PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 18 de junho de 2018
SEGUNDA DA XI SEMANA do
tempo comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana XI
Verde – Ofício da
féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 1 Reis 21, 1-16; Sal 5, 2-3. 5-6. 7
Ev Mt 5, 38-42
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 1 Reis 21, 1-16; Sal 5, 2-3. 5-6. 7
Ev Mt 5, 38-42
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 26, 7.9
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.
ORAÇÃO
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós,
atendei propício as nossas súplicas;
e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana,
concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça,
para que as nossas vontades e ações Vos sejam agradáveis
no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 21, 1-16
«Nabot foi apedrejado e morreu»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.
ORAÇÃO
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós,
atendei propício as nossas súplicas;
e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana,
concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça,
para que as nossas vontades e ações Vos sejam agradáveis
no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 21, 1-16
«Nabot foi apedrejado e morreu»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naquele tempo, Nabot de Jezrael possuía uma vinha ao lado do palácio de Acab, rei da Samaria. Acab falou a Nabot, dizendo: «Cede-me a tua vinha, para eu fazer dela uma horta, porque está junto da minha casa. Dar-te-ei em troca uma vinha melhor, ou, se preferes, pagarei o seu valor em dinheiro». Nabot respondeu a Acab: «O Senhor me livre de te ceder a herança de meus pais». Acab voltou para casa triste e irritado, por Nabot de Jezrael lhe ter respondido: «Não te cederei a herança de meus pais». Deitou-se na cama com o rosto voltado para a parede e não quis comer nada. Jezabel, sua mulher, foi ter com ele e perguntou-lhe: «Porque estás tão perturbado que nem queres comer?». Ele respondeu: «Falei com Nabot de Jezrael e disse-lhe: ‘Cede-me a tua vinha pelo seu valor em dinheiro, ou então, se preferes, dar-te-ei outra em seu lugar’. Mas ele respondeu-me: ‘Não te cederei a minha vinha’». Jezabel, sua mulher, disse-lhe: «Não és tu o rei de Israel? Levanta-te, come e anima-te, que eu te darei a vinha de Nabot de Jezrael». Jezabel escreveu uma carta em nome de Acab, selou-a com o selo real e enviou-a aos anciãos e aos nobres da cidade que habitavam com Nabot. Eis o que ela escreveu na carta: «Proclamai um jejum e fazei comparecer Nabot diante do povo. Colocai em frente dele dois homens sem escrúpulos, que o acusem desta maneira: ‘Tu amaldi¬çoaste Deus e o rei’. Depois levai-o para fora da cidade e apedrejai-o até morrer». Os homens da cidade de Nabot, os anciãos e os seus concidadãos mais nobres, fizeram o que Jezabel lhes tinha mandado dizer na carta. Proclamaram um jejum e fizeram comparecer Nabot diante do povo. Os dois homens sem escrúpulos vieram colocar-se em frente de Nabot e acusaram-no diante do povo, dizendo: «Nabot amaldiçoou Deus e o rei». Levaram-no então para fora da cidade, apedrejaram-no e ele morreu. Depois mandaram dizer a Jezabel: «Nabot foi apedrejado e morreu». Ao saber que Nabot tinha sido apredejado e morto, Jezabel foi dizer a Acab: «Levanta-te e vai tomar posse da vinha que Nabot de Jezrael não te quis ceder por dinheiro. Ele já não está vivo; morreu». Quando ouviu dizer que Nabot tinha morrido, Acab levantou-se e desceu à vinha de Nabot de Jezrael para tomar posse dela.
Palavra do Senhor.
SAL MO RESPONSORIAL Salmo 5, 2-3.5-6.7 (R. 2b)
Refrão: Escutai, Senhor, a voz da minha súplica. Repete-se
Senhor, ouvi as minhas palavras,
reparai no meu lamento.
Atendei a voz do meu clamor, ó meu Rei e meu Deus. Refrão
Vós não sois um Deus que se agrade do mal,
o perverso não tem aceitação junto de Vós,
nem os ímpios suportam o vosso olhar. Refrão
Vós detestais todos os malfeitores
e exterminais os que dizem mentiras:
o Senhor abomina os sanguinários e fraudulentos. Refrão
ALELUIA Salmo 118 (119), 105
Refrão: Aleluia. Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é farol para os meus passos
e luz para os meus caminhos. Refrão
EVANGELHO Mt 5, 38-42
«Amai os vossos inimigos»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Olho por olho e dente por dente’. Eu, porém, digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda. Se alguém quiser levar-te ao tribunal, para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto. Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas. Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que pelo pão e o vinho apresentados ao vosso altar
dais ao homem o alimento que o sustenta
e o sacramento que o renova,
fazei que nunca falte este auxílio ao nosso corpo e à nossa alma.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 26, 4
Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida.
Ou Jo 17, 11
Pai santo, guarda no teu nome os que Me deste,
para que sejam em nós confirmados na unidade, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a sagrada comunhão nos vossos mistérios,
sinal da nossa união convosco,
realize a unidade na vossa Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O ódio não é
uma força criativa. Só o amor é uma força criativa».
S. Maximiliano Kolbe
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA – 1
Reis 21, 1-16 : A
história da salvação acontece na história dos homens; por isso, nela se
entrelaçam a graça e o pecado, como nesta leitura, precisamente porque esta
história se faz com homens, que são pecadores. Mas, a mão de Deus nunca se
afasta dos homens, e sempre para os salvar, mesmo se essa salvação passar pelo
castigo, como neste caso virá a acontecer.
Mt 5, 38-42 :Continuando a leitura do Sermão da
Montanha, ouvimos hoje como Jesus ensina que a justiça não se fará com a
vingança. Citando primeiro um dito, conhecido por “Lei de Talião”, Jesus apela
para a não-vingança, para a humildade, para a bondade, para o perdão. De facto,
o discípulo de Jesus revela-se particularmente no perdão das injúrias; é essa
uma das manifestações maiores da caridade. E foi precisamente assim que o
Senhor procedeu e mandou que procedêssemos nós também. É nesta forma de amor
que melhor se afirma a vitória sobre o egoísmo.
ORAÇÃO: Pai santo, a tua misericórdia e amor
chegue até nós, para que saibamos perdoar e perdoarmo-nos por todas as coisas
em que nos causamos dor e nos separaram de Ti.
AGENDA
21.00 horas: Oração de
louvor no Calvário
A VOZ DO PASTOR
RESPONDER E CRESCER COM ALEGRIA E ESPERANÇA
Após a III Assembleia Extraordinária, em
outubro de 2014, e a XIV Assembleia Geral Ordinária, em outubro de 2015, do Sínodo
convocado pelo Papa Francisco para tratar das situações que hoje afetam a
família e desafiam a evangelização, fomos presenteados com a Exortação
Apostólica Amoris Laetitia. Sem a pôr de parte, este Documento não
trata tanto da doutrina sobre o matrimónio e a família. Propõe-se, isso sim,
tratar de quatro pontos considerados urgentes na missão pastoral da Igreja,
tendo sempre presente que a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa
artesanal. É uma mensagem de fé e de esperança num tempo em que se tornou algo
complexo comprometer-se na vida familiar. Os quatro pontos aí apontados são: a
preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à
família na transmissão da fé e a maior integração eclesial dos divorciados a
viver em nova união. Ao falar sobre este último ponto, isto é, sobre a
necessidade de uma maior integração eclesial dos divorciados a viverem em
segunda união, o capítulo VIII trata, todo ele, da necessidade de acolher,
acompanhar, discernir e integrar estas pessoas. Chama a atenção para o dever
que os pastores têm de acompanhar as pessoas interessadas em fazer este
caminho, o caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja, as
orientações do Bispo diocesano e a Palavra de Deus como companheira de viagem.
É, pois, dentro desta determinação que acabo de apresentar à Diocese uma Carta
Pastoral com uma proposta de atuação, um método a seguir e algumas metas a
atingir, à qual dei o título de “A bem da família”. Apresenta alguns passos
positivos, passos a desenvolver no tempo, sem respostas rápidas, não há
receitas simples e imediatas. Oferece orientações que terão sempre de ser
adaptadas a cada situação e a cada pessoa, tendo presente o percurso histórico
de cada pessoa e não apenas um momento da sua vida. E não há casos iguais.
Neste percurso, olha-se para os critérios que a Exortação nos oferece para
diferenciar as diversas situações e dão-se pistas para acompanhar os
interessados em ordem ao discernimento da sua história, da sua situação. Realça
a importância de um elemento externo ao casal ou à pessoa, pois o confronto com
essa pessoa, em encontros regulares, é essencial, ajudará a desbloquear
processos internos pessoais e a libertar-se de outras feridas que anulem a
realidade. A missão de quem acompanha, como sabemos, não é julgar nem decidir,
não é ser controlador, é, sim, escutar e ajudar a que as pessoas tomem
consciência da sua situação e consigam tomar uma decisão que as aproxime de
Deus e da Sua Palavra, confiando n’Ele e aproximando-se dos irmãos na vivência
da fé, descobrindo a beleza da novidade cristã. Se não é possível mudar uma
situação, é sempre possível percorrer um caminho de maior integração eclesial e
descobrir cada vez mais e melhor que o amor de Deus não desiste de ninguém.
E não se trata de adequar a pastoral à
doutrina, trata-se sim, de não arrancar à doutrina o selo pastoral que lhe é
original e constitutivo, sem esquecer que a linguagem da misericórdia incarna
na vida e que o matrimónio é um caminho dinâmico de crescimento e realização,
como nos afirma a Exortação. O diálogo em busca da verdade ajudará à formação
de um juízo correto sobre aquilo que dificulta a possibilidade de uma
participação mais plena na vida da Igreja e sobre os passos que a podem
favorecer e fazer crescer nesse sentido, sem rigorismos nem laxismos.
Este caminho exige empenho e verdade, tanto
aos pastores como aos fiéis. Assim nos diz o Papa Francisco: “Convido os fiéis
que vivem situações complexas a aproximar-se com confiança para falar com os
seus pastores ou com leigos que vivem entregues ao Senhor (...). E convido os
pastores a escutar, com carinho e serenidade, com o desejo sincero de entrar no
coração do drama das pessoas e compreender o seu ponto de vista, para ajudá-las
a viver melhor e reconhecer o seu lugar na Igreja” (AL, 312). A estes casais
que sinceramente querem viver cristãmente, como membros da Igreja, convidamos,
pois, a fazer este itinerário com coragem e alegria, em busca da paz interior e
da construção da sua felicidade”.
Depois de abordada a situação e não havendo
qualquer fundamento para introduzir a causa de declaração de nulidade do
matrimónio, então, a quem deseja viver a fé cristã em Igreja é-lhes pedido um
itinerário de responsável discernimento pessoal e pastoral, de forma a que
possam chegar à melhor meta possível, sem gerar angústia pela mera insistência
em questões doutrinais, mas sentindo a proximidade compassiva de quem as quer
ajudar a fazer caminho caminhando. Não se trata de procurar que Deus faça a
vontade de quem está a discernir, mas que quem está a discernir possa ir
descobrindo e aceite aquilo que verdadeiramente vai percebendo ser o melhor.
Claro que não se trata de querer exceções, privilégios ou dupla moral. Não se
trata de garantir uma certa “ética da situação”, nem tampouco satisfazer um
certo individualismo que remete todo o critério ético à consciência individual,
ciosamente cerrada em si mesma, tornada árbitro absoluto das suas
determinações. O fazer memória e reconciliar-se interiormente com tudo o que
foi vivido no matrimónio sacramental, a avaliação dos fatores atenuantes ou
agravantes relativos à responsabilidade, culpabilidade e imputabilidade da
situação, bem como a avaliação da relação atual, suas forças e fraquezas,
perigos e potencialidades, levará a uma tomada de decisão e à melhor maneira de
a pôr em prática, nomeadamente em relação ao acesso aos sacramentos. Se a
integração é sempre possível, a decisão em relação ao acesso aos sacramentos
pode ser “sim”, pode ser “não”, ou pode ser “para já não, porque reconhecemos
que há passos ainda a dar”, voltando, neste caso, a discernir mais tarde, pois
o processo de discernimento é dinâmico e deve permanecer aberto para novas
etapas (cf. AL, 303).
Não compete ao orientador espiritual tomar a
decisão. Compete-lhe assegurar que todo o processo decorra como deve,
compete-lhe manifestar a todos a bondade e a misericórdia de Deus que não
abandona ninguém, compete-lhe reconhecer o papel da consciência das pessoas, já
que “somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las
(cf. AL37). As próprias pessoas é que, após um percurso sério em busca da
verdade, pois só a verdade nos libertará, tomarão a decisão sincera e justa,
procurando encontrar “os caminhos possíveis de resposta a Deus e de crescimento
no meio dos limites”, como refere a Exortação em causa.
Antonino Dias
Oleiros, 08-06-2018
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