quarta-feira, 29 de maio de 2019





PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 30 de maio de 2019








Quinta da VI semana de Páscoa
Ofício próprio






QUINTA-FEIRA da semana VI
Rogações.

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria ou uma das abaixo sugeridas, pf. pascal.

L 1 Act 18, 1-8; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4
Ev Jo 16, 16-20


As Rogações são preces públicas da Igreja dirigidas ao Senhor pelas diversas necessidades dos homens e, mais especialmente no campo, pelas sementeiras e frutos da terra, e ações de graças por tudo quanto Deus nos dá. Podem rezar-se ou cantar-se as Ladainhas dos Santos e fazer-se a procissão, porventura com a bênção dos campos. Sugerem-se os textos indicados pelo Missal Romano para a Missa pela santificação do trabalho (MR, p. 1224) e para a Missa em qualquer necessidade (MR, p. 1239-1240), e as leituras propostas pelo Leccionário.

* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Baptista Varano, virgem – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Marta Wiecka, virgem – MO
* Nas Filhas de Maria, Mãe da Igreja – B. Matilde do Sagrado Coração Téllez Robles, Fundadora da Congregação – FESTA
* Na Diocese de Beja (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – I Vésp. da Visitação de Nossa Senhora.
* Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – I Vésp. de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 67, 8-9.20
Quando saístes, Senhor, à frente do vosso povo,
abrindo-lhe o caminho e habitando no meio dele,
estremeceu a terra e abriram-se as fontes do céu. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que nos fizestes tomar parte no mistério da redenção, concedei que vivamos sempre na alegria da ressurreição de Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 18, 1-8
«Ficou em casa deles para trabalharem juntos e falava na sinagoga»



Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto. Encontrou lá um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado de Itália, com Priscila, sua mulher, porque o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo juntou-se a eles e, como era da mesma profissão, fabricante de tendas, ficou em sua casa para trabalharem juntos. Todos os sábados, Paulo falava na sinagoga, procurando convencer tanto judeus como gregos. Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedónia, Paulo consagrou-se totalmente à pregação, afirmando aos judeus que Jesus era o Messias. Mas perante a oposição e blasfémias deles, sacudiu as vestes e declarou-lhes: «O vosso sangue recaia sobre as vossas cabeças. Eu não sou responsável por isso. A partir de agora, vou dirigir-me aos gentios». Saiu dali e foi para casa de Tício Justo, homem que adorava a Deus e morava junto da sinagoga. Entretanto, Crispo, chefe da sinagoga, acreditou no Senhor, ele e a sua família, e muitos coríntios que ouviam a palavra de Paulo abraçavam também a fé e recebiam o Batismo.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b)
Refrão: O Senhor manifestou a salvação a todos os povos. Repete-se
Ou: Diante dos povos, manifestou Deus a salvação. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória. Refrão

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel. Refrão

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai. Refrão


ALELUIA cf. Jo 14, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor;
voltarei para junto de vós e exultareis de alegria. Refrão


EVANGELHO Jo 16, 16-20
«Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me». Alguns discípulos disseram entre si: «Que significa isto que nos diz: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’, e ainda: ‘Eu vou para o Pai’?». E perguntavam: «Que é esse pouco tempo de que Ele fala? Não sabemos o que está a dizer». Jesus percebeu que O queriam interrogar e disse-lhes: «Procurais entre vós compreender as minhas palavras: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’. Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas, de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«Se tenho algo e se sou alguém, tudo o devo Deus»

Santo António Maria Claret





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS Atos 18, 1-8: De Atenas, a capital, Paulo desce a Corinto, cidade marítima, populosa, mal reputada do ponto de vista moral. A presença de Paulo em Corinto começou de maneira simples e modesta. A sua palavra foi primeiro dirigida aos judeus, na sinagoga. A recusa, uma vez mais repetida, dos que estavam mais preparados para a escutar, levou Paulo a voltar-se para os pagãos, que o escutaram e abraçaram a fé.
 
Jo 16, 16-20: Será ao longo de toda a sua vida que a Igreja irá experimentando o mistério da morte e da vida, de tristeza e de alegria, que é a sua participação na Páscoa de Cristo. Mas, depois da Ressurreição do Senhor, mesmo as suas tristezas são agora sofridas na alegria da esperança!

 
REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA



10.30 horas: Funeral em Nisa
17.30 horas: Oração do Terço em Gáfete
17.30 horas: Oração do Terço em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa
18.30 horas: Oração do terço em Alpalhão
21.00 horas: Oração do terço em Nisa.






A VOZ DO PASTOR



CUIDADO, NÃO SUJE OS SAPATOS!...

Sim, cuidado com o esterco do diabo, não se deixe sujar nem se escandalize, é palavra de santo!... Mas convenhamos que algum desse esterco até faz jeito. Inclusive faz falta em pé de meia, sobretudo quando sabemos que o diabo anda por aí à solta a gerar corruptos, agiotas, onzenários, avaros e trapaceiros com a conivência de bancos públicos que emprestam milhões aos bens falantes, sem avaliar riscos, e negam uns tostões aos de mãos calejadas, regra geral gente séria e de palavra honrada. Ser radicalmente alérgico a tal esterco é tolice, lá isso é, é não fechar bem a gaveta. Essa coisa tão desconsiderada quão amada e que se dá pelo nome de grana, pataca, massa, pilim, caroço, milho, guita, bago, cacau, papel, prata, pasta, arame, chapa, carcanhol - e mais o leitor acrescentará! -, essa coisa é aquilo com que se compram os melões de Almeirim, os pepinos não sei de onde, a sericaia com ameixa de Elvas, a tigelada da Sertã, a palha de Abrantes, como dantes, as amêndoas de Portalegre, o maranho, o bucho e o borrego estonado de Oleiros, as fraldas para o bebé, a bengala para os mais sabidos... Sem isso, estando nas lonas ou tesos, sem cheta, não se pode abrir, de quando em vez, os cordões à bolsa, nem apaziguar o ser humano, nem alegrar uma família que se olha com fome em tristeza e dor. Pior ainda quando tal flagelo brota da indigência e da miséria. Sim, o andar constantemente de mãos a abanar faz ter a sensação de andar sempre com a corda ao pescoço, humilha, retrai, tira a liberdade, exclui da participação social! 

No entanto, uma coisa é ter o necessário para viver com dignidade, outra coisa é a ganância e o lucro à custa da falsa fraternidade entre os homens e os povos, à custa da avidez pelos recursos da natureza, à custa da exploração e da corrupção que não se importa de esmagar, descartar e destruir até mesmo esta nossa casa comum, a criação, a natureza. Mas nada de novo sobre a face da terra. Cristo veio-nos alertar, deu a vida por nós e pediu-nos mudança de coração. No entanto, virando-Lhe as costas e auto elevados, em pés de barro, como os maiores, tornamo-nos petulantes em dureza do coração e continuamos a ser “um povo de cabeça dura” (Ex 32,9). No século IV, Santo Ambrósio de Milão já se insurgia contra os alambazados: “Quantos são sacrificados nos preparos da vossa alegria? Avidez nefasta; nefasta sumptuosidade. Este caiu dum telhado quando erguia celeiros maiores para as vossas colheitas. Aquele tombou do alto duma árvore quando colhia as uvas que dela pendem para produzir vinhos dignos do teu banquete. Outro ainda afogou-se quando no mar procurava o peixe ou as ostras que temias viessem a faltar à tua mesa... Aquele, que por acaso te desagradou, foi vergastado até à morte diante dos teus olhos, salpicando com o sangue derramado os teus festins. Houve até um rico que ordenou que lhe trouxessem à mesa a cabeça dum pobre profeta; não encontrou melhor forma de favorecer uma dançarina do que ordenar a morte de um pobre”. 

Vem tudo isto a propósito duma iniciativa que o Papa Francisco, com olhar profético sobre o mundo e a humanidade de hoje, resolveu anunciar no princípio deste mês de maio. É uma iniciativa de se lhe tirar o chapéu, uma iniciativa inédita, na esperança de poder contribuir para a mudança da atual economia e da economia do amanhã. Ele não desiste de bater na mouche. Já na sua viagem apostólica à Bolívia, por exemplo, afirmava: “Hoje, a comunidade científica aceita aquilo que os pobres já há muito denunciam: estão a produzir-se danos talvez irreversíveis no ecossistema. Está-se a castigar a terra, os povos e as pessoas de forma quase selvagem. E por trás de tanto sofrimento, tanta morte e destruição, sente-se o cheiro daquilo que Basílio de Cesareia – um dos primeiros teólogos da Igreja – chamava «o esterco do diabo»: reina a ambição desenfreada de dinheiro. É este o esterco do diabo. O serviço ao bem comum fica em segundo plano. Quando o capital se torna um ídolo e dirige as opções dos seres humanos, quando a avidez do dinheiro domina todo o sistema socioecónomico, arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, faz lutar povo contra povo e até, como vemos, põe em risco esta nossa casa comum, a irmã e mãe terra”.

 Consciente de que os jovens “são capazes de escutar com o coração os gritos cada vez mais angustiantes da Terra e dos seus pobres”; com a certeza de que os jovens sabem “sonhar e começar a construir, com a ajuda de Deus, um mundo mais justo e mais belo”; acreditando que "as universidades, empresas e organizações são laboratórios de esperança para novas formas de compreender a economia e o progresso, combater a cultura do desperdício, dar voz a quem não tem nenhuma e propor novos estilos de vida"; convidando para esse encontro "alguns dos melhores especialistas em ciências económicas, assim como empresários que já estão comprometidos a nível mundial com uma economia coerente com este ideal", o Papa Francisco convocou estudantes e jovens economistas, empreendedores e empreendedoras de todo o mundo, jovens que tenham a coragem de ser "protagonistas da mudança", para um encontro a realizar em março de 2020, em Assis, Itália. O seu principal objetivo é dar início a um modelo económico "diferente, que permita às pessoas viver e não matar, incluir e não excluir, humanizar e não desumanizar, cuidar da Criação e não depredar".

A iniciativa terá o nome de "Economia de Francisco", em homenagem a São Francisco de Assis que se despojou “de toda a mundanidade”, se fez “pobre com os pobres” e deu origem a uma visão económica que “pode dar esperança ao nosso futuro, solucionar os problemas estruturais da economia mundial, beneficiar não só os mais pobres, mas toda a humanidade”. De facto, precisam-se “modelos de crescimento capazes de garantir o respeito pelo ambiente, o acolhimento da vida, o cuidado da família, a equidade social, a dignidade dos trabalhadores, os direitos das futuras gerações”. Este apelo da “gravidade dos problemas” desafia a “promover em conjunto”, através de um “pacto comum”, um processo de “mudança global”, concretizado por todos os jovens, independentemente do credo e das nacionalidades, “unidos pelo ideal da fraternidade, atento sobretudo aos pobres e aos excluídos”. Tal apelo reclama incrementar “um novo modelo económico”, que se baseie na “cultura da comunhão”, na “fraternidade e na equidade”. E “todos, mesmo todos” somos chamados a “mudar esquemas mentais e morais” em ordem ao bem comum, afirma Francisco. 

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-05-2019.
.





Sem comentários:

Enviar um comentário