quarta-feira, 30 de junho de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Quinta-feira, 01 de julho de 2021

 

Quinta da XIII semana do tempo comum

 

LITURGIA

 

Quinta-feira da semana XIII

Verde – Ofício da féria.

L 1 Gen 22, 1-19; Sal 114 (115), 1-2. 3-4. 5-6. 8-9
Ev Mt 9, 1-8

* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da restauração da Ordem em Portugal, com o Hospício de Santa Marta, em Lisboa, para clérigos pobres (1890).
* Na Congregação das Irmãs Missionárias do Precioso Sangue e na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, Titular das Congregações – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo – FESTA

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 22, 1-19
O sacrifício do nosso pai Abraão


“Pela fé, Abraão posto à prova ofereceu Isaac, seu filho único, que havia recebido as promessas. Pensava ele que Deus era até capaz de ressuscitar alguém de entre os mortos; e assim ele recobrou o filho, como figura das realidades futuras” (Hebr 11, 17-19). O sacrifício de Abraão prefigura o sacrifício da Cruz, donde surge a ressurreição.

Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!» Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar». Abraão levantou-se de manhã cedo, aparelhou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos e o seu filho Isaac. Cortou a lenha para o holocausto e pôs-se a caminho do local que Deus lhe indicara. Ao terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu de longe o local. Disse então aos servos: «Ficai aqui com o jumento. Eu e o menino iremos além fazer adoração e voltaremos para junto de vós». Abraão apanhou a lenha do holocausto e pô-la aos ombros do seu filho Isaac. Depois, tomou nas mãos o fogo e o cutelo e seguiram juntos o caminho. Isaac disse a Abraão: «Meu pai». Ele respondeu: «Que queres, meu filho?» Isaac prosseguiu: «Temos aqui fogo e lenha; mas onde está o cordeiro para o holocausto?» Abraão respondeu: «Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho». E continuaram juntos o caminho. Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele, atou seu filho Isaac e pô-lo sobre o altar, em cima da lenha. Depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!» «Aqui estou, Senhor», respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, não lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único». Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. Abraão deu ao local este nome: «O Senhor providenciará». E ainda hoje se diz: «Sobre a colina o Senhor providenciará». O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez, e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor – já que assim procedeste, e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra». Abraão foi ter de novo com os seus servos e juntos puseram-se a caminho de Bersabé, onde Abraão ficou a morar.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 114 (116), 1-2.3-4.5-6.8-9(R. 9)
Refrão: Andarei na presença do Senhor sobre a terra dos vivos. Repete-se
Ou: Caminharei na terra dos vivos na presença do Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Amo o Senhor,
porque ouviu a voz da minha súplica.
Ele me atendeu
no dia em que O invoquei. Refrão

Apertaram-me os laços da morte,
caíram sobre mim as angústias do além,
vi-me na aflição e na dor.
Então invoquei o Senhor:
«Senhor, salvai a minha alma». Refrão

Justo e compassivo é o Senhor,
o nosso Deus é misericordioso.
O Senhor guarda os simples:
estava sem forças e o Senhor salvou-me. Refrão

Livrou da morte a minha alma,
das lágrimas os meus olhos, da queda os meus pés.
Andarei na presença do Senhor,
sobre a terra dos vivos. Refrão


ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia Repete-se

Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 1-8
«Glorificaram a Deus por ter dado tal poder aos homens»


Ao mesmo tempo que revela o seu poder sobre as próprias leis da natureza, Jesus mostra que também tem o poder de perdoar os pecados. E é sempre em seu nome que a Igreja os continuará a perdoar, ela que é o sacramento universal da salvação, como disse o Concílio, que torna presente, no meio dos homens, a obra da salvação realizada pelo Senhor.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus

Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados». Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações? Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te – disse Ele ao paralítico – toma a tua enxerga e vai para casa’. O homem levantou-se e foi para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.

Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Gen 22, 1-19:  “Pela fé, Abraão posto à prova ofereceu Isaac, seu filho único, que havia recebido as promessas. Pensava ele que Deus era até capaz de ressuscitar alguém de entre os mortos; e assim ele recobrou o filho, como figura das realidades futuras” . (Hebr 11, 17-19). O sacrifício de Abraão prefigura o sacrifício da Cruz, donde surge a ressurreição.

Mt 9, 1-8: Ao mesmo tempo que revela o seu poder sobre as próprias leis da natureza, Jesus mostra que também tem o poder de perdoar os pecados. E é sempre em seu nome que a Igreja os continuará a perdoar, ela que é o sacramento universal da salvação, como disse o Concílio, que torna presente, no meio dos homens, a obra da salvação realizada pelo Senhor.


AGENDA DO DIA:

18.00 horas: Missa em Nisa

21.00 horas: Adoração ao Santíssimo.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

OS RECURSOS HUMANOS E A NOVA EVANGELIZAÇÃO

 

Na passada semana, abordei quanto bem poderia acontecer nas nossas paróquias se as famílias cristãs se organizassem. Isto é, se não se fechassem em si mesmas e dessem as mãos para levar mais vida a outras famílias e às comunidades que tanto precisam de dinâmicas que as façam viver com alegria e esperança. Se todos reconhecemos a importância das famílias neste processo, hoje quero referir-me - com muita estima, aliás!-, a tanta gente que, se também desse uma mãozinha a essa causa, tudo seria bem diferente. Embora haja quem o poderia e possa fazer, - e muitos o fazem! -, hoje venho desafiar ou apelar a todos aqueles e aquelas que acrescentam aos seus estudos, preparação e saber, o testemunho da sua fé e a capacidade de intervir e gerar empatia, quer pelo seu humanismo e coerência de vida quer pela alegria com que vivem e ajudam a viver. Refiro-me a professores, gente do setor terciário e profissionais livres, gente com influência positiva nas comunidades. Atentos ao meio, serão os primeiros a reconhecer que as comunidades carecem de recursos humanos habilitados para lhes transmitir convenientemente a mensagem cristã. Também constatarão que, se há falta de formação cristã, também há quem gostaria de saber mais e de aceitar novos desafios. As próprias comunidades reconhecem e apontam a necessidade urgente de formação. No entanto, se se constata a falta de formação e as iniciativas de formação acontecem, as pessoas não correspondem, são poucas as que aparecem, e, se aparecem, são quase sempre as mesmas. Desta falta de formação ou de cultura da fé, surgem algumas atitudes. Por um lado, temos aqueles que, mesmo muito bem formados noutras áreas, adaptam a Igreja ao seu modo de pensar e estar na vida, afastam-se do culto, dizem-se não praticantes mas católicos. A Igreja torna-se, para eles, qualquer coisa que não faz parte deles, está fora deles. A ela recorrem como se recorre a uma repartição pública em busca de serviços vários, como festas, batizados, casamentos e funerais. Por outro lado, temos aqueles que querem culto, muito culto, é verdade, sobretudo culto e religiosidade popular. Sendo um valor a preservar e a purificar, se lhe falta a formação, pode degenerar em sentimentalismo estéril. E se há muita gente que aposta na formação pessoal, tem consciência de pertença à Igreja, vive integrado e cumpre em caminhada de conversão constante, outros poderá haver, que, embora muito cumpridores, se lhes falta a formação também podem meter os pés pelas mãos: de manhã são capazes de frequentar a igreja e o culto, de tarde, se lhes der na gana, procuram adivinhos, quiromantes, magos, bruxos, necromantes, como se tudo fosse igual a tudo. Se se pergunta a razão disto acontecer, facilmente se distribuem culpas, as causas, porém, são várias e complexas, afirmamo-lo sem querer julgar ninguém. Mas entre essas causas também está a falta de quem faça essa formação de maneira inteligente e atrativa, com método e capacidade de bem expor. Se as pessoas a quem hoje me dirijo, aposentadas ou não, tivessem o gosto desse voluntariado junto dos adultos das suas comunidades, como esse serviço marcaria a diferença! Até porque, se essas iniciativas de formação não surgirem dos leigos, torna-se difícil a sua implementação. E mesmo que, porventura, alguém reconhecesse que não tem formação aprofundada em conteúdos e pedagogia apropriada, tem experiência e traquejo verbal, tem capacidade de preparar os temas, tem a arte de bem os expor e transmitir, tem facilidade de gerar empatia e de aguçar o apetite dos participantes para mais saber. É certo que, sendo indispensável, nem sempre basta ter a capacidade de se preparar e ser bom comunicador. É importante perceber que, quando alguém fala ou ensina em nome de Cristo, é Cristo que fala ou ensina, e é Cristo que é falado ou ensinado. Não é momento para transmitir ideias pessoais, para inventar e ocupar o tempo de qualquer forma, ou para ideologizar os presentes, mas, tal como Cristo o fez, é tempo de os servir com humildade, amor e verdade: “Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo 20, 21).

Sabemos como tanta gente animou e continua a animar a criação de Universidades Seniores, e bem, são um valor a fazer com que todos permaneçam em processo de formação permanente, com regularidade e tempos combinados. E por que não formar grupos semelhantes para a formação cristã de adultos? Inventem-se nomes para tais grupos, clubes ou academias que atraiam e não afastem. Muitíssima gente ficaria eternamente grata por essas iniciativas e serviço. Quem, para além da sua azáfama familiar e profissional, tivesse este gesto de bem fazer às suas comunidades e promovesse tais iniciativas, até descansaria nisso, sentir-se-ia bem consigo próprio, entraria naquele processo de igreja em saída a que o Papa Francisco tanto apela, ajudaria à nova evangelização com o seu saber, a sua paciência e dedicação. Há tanta coisa que os leigos podem e devem sugerir e fazer sem a presença de quem preside às comunidades, embora sempre em comunhão com eles. Que as comunidades cristãs, sem qualquer espécie de preconceito, estejam atentas a quem, de dentro delas mesmas, as possa fazer crescer em sabedoria e graça. Que essas pessoas oiçam os apelos, mesmo que silenciosos das comunidades, reconheçam quanto bem podem fazer aos outros e, por tabela, a si próprias, colaborando, sentindo-se mais úteis, pondo a render os seus talentos, conhecimento e saber. Que sintam o acolhimento, o apoio e o estímulo dos responsáveis e de toda a comunidade, distribuindo tarefas, confiando, ganhando confiança uns nos outros. Que ninguém esqueça: “em cada pegada de amor nascerá sempre uma flor de gratidão”. E é sempre um aliciante desafio ajudar a fazer de cada paróquia um verdadeiro jardim do qual todos se orgulhem, dele cuidem e usufruam, na certeza de que até um copo de água dado por amor não ficará sem recompensa (Mt 10, 42). Por isso, “se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis o vosso coração” (Sl94/95). As comunidades cristãs merecem, precisam da vossa colaboração, e “quão formosos são os pés daqueles que anunciam o Evangelho” (Rom 10,15).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 25-06-2021.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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