quinta-feira, 21 de junho de 2018








PARÓQUIAS DE NISA



Sexta, 22 de junho de 2018












SEXTA DA XI SEMANA do tempo comum








SEXTA-FEIRA da semana XI

S. Paulino de Nola, bispo – MF
S. João Fisher, bispo e S. Tomás More, mártires – MF

Verde, verm. ou br. – Ofício da féria ou da memória.

L 1 2 Reis 11, 1-4. 9-18. 20; Sal 131 (132), 11. 12. 13-4. 17-18
Ev Mt 6, 19-23



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 26, 7.9
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.


ORAÇÃO
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós,
atendei propício as nossas súplicas;
e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana,
concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça,
para que as nossas vontades e acções Vos sejam agradáveis
no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Reis 11, 1-4.9-18.20
«Sagraram rei Joás e bradaram:‘Viva o rei!’»


Leitura do Segundo Livro dos Reis

Naqueles dias, Atalia, mãe do rei Ocozias, ao saber que o filho morrera, mandou matar todos os descendentes do rei. Mas Josebá, filha do rei Jorão e irmã de Ocozias, tomou Joás, filho de Ocozias, e tirou-o secretamente do meio dos filhos do rei, que estavam a ser executados, para o esconder com a ama no dormitório do templo. Assim o furtaram aos olhos de Atalia e ele escapou à morte. Ficou no templo do Senhor, com Josebá, escondido pelo espaço de seis anos, enquanto Atalia reinava no país. No sétimo ano, o sacerdote Joiadá convocou os oficiais dos mercenários e dos guardas e mandou-os vir à sua presença no templo do Senhor. Estabeleceu um acordo com eles, fê-los prestar juramento e mostrou-lhes o filho do rei. Os oficiais fizeram tudo o que lhes ordenara o sacerdote Joiadá. Cada um tomou consigo os seus homens, tanto os que entravam em serviço no sábado, como aqueles que o terminavam nesse dia; e vieram ter com o sacerdote Joiadá. O sacerdote entregou-lhes as lanças e os escudos do rei David, que estavam no templo do Senhor. Os guardas postaram-se, com as armas na mão, desde o lado sul até ao lado norte do templo, rodeando o altar e o templo, para protegerem o rei. Então Joiadá mandou que trouxessem o filho do rei e impôs-lhe o diadema e as insígnias reais. Proclamaram-no rei e deram-lhe a unção; depois bateram palmas e aclamaram: «Viva o rei!». Ao ouvir os clamores populares, Atalia dirigiu-se ao encontro do povo no templo do Senhor. Quando viu o rei de pé sobre o estrado, segundo o costume, os chefes e os tocadores de trombeta junto do rei e todo o povo exultando de alegria, ao som das trombetas, Atalia rasgou as vestes e gritou: «Traição! Traição!». O sacerdote Joiadá ordenou então aos oficiais das tropas: «Levai-a para fora por entre as fileiras e, se alguém tentar segui-la, matai-o à espada». O sacerdote, de facto, já tinha dito: «Não deve ser morta no templo do Senhor». Lançaram as mãos sobre ela, levaram-na para o palácio real, pela porta dos cavalos, e ali a mataram. Joiadá concluiu uma aliança entre o Senhor, o rei e o povo, pela qual este se comprometia a ser o povo do Senhor. Concluiu também uma aliança entre o rei e o povo. Então toda a gente do país foi ao templo de Baal e demoliu-o: quebraram completamente os altares e as imagens e mataram, diante dos altares, Matã, sacerdote de Baal. Em seguida, Joiadá colocou sentinelas no templo do Senhor. Todo o povo exultava de alegria e a cidade ficou em paz. Entretanto, Atalia tinha sido morta à espada no palácio real.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 131 (132), 11.12.13-14.17-18 (R. cf. 13)
Refrão: O Senhor escolheu Sião para sua morada. Repete-se

O Senhor fez um juramento a David
e não voltará atrás:
«Colocarei no teu trono
um descendente da tua família». Refrão

«Se os teus filhos guardarem a minha aliança
e forem fiéis às ordens que lhes dei,
também os seus filhos
se sentarão para sempre no teu trono». Refrão

O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«É este para sempre o lugar do meu repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi». Refrão

«Darei a David um poderoso descendente
e farei brilhar uma luz para o meu Ungido.
Cobrirei de confusão os seus inimigos,
mas sobre ele farei resplandecer o diadema». Refrão


ALELUIA Mt 5, 3
Refrão: Aleluia Repete-se


Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão


EVANGELHO Mt 6, 19-23
«Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração»

Os caminhos do Evangelho passam todos pelo coração do homem. As “coisas” têm o valor que o homem lhes der, e, para o cristão, têm o valor que a fé lhe ensinar a atribuir-lhes. Por isso, os tesouros terrenos não podem dominar o coração humano. O verdadeiro tesouro está mais longe e mais alto do que os cofres que podem ser assaltados. Para saber dar o verdadeiro valor ás coisas que o envolvem, o homem precisa de purificar o seu interior, donde nasce a verdadeira luz, que dá o sentido autêntico a tudo o que o rodeia.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração. A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado. Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!».
Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que pelo pão e o vinho apresentados ao vosso altar
dais ao homem o alimento que o sustenta
e o sacramento que o renova,
fazei que nunca falte este auxílio ao nosso corpo e à nossa alma.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 26, 4
Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida.

Ou Jo 17, 11
Pai santo, guarda no teu nome os que Me deste,
para que sejam em nós confirmados na unidade, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a sagrada comunhão nos vossos mistérios,
sinal da nossa união convosco,
realize a unidade na vossa Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








 «Quanto menos possuímos mais podemos dar. Parece impossível mas não é. É a lógica do amor».



Madre terresa de Calcutá




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA – 2 Reis 11, 1-4.9-18.20 : Deus tinha feito a promessa a David de que o Messias viria da sua descendência. Quando morreu Ocozias, rei de Judá, que era, por isso, da linhagem de David, sua mãe, Atalia, que era de origem pagã, mandou matar todos os filhos do rei falecido, para assim pôr termo à dinastia de David e introduzir o culto dos deuses pagãos. Uma princesa de Judá conseguiu ocultar o filho mais novo de Ocozias, chamado Joás, livrando-o assim da morte, e este foi, mais tarde, proclamado rei. Atalia foi morta, o templo dos deuses pagãos demolido e renovada a aliança entre Deus e o seu povo. Não podem os homens impedir que se realizem os desígnios de Deus.


Mt 6, 19-23: Os caminhos do Evangelho passam todos pelo coração do homem. As “coisas” têm o valor que o homem lhes der, e, para o cristão, têm o valor que a fé lhe ensinar a atribuir-lhes. Por isso, os tesouros terrenos não podem dominar o coração humano. O verdadeiro tesouro está mais longe e mais alto do que os cofres que podem ser assaltados. Para saber dar o verdadeiro valor ás coisas que o envolvem, o homem precisa de purificar o seu interior, donde nasce a verdadeira luz, que dá o sentido autêntico a tudo o que o rodeia.
 
ORAÇÃO:  Pai santo, a tua misericórdia e amor chegue até nós, para que saibamos perdoar e perdoarmo-nos por todas as coisas em que nos causamos dor e nos separaram de Ti.






AGENDA
17.00 horas: Funeral em Amieira do Tejo
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Encontro de preparação para Crisma




A VOZ DO PASTOR


RESPONDER E CRESCER COM ALEGRIA E ESPERANÇA

Após a III Assembleia Extraordinária, em outubro de 2014, e a XIV Assembleia Geral Ordinária, em outubro de 2015, do Sínodo convocado pelo Papa Francisco para tratar das situações que hoje afetam a família e desafiam a evangelização, fomos presenteados com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Sem a pôr de parte, este Documento não trata tanto da doutrina sobre o matrimónio e a família. Propõe-se, isso sim, tratar de quatro pontos considerados urgentes na missão pastoral da Igreja, tendo sempre presente que a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa artesanal. É uma mensagem de fé e de esperança num tempo em que se tornou algo complexo comprometer-se na vida familiar. Os quatro pontos aí apontados são: a preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à família na transmissão da fé e a maior integração eclesial dos divorciados a viver em nova união. Ao falar sobre este último ponto, isto é, sobre a necessidade de uma maior integração eclesial dos divorciados a viverem em segunda união, o capítulo VIII trata, todo ele, da necessidade de acolher, acompanhar, discernir e integrar estas pessoas. Chama a atenção para o dever que os pastores têm de acompanhar as pessoas interessadas em fazer este caminho, o caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja, as orientações do Bispo diocesano e a Palavra de Deus como companheira de viagem. É, pois, dentro desta determinação que acabo de apresentar à Diocese uma Carta Pastoral com uma proposta de atuação, um método a seguir e algumas metas a atingir, à qual dei o título de “A bem da família”. Apresenta alguns passos positivos, passos a desenvolver no tempo, sem respostas rápidas, não há receitas simples e imediatas. Oferece orientações que terão sempre de ser adaptadas a cada situação e a cada pessoa, tendo presente o percurso histórico de cada pessoa e não apenas um momento da sua vida. E não há casos iguais. Neste percurso, olha-se para os critérios que a Exortação nos oferece para diferenciar as diversas situações e dão-se pistas para acompanhar os interessados em ordem ao discernimento da sua história, da sua situação. Realça a importância de um elemento externo ao casal ou à pessoa, pois o confronto com essa pessoa, em encontros regulares, é essencial, ajudará a desbloquear processos internos pessoais e a libertar-se de outras feridas que anulem a realidade. A missão de quem acompanha, como sabemos, não é julgar nem decidir, não é ser controlador, é, sim, escutar e ajudar a que as pessoas tomem consciência da sua situação e consigam tomar uma decisão que as aproxime de Deus e da Sua Palavra, confiando n’Ele e aproximando-se dos irmãos na vivência da fé, descobrindo a beleza da novidade cristã. Se não é possível mudar uma situação, é sempre possível percorrer um caminho de maior integração eclesial e descobrir cada vez mais e melhor que o amor de Deus não desiste de ninguém.
E não se trata de adequar a pastoral à doutrina, trata-se sim, de não arrancar à doutrina o selo pastoral que lhe é original e constitutivo, sem esquecer que a linguagem da misericórdia incarna na vida e que o matrimónio é um caminho dinâmico de crescimento e realização, como nos afirma a Exortação. O diálogo em busca da verdade ajudará à formação de um juízo correto sobre aquilo que dificulta a possibilidade de uma participação mais plena na vida da Igreja e sobre os passos que a podem favorecer e fazer crescer nesse sentido, sem rigorismos nem laxismos.
Este caminho exige empenho e verdade, tanto aos pastores como aos fiéis. Assim nos diz o Papa Francisco: “Convido os fiéis que vivem situações complexas a aproximar-se com confiança para falar com os seus pastores ou com leigos que vivem entregues ao Senhor (...). E convido os pastores a escutar, com carinho e serenidade, com o desejo sincero de entrar no coração do drama das pessoas e compreender o seu ponto de vista, para ajudá-las a viver melhor e reconhecer o seu lugar na Igreja” (AL, 312). A estes casais que sinceramente querem viver cristãmente, como membros da Igreja, convidamos, pois, a fazer este itinerário com coragem e alegria, em busca da paz interior e da construção da sua felicidade”.
Depois de abordada a situação e não havendo qualquer fundamento para introduzir a causa de declaração de nulidade do matrimónio, então, a quem deseja viver a fé cristã em Igreja é-lhes pedido um itinerário de responsável discernimento pessoal e pastoral, de forma a que possam chegar à melhor meta possível, sem gerar angústia pela mera insistência em questões doutrinais, mas sentindo a proximidade compassiva de quem as quer ajudar a fazer caminho caminhando. Não se trata de procurar que Deus faça a vontade de quem está a discernir, mas que quem está a discernir possa ir descobrindo e aceite aquilo que verdadeiramente vai percebendo ser o melhor. Claro que não se trata de querer exceções, privilégios ou dupla moral. Não se trata de garantir uma certa “ética da situação”, nem tampouco satisfazer um certo individualismo que remete todo o critério ético à consciência individual, ciosamente cerrada em si mesma, tornada árbitro absoluto das suas determinações. O fazer memória e reconciliar-se interiormente com tudo o que foi vivido no matrimónio sacramental, a avaliação dos fatores atenuantes ou agravantes relativos à responsabilidade, culpabilidade e imputabilidade da situação, bem como a avaliação da relação atual, suas forças e fraquezas, perigos e potencialidades, levará a uma tomada de decisão e à melhor maneira de a pôr em prática, nomeadamente em relação ao acesso aos sacramentos. Se a integração é sempre possível, a decisão em relação ao acesso aos sacramentos pode ser “sim”, pode ser “não”, ou pode ser “para já não, porque reconhecemos que há passos ainda a dar”, voltando, neste caso, a discernir mais tarde, pois o processo de discernimento é dinâmico e deve permanecer aberto para novas etapas (cf. AL, 303).
Não compete ao orientador espiritual tomar a decisão. Compete-lhe assegurar que todo o processo decorra como deve, compete-lhe manifestar a todos a bondade e a misericórdia de Deus que não abandona ninguém, compete-lhe reconhecer o papel da consciência das pessoas, já que “somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las (cf. AL37). As próprias pessoas é que, após um percurso sério em busca da verdade, pois só a verdade nos libertará, tomarão a decisão sincera e justa, procurando encontrar “os caminhos possíveis de resposta a Deus e de crescimento no meio dos limites”, como refere a Exortação em causa.

Antonino Dias
Oleiros, 08-06-2018











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