PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 14 de junho de
2018
quINTA DA X SEMANA
DO TEMPO COMUM
QUINTA-FEIRA
da semana X
Verde – Ofício da
féria.
Missa à escolha
L 1 1 Reis 18, 41-46; Sal 64 (65), 10abcd. 10e-11. 12-13
Ev Mt 5, 20-26
Missa à escolha
L 1 1 Reis 18, 41-46; Sal 64 (65), 10abcd. 10e-11. 12-13
Ev Mt 5, 20-26
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 26, 1-2
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem temerei?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?
ORAÇÃO
Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é reto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 18, 41-46
«Elias orou e o céu fez cair a chuva» (Tg 5, 18)
À dureza de coração e ao orgulho do rei dominado pelo espírito de uma rainha pagã, adoradora de falsos deuses, responde a fé e a confiança de Elias no Senhor, o Deus único. Depois dos longos anos de seca, à oração do profeta volta a chuva tão desejada. No Novo Testamento, S. Tiago toma a oração insistente de Elias como modelo da oração dos cristãos.
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem temerei?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?
ORAÇÃO
Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é reto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 18, 41-46
«Elias orou e o céu fez cair a chuva» (Tg 5, 18)
À dureza de coração e ao orgulho do rei dominado pelo espírito de uma rainha pagã, adoradora de falsos deuses, responde a fé e a confiança de Elias no Senhor, o Deus único. Depois dos longos anos de seca, à oração do profeta volta a chuva tão desejada. No Novo Testamento, S. Tiago toma a oração insistente de Elias como modelo da oração dos cristãos.
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, o profeta Elias disse ao rei Acab: «Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído da chuva». Enquanto Acab subiu para comer e beber, Elias foi ao cimo do monte Carmelo, prostrou-se em terra e pôs a cabeça entre os joelhos. Depois disse ao seu servo: «Sobe e olha em direção ao mar». O servo subiu, olhou e disse: «Não há nada». Elias ordenou-lhe: «Volta sete vezes». À sétima vez, o servo exclamou: «Do lado do mar vem subindo uma nuvenzinha, tão pequena como a palma da mão». Elias ordenou-lhe: «Vai dizer a Acab: ‘Manda atrelar os cavalos e desce, para que a chuva te não detenha’». Num instante o céu se cobriu de nuvens, soprou o vento e caiu uma forte chuvada. Acab subiu para o carro e seguiu para Jezrael. A mão do Senhor veio sobre Elias; ele prendeu as vestes à cintura e correu diante de Acab, até à entrada de Jezrael.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 64 (65), 10abcd.10e-11.12-13 (R. cf. 2a)
Refrão: A Vós, Senhor Deus, se ergam louvores em Sião. Repete-se
Visitastes a terra e a regastes,
enchendo-a de fertilidade.
As fontes do céu transbordam em água
e fazeis brotar o trigo. Refrão
Assim preparais a terra;
regais os seus sulcos e aplanais as leivas,
Vós a inundais de chuva
e abençoais as sementes. Refrão
Coroastes o ano com os vossos benefícios,
por onde passastes brotou a abundância.
Vicejam as pastagens do deserto
e os outeiros vestem-se de festa. Refrão
ALELUIA Jo 13, 34
Refrão: Aleluia Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor;
amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Refrão
EVANGELHO Mt 5, 20-26
«Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento»
A lei nova do Evangelho é superior à antiga Lei, como ponto de chegada que é do caminho anteriormente percorrido. A lei antiga denunciava a transgressão e levava ao castigo; a lei do Evangelho tem por base o amor, como foi o amor que levou o Filho de Deus a fazer-Se homem e a revelar aos homens que o próprio Deus é amor. Por isso, o discípulo de Cristo há-de aprender a amar como Cristo amou, que é afinal como Deus nos ama.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor,
para os dons que apresentamos ao vosso altar
e fazei que esta oblação Vos seja agradável
e aumente em nós a caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 17, 3
Sois o meu protetor e o meu refúgio, Senhor;
sois o meu libertador; meu Deus, em Vós confio.
Ou 1 Jo 4, 16
Deus é amor.
Quem permanece no amor permanece em Deus
e Deus permanece nele.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a ação santificadora deste sacramento
nos liberte das más inclinações
e nos conduza a uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Faz de mim instrumento da Tua paz. Onde houver ódio que eu leve o teu
perdão
S. Francisco de Assis
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que
leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que
leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que
leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA – São duras as palavras de Jesus a seus discípulos. Mas são duras porque
que Ele quer dizer que o culto a Deus sem o amor aos irmãos não faz sentido. A
relação com o Senhor só faz sentido dentro da reconciliação com os outros.
MEDITAÇÃO: Ser discípulo de Jesus implica segui-l’O. Contudo, não é um caminho que
se faça a sós: sempre em comunidade com os outros. Porque são os outros e a
relação com eles, o lugar onde se reflete a alma e os desejos do coração. Penso
naqueles aos quais ainda me custa perdoar; naquelas pessoas em que pelo danos
cometidos não me sinto em paz… entrego-tas, Senhor.
ORAÇÃO: Pai santo, a tua
misericórdia e amor chegue até nós, para que saibamos perdoar e perdoarmo-nos
por todas as coisas em que nos causamos dor e nos separaram de Ti.
AGENDA
15.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
21,00 horas: adoração ao santíssimo
21.45 reunião de catequistas.
A VOZ DO PASTOR
RESPONDER E CRESCER COM ALEGRIA E
ESPERANÇA
Após
a III Assembleia Extraordinária, em outubro de 2014, e a XIV Assembleia Geral
Ordinária, em outubro de 2015, do Sínodo convocado pelo Papa Francisco para
tratar das situações que hoje afetam a família e desafiam a evangelização,
fomos presenteados com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Sem a pôr de parte, este Documento não trata tanto
da doutrina sobre o matrimónio e a família. Propõe-se, isso sim, tratar de
quatro pontos considerados urgentes na missão pastoral da Igreja, tendo sempre
presente que a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa artesanal. É uma
mensagem de fé e de esperança num tempo em que se tornou algo complexo
comprometer-se na vida familiar. Os quatro pontos aí apontados são: a
preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à
família na transmissão da fé e a maior integração eclesial dos divorciados a
viver em nova união. Ao falar sobre este último ponto, isto é, sobre a
necessidade de uma maior integração eclesial dos divorciados a viverem em segunda
união, o capítulo VIII trata, todo ele, da necessidade de acolher, acompanhar,
discernir e integrar estas pessoas. Chama a atenção para o dever que os
pastores têm de acompanhar as pessoas interessadas em fazer este caminho, o
caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja, as orientações do Bispo
diocesano e a Palavra de Deus como companheira de viagem. É, pois, dentro desta
determinação que acabo de apresentar à Diocese uma Carta Pastoral com uma
proposta de atuação, um método a seguir e algumas metas a atingir, à qual dei o
título de “A bem da família”. Apresenta alguns passos positivos, passos a
desenvolver no tempo, sem respostas rápidas, não há receitas simples e
imediatas. Oferece orientações que terão sempre de ser adaptadas a cada situação
e a cada pessoa, tendo presente o percurso histórico de cada pessoa e não
apenas um momento da sua vida. E não há casos iguais. Neste percurso, olha-se
para os critérios que a Exortação nos oferece para diferenciar as diversas
situações e dão-se pistas para acompanhar os interessados em ordem ao
discernimento da sua história, da sua situação. Realça a importância de um
elemento externo ao casal ou à pessoa, pois o confronto com essa pessoa, em
encontros regulares, é essencial, ajudará a desbloquear processos internos
pessoais e a libertar-se de outras feridas que anulem a realidade. A missão de
quem acompanha, como sabemos, não é julgar nem decidir, não é ser controlador,
é, sim, escutar e ajudar a que as pessoas tomem consciência da sua situação e
consigam tomar uma decisão que as aproxime de Deus e da Sua Palavra, confiando
n’Ele e aproximando-se dos irmãos na vivência da fé, descobrindo a beleza da
novidade cristã. Se não é possível mudar uma situação, é sempre possível
percorrer um caminho de maior integração eclesial e descobrir cada vez mais e
melhor que o amor de Deus não desiste de ninguém.
E
não se trata de adequar a pastoral à doutrina, trata-se sim, de não arrancar à
doutrina o selo pastoral que lhe é original e constitutivo, sem esquecer que a
linguagem da misericórdia incarna na vida e que o matrimónio é um caminho
dinâmico de crescimento e realização, como nos afirma a Exortação. O diálogo em
busca da verdade ajudará à formação de um juízo correto sobre aquilo que
dificulta a possibilidade de uma participação mais plena na vida da Igreja e
sobre os passos que a podem favorecer e fazer crescer nesse sentido, sem
rigorismos nem laxismos.
Este
caminho exige empenho e verdade, tanto aos pastores como aos fiéis. Assim nos
diz o Papa Francisco: “Convido os fiéis que vivem situações complexas a
aproximar-se com confiança para falar com os seus pastores ou com leigos que
vivem entregues ao Senhor (...). E convido os pastores a escutar, com carinho e
serenidade, com o desejo sincero de entrar no coração do drama das pessoas e
compreender o seu ponto de vista, para ajudá-las a viver melhor e reconhecer o
seu lugar na Igreja” (AL, 312). A estes casais que sinceramente querem viver
cristãmente, como membros da Igreja, convidamos, pois, a fazer este itinerário
com coragem e alegria, em busca da paz interior e da construção da sua
felicidade”.
Depois
de abordada a situação e não havendo qualquer fundamento para introduzir a
causa de declaração de nulidade do matrimónio, então, a quem deseja viver a fé
cristã em Igreja é-lhes pedido um itinerário de responsável discernimento
pessoal e pastoral, de forma a que possam chegar à melhor meta possível, sem
gerar angústia pela mera insistência em questões doutrinais, mas sentindo a
proximidade compassiva de quem as quer ajudar a fazer caminho caminhando. Não
se trata de procurar que Deus faça a vontade de quem está a discernir, mas que
quem está a discernir possa ir descobrindo e aceite aquilo que verdadeiramente
vai percebendo ser o melhor. Claro que não se trata de querer exceções,
privilégios ou dupla moral. Não se trata de garantir uma certa “ética da
situação”, nem tampouco satisfazer um certo individualismo que remete todo o
critério ético à consciência individual, ciosamente cerrada em si mesma,
tornada árbitro absoluto das suas determinações. O fazer memória e
reconciliar-se interiormente com tudo o que foi vivido no matrimónio
sacramental, a avaliação dos fatores atenuantes ou agravantes relativos à
responsabilidade, culpabilidade e imputabilidade da situação, bem como a
avaliação da relação atual, suas forças e fraquezas, perigos e potencialidades,
levará a uma tomada de decisão e à melhor maneira de a pôr em prática,
nomeadamente em relação ao acesso aos sacramentos. Se a integração é sempre
possível, a decisão em relação ao acesso aos sacramentos pode ser “sim”, pode
ser “não”, ou pode ser “para já não, porque reconhecemos que há passos ainda a
dar”, voltando, neste caso, a discernir mais tarde, pois o processo de
discernimento é dinâmico e deve permanecer aberto para novas etapas (cf. AL,
303).
Não
compete ao orientador espiritual tomar a decisão. Compete-lhe assegurar que
todo o processo decorra como deve, compete-lhe manifestar a todos a bondade e a
misericórdia de Deus que não abandona ninguém, compete-lhe reconhecer o papel
da consciência das pessoas, já que “somos chamados a formar as consciências,
não a pretender substituí-las (cf. AL37). As próprias pessoas é que, após um
percurso sério em busca da verdade, pois só a verdade nos libertará, tomarão a
decisão sincera e justa, procurando encontrar “os caminhos possíveis de
resposta a Deus e de crescimento no meio dos limites”, como refere a Exortação
em causa.
Antonino
Dias
Oleiros,
08-06-2018
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