PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 15 de junho de 2018
SEXTA DA X SEMANA DO
TEMPO COMUM
SEXTA-FEIRA
da semana X
Verde – Ofício da
féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 1 Reis 19, 9a. 11-16; Sal 26 (27), 7-8. 9. 13-14
Ev Mt 5, 27-32
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 1 Reis 19, 9a. 11-16; Sal 26 (27), 7-8. 9. 13-14
Ev Mt 5, 27-32
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 26, 1-2
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem temerei?
O Senhor é protector da minha vida:
de quem hei de ter medo?
ORAÇÃO
Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é recto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 19, 9a.11-16
«Sai e permanece no monte à espera do Senhor»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem temerei?
O Senhor é protector da minha vida:
de quem hei de ter medo?
ORAÇÃO
Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é recto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 19, 9a.11-16
«Sai e permanece no monte à espera do Senhor»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb, e passou a noite numa gruta. O Senhor dirigiu-lhe a palavra, dizendo: «Sai e permanece no monte à espera do Senhor». Então, o Senhor passou. Diante d’Ele, uma forte rajada de vento fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, sentiu-se um terramoto; mas o Senhor não estava no terramoto. Depois do terramoto, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira brisa. Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou à entrada da gruta. Ouviu então uma voz que lhe dizia: «Que fazes tu aqui, Elias?». Ele respondeu: «Ardo em zelo por Vós, Senhor, Deus do Universo, porque os filhos de Israel abandonaram a vossa aliança, derrubaram os vossos altares e mataram à espada os vossos profetas. Fiquei eu só, mas procuram tirar-me a vida». Disse-lhe o Senhor: «Vai pelo caminho do deserto e regressa a Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei de Aram; depois, Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel; e Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 7-8.9.13-14 (R. cf. 8b)
Refrão: Eu procuro, Senhor, a luz do vosso rosto. Repete-se
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica,
tende compaixão de mim e atendei-me.
Diz-me o coração: «Procurai a sua face».
A vossa face, Senhor, eu procuro. Refrão
Não escondais de mim o vosso rosto,
nem afasteis com ira o vosso servo.
Não me rejeiteis nem me abandoneis,
meu Deus e meu Salvador. Refrão
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor. Refrão
ALELUIA Filip 2, 15d.16a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vós brilhais como estrelas no mundo,
anunciando a palavra da vida. Refrão
EVANGELHO Mt 5, 27-32
«Todo aquele que tiver olhado para uma mulher com maus desejos
já cometeu adultério»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não cometerás adultério’. Mas Eu digo-vos: Todo aquele que tiver olhado para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela em seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, porque é melhor perder-se um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado na geena. E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor perder-se um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado na geena. Também foi dito: ‘Quem repudiar a sua mulher dê-lhe um certificado de repúdio’. Mas Eu digo-vos: Todo aquele que repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, expõe-na a cometer adultério. E aquele que se casar com uma repudiada comete adultério».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor,
para os dons que apresentamos ao vosso altar
e fazei que esta oblação Vos seja agradável
e aumente em nós a caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 17, 3
Sois o meu protetor e o meu refúgio, Senhor;
sois o meu libertador; meu Deus, em Vós confio.
Ou 1 Jo 4, 16
Deus é amor.
Quem permanece no amor permanece em Deus
e Deus permanece nele.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a ação santificadora deste sacramento
nos liberte das más inclinações
e nos conduza a uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Faz de mim
instrumento da Tua paz. Onde houver ódio que eu leve o teu perdão
S. Francisco de Assis
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA – Reis
19, 9a.11-16: O
Profeta é convidado por Deus a subir ao monte e a esperar aí que o Senhor Se
lhe manifeste. Os vários fenómenos naturais são aqui prenúncios da passagem de
Deus. É no último desses sinais, na brisa suave, que Deus Se lhe manifesta. A
suavidade dessa brisa é sinal da intimidade em que Deus Se revela aos seus
profetas, da doçura da sua acção que aliás se vai manifestar bem vigorosa. É
assim que, a partir deste encontro com o Senhor, o profeta é enviado, pelo
mesmo caminho não temendo já a perseguição a que vinha fugindo, mas para
realizar novas ações de grande projeção.
Mt 5, 27-32: A perfeição cristã não se avalia
simplesmente pelo cumprimento exterior das leis, mas pelos sentimentos íntimos
do coração; é aí que reside a origem de tudo o que é bom e de tudo o que é mau.
Jesus exemplifica estes princípios com o caso do adultério, e, ao mesmo tempo,
afirma a indissolubilidade do matrimónio.
ORAÇÃO: Pai santo, a tua misericórdia e amor
chegue até nós, para que saibamos perdoar e perdoarmo-nos por todas as coisas
em que nos causamos dor e nos separaram de Ti.
AGENDA
18.00 horas: Missa em
Nisa
21,00 horas: Catequese
de adultos
A VOZ DO PASTOR
RESPONDER E CRESCER COM ALEGRIA E ESPERANÇA
Após a III Assembleia Extraordinária, em
outubro de 2014, e a XIV Assembleia Geral Ordinária, em outubro de 2015, do
Sínodo convocado pelo Papa Francisco para tratar das situações que hoje afetam
a família e desafiam a evangelização, fomos presenteados com a Exortação
Apostólica Amoris Laetitia. Sem a pôr de parte, este Documento não
trata tanto da doutrina sobre o matrimónio e a família. Propõe-se, isso sim,
tratar de quatro pontos considerados urgentes na missão pastoral da Igreja,
tendo sempre presente que a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa
artesanal. É uma mensagem de fé e de esperança num tempo em que se tornou algo
complexo comprometer-se na vida familiar. Os quatro pontos aí apontados são: a
preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à
família na transmissão da fé e a maior integração eclesial dos divorciados a
viver em nova união. Ao falar sobre este último ponto, isto é, sobre a
necessidade de uma maior integração eclesial dos divorciados a viverem em segunda
união, o capítulo VIII trata, todo ele, da necessidade de acolher, acompanhar,
discernir e integrar estas pessoas. Chama a atenção para o dever que os
pastores têm de acompanhar as pessoas interessadas em fazer este caminho, o
caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja, as orientações do Bispo
diocesano e a Palavra de Deus como companheira de viagem. É, pois, dentro desta
determinação que acabo de apresentar à Diocese uma Carta Pastoral com uma
proposta de atuação, um método a seguir e algumas metas a atingir, à qual dei o
título de “A bem da família”. Apresenta alguns passos positivos, passos a
desenvolver no tempo, sem respostas rápidas, não há receitas simples e
imediatas. Oferece orientações que terão sempre de ser adaptadas a cada situação
e a cada pessoa, tendo presente o percurso histórico de cada pessoa e não
apenas um momento da sua vida. E não há casos iguais. Neste percurso, olha-se
para os critérios que a Exortação nos oferece para diferenciar as diversas
situações e dão-se pistas para acompanhar os interessados em ordem ao
discernimento da sua história, da sua situação. Realça a importância de um
elemento externo ao casal ou à pessoa, pois o confronto com essa pessoa, em
encontros regulares, é essencial, ajudará a desbloquear processos internos
pessoais e a libertar-se de outras feridas que anulem a realidade. A missão de
quem acompanha, como sabemos, não é julgar nem decidir, não é ser controlador,
é, sim, escutar e ajudar a que as pessoas tomem consciência da sua situação e
consigam tomar uma decisão que as aproxime de Deus e da Sua Palavra, confiando
n’Ele e aproximando-se dos irmãos na vivência da fé, descobrindo a beleza da
novidade cristã. Se não é possível mudar uma situação, é sempre possível
percorrer um caminho de maior integração eclesial e descobrir cada vez mais e
melhor que o amor de Deus não desiste de ninguém.
E não se trata de adequar a pastoral à
doutrina, trata-se sim, de não arrancar à doutrina o selo pastoral que lhe é
original e constitutivo, sem esquecer que a linguagem da misericórdia incarna
na vida e que o matrimónio é um caminho dinâmico de crescimento e realização,
como nos afirma a Exortação. O diálogo em busca da verdade ajudará à formação
de um juízo correto sobre aquilo que dificulta a possibilidade de uma
participação mais plena na vida da Igreja e sobre os passos que a podem
favorecer e fazer crescer nesse sentido, sem rigorismos nem laxismos.
Este caminho exige empenho e verdade, tanto
aos pastores como aos fiéis. Assim nos diz o Papa Francisco: “Convido os fiéis
que vivem situações complexas a aproximar-se com confiança para falar com os
seus pastores ou com leigos que vivem entregues ao Senhor (...). E convido os
pastores a escutar, com carinho e serenidade, com o desejo sincero de entrar no
coração do drama das pessoas e compreender o seu ponto de vista, para ajudá-las
a viver melhor e reconhecer o seu lugar na Igreja” (AL, 312). A estes casais
que sinceramente querem viver cristãmente, como membros da Igreja, convidamos,
pois, a fazer este itinerário com coragem e alegria, em busca da paz interior e
da construção da sua felicidade”.
Depois de abordada a situação e não havendo
qualquer fundamento para introduzir a causa de declaração de nulidade do
matrimónio, então, a quem deseja viver a fé cristã em Igreja é-lhes pedido um
itinerário de responsável discernimento pessoal e pastoral, de forma a que
possam chegar à melhor meta possível, sem gerar angústia pela mera insistência
em questões doutrinais, mas sentindo a proximidade compassiva de quem as quer ajudar
a fazer caminho caminhando. Não se trata de procurar que Deus faça a vontade de
quem está a discernir, mas que quem está a discernir possa ir descobrindo e
aceite aquilo que verdadeiramente vai percebendo ser o melhor. Claro que não se
trata de querer exceções, privilégios ou dupla moral. Não se trata de garantir
uma certa “ética da situação”, nem tampouco satisfazer um certo individualismo
que remete todo o critério ético à consciência individual, ciosamente cerrada
em si mesma, tornada árbitro absoluto das suas determinações. O fazer memória e
reconciliar-se interiormente com tudo o que foi vivido no matrimónio
sacramental, a avaliação dos fatores atenuantes ou agravantes relativos à
responsabilidade, culpabilidade e imputabilidade da situação, bem como a
avaliação da relação atual, suas forças e fraquezas, perigos e potencialidades,
levará a uma tomada de decisão e à melhor maneira de a pôr em prática,
nomeadamente em relação ao acesso aos sacramentos. Se a integração é sempre
possível, a decisão em relação ao acesso aos sacramentos pode ser “sim”, pode
ser “não”, ou pode ser “para já não, porque reconhecemos que há passos ainda a
dar”, voltando, neste caso, a discernir mais tarde, pois o processo de
discernimento é dinâmico e deve permanecer aberto para novas etapas (cf. AL,
303).
Não compete ao orientador espiritual tomar a
decisão. Compete-lhe assegurar que todo o processo decorra como deve,
compete-lhe manifestar a todos a bondade e a misericórdia de Deus que não
abandona ninguém, compete-lhe reconhecer o papel da consciência das pessoas, já
que “somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las
(cf. AL37). As próprias pessoas é que, após um percurso sério em busca da
verdade, pois só a verdade nos libertará, tomarão a decisão sincera e justa,
procurando encontrar “os caminhos possíveis de resposta a Deus e de crescimento
no meio dos limites”, como refere a Exortação em causa.
Antonino Dias
Oleiros, 08-06-2018
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