e pelo Espírito Santo, aumentai em nós os dons da vossa graça, para que, purificados de toda a culpa, possamos alcançar a herança prometida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 7, 51 - 8, 1a
«Senhor Jesus, recebe o meu espírito»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Louvai o Senhor, todos os seus servos, pequenos e grandes,
porque chegou a salvação e o poder e o reino de Cristo. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de misericórdia, que abris as portas do vosso reino aos homens renascidos pela água e pelo Espírito Santo, aumentai em nós os dons da vossa graça, para que, purificados de toda a culpa, possamos alcançar a herança prometida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 7, 51 - 8, 1a
«Senhor Jesus, recebe o meu espírito»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo. Como foram os vossos antepassados, assim sois vós também. A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora traidores e assassinos, vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes cumprido». Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os dentes contra Estêvão. Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus de pé à sua direita e exclamou: «Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus». Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se todos contra ele, empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito». Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Dito isto, expirou. Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 30 (31), 3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab (R. 6a)
Refrão: Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação;
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me. Refrão
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança:
hei de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia. Refrão
Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.
Como é grande, Senhor, a vossa bondade,
que tendes reservada para os que Vos temem. Refrão
ALELUIA Jo 6, 35ab
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o pão da vida, diz o Senhor;
quem vem a Mim nunca mais terá fome. Refrão
EVANGELHO Jo 6, 30-35
«Não é Moisés, mas meu Pai, que vos dá o verdadeiro pão do Céu»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse a multidão a Jesus: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do céu’». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão que vem do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja em festa: Vós que lhe destes tão grande alegria, fazei-a tomar parte na felicidade eterna. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 6, 8
Se morremos com Cristo, com Cristo viveremos. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo e fazei chegar à gloriosa ressurreição da carne aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna. Por Nosso Senhor.
«A pergunta mais urgente que precisa de ser feita é:
‘o que fazes a favor dos outros?’»
Martin
Luther King
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Actos
7, 51 - 8, 1a: A morte de S. Estêvão é apresentada como
a morte de Jesus. O Rei dos Mártires continuará, no Corpo místico da sua
Igreja, o mistério da sua própria Paixão. E à imitação do Senhor na Cruz, a
Igreja, a começar por Estêvão, vai-se entregando a Deus em gesto de confiança
no Pai e em oração, feita de amor pelos homens, a começar pelos que a
perseguem..
Jo
6, 30-35: Jesus continua a afirmar-Se como o verdadeiro
alimento da fé. Ele é “o Pão que veio do Céu”, “o Pão de Deus”. Aos israelitas
no deserto, tinha-lhes sido dado o maná, vindo do céu. Mas, muito mais do que o
maná, é este Pão que Deus nos enviou, o seu próprio Filho, para que acreditemos
n’Ele e O recebamos pela fé. Assim vai sendo explicado, ao longo de toda a fala
de Jesus neste capítulo 6 de S. João, o “sinal” da multiplicação dos pães. A
ideia principal está no fim da leitura de hoje. S. João usa uma linguagem
simbólica.
REZANDO A PALAVRA
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
15.00
horas: Atendimento em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão
21.00
horas: Encontro da Escola de Cursilhistas no Calvário, em Nisa.
A VOZ DO PASTOR
O
Dia da Mãe vem primeiro, o da Europa logo depois. Mesmo que elas não topem
piada e se ponham no sério a olhar o rolo da massa ou o cabo da vassoura,
vou-me meter com elas. Aquela que é mãe, é mãe, está tudo dito; a outra, a
Europa, luta por ser mãe, mas, pelo que somos capazes de enxergar, a coisa não
lhe está nada fácil. A mãe existe desde que o mundo é mundo e sem qualquer
dúvida quanto à sua espécie e natureza; a Europa, esta de que falamos, nasceu
no século passado, mas tem muitas dúvidas sobre si própria. É verdade que a mãe
também anda por aí muito apreensiva, com os olhos arregalados e a mão na boca.
Gente de estranhos saberes propala que a mulher nunca nasceu nem nasce mulher,
é uma construção social, é fruto duma escolha posterior, tal como o homem. A
própria maternidade, como especificidade feminina, é uma opressão, é uma
discriminação injusta, dizem tais colonizadores ideológicos; a Europa, coitada,
sem qualquer dessas veleidades, nasceu feminina, não teve direito a escolha. É
verdade que não sabemos bem o que ela é. Também não sabemos bem o que deseja
ser. As perspetivas são tantas que depende dos gostos de quem a olha e dela
fala: é uma questão de amores, é cultura das elites! A mãe, mesmo que tenha uma
só casa e sem grandes condições, está sempre de portas abertas para receber os
seus filhos. Fica feliz e cheia de alegria sempre que isso acontece e os netos
gritam e saltitam por todos os cantos, ainda que, com pena, mas a todos por
igual, só tenha sopa para lhes dar; a Europa marca dias para receber, em seus
palácios, alguns dos seus filhos, sobretudo os de gravata. A mãe não precisa de
se fazer valer. Por isso, quando acolhe os seus filhos, não lhes faz discursos
nem quer que lhos façam, não os faz participar em debates insonsos, nem lhes
faz visitas guiadas e enfadonhas à casa, nem lhes organiza atividades para os
entreter enquanto estão, até porque o tempo parece sempre pouco para estar com
eles, e vice-versa; a Europa, essa sim, os visitantes são convidados a
participar em debates solenes, em visitas guiadas, e, por esse mundo fora,
organizam-se atividades para provar quanto ela vale, quanto ela é importante, quanto
é necessário que ela seja amada, porque, embora pareça, não é madrasta, convém
que se saiba! A mãe, acolhe e faz tudo, discreta e abnegadamente, para que os
seus filhos sejam felizes, alegres e brincalhões, cresçam escorreitos, gozem de
saúde, se acolham mutuamente, se estimem e respeitem; a Europa, mesmo que diga
que não, é mãe seletiva, faz aceção de pessoas, tem ressaibos racistas e
xenófobos, deixa crescer as desigualdades entre os filhos: a uns dá sopas e
deixa-os a viver na rua, a outros eleva-os a salários, castelos e reformas
doiradas. A mãe educa para a paz, para a fé, para a liberdade, para os valores,
o diálogo, o perdão, o trabalho, e sempre com alegria, com atenção aos mais
frágeis, com empenho e dedicação desinteressada; a Europa, que nasceu com
vocação de carvão e aço para ser, de facto, construtora da paz e da unidade
entre todos, porque mandou às malvas a educação que os pais lhe deram e acha
retrogrado apostar nessas coisas, está-se a esfrangalhar em saídas, não em
saídas por amor às preferias, mas por egoísmos de quem pensa que ainda manda no
mundo e pode exigir o sol na eira e a chuva no nabal. A mãe, mesmo que já
cansada, não faz eleições lá em casa para saber quem é que passa agora a mandar
e porquanto tempo o fará, não há propaganda eleitoral, há uma espécie de
atenção continua e discreta de toda a comunidade familiar para que todos se
amem e vivam bem e a nenhum falte o essencial para viver feliz e honestamente;
em casa da mãe Europa todos querem mandar. No entanto, dado que nem todos o
podem fazer, escolhem-se alguns dos que se apresentam como os melhores para tal
desempenho, para que mandem, nem que seja mal. Por isso, os que se consideram
mais dignos e capazes para tais andanças e ordenanças, já andam por aí, pelas
ruas, a querer convencer sobre o que lá vão mandar, a fazer ouvir o pouco que
dizem sem dizer nada, não sabendo nós, mesmo assim, se aquele pouco que dizem é
o muito que realmente pensam ou se apenas falam verdade quando dizem mal uns
dos outros! A vontade de se juntarem àqueles que por lá já riscam e
desarriscam, àqueles que já sabem quem deve tanto, quem empresta o quê, quem
paga a quem, quem é o próximo a cair no lixo e quem é o mártir das dores
ciáticas, tudo, tudo isso a tudo obriga e faz com que todos andem animados.
Ainda bem, aplaudimos e gostamos que assim seja! À mãe, neste dia, oferecemos
uma linda flor ou uma prenda, ou, se já faleceu, rezamos por ela, agradecidos e
com saudade; à mãe Europa vamos oferecer-lhe o voto, sim, é a única forma de
podermos participar na sua alegria ou na sua tristeza, depende dos olhares.
Votar é um dever, mesmo quando o tiro sai pela culatra e nos atira pelo chão.
Com uma oração e as melhores saudações para todas as mães, a todos deixo um
poema de Filipa Leal sobre a Europa, um poema integrado no festival de Poesia
de Berlim sob “Um diálogo europeu em versos”, e que li em Focussocial – Revista
de Economia Social, de dezembro de 2016:
“A EUROPA
Apontas para o rosto sarcástico do sol
de Inverno
E disparas. Há tantos meses que não chove – reparaste?
É o próprio céu a desistir de ti. E mesmo assim tu disparas, só sabes disparar.
Estás enganada, Europa. Envelheceste mal e perdeste a humildade.
Não é contra o sarcasmo que disparas, não é contra o Inverno,
Nem sequer contra o insólito, contra o desespero.
Tu disparas contra a luz.
Podes atirar-me tudo à cara, Europa: bombas, palavras, relatório de contas.
Podes até atirar-nos à cara um deputado, uma cimeira.
Mas os teus filhos não querem gravatas. Os teus filhos querem paz.
Os teus filhos não querem que lhes dês a sopa. Os teus filhos querem trabalhar.
Há tantos meses que não chove – reparaste?
A terra está seca. Nem abraçados à terra conseguimos dormir.
Enquanto te escrevo, tu continuas a fazer contas, Europa.
Quem deve. Quem empresta. Quem paga.
Mas os teus filhos têm fome, têm sono. Os teus filhos têm medo do escuro.
Os teus filhos precisam que lhes cantes uma canção, que os vás adormecer.
Eu acreditei em ti e tu roubaste-me o futuro e o dos meus irmãos.
Se estamos calados, Europa, é apenas porque, contrários ao teu gesto,
Nós não queremos disparar.” (Filipa Leal)
.......
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-05-2019.
E disparas. Há tantos meses que não chove – reparaste?
É o próprio céu a desistir de ti. E mesmo assim tu disparas, só sabes disparar.
Estás enganada, Europa. Envelheceste mal e perdeste a humildade.
Não é contra o sarcasmo que disparas, não é contra o Inverno,
Nem sequer contra o insólito, contra o desespero.
Tu disparas contra a luz.
Podes atirar-me tudo à cara, Europa: bombas, palavras, relatório de contas.
Podes até atirar-nos à cara um deputado, uma cimeira.
Mas os teus filhos não querem gravatas. Os teus filhos querem paz.
Os teus filhos não querem que lhes dês a sopa. Os teus filhos querem trabalhar.
Há tantos meses que não chove – reparaste?
A terra está seca. Nem abraçados à terra conseguimos dormir.
Enquanto te escrevo, tu continuas a fazer contas, Europa.
Quem deve. Quem empresta. Quem paga.
Mas os teus filhos têm fome, têm sono. Os teus filhos têm medo do escuro.
Os teus filhos precisam que lhes cantes uma canção, que os vás adormecer.
Eu acreditei em ti e tu roubaste-me o futuro e o dos meus irmãos.
Se estamos calados, Europa, é apenas porque, contrários ao teu gesto,
Nós não queremos disparar.” (Filipa Leal)
.......
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-05-2019.
Sem comentários:
Enviar um comentário