PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 12 de junho de
2018
TERÇA DA X SEMANA DO
TEMPO COMUM
TERÇA-FEIRA da semana X
Verde – Ofício da
féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 1 Reis 17, 7-16; Sal 4, 2-3. 4-5. 7-8
Ev Mt 5, 13-16
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 1 Reis 17, 7-16; Sal 4, 2-3. 4-5. 7-8
Ev Mt 5, 13-16
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 26, 1-2
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem temerei?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?
ORAÇÃO
Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é recto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 17, 7-16
«Não se esgotou a panela da farinha,
como o Senhor prometera pela boca de Elias»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem temerei?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?
ORAÇÃO
Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é recto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 17, 7-16
«Não se esgotou a panela da farinha,
como o Senhor prometera pela boca de Elias»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, secou a torrente, junto da qual se tinha refugiado o profeta Elias, porque não tinha chovido na região. Então o Senhor dirigiu a palavra a Elias, dizendo: «Levanta-te, vai a Sarepta de Sidónia e fica lá, porque Eu ordenei a uma viúva que te dê alimento». Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar às portas da cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a e disse-lhe: «Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber». Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse: «Por favor, traz-me também um pedaço de pão». Mas ela respondeu: «Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não tenho pão cozido, mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na almotolia. Vim apanhar dois cavacos de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho. Depois comeremos e esperaremos a morte». Elias disse-lhe: «Não temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui. Depois farás pão para ti e teu filho. Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra’». A mulher foi e fez como Elias lhe mandara; e comeram ele, ela e seu filho. Desde aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou, nem se esvaziou a almotolia do azeite, como o Senhor prometera pela boca de Elias.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 4, 2-3.4-5.7-8 (R. 7a)
Refrão: Fazei brilhar sobre nós, Senhor,
a luz do vosso rosto. Refrão
Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim e ouvi a minha súplica.
Até quando, ó homens, sereis duros de coração?
Porque amais a vaidade e procurais a mentira? Refrão
Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco.
Tremei e não pequeis,
no silêncio dos vossos leitos falai ao vosso coração. Refrão
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?».
Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face.
Dais ao meu coração uma alegria maior
do que a deles na abundância de trigo e vinho. Refrão
ALELUIA Mt 5, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Brilhe a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. Refrão
EVANGELHO Mt 5, 13-16
«Vós sois a luz do mundo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor,
para os dons que apresentamos ao vosso altar
e fazei que esta oblação Vos seja agradável
e aumente em nós a caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 17, 3
Sois o meu protetor e o meu refúgio, Senhor;
sois o meu libertador; meu Deus, em Vós confio.
Ou 1 Jo 4, 16
Deus é amor.
Quem permanece no amor permanece em Deus
e Deus permanece nele.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a acção santificadora deste sacramento
nos liberte das más inclinações
e nos conduza a uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Qualquer direito que não leve consigo um dever, não merece ser
defendido
Ghandi
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que
leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que
leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste
“leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA - 1 Reis 17, 7-16 : Ontem ouvimos o profeta a
anunciar um longo tempo de seca, em consequência da infidelidade do rei. Hoje
vemo-lo a socorrer uma viúva, que sentia, aflita, as consequências do mesmo
flagelo. Assim, a ambos, de maneiras opostas, o homem de Deus dá testemunho do
poder e da bondade do Senhor.
Mt 5, 13-16 : Mt 5, 13-16 :Depois das
Bem-aventuranças, o sermão da montanha continua, em longa exposição, as grandes
perspetivas do reino de Deus. Como se entrará nele e nele se viverá? Não só com
a fé que se exprime em palavras, mas na que se vive na existência de cada dia:
sendo “sal”, que dá gosto, que evita a corrupção, que conserva a frescura;
sendo “luz”, que brilha, que ilumina, que é ponto de referência para guiar no
caminho, que revela as boas obras, para que os outros, ao observá-las, deem
glória ao Pai do Céu.
ORAÇÃO: Peço-te, senhor, uma
fé confiada e um coração generoso para que possa proclamar o Evangelho a onde
quer que me envies.
AGENDA
10.00 horas: Funeral no Pé da Serra
11.30 horas: Missa no Lar de Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Funeral em Tolosa
A VOZ DO PASTOR
RESPONDER E CRESCER COM ALEGRIA E
ESPERANÇA
Após
a III Assembleia Extraordinária, em outubro de 2014, e a XIV Assembleia Geral
Ordinária, em outubro de 2015, do Sínodo convocado pelo Papa Francisco para
tratar das situações que hoje afetam a família e desafiam a evangelização,
fomos presenteados com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Sem a pôr de parte, este Documento não trata tanto
da doutrina sobre o matrimónio e a família. Propõe-se, isso sim, tratar de
quatro pontos considerados urgentes na missão pastoral da Igreja, tendo sempre
presente que a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa artesanal. É uma
mensagem de fé e de esperança num tempo em que se tornou algo complexo
comprometer-se na vida familiar. Os quatro pontos aí apontados são: a
preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à
família na transmissão da fé e a maior integração eclesial dos divorciados a
viver em nova união. Ao falar sobre este último ponto, isto é, sobre a
necessidade de uma maior integração eclesial dos divorciados a viverem em
segunda união, o capítulo VIII trata, todo ele, da necessidade de acolher,
acompanhar, discernir e integrar estas pessoas. Chama a atenção para o dever
que os pastores têm de acompanhar as pessoas interessadas em fazer este
caminho, o caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja, as
orientações do Bispo diocesano e a Palavra de Deus como companheira de viagem.
É, pois, dentro desta determinação que acabo de apresentar à Diocese uma Carta
Pastoral com uma proposta de atuação, um método a seguir e algumas metas a
atingir, à qual dei o título de “A bem da família”. Apresenta alguns passos
positivos, passos a desenvolver no tempo, sem respostas rápidas, não há
receitas simples e imediatas. Oferece orientações que terão sempre de ser
adaptadas a cada situação e a cada pessoa, tendo presente o percurso histórico
de cada pessoa e não apenas um momento da sua vida. E não há casos iguais.
Neste percurso, olha-se para os critérios que a Exortação nos oferece para diferenciar
as diversas situações e dão-se pistas para acompanhar os interessados em ordem
ao discernimento da sua história, da sua situação. Realça a importância de um
elemento externo ao casal ou à pessoa, pois o confronto com essa pessoa, em
encontros regulares, é essencial, ajudará a desbloquear processos internos
pessoais e a libertar-se de outras feridas que anulem a realidade. A missão de
quem acompanha, como sabemos, não é julgar nem decidir, não é ser controlador,
é, sim, escutar e ajudar a que as pessoas tomem consciência da sua situação e
consigam tomar uma decisão que as aproxime de Deus e da Sua Palavra, confiando
n’Ele e aproximando-se dos irmãos na vivência da fé, descobrindo a beleza da
novidade cristã. Se não é possível mudar uma situação, é sempre possível
percorrer um caminho de maior integração eclesial e descobrir cada vez mais e
melhor que o amor de Deus não desiste de ninguém.
E
não se trata de adequar a pastoral à doutrina, trata-se sim, de não arrancar à
doutrina o selo pastoral que lhe é original e constitutivo, sem esquecer que a
linguagem da misericórdia incarna na vida e que o matrimónio é um caminho
dinâmico de crescimento e realização, como nos afirma a Exortação. O diálogo em
busca da verdade ajudará à formação de um juízo correto sobre aquilo que
dificulta a possibilidade de uma participação mais plena na vida da Igreja e
sobre os passos que a podem favorecer e fazer crescer nesse sentido, sem
rigorismos nem laxismos.
Este
caminho exige empenho e verdade, tanto aos pastores como aos fiéis. Assim nos
diz o Papa Francisco: “Convido os fiéis que vivem situações complexas a
aproximar-se com confiança para falar com os seus pastores ou com leigos que
vivem entregues ao Senhor (...). E convido os pastores a escutar, com carinho e
serenidade, com o desejo sincero de entrar no coração do drama das pessoas e
compreender o seu ponto de vista, para ajudá-las a viver melhor e reconhecer o
seu lugar na Igreja” (AL, 312). A estes casais que sinceramente querem viver
cristãmente, como membros da Igreja, convidamos, pois, a fazer este itinerário
com coragem e alegria, em busca da paz interior e da construção da sua
felicidade”.
Depois
de abordada a situação e não havendo qualquer fundamento para introduzir a
causa de declaração de nulidade do matrimónio, então, a quem deseja viver a fé
cristã em Igreja é-lhes pedido um itinerário de responsável discernimento
pessoal e pastoral, de forma a que possam chegar à melhor meta possível, sem
gerar angústia pela mera insistência em questões doutrinais, mas sentindo a
proximidade compassiva de quem as quer ajudar a fazer caminho caminhando. Não
se trata de procurar que Deus faça a vontade de quem está a discernir, mas que
quem está a discernir possa ir descobrindo e aceite aquilo que verdadeiramente
vai percebendo ser o melhor. Claro que não se trata de querer exceções,
privilégios ou dupla moral. Não se trata de garantir uma certa “ética da
situação”, nem tampouco satisfazer um certo individualismo que remete todo o
critério ético à consciência individual, ciosamente cerrada em si mesma,
tornada árbitro absoluto das suas determinações. O fazer memória e
reconciliar-se interiormente com tudo o que foi vivido no matrimónio
sacramental, a avaliação dos fatores atenuantes ou agravantes relativos à
responsabilidade, culpabilidade e imputabilidade da situação, bem como a
avaliação da relação atual, suas forças e fraquezas, perigos e potencialidades,
levará a uma tomada de decisão e à melhor maneira de a pôr em prática,
nomeadamente em relação ao acesso aos sacramentos. Se a integração é sempre
possível, a decisão em relação ao acesso aos sacramentos pode ser “sim”, pode
ser “não”, ou pode ser “para já não, porque reconhecemos que há passos ainda a
dar”, voltando, neste caso, a discernir mais tarde, pois o processo de discernimento
é dinâmico e deve permanecer aberto para novas etapas (cf. AL, 303).
Não
compete ao orientador espiritual tomar a decisão. Compete-lhe assegurar que
todo o processo decorra como deve, compete-lhe manifestar a todos a bondade e a
misericórdia de Deus que não abandona ninguém, compete-lhe reconhecer o papel
da consciência das pessoas, já que “somos chamados a formar as consciências,
não a pretender substituí-las (cf. AL37). As próprias pessoas é que, após um
percurso sério em busca da verdade, pois só a verdade nos libertará, tomarão a
decisão sincera e justa, procurando encontrar “os caminhos possíveis de
resposta a Deus e de crescimento no meio dos limites”, como refere a Exortação
em causa.
Antonino
Dias
Oleiros,
08-06-2018
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