quarta-feira, 20 de junho de 2018








PARÓQUIAS DE NISA



Quinta, 21 de junho de 2018












QuINTA DA XI SEMANA do tempo comum








QUINTA-FEIRA da semana XI

S. Luís Gonzaga, religioso – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Sir 48, 1-15 (gr. 1-14); Sal 96 (97), 1-2. 3-4. 5-6. 7
Ev Mt 6, 7-15


* Na Companhia de Jesus – S. Luís Gonzaga, religioso – MO

S. LUÍS GONZAGA, religioso

Nota Histórica
Nasceu em 1568 perto de Mântua, na Lombardia, filho dos príncipes de Castiglione. Educado cristãmente por sua mãe, desde cedo mostrou indícios de grande aspiração pela vida religiosa. Renunciando ao principado em favor de seu irmão, entrou na Companhia de Jesus em Roma; e, durante os estudos de teologia, entregando-se ao serviço dos enfermos nos hospitais, contraiu uma enfermidade que o levou à morte no ano 1591.

MISSA

ANTÍFONA DA ENTRADA cf . Salmo 23, 4.3
Aquele que tem as mãos inocentes e o coração puro
subirá à montanha do Senhor e habitará no seu santuário.


ORAÇÃO

Senhor nosso Deus, fonte de todos os dons espirituais, que reunistes no jovem São Luís Gonzaga a prática da penitência e uma admirável pureza de vida, concedei-nos, por seus méritos e intercessão, que o imitemos na penitência, já que não o imitamos na inocência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Sir 48, 1-15 (gr. 1-14)
«Elias foi envolvido pelo turbilhão
e Eliseu ficou cheio do seu espírito»


Leitura do Livro de Ben-Sirá

O profeta Elias surgiu como um fogo e a sua palavra queimava como um facho ardente. Fez vir a fome sobre os homens de Israel e no seu zelo reduziu-os a um pequeno número. Pela palavra do Senhor fechou o céu e três vezes fez descer o fogo. – Como foste admirável, Elias, pelos teus prodígios! Quem se pode gloriar de ser como tu? Arrancaste um homem à morte e o livraste do Abismo pelas palavras do Altíssimo. Tu levaste reis à ruína e precipitaste dos seus leitos homens ilustres. Ouviste repreensões no Sinai e decretos de castigo no Horeb. Tu sagraste reis para punirem o mal e profetas para te sucederem. Foste arrebatado num turbilhão de chamas e num carro puxado por cavalos de fogo. Foste designado, na perspectiva dos tempos futuros, para aplacar a ira divina antes que ela se inflamasse, para reconciliar com os filhos o coração dos pais e restabelecer as tribos de Jacob. Felizes os que te viram e os que morreram no amor de Deus, porque também nós certamente viveremos. – Por fim, Elias foi envolvido pelo turbilhão e Eliseu ficou cheio do seu espírito. Nos seus dias não tremeu diante de algum príncipe e ninguém conseguiu dominá-lo. Nada era demasiado difícil para as suas forças e até no sono da morte o seu corpo profetizou. Durante a vida fez prodígios e na morte as suas obras foram admiráveis.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 96 (97), 1-2.3-4.5-6.7 (R. 12a)
Refrão:
Alegrai-vos, justos, no Senhor. Repete-se

O Senhor é rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono. Refrão:

O fogo avança diante d’Ele
e devora em redor os seus inimigos.
Os seus relâmpagos iluminam o mundo,
a terra vê-os e estremece. Refrão:

Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória. Refrão:

São confundidos os que adoram imagens
e se vangloriam dos seus ídolos;
todos os deuses se prostram diante do Senhor. Refrão:


ALELUIA Rom 8, 15bc
Refrão: Aleluia Repete-se
Recebestes o Espírito de adoção filial;
nele clamamos: «Abba, ó Pai». Refrão:


EVANGELHO Mt 6, 7-15
«Orai assim»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor, que, a exemplo de São Luís Gonzaga, nos sentemos à vossa mesa, sempre revestidos da veste nupcial, para que, na participação destes santos mistérios, nos tornemos ricos da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24-25
O Senhor deu-lhes o pão do Céu,
o homem comeu o pão dos Anjos.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão dos Anjos, fazei que Vos sirvamos com uma vida digna e, a exemplo de São Luís Gonzaga, vivamos sempre em acção de graças. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo
 







 «Quanto menos possuímos mais podemos dar. Parece impossível mas não é. É a lógica do amor».



Madre terresa de Calcutá




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA – Sir 48, 1-15 (gr. 1-14) :O sábio, que deixou o livro donde esta leitura é tirada, celebra aqui, quase como num poema, a excelsa figura de Elias, deixando ainda uma rápida alusão a Eliseu. Por aqui se vê que, no próprio Antigo Testamento, os homens que viviam da sabedoria gostavam de contemplar as grandes figuras do seu passado como homens de Deus que tinham sido. Assim eles também nos ensinam a olhar para aqueles que a Igreja nos apresenta como justos, os Santos.


Mt 6, 7-15 :A oração de que o Senhor fala é evidentemente uma oração vocal, expressa com palavras, mas o Senhor insiste em que a oração é muito mais do que palavras. Estas são, antes de tudo, a voz do coração crente. A oração nasce da fé, e esta vem da palavra de Deus. A oração do homem é a sua resposta de fé à palavra que Deus primeiro lhe dirigiu. Por isso, a oração tem por assunto principal o que é fundamental no reino de Deus e na vida do homem. O ‘Pai nosso’ é o melhor resumo dessa oração cristã.
 
ORAÇÃO:  Pai santo, a tua misericórdia e amor chegue até nós, para que saibamos perdoar e perdoarmo-nos por todas as coisas em que nos causamos dor e nos separaram de Ti.






AGENDA
09.00 horas: Funeral em Gáfete
11.15 horas: Missa em S. Simão do Pé da Serrate
16.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Encontro com os zeladores pela Igreja Matriz de Nsa. Sra das Graças




A VOZ DO PASTOR


RESPONDER E CRESCER COM ALEGRIA E ESPERANÇA

Após a III Assembleia Extraordinária, em outubro de 2014, e a XIV Assembleia Geral Ordinária, em outubro de 2015, do Sínodo convocado pelo Papa Francisco para tratar das situações que hoje afetam a família e desafiam a evangelização, fomos presenteados com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Sem a pôr de parte, este Documento não trata tanto da doutrina sobre o matrimónio e a família. Propõe-se, isso sim, tratar de quatro pontos considerados urgentes na missão pastoral da Igreja, tendo sempre presente que a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa artesanal. É uma mensagem de fé e de esperança num tempo em que se tornou algo complexo comprometer-se na vida familiar. Os quatro pontos aí apontados são: a preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à família na transmissão da fé e a maior integração eclesial dos divorciados a viver em nova união. Ao falar sobre este último ponto, isto é, sobre a necessidade de uma maior integração eclesial dos divorciados a viverem em segunda união, o capítulo VIII trata, todo ele, da necessidade de acolher, acompanhar, discernir e integrar estas pessoas. Chama a atenção para o dever que os pastores têm de acompanhar as pessoas interessadas em fazer este caminho, o caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja, as orientações do Bispo diocesano e a Palavra de Deus como companheira de viagem. É, pois, dentro desta determinação que acabo de apresentar à Diocese uma Carta Pastoral com uma proposta de atuação, um método a seguir e algumas metas a atingir, à qual dei o título de “A bem da família”. Apresenta alguns passos positivos, passos a desenvolver no tempo, sem respostas rápidas, não há receitas simples e imediatas. Oferece orientações que terão sempre de ser adaptadas a cada situação e a cada pessoa, tendo presente o percurso histórico de cada pessoa e não apenas um momento da sua vida. E não há casos iguais. Neste percurso, olha-se para os critérios que a Exortação nos oferece para diferenciar as diversas situações e dão-se pistas para acompanhar os interessados em ordem ao discernimento da sua história, da sua situação. Realça a importância de um elemento externo ao casal ou à pessoa, pois o confronto com essa pessoa, em encontros regulares, é essencial, ajudará a desbloquear processos internos pessoais e a libertar-se de outras feridas que anulem a realidade. A missão de quem acompanha, como sabemos, não é julgar nem decidir, não é ser controlador, é, sim, escutar e ajudar a que as pessoas tomem consciência da sua situação e consigam tomar uma decisão que as aproxime de Deus e da Sua Palavra, confiando n’Ele e aproximando-se dos irmãos na vivência da fé, descobrindo a beleza da novidade cristã. Se não é possível mudar uma situação, é sempre possível percorrer um caminho de maior integração eclesial e descobrir cada vez mais e melhor que o amor de Deus não desiste de ninguém.
E não se trata de adequar a pastoral à doutrina, trata-se sim, de não arrancar à doutrina o selo pastoral que lhe é original e constitutivo, sem esquecer que a linguagem da misericórdia incarna na vida e que o matrimónio é um caminho dinâmico de crescimento e realização, como nos afirma a Exortação. O diálogo em busca da verdade ajudará à formação de um juízo correto sobre aquilo que dificulta a possibilidade de uma participação mais plena na vida da Igreja e sobre os passos que a podem favorecer e fazer crescer nesse sentido, sem rigorismos nem laxismos.
Este caminho exige empenho e verdade, tanto aos pastores como aos fiéis. Assim nos diz o Papa Francisco: “Convido os fiéis que vivem situações complexas a aproximar-se com confiança para falar com os seus pastores ou com leigos que vivem entregues ao Senhor (...). E convido os pastores a escutar, com carinho e serenidade, com o desejo sincero de entrar no coração do drama das pessoas e compreender o seu ponto de vista, para ajudá-las a viver melhor e reconhecer o seu lugar na Igreja” (AL, 312). A estes casais que sinceramente querem viver cristãmente, como membros da Igreja, convidamos, pois, a fazer este itinerário com coragem e alegria, em busca da paz interior e da construção da sua felicidade”.
Depois de abordada a situação e não havendo qualquer fundamento para introduzir a causa de declaração de nulidade do matrimónio, então, a quem deseja viver a fé cristã em Igreja é-lhes pedido um itinerário de responsável discernimento pessoal e pastoral, de forma a que possam chegar à melhor meta possível, sem gerar angústia pela mera insistência em questões doutrinais, mas sentindo a proximidade compassiva de quem as quer ajudar a fazer caminho caminhando. Não se trata de procurar que Deus faça a vontade de quem está a discernir, mas que quem está a discernir possa ir descobrindo e aceite aquilo que verdadeiramente vai percebendo ser o melhor. Claro que não se trata de querer exceções, privilégios ou dupla moral. Não se trata de garantir uma certa “ética da situação”, nem tampouco satisfazer um certo individualismo que remete todo o critério ético à consciência individual, ciosamente cerrada em si mesma, tornada árbitro absoluto das suas determinações. O fazer memória e reconciliar-se interiormente com tudo o que foi vivido no matrimónio sacramental, a avaliação dos fatores atenuantes ou agravantes relativos à responsabilidade, culpabilidade e imputabilidade da situação, bem como a avaliação da relação atual, suas forças e fraquezas, perigos e potencialidades, levará a uma tomada de decisão e à melhor maneira de a pôr em prática, nomeadamente em relação ao acesso aos sacramentos. Se a integração é sempre possível, a decisão em relação ao acesso aos sacramentos pode ser “sim”, pode ser “não”, ou pode ser “para já não, porque reconhecemos que há passos ainda a dar”, voltando, neste caso, a discernir mais tarde, pois o processo de discernimento é dinâmico e deve permanecer aberto para novas etapas (cf. AL, 303).
Não compete ao orientador espiritual tomar a decisão. Compete-lhe assegurar que todo o processo decorra como deve, compete-lhe manifestar a todos a bondade e a misericórdia de Deus que não abandona ninguém, compete-lhe reconhecer o papel da consciência das pessoas, já que “somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las (cf. AL37). As próprias pessoas é que, após um percurso sério em busca da verdade, pois só a verdade nos libertará, tomarão a decisão sincera e justa, procurando encontrar “os caminhos possíveis de resposta a Deus e de crescimento no meio dos limites”, como refere a Exortação em causa.

Antonino Dias
Oleiros, 08-06-2018










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