PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 20 de junho de 2018
Quarta DA XI SEMANA do
tempo comum
QUARTA-FEIRA da semana XI
B. Sancha e B. Mafalda, virgens, e B. Teresa, religiosa – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 2 Reis 2, 1. 6-14; Sal 30 (31), 20. 21. 24
Ev Mt 6, 1-6. 16-18
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 2 Reis 2, 1. 6-14; Sal 30 (31), 20. 21. 24
Ev Mt 6, 1-6. 16-18
* No Instituto Missionário da Consolata – Nossa Senhora da
Consolata, Titular e Padroeira do Instituto – SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 26, 7.9
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.
ORAÇÃO COLECTA
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós,
atendei propício as nossas súplicas;
e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana,
concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça,
para que as nossas vontades e acções Vos sejam agradáveis
no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 2, 1.6-14
«Apareceu um carro de fogo e Elias subiu para o céu»
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.
ORAÇÃO COLECTA
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós,
atendei propício as nossas súplicas;
e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana,
concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça,
para que as nossas vontades e acções Vos sejam agradáveis
no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 2, 1.6-14
«Apareceu um carro de fogo e Elias subiu para o céu»
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias, quando o Senhor quis levar o profeta Elias para o céu, Elias e Eliseu partiram de Gálgala. Quando chegaram a Jericó, Elias disse a Eliseu: «Fica aqui, porque o Senhor envia-me ao Jordão». Eliseu respondeu-lhe: «Tão certo como o Senhor estar vivo e tu também, não te deixarei». E os dois seguiram juntos. Seguiram-nos cinquenta dos discípulos dos profetas, que ficaram parados a certa distância, enquanto Elias e Eliseu se detinham na margem do Jordão. Então Elias tomou o seu manto e enrolou-o, bateu com ele nas águas, que se apartaram para um e outro lado, e ambos passaram a pé enxuto. Depois de terem atravessado, Elias disse a Eliseu: «Pede-me o que quiseres, antes que eu seja arrebatado para longe de ti». Eliseu respondeu: «Possa eu herdar uma dupla porção do teu espírito». Elias disse: «Pedes uma coisa difícil. Contudo, se me vires quando eu for arrebatado para longe de ti, terás o que pedes. Mas se não me vires, não o terás». Continuavam eles o seu caminho a conversar, quando um carro de fogo, com dois cavalos também de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. Eliseu, ao vê-lo, exclamava: «Meu pai, meu pai! Carro e condutor de Israel!». Quando deixou de o ver, tomou a sua túnica e rasgou-a em duas partes. Apanhou o manto que tinha caído a Elias e voltou para a margem do Jordão. Com o manto que tinha caído a Elias, bateu nas águas, mas elas não se dividiram. Então Eliseu disse: «Onde está o Senhor, o Deus de Elias?». Tornou a bater nas águas, que se apartaram para um e outro lado, e Eliseu passou para a outra margem.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 30 (31), 20.21.24 (R. 25)
Refrão: Tende coragem e animai-vos,
vós todos que esperais no Senhor. Repete-se
Como é grande, Senhor, a vossa bondade,
que tendes reservada para os que Vos temem!
À vista dos homens Vós a concedeis
àqueles que em Vós confiam. Refrão
Ao abrigo da vossa face Vós os defendeis
das maquinações dos homens;
no vosso tabernáculo Vós os escondeis
das línguas provocadoras. Refrão
Amai o Senhor,
vós todos os seus fiéis.
O Senhor defende os que Lhe são fiéis,
mas castiga com rigor os orgulhosos. Refrão
ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Refrão
EVANGELHO Mt 6, 1-6.16-18
«Teu Pai, que vê no que está oculto, te dará a recompensa»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente no que é oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que pelo pão e o vinho apresentados ao vosso altar
dais ao homem o alimento que o sustenta
e o sacramento que o renova,
fazei que nunca falte este auxílio ao nosso corpo e à nossa alma.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 26, 4
Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida.
Ou Jo 17, 11
Pai santo, guarda no teu nome os que Me deste,
para que sejam em nós confirmados na unidade, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a sagrada comunhão nos vossos mistérios,
sinal da nossa união convosco,
realize a unidade na vossa Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O ódio não é uma força criativa. Só o
amor é uma força criativa».
S. Maximiliano Kolbe
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA – 2 Reis 2, 1.6-14: Esta leitura sublinha a herança espiritual do profeta Elias,
recebida agora pelo seu discípulo Eliseu. Elias é um dos grandes “espirituais”
do Antigo Testamento. A herança dos homens espirituais, isto é, dos que vivem
do Espírito de Deus, é também toda ela de ordem espiritual. No caso de Elias,
bem o manifesta a maneira como é apresentado o termo da sua vida sobre a terra
por meio da chamada “Ascensão de Elias”; para o homem de fogo só a subida ao
céu num carro de fogo.
Mt 6, 1-6.16-18 : O homem que quer viver conforme a verdade, que é o mesmo que dizer, conforme Deus, há-de procurar, antes de mais, ter uma consciência recta, porque é no mais profundo do coração que o homem é o que é. Ostentação do próprio ou aplausos dos outros, se não correspondem ao ser interior que escapa aos olhares alheios, são pura vaidade e engano. A lei de Cristo não atinge o homem apenas no seu comportamento exterior, como por vezes fazem as leis humanas, mas desce ao mais íntimo do próprio coração, porque é aí, como Jesus o diz noutro lugar, que está a raiz de tudo o que no homem nasce de bom e de mau.
Mt 5, 38-42 :Continuando a leitura do Sermão da
Montanha, ouvimos hoje como Jesus ensina que a justiça não se fará com a
vingança. Citando primeiro um dito, conhecido por “Lei de Talião”, Jesus apela
para a não-vingança, para a humildade, para a bondade, para o perdão. De facto,
o discípulo de Jesus revela-se particularmente no perdão das injúrias; é essa
uma das manifestações maiores da caridade. E foi precisamente assim que o
Senhor procedeu e mandou que procedêssemos nós também. É nesta forma de amor
que melhor se afirma a vitória sobre o egoísmo.
ORAÇÃO: Pai santo, a tua misericórdia e amor
chegue até nós, para que saibamos perdoar e perdoarmo-nos por todas as coisas
em que nos causamos dor e nos separaram de Ti.
AGENDA
17-00 HORAS: Missa em
Gáfete
18.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em
Nisa
A VOZ DO PASTOR
RESPONDER E CRESCER COM ALEGRIA E ESPERANÇA
Após a III Assembleia Extraordinária, em
outubro de 2014, e a XIV Assembleia Geral Ordinária, em outubro de 2015, do Sínodo
convocado pelo Papa Francisco para tratar das situações que hoje afetam a
família e desafiam a evangelização, fomos presenteados com a Exortação
Apostólica Amoris Laetitia. Sem a pôr de parte, este Documento não
trata tanto da doutrina sobre o matrimónio e a família. Propõe-se, isso sim,
tratar de quatro pontos considerados urgentes na missão pastoral da Igreja,
tendo sempre presente que a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa
artesanal. É uma mensagem de fé e de esperança num tempo em que se tornou algo
complexo comprometer-se na vida familiar. Os quatro pontos aí apontados são: a
preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à
família na transmissão da fé e a maior integração eclesial dos divorciados a
viver em nova união. Ao falar sobre este último ponto, isto é, sobre a
necessidade de uma maior integração eclesial dos divorciados a viverem em
segunda união, o capítulo VIII trata, todo ele, da necessidade de acolher,
acompanhar, discernir e integrar estas pessoas. Chama a atenção para o dever
que os pastores têm de acompanhar as pessoas interessadas em fazer este
caminho, o caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja, as
orientações do Bispo diocesano e a Palavra de Deus como companheira de viagem.
É, pois, dentro desta determinação que acabo de apresentar à Diocese uma Carta
Pastoral com uma proposta de atuação, um método a seguir e algumas metas a
atingir, à qual dei o título de “A bem da família”. Apresenta alguns passos
positivos, passos a desenvolver no tempo, sem respostas rápidas, não há
receitas simples e imediatas. Oferece orientações que terão sempre de ser
adaptadas a cada situação e a cada pessoa, tendo presente o percurso histórico
de cada pessoa e não apenas um momento da sua vida. E não há casos iguais.
Neste percurso, olha-se para os critérios que a Exortação nos oferece para
diferenciar as diversas situações e dão-se pistas para acompanhar os
interessados em ordem ao discernimento da sua história, da sua situação. Realça
a importância de um elemento externo ao casal ou à pessoa, pois o confronto com
essa pessoa, em encontros regulares, é essencial, ajudará a desbloquear
processos internos pessoais e a libertar-se de outras feridas que anulem a
realidade. A missão de quem acompanha, como sabemos, não é julgar nem decidir,
não é ser controlador, é, sim, escutar e ajudar a que as pessoas tomem
consciência da sua situação e consigam tomar uma decisão que as aproxime de
Deus e da Sua Palavra, confiando n’Ele e aproximando-se dos irmãos na vivência
da fé, descobrindo a beleza da novidade cristã. Se não é possível mudar uma
situação, é sempre possível percorrer um caminho de maior integração eclesial e
descobrir cada vez mais e melhor que o amor de Deus não desiste de ninguém.
E não se trata de adequar a pastoral à
doutrina, trata-se sim, de não arrancar à doutrina o selo pastoral que lhe é
original e constitutivo, sem esquecer que a linguagem da misericórdia incarna
na vida e que o matrimónio é um caminho dinâmico de crescimento e realização,
como nos afirma a Exortação. O diálogo em busca da verdade ajudará à formação
de um juízo correto sobre aquilo que dificulta a possibilidade de uma
participação mais plena na vida da Igreja e sobre os passos que a podem
favorecer e fazer crescer nesse sentido, sem rigorismos nem laxismos.
Este caminho exige empenho e verdade, tanto
aos pastores como aos fiéis. Assim nos diz o Papa Francisco: “Convido os fiéis
que vivem situações complexas a aproximar-se com confiança para falar com os
seus pastores ou com leigos que vivem entregues ao Senhor (...). E convido os
pastores a escutar, com carinho e serenidade, com o desejo sincero de entrar no
coração do drama das pessoas e compreender o seu ponto de vista, para ajudá-las
a viver melhor e reconhecer o seu lugar na Igreja” (AL, 312). A estes casais
que sinceramente querem viver cristãmente, como membros da Igreja, convidamos,
pois, a fazer este itinerário com coragem e alegria, em busca da paz interior e
da construção da sua felicidade”.
Depois de abordada a situação e não havendo
qualquer fundamento para introduzir a causa de declaração de nulidade do
matrimónio, então, a quem deseja viver a fé cristã em Igreja é-lhes pedido um
itinerário de responsável discernimento pessoal e pastoral, de forma a que
possam chegar à melhor meta possível, sem gerar angústia pela mera insistência
em questões doutrinais, mas sentindo a proximidade compassiva de quem as quer
ajudar a fazer caminho caminhando. Não se trata de procurar que Deus faça a
vontade de quem está a discernir, mas que quem está a discernir possa ir
descobrindo e aceite aquilo que verdadeiramente vai percebendo ser o melhor.
Claro que não se trata de querer exceções, privilégios ou dupla moral. Não se
trata de garantir uma certa “ética da situação”, nem tampouco satisfazer um
certo individualismo que remete todo o critério ético à consciência individual,
ciosamente cerrada em si mesma, tornada árbitro absoluto das suas
determinações. O fazer memória e reconciliar-se interiormente com tudo o que
foi vivido no matrimónio sacramental, a avaliação dos fatores atenuantes ou
agravantes relativos à responsabilidade, culpabilidade e imputabilidade da
situação, bem como a avaliação da relação atual, suas forças e fraquezas,
perigos e potencialidades, levará a uma tomada de decisão e à melhor maneira de
a pôr em prática, nomeadamente em relação ao acesso aos sacramentos. Se a
integração é sempre possível, a decisão em relação ao acesso aos sacramentos
pode ser “sim”, pode ser “não”, ou pode ser “para já não, porque reconhecemos
que há passos ainda a dar”, voltando, neste caso, a discernir mais tarde, pois
o processo de discernimento é dinâmico e deve permanecer aberto para novas
etapas (cf. AL, 303).
Não compete ao orientador espiritual tomar a
decisão. Compete-lhe assegurar que todo o processo decorra como deve,
compete-lhe manifestar a todos a bondade e a misericórdia de Deus que não
abandona ninguém, compete-lhe reconhecer o papel da consciência das pessoas, já
que “somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las
(cf. AL37). As próprias pessoas é que, após um percurso sério em busca da
verdade, pois só a verdade nos libertará, tomarão a decisão sincera e justa,
procurando encontrar “os caminhos possíveis de resposta a Deus e de crescimento
no meio dos limites”, como refere a Exortação em causa.
Antonino Dias
Oleiros, 08-06-2018
Sem comentários:
Enviar um comentário