PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta-feira,
02 de julho de 2021
Sexta
da XIII semana do tempo comum
LITURGIA
Sexta-feira
da semana XIII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Gen 23, 1-4. 19 – 24, 1-8. 62-67; Sal 105 (106), 1-2. 3-4a. 4b-5
Ev Mt 9, 9-13
* Na Companhia de Jesus – SS. Bernardino Realino, João Francisco de Régis e
Francisco de Jerónimo; Bb. Julião Maunoir e António Baldinucci, presbíteros –
MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 46,
2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Gen 23, 1-4.19; 24, 1-8.62-67
«Isaac amou Rebeca, consolando-se assim da morte de sua mãe»
Leitura do Livro
do Génesis
Sara
viveu até aos cento e vinte e sete anos e morreu em Quiriat-Arbá, hoje Hebron,
na terra de Canaã. Abraão foi lá celebrar os funerais e chorar sua mulher.
Depois deixou a defunta e falou assim aos filhos de Het: «Eu sou um imigrante
entre vós. Cedei-me em terreno vosso a posse dum sepulcro, para eu enterrar a
minha defunta. E assim Abraão sepultou Sara, sua esposa, na gruta do campo de
Macpela, em frente de Mambré, hoje Hebron, na terra de Canaã. Abraão era já
velho, de idade avançada, e o Senhor tinha-o abençoado em tudo. Disse Abraão ao
servo mais antigo da sua casa, que superentendia sobre todos os seus bens: «Põe
a tua mão debaixo da minha coxa e jura pelo Senhor, Deus do céu e da terra, que
não escolherás para o meu filho uma esposa entre as filhas dos cananeus, no
meio dos quais habito. Mas irás à minha terra e à minha família escolher uma
esposa para o meu filho Isaac». O servo perguntou-lhe: «Se essa mulher não
quiser vir comigo para esta terra, deverei levar o teu filho para a terra donde
vieste?». Abraão respondeu-lhe: «De modo nenhum levarás para lá o meu filho. O
Senhor, Deus do Céu, que me tirou da casa paterna e da terra onde nasci,
falou-me e fez-me o seguinte juramento: ‘Darei esta terra aos teus
descendentes’. Ele enviará à tua frente o seu Anjo, para que escolhas na minha
terra uma esposa para o meu filho. Se essa mulher não quiser vir contigo,
ficarás desligado deste juramento que me fazes. Mas em caso algum levarás para
lá o meu filho». Isaac tinha voltado do poço de Laai-Roí e habitava na região
do Negueb. Uma vez em que ele saíra a passear pelo campo à tardinha, ergueu os
olhos e viu uns camelos que acabavam de chegar. Rebeca, sua prima, ergueu
também os olhos e viu Isaac. Ela desceu do camelo e perguntou ao servo: «Quem é
aquele homem que vem a correr pelo campo ao nosso encontro?». O servo
respondeu: «É o meu senhor». Rebeca tomou o véu e cobriu-se. O servo contou a
Isaac tudo o que tinha feito. Isaac introduziu Rebeca na tenda de Sara, sua
mãe. Depois casou com ela e amou-a, consolando-se assim da morte de sua mãe.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 1-2.3-4a.4b-5 (R. 1a)
Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele
é bom. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Quem poderá contar as obras do Senhor
e apregoar todos os seus prodígios? Refrão
Felizes os que observam os seus preceitos
e praticam sempre o que é justo.
Lembrai-Vos de nós, Senhor,
por amor do vosso povo. Refrão
Visitai-nos com a vossa salvação,
para que vejamos a felicidade dos vossos eleitos,
rejubilemos com a alegria do vosso povo
e exultemos com a vossa herança. Refrão
ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia Repete-se
Vinde a Mim,
vós todos que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Mt 9, 9-13
«Não são os que têm saúde que precisam do
médico.
Prefiro a misericórdia ao sacrifício»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele
tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto
de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu
Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e
pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os
fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com
os publicanos e os pecadores?». Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm
saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa:
‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas
os pecadores».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.
Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos deem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Gen 23, 1-4.19; 24, 1-8.62-67: A história dos patriarcas da Antiga
Aliança é a história da fidelidade de Deus para com o seu povo, ao mesmo tempo
que mostra como esses patriarcas testemunham a sua fé em Deus, ao serem fiéis a
essa Aliança. É assim que Abraão manda procurar uma esposa para o seu filho à
terra da sua origem; mas que seja ela a vir para a Terra Prometida, pois que é
essa a Terra onde Deus prometeu realizar as suas promessas. É preciso ir ao
encontro de Deus, para que o Deus fiel seja acolhido pela fidelidade do homem.
Mt 9, 9-13 : A misericórdia de Deus é a grande
revelação que Jesus nos veio fazer. Mas é certamente esta a revelação que temos
maior dificuldade em compreender. Por isso, o ser misericordiosos é também a
atitude que temos mais dificuldade em manifestar para com os nossos irmãos.
Somos mais facilmente justiceiros do que misericordiosos. Por isso, somos tão
pouco cristãos!
AGENDA DO DIA:
17.00 horas:
Adoração ao Santíssimo em Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas:
Missa em Alpalhão
A VOZ DO
PASTOR:
OS RECURSOS HUMANOS E A NOVA EVANGELIZAÇÃO
Na passada semana,
abordei quanto bem poderia acontecer nas nossas paróquias se as famílias
cristãs se organizassem. Isto é, se não se fechassem em si mesmas e dessem as
mãos para levar mais vida a outras famílias e às comunidades que tanto precisam
de dinâmicas que as façam viver com alegria e esperança. Se todos reconhecemos
a importância das famílias neste processo, hoje quero referir-me - com muita
estima, aliás!-, a tanta gente que, se também desse uma mãozinha a essa causa,
tudo seria bem diferente. Embora haja quem o poderia e possa fazer, - e muitos
o fazem! -, hoje venho desafiar ou apelar a todos aqueles e aquelas que
acrescentam aos seus estudos, preparação e saber, o testemunho da sua fé e a
capacidade de intervir e gerar empatia, quer pelo seu humanismo e coerência de
vida quer pela alegria com que vivem e ajudam a viver. Refiro-me a professores,
gente do setor terciário e profissionais livres, gente com influência positiva
nas comunidades. Atentos ao meio, serão os primeiros a reconhecer que as comunidades
carecem de recursos humanos habilitados para lhes transmitir convenientemente a
mensagem cristã. Também constatarão que, se há falta de formação cristã, também
há quem gostaria de saber mais e de aceitar novos desafios. As próprias
comunidades reconhecem e apontam a necessidade urgente de formação. No entanto,
se se constata a falta de formação e as iniciativas de formação acontecem, as
pessoas não correspondem, são poucas as que aparecem, e, se aparecem, são quase
sempre as mesmas. Desta falta de formação ou de cultura da fé, surgem algumas
atitudes. Por um lado, temos aqueles que, mesmo muito bem formados noutras
áreas, adaptam a Igreja ao seu modo de pensar e estar na vida, afastam-se do
culto, dizem-se não praticantes mas católicos. A Igreja torna-se, para eles,
qualquer coisa que não faz parte deles, está fora deles. A ela recorrem como se
recorre a uma repartição pública em busca de serviços vários, como festas,
batizados, casamentos e funerais. Por outro lado, temos aqueles que querem culto,
muito culto, é verdade, sobretudo culto e religiosidade popular. Sendo um valor
a preservar e a purificar, se lhe falta a formação, pode degenerar em
sentimentalismo estéril. E se há muita gente que aposta na formação pessoal,
tem consciência de pertença à Igreja, vive integrado e cumpre em caminhada de
conversão constante, outros poderá haver, que, embora muito cumpridores, se
lhes falta a formação também podem meter os pés pelas mãos: de manhã são
capazes de frequentar a igreja e o culto, de tarde, se lhes der na gana,
procuram adivinhos, quiromantes, magos, bruxos, necromantes, como se tudo fosse
igual a tudo. Se se pergunta a razão disto acontecer, facilmente se distribuem
culpas, as causas, porém, são várias e complexas, afirmamo-lo sem querer julgar
ninguém. Mas entre essas causas também está a falta de quem faça essa formação
de maneira inteligente e atrativa, com método e capacidade de bem expor. Se as
pessoas a quem hoje me dirijo, aposentadas ou não, tivessem o gosto desse
voluntariado junto dos adultos das suas comunidades, como esse serviço marcaria
a diferença! Até porque, se essas iniciativas de formação não surgirem dos
leigos, torna-se difícil a sua implementação. E mesmo que, porventura, alguém
reconhecesse que não tem formação aprofundada em conteúdos e pedagogia
apropriada, tem experiência e traquejo verbal, tem capacidade de preparar os
temas, tem a arte de bem os expor e transmitir, tem facilidade de gerar empatia
e de aguçar o apetite dos participantes para mais saber. É certo que, sendo
indispensável, nem sempre basta ter a capacidade de se preparar e ser bom
comunicador. É importante perceber que, quando alguém fala ou ensina em nome de
Cristo, é Cristo que fala ou ensina, e é Cristo que é falado ou ensinado. Não é
momento para transmitir ideias pessoais, para inventar e ocupar o tempo de
qualquer forma, ou para ideologizar os presentes, mas, tal como Cristo o fez, é
tempo de os servir com humildade, amor e verdade: “Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a vós” (Jo 20, 21).
Sabemos como tanta
gente animou e continua a animar a criação de Universidades Seniores, e bem,
são um valor a fazer com que todos permaneçam em processo de formação
permanente, com regularidade e tempos combinados. E por que não formar grupos
semelhantes para a formação cristã de adultos? Inventem-se nomes para tais
grupos, clubes ou academias que atraiam e não afastem. Muitíssima gente ficaria
eternamente grata por essas iniciativas e serviço. Quem, para além da sua
azáfama familiar e profissional, tivesse este gesto de bem fazer às suas
comunidades e promovesse tais iniciativas, até descansaria nisso, sentir-se-ia
bem consigo próprio, entraria naquele processo de igreja em saída a que o Papa
Francisco tanto apela, ajudaria à nova evangelização com o seu saber, a sua
paciência e dedicação. Há tanta coisa que os leigos podem e devem sugerir e
fazer sem a presença de quem preside às comunidades, embora sempre em comunhão
com eles. Que as comunidades cristãs, sem qualquer espécie de preconceito,
estejam atentas a quem, de dentro delas mesmas, as possa fazer crescer em
sabedoria e graça. Que essas pessoas oiçam os apelos, mesmo que silenciosos das
comunidades, reconheçam quanto bem podem fazer aos outros e, por tabela, a si
próprias, colaborando, sentindo-se mais úteis, pondo a render os seus talentos,
conhecimento e saber. Que sintam o acolhimento, o apoio e o estímulo dos
responsáveis e de toda a comunidade, distribuindo tarefas, confiando, ganhando
confiança uns nos outros. Que ninguém esqueça: “em cada pegada de amor nascerá
sempre uma flor de gratidão”. E é sempre um aliciante desafio ajudar a fazer de
cada paróquia um verdadeiro jardim do qual todos se orgulhem, dele cuidem e
usufruam, na certeza de que até um copo de água dado por amor não ficará sem
recompensa (Mt 10, 42). Por isso, “se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não
fecheis o vosso coração” (Sl94/95). As comunidades cristãs merecem, precisam da
vossa colaboração, e “quão formosos são os pés daqueles que anunciam o
Evangelho” (Rom 10,15).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 25-06-2021.
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