PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 03 de junho de
2018
DOMINGO
IX DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana I
do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Deut 5, 12-15; Sal 80 (81), 3-4. 5-6ab. 6c-8a. 10-11ab
L 2 2 Cor 4, 6-11
Ev Mc 2, 23 – 3, 6 ou Mc 2, 23-28
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Deut 5, 12-15; Sal 80 (81), 3-4. 5-6ab. 6c-8a. 10-11ab
L 2 2 Cor 4, 6-11
Ev Mc 2, 23 – 3, 6 ou Mc 2, 23-28
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 24,
16.18
Olhai para mim, Senhor, e tende compaixão,
porque estou só e desamparado.
Vede a minha miséria e o meu tormento
e perdoai todos os meus pecados.
ORAÇÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
cuja providência não se engana em seus decretos,
humildemente Vos suplicamos:
afastai de nós todos os males
e concedei-nos todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Deut 5, 12-15
«Recorda-te que também foste escravo no Egipto»
Leitura do Livro do Deuteronómio
Olhai para mim, Senhor, e tende compaixão,
porque estou só e desamparado.
Vede a minha miséria e o meu tormento
e perdoai todos os meus pecados.
ORAÇÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
cuja providência não se engana em seus decretos,
humildemente Vos suplicamos:
afastai de nós todos os males
e concedei-nos todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Deut 5, 12-15
«Recorda-te que também foste escravo no Egipto»
Leitura do Livro do Deuteronómio
Eis o que diz o Senhor: «Guarda o dia de sábado, para o santificares, como te mandou o Senhor, teu Deus. Trabalharás durante seis dias e neles farás todas as tuas obras. O sétimo, porém, é o sábado do Senhor, teu Deus. Não farás nele qualquer trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu escravo, nem a tua escrava, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem nenhum dos teus animais, nem o estrangeiro que mora contigo. Assim, o teu escravo e a tua escrava poderão descansar como tu. Recorda-te que foste escravo na terra do Egipto e que o Senhor, teu Deus, te fez sair de lá com mão forte e braço estendido. Por isso, o Senhor, teu Deus, te mandou guardar o dia de sábado».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 80 (81), 3-4.5-6ab.6c.8a.10-11b (R.2a)
Refrão: Exultai em Deus, que é o nosso auxílio. Repete-se.
Ou: Aclamai a Deus, nossa força. Repete-se
Aclamai a Deus, nossa força,
aplaudi ao Deus de Jacob.
Fazei ressoar a trombeta na lua nova
e na lua cheia, dia da nossa festa. Refrão
É uma obrigação para Israel,
é um preceito do Deus de Jacob,
lei que Ele impôs a José,
quando saiu da terra do Egipto. Refrão
Ouço uma língua desconhecida:
«Aliviei os teus ombros do fardo
e soltei as tuas mãos dos cestos;
gritaste na angústia e Eu te libertei. Refrão
Não terás contigo um deus alheio,
nem adorarás divindades estranhas.
Eu, o Senhor, sou o teu Deus,
que te fiz sair da terra do Egipto». Refrão
LEITURA II 2 Cor 4, 6-11
«Manifesta-se no nosso corpo a vida de Jesus»
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Deus, que disse: «Das trevas brilhará a luz» fez brilhar a luz em nossos corações, para que se conheça em todo o seu esplendor a glória de Deus, que se reflete no rosto de Cristo. Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério, para que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós. Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados; andamos perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados. Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus, a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus. Porque, estando ainda vivos, somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus, para que se manifeste também na nossa carne mortal a vida de Jesus.
Palavra do Senhor.
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia. Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade;
santificai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO – Forma longa Mc 2, 23 – 3, 6
«O Filho do homem é também Senhor do sábado»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Passava Jesus através das searas, num dia de sábado, e os discípulos, enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas. Disseram-Lhe então os fariseus: «Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido». Respondeu-lhes Jesus: «Nunca lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros tiveram necessidade e sentiram fome? Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e os deu também aos companheiros». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado». Jesus entrou de novo na sinagoga, onde estava um homem com uma das mãos atrofiada. Os fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curá-lo ao sábado e poderem assim acusá-l’O. Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Levanta-te e vem aqui para o meio». Depois perguntou-lhes: «Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?». Mas eles ficaram calados. Então, olhando-os com indignação e entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão». Ele estendeu-a e a mão ficou curada. Os fariseus, porém, logo que saíram dali, reuniram-se com os herodianos para deliberarem como haviam de acabar com Ele.
Palavra da salvação.
EVANGELHO – Forma breve Mc 2, 23-28
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Passava Jesus através das searas, num dia de sábado, e os discípulos, enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas. Disseram-Lhe então os fariseus: «Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido». Respondeu-lhes Jesus: «Nunca lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros tiveram necessidade e sentiram fome? Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e os deu também aos companheiros». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Confiando na vossa bondade, Senhor,
trazemos ao altar os nossos dons,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 16, 6
Escutai, Senhor, as minhas palavras,
respondei-me quando Vos invoco.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Guiai, Senhor, com o vosso Espírito
aqueles que alimentais
com o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
de modo que, dando testemunho de Vós
não só com palavras mas em obras e verdade,
mereçamos entrar no reino dos Céus.
Por Nosso Senhor.
«Não hesites em estender a mão a quem necessita; não recuses a mão de
quem vem a teu encontro».
João XXIII
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que
leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que
leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA: Deut 5, 12-15: O povo de Deus do Antigo
Testamento recebeu o mandamento de guardar o Sábado, que é, ao mesmo tempo, o
memorial do repouso de Deus depois de concluída a obra da criação e dia de ação
de graças por essa criação. E ainda mais agora ele há de ser fiel ao mandamento
do Senhor e permitir que os outros o possam ser também, porque, se agora o povo
de Deus é um povo livre, é porque também Deus o libertou. Mas o Sábado do Antigo
Testamento anuncia o Dia do Senhor da Nova Aliança, o Domingo, o dia do repouso
em Deus, repouso que Jesus nos alcançou pelo seu Mistério Pascal.
2 Cor 4, 6-11: A vida do Apóstolo de Cristo
reproduz a vida do Senhor, é outra manifestação do seu Mistério Pascal: frágil
como um vaso de barro, transporta em si o tesouro do mistério de que é ministro
e apóstolo; participando na Paixão do Senhor, pelos sofrimentos e trabalhos do
seu ministério, é instrumento ao serviço da manifestação e da comunicação da
vida de Jesus; comungando assim na Morte do seu Senhor, é portador aos outros
da própria luz de Deus.
Mc 2, 23 – 3, 6 : O Sábado foi dado ao homem como
dia de repouso para que ele pudesse contemplar e agradecer a Deus a obra da
criação e assim se manter sempre fiel à aliança com o Senhor, seu Criador. Era
um mandamento dado ao homem para o libertar, não para o escravizar. O escândalo
dos fariseus vinha-lhes de eles não saberem ir além da letra e não chegarem ao
espírito; e assim não conseguiram reconhecer na Lei o Senhor da Lei. Como
haviam depois de entender o novo Dia do Senhor, o Domingo, memorial da sua
Páscoa?
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos
discernir o que corresponde ao teu chamamento, como fazer da nossa vida um
presente para os outros, um sinal eficaz do Reino.
AGENDA
09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Arez
11.00 horas: Missa em Nisa – Senhora da Graça
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.30 horas: Missa na Falagueira
15.30 horas: Missa no Arneiro
15.30 horas; Missa em Montalvão
16.00 horas: Missa no Cacheiro, seguida de procissão
17.00 horas: Missa em Monte Claro
A
VOZ DO PASTOR
AUSÊNCIA DE DEUS RELIGIOSIDADE
VAZIA
D. Antonino Dias, bispo de
Portalegre-Castelo Branco
Ao
longo de toda a história da humanidade, de muitos modos, mesmo que, por vezes,
cheios de ambiguidades, o homem exprimiu a sua busca de Deus em crenças e
comportamentos religiosos. Sempre foi entendendo, com mais ou menos
clarividência, que é em Deus “que vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,
28). O Concílio Vaticano II afirma que “a razão mais sublime da dignidade
humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus” que não está longe de cada
um de nós (cf. GS19). E o Catecismo da Igreja Católica confirma-nos que o
homem, “com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu sentido do bem
moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua ânsia de
infinito e de felicidade”, sempre se interroga sobre a existência de Deus,
detetando que só em Deus pode ter origem (cf CIgC.28.33). E se ele, o homem, se
reconhece superior ao mundo material e a elevar-se sobre o próprio universo como
senhor e centro da criação, também reconhece que ele e “os céus manifestam a
glória de Deus e o firmamento proclama a obra das Suas mãos (Salmo 19/18, 2). “O
mundo intriga-me – dizia Voltaire – e não posso imaginar que este relógio
exista e não haja relojoeiro”. De facto, o mundo e o homem, assim o cremos, não
têm em si mesmos, nem o seu primeiro princípio, nem o seu fim último. Participam
do Ser-em-si, sem princípio nem fim, a quem, uns e outros, chamamos Deus.
Apesar
de “a razão humana poder, verdadeiramente, pelas suas forças e luz naturais,
chegar a um conhecimento verdadeiro e certo de um Deus pessoal”, apesar de
poder descobrir, no fundo da sua própria consciência, “uma lei que não se impôs
a si mesmo, mas à qual deve obedecer” (GS16), apesar disso, há obstáculos “que
impedem esta mesma razão de usar eficazmente e com fruto o seu poder natural,
porque as verdades que dizem respeito a Deus e aos homens ultrapassam
absolutamente a ordem das coisas sensíveis”. Por isso, e embora o homem esteja capacitado
para “conhecer a existência de um Deus pessoal”, Deus, para que ele pudesse
entrar na sua intimidade, “quis revelar-se ao homem e dar-lhe a graça de poder
receber com fé esta revelação” (CIgC33-35). Razão e fé não se excluem, não se opõem,
ajudam-se mutuamente para realizarem a sua natureza e missão, mesmo que as
verdades reveladas possam parecer obscuras à razão e à experiência humanas (cf.
Spe Salvi, 23). O mesmo Deus “que revela os mistérios e comunica a fé, também
acendeu no espírito humano a luz da razão. E Deus não pode negar-se a si
próprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade” (CIgC159).
Bento
XVI referia que “o verdadeiro problema do nosso tempo é a “crise de Deus”, a
ausência de Deus, camuflada por uma religiosidade vazia”. E acrescentava que “só
em Cristo e através de Cristo o tema Deus se torna realmente concreto: Cristo é
o Emanuel, o Deus connosco, a concretização do Eu sou”. Numa pedagogia de
condescendência sem igual, de despojamento, Deus revela o seu mistério e o seu
desígnio de amor enviando o seu Filho Jesus Cristo, que se apresenta entre nós como
o Caminho, a Verdade e a Vida. Segui-l’O sem omitir a cruz leva-nos à união com
Deus. E digo: “sem omitir a cruz”, porque a cruz continua a ser escândalo para
uns, loucura para outros, sem significado para mais alguns: “Numa interpretação
burguesa, torna-se um acidente em si evitável, sem valor teológico; numa
interpretação revolucionária torna-se a morte heroica de um rebelde. Mas a
verdade é outra. A cruz pertence ao mistério divino, é expressão do seu amor
até ao fim (...) Quem omite a cruz, omite a essência do cristianismo” (cf.
Bento XVI, no Congresso dos Catequistas e dos Professores de Religião, 2000).
Martin
Heidegger afirmava que o mundo, cada vez mais pobre, já “se tornou tão pobre
que não consegue reconhecer a falta de Deus como falta”. Aqui ou ali, com um
certo ar de libertação e de pinote civilizacional, vai-se notando uma espécie
de snobismo cultural autossuficiente a rejeitar Cristo e o Cristianismo como se
de malfeitores se tratasse ou Deus fosse um títere a dedilhar por quem quer que
seja. E em relação à Europa, a esta Europa que no dizer de Paulo VI nasceu “da
cruz, do livro e do arado”, Dostoievski denunciou que ela, a Europa, “renegou
Cristo. Por isso, e só por isso, está a morrer”. E Thomaz Eliot sintetiza assim
o que todos sabemos: “um cidadão europeu pode não acreditar que o Cristianismo
seja verdade e, no entanto, aquilo que diz e faz brota da cultura cristã da
qual é herdeiro”. Na verdade, sempre há quem lhe custe entender que Deus é a
garantia da nossa dignidade e grandeza, não um concorrente que atropela a nossa
vida. É óbvio que estes posicionamentos têm as suas causas. O Catecismo da
Igreja Católica alerta que “esta relação íntima e vital que une o homem a Deus,
pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem.
Tais atitudes podem ter origens diversas: a revolta contra o mal existente no
mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das
riquezas, o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à
religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de
Deus e foge quando Ele o chama” (CIgC29).
Pode,
na verdade, alguém esquecer ou rejeitar Deus, pode alguém pensar que Ele o
diminui e d’Ele tentar fugir. Deus, porém, na Sua bondade e sabedoria
infinitas, é que nunca deixa de chamar o homem à felicidade, à comunhão com
Ele, jamais deixará de lhe falar como se fala a amigos e de, de muitos modos, dialogar
com ele (cf. DV2).
Somos
seres de esperança, “e precisamos de esperanças - menores ou maiores – que, dia
após dia, nos mantêm no caminho”. A nossa grande esperança, porém, “só pode ser
Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não
podemos conseguir… Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas
aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada
indivíduo e a humanidade no seu conjunto. O seu reino não é um além imaginário,
colocado num futuro que nunca mais chega; o seu reino está presente onde Ele é
amado e onde o seu amor nos alcança”(Spe Salvi, 31).
Antonino
Dias
Portalegre, 01-06-2018
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