PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda.
26 de julho de 2021
Segunda-feira
da XVII semana do tempo comum
LITURGIA
Segunda-feira da semana XVII
S. Joaquim e S. Ana, pais da Virgem
Santa Maria – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Ex 32, 15-24. 30-34; Sal 105 (106), 19-20. 21-22. 23
Ev Mt 13, 31-35
ou
L 1 Sir 44, 1. 10-15 (apropriada); Sal 131 (132), 11. 13-14. 17.18
Ev Mt 13, 16-17 (apropriado).
S. JOAQUIM e S. ANA,
pais de Nossa Senhora
Nota Histórica:
Segundo uma
antiga tradição, que remonta ao séc. II, assim se chamavam os pais da
Santíssima Virgem Maria. O culto de Santa Ana existia no Oriente já no séc. VI
e estendeu-se ao Ocidente no séc. X. Mais recentemente foi introduzido o culto
de São Joaquim.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Louvemos São Joaquim e Santa Ana,
pais da Virgem Maria, Mãe de Deus.
Por eles veio a salvação prometida a todos os povos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, Deus dos nossos pais,
que concedestes a São Joaquim e Santa Ana
a graça de darem ao mundo a Mãe do vosso Filho,
alcançai-nos, por sua intercessão,
a salvação que prometestes ao vosso povo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Sir 44, 1.10-15
«O seu nome vive através das gerações»
Leitura do Livro
de Ben-Sirá
Celebremos
os louvores dos homens ilustres,
dos nossos antepassados através das gerações.
Foram homens virtuosos
e as suas obras não foram esquecidas.
Na sua descendência permanece
a excelente herança que deles nasceu.
Os seus filhos são fiéis à aliança
e, graças a eles, também os filhos dos seus filhos.
A sua descendência permanece para sempre
e jamais se apagará a sua memória.
Os seus corpos repousam em paz
e o seu nome vive através das gerações.
Os povos proclamam a sua sabedoria
e a assembleia canta os seus louvores.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 131 (132), 11.13-14.17-18 (R. Lc 1,
32)
Refrão: O Senhor Deus lhe dará o trono de
seu pai David.
O Senhor fez um juramento a David
e não voltará atrás:
«Colocarei no teu trono
um descendente da tua família».
O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«É este para sempre o lugar do meu repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi».
«Darei a David um poderoso descendente
e farei brilhar uma luz para o meu Ungido.
Cobrirei de confusão os seus inimigos,
mas sobre ele farei resplandecer o diadema».
ALELUIA cf. Lc 2, 25c
Refrão: Aleluia. Repete-se
Esperavam a consolação de Israel
e o Espírito Santo estava neles. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 16-17
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele
tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Felizes os vossos olhos porque veem
e os vossos ouvidos porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos
desejaram ver o que vós vedes e não viram
e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Palavra
da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, as ofertas que trazemos ao vosso altar
e concedei-nos a graça de podermos tomar parte
na bênção prometida a Abraão e à sua descendência.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 23, 5
Receberam a bênção do Senhor
e a misericórdia de Deus, seu Salvador.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que na vossa admirável providência
quisestes que o vosso Filho Unigénito
nascesse de uma família humana,
para que os homens, em admirável mistério,
renascessem para uma vida nova,
santificai com o espírito de adoção
os filhos que alimentastes à vossa mesa.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS -
AGENDA DO DIA:
14.00
horas: Funeral em Nisa
A VOZ DO
PASTOR:
OS SONHOS, A MEMÓRIA E A ORAÇÃO DOS AVÓS!...
Muitas pessoas já celebram o Dia dos Avós em 26 de
julho de cada ano, dia litúrgico de Santa Ana e São Joaquim, avós maternos de
Jesus. Com o Santo Padre, saudamos todos os avôs e avós, cada idoso e cada idosa,
pedindo ao Senhor para todos eles a graça da alegria e da paz, em saúde e bom
acolhimento familiar e social, ou institucional, se for o caso. Que a vida lhes
sorria sempre. Aos que já partiram, que o Senhor lhes dê o eterno descanso e
intercedam por nós junto de Deus.
A Assembleia da República Portuguesa, em 3 de abril de
2003, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição da República, que nos
termos do artigo 67.º define a família como elemento fundamental da nossa
sociedade, resolveu, a pedido de várias pessoas e instituições, instituir esse
dia 26 de julho de cada ano como Dia Nacional dos Avós. No projeto de resolução
n.º 142/IX, pelo qual instituiu esse Dia Nacional dos Avós, a Assembleia da
República realça a importância dos avós como agentes de equilíbrio de relações
afetivas em família, pelo seu papel na transmissão de valores sociais e de
valores da família, pelo seu importante papel na educação dos netos, já que os
pais estão ausentes em grande parte do dia, bem como pela sua troca de saberes
e de experiências em família e na sociedade, permitindo a continuidade.
O Papa Francisco, este ano, instituiu, a nível da
Igreja Católica, o Dia Mundial dos Avós, a celebrar sempre no Domingo mais
próximo do dia 26 de julho, dia litúrgico de Santa Ana e São Joaquim. Neste
primeiro Dia Mundial dos Avós, a Igreja manifesta a sua solidariedade com todos
os avós e idosos, dizendo a cada um: a Igreja “preocupa-se contigo, ama-te e
não quer deixar-te abandonado”. Esta afirmação da Igreja é feita pela voz do
Papa Francisco. Ele recorda a cada um a promessa que o Senhor fez aos
discípulos antes de subir ao Céu: «Eu estou contigo todos os dias» (cf. Mt 28,
20).
Lembrando o anjo que veio animar e incutir esperança
ao avô materno de Jesus em hora menos boa da sua vida, Francisco afirma que
“mesmo quando tudo parece escuro, como nestes meses de pandemia, o Senhor
continua a enviar anjos para consolar a nossa solidão, repetindo-nos: «Eu estou
contigo todos os dias». Di-lo a ti, di-lo a mim, a todos. Está aqui o sentido
deste Dia Mundial que eu quis celebrado pela primeira vez precisamente neste
ano, depois dum longo isolamento e com uma retoma ainda lenta da vida social:
oxalá cada avô, cada idoso, cada avó, cada idosa – especialmente quem dentre
vós está mais sozinho – receba a visita de um anjo! Este anjo, algumas vezes,
terá o rosto dos nossos netos; outras vezes, dos familiares, dos amigos de
longa data ou conhecidos precisamente neste momento difícil. Neste período,
aprendemos a entender como são importantes, para cada um de nós, os abraços e
as visitas, e muito me entristece o facto de as mesmas não serem ainda
possíveis em alguns lugares”.
Acentuando também a importância da Palavra de Deus em
nos ajudar a entender o que o Senhor nos pede em cada estação da vida,
acrescenta: “Eu mesmo posso dar testemunho de que recebi a chamada para me
tornar Bispo de Roma quando tinha chegado, por assim dizer, à idade da
aposentação e imaginava que já não podia fazer muito de novo. O Senhor está
sempre junto de nós – sempre – com novos convites, com novas palavras, com a
sua consolação, mas está sempre junto de nós. Como sabeis, o Senhor é eterno e
nunca vai para a reforma. Nunca”.
E no contexto do mandato que o Senhor nos deu de ir e
ensinar, o Papa lembra aos idosos que a sua vocação “é salvaguardar as raízes,
transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Atenção! Qual é a nossa
vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos
jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos esqueçais disto. Não importa quantos
anos tens, se ainda trabalhas ou não, se ficaste sozinho ou tens uma família,
se te tornaste avó ou avô ainda relativamente jovem ou já avançado nos anos, se
ainda és autónomo ou precisas de ser assistido, porque não existe uma idade
para aposentar-se da tarefa de anunciar o Evangelho, da tarefa de transmitir as
tradições aos netos. É preciso pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo
para empreender algo de novo”. Há “uma renovada vocação, também para ti, num
momento crucial da história. Perguntar-te-ás: Mas, como é possível? As minhas
energias vão-se exaurindo e não creio que possa ainda fazer muito. Como posso
começar a comportar-me de maneira diferente, quando o hábito se tornou a regra
da minha existência? Como posso dedicar-me a quem é mais pobre, se já tenho
tantas preocupações com a minha família? Como posso alongar o meu olhar, se não
me é permitido sequer sair da residência onde vivo? Não é um fardo já demasiado
pesado a minha solidão? Quantos de vós se interrogam: Não é um fardo já demasiado
pesado a minha solidão? O próprio Jesus ouviu Nicodemos dirigir-Lhe uma
pergunta deste tipo: «Como pode um homem nascer, sendo velho?» (Jo 3, 4). Isso
é possível – responde o Senhor –, abrindo o próprio coração à obra do Espírito
Santo, que sopra onde quer. Com a liberdade que tem, o Espírito Santo move-Se
por toda a parte e faz aquilo que quer”.
Repetindo que ninguém se salva sozinho e que desta
crise jamais sairemos iguais, o Papa diz a cada avó, avô, idoso ou idosa, que
cada um é necessário “para se construir, na fraternidade e na amizade social, o
mundo de amanhã”, todos devemos ser «parte ativa na reabilitação e apoio das
sociedades feridas». E apresenta três de entre vários pilares que os idosos
deverão sustentar nesta nova construção: “os sonhos, a memória e a oração”.
Recordando a passagem bíblica de Joel: «Os vossos
anciãos terão sonhos e os jovens terão visões», Francisco diz que “o futuro do
mundo está nesta aliança entre os jovens e os idosos. Quem, senão os jovens,
pode agarrar os sonhos dos idosos e levá-los por diante? Mas, para isso, é
necessário continuar a sonhar: nos nossos sonhos de justiça, de paz, de
solidariedade reside a possibilidade de os nossos jovens terem novas visões e,
juntos, construirmos o futuro. É preciso que testemunhes, também tu, a
possibilidade de se sair renovado duma experiência dolorosa. E tenho a certeza
de que não será a única, pois, na tua vida, terás tido tantas e sempre
conseguiste triunfar delas. E, dessa experiência que tens, aprende como sair da
provação atual. Nisto se vê como os sonhos estão entrelaçados com a memória.
Penso como pode ser de grande valor a memória dolorosa da guerra, e quanto
podem as novas gerações aprender dela a respeito do valor da paz. E, a
transmitir isto, és tu que viveste a tribulação das guerras. Recordar é uma
missão verdadeira e própria de cada idoso: conservar na memória e levar a
memória aos outros”. E volta à sua vivência pessoal: “Penso também nos meus
avós e naqueles de vós que tiveram de emigrar e sabem quanto custa deixar a
própria casa, como fazem muitos ainda hoje à procura dum futuro. Talvez
tenhamos algum deles ao nosso lado a cuidar de nós. Esta memória pode ajudar a
construir um mundo mais humano, mais acolhedor. Mas, sem a memória, não se pode
construir; sem alicerces, tu nunca construirás uma casa. Nunca. E os alicerces
da vida estão na memória”.
Aliada aos sonhos e à memória, está a oração, afirma
Francisco: “A tua oração é um recurso preciosíssimo: é um pulmão de que não se
podem privar a Igreja e o mundo. Sobretudo neste tempo tão difícil para a
humanidade em que estamos – todos na mesma barca – a atravessar o mar
tempestuoso da pandemia, a tua intercessão pelo mundo e pela Igreja não é vã,
mas indica a todos a serena confiança de um porto seguro”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 23-07-2021.
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