sábado, 10 de julho de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Domingo, 11 de julho de 2021

 

Domingo XV do tempo comum

 

LITURGIA

 

DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Amós 7, 12-15; Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
L2 Ef 1, 3-14 ou Ef 1, 3-10
Ev Mc 6, 7-13

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Bragança-Miranda – S. Bento, Padroeiro da Diocese – SOLENIDADE
* Na Ordem Beneditina – S. Bento, Patriarca dos Monges, Titular e Patrono principal da Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem de Cister – S. Bento, abade, Padroeiro da Europa – SOLENIDADE
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 16, 15
Eu venho, Senhor, à vossa presença:
ficarei saciado ao contemplar a vossa glória.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade
para poderem voltar ao bom caminho,
concedei a quantos se declaram cristãos
que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome,
sigam fielmente as exigências da sua fé.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Amós 7, 12-15
«Vai, profeta, ao meu povo»


Leitura da Profecia de Amós

Naqueles dias, Amasias, sacerdote de Betel, disse a Amós: «Vai-te daqui, vidente. Foge para a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias. Mas não continues a profetizar aqui em Betel, que é o santuário real, o templo do reino». Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor de gado e cultivava sicómoros. Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho e me disse: ‘Vai profetizar ao meu povo de Israel’».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor
e dai-nos a vossa salvação.
Repete-se
Ou: Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia. Repete-se

Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra. Refrão

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu. Refrão

O Senhor dará ainda o que é bom,
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos. Refrão


LEITURA II – Forma longa Ef 1, 3-14
«Ele nos escolheu, em Cristo, antes da criação do mundo»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença. Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adoptivos, por Jesus Cristo, para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho. N’Ele, pelo seu sangue, temos a redenção e a remissão dos pecados. Segundo a riqueza da sua graça, que Ele nos concedeu em abundância, com plena sabedoria e inteligência, deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio de benevolência n’Ele de antemão estabelecido, para se realizar na plenitude dos tempos: instaurar todas as coisas em Cristo, tudo o que há nos Céus e na terra. Em Cristo fomos constituídos herdeiros, por termos sido predestinados, segundo os desígnios d’Aquele que tudo realiza conforme a decisão da sua vontade, para sermos um hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo esperámos em Cristo. Foi n’Ele que vós também, depois de ouvirdes a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, abraçastes a fé e fostes marcados pelo Espírito Santo. E o Espírito Santo prometido é o penhor da nossa herança, para a redenção do povo que Deus adquiriu para louvor da sua glória.

Palavra do Senhor.


LEITURA II – Forma breve Ef 1, 3-10
«Escolheu-nos, em Cristo, antes da criação do mundo»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos: Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença. Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo, para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho. N’Ele, pelo seu sangue, temos a redenção e a remissão dos pecados. Segundo a riqueza da sua graça, que Ele nos concedeu em abundância, com plena sabedoria e inteligência, deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio de benevolência n’Ele de antemão estabelecido, para se realizar na plenitude dos tempos: instaurar todas as coisas em Cristo, tudo o que há nos Céus e na terra.


Palavra do Senhor.


ALELUIA
cf. Ef 1, 17-18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
ilumine os olhos do nosso coração,
para sabermos a que esperança fomos chamados. Refrão


EVANGELHO Mc 6, 7-13
«Começou a enviá-los»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão: nem pão, nem alforge, nem dinheiro; que fossem calçados com sandálias, e não levassem duas túnicas. Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos em alguma localidade, se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento, expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons da vossa Igreja em oração
e concedei aos fiéis que os vão receber
a graça de crescerem na santidade.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 83, 4-5
As aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu Rei e meu Deus.
Felizes os que moram em vossa casa
e a toda a hora cantam os vossos louvores.

Ou Jo 6, 57
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais à vossa mesa santa,
humildemente Vos suplicamos:
sempre que celebramos estes mistérios,
aumentai em nós os frutos da salvação.
Por Nosso Senhor.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Amós 7, 12-15: O Evangelho vai apresentar-nos hoje Jesus a chamar e a enviar os doze Apóstolos. Por seu lado esta primeira leitura quer fazer-nos compreender, desde já, que o Senhor chama e envia como Lhe apraz, quem Ele quer; esse será o seu enviado, o seu mensageiro, que é preciso acolher e escutar como tal. Por ele, é Deus quem falará. E nenhum mal-entendido ou incompreensão podem ser obstáculo à presença e à palavra do enviado de Deus.

Ef 1, 3-14: A epístola aos Efésios, talvez a mais bela de S. Paulo, revela-nos o plano de Deus sobre o mundo. A contemplação deste plano deslumbrava o Apóstolo, e esse deslumbramento, canta-o ele num verdadeiro hino, que constitui a leitura de hoje. Esse plano de Deus consiste em fazer dos homens seus filhos por Jesus Cristo, e constituir Cristo cabeça e centro da unidade de todo o universo.

Mc 6, 7-13  A missão dos Apóstolos é puro dom do Senhor; Ele escolhe os que quer, e envia-os a anunciar uma mensagem de salvação que vem d’Ele, o Salvador. E de tal maneira eles anunciam uma mensagem que não é sua, mas de Jesus, que não deverão ir apoiados em seguranças humanas, mas somente no dom do Senhor que os envia.


AGENDA DO DIA:

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo

10.00 horas: Missa em Arez

11.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Gáfete

12.00 horas: Missa em Alpalhão

15.30 horas: Missa em Montalvão

15.30 horas: Celebração da Palavra no Arneiro

15.30 horas: Missa NO Cacheiro

21.00 horas: Novena na Igreja Matriz da Vila de Nisa

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

TANTA GENTE A FUGIR DO QUE PROCURA!...

 

Por mais que sejam as nossas diferenças pessoais, as situações geográficas e culturais, as direções assumidas e os caminhos trilhados, há um ponto de convergência que, do nascimento à morte, a todos persegue e até fundamenta a azáfama quotidiana de todo o ser humano: a felicidade, toda a gente quer ser feliz!

Nessa luta constante para a construir, mesmo que, em algum intervalo, se pense que já se encontrou e se é feliz, não tarda a inquietação interior. Depressa esbarramos com a fragilidade e o sofrimento, com os tristes desaires da história, sentimo-nos indecifráveis, constatamos que não nos bastamos a nós próprios, que não somos omnipotentes nem eternos neste mundo, que a felicidade não se contenta com o espetacular, o passear, o ter, o poder, o prazer...

A experiência de tudo isso, porém, não nos deixa desistir da luta, insiste em dizer-nos que, apesar de tudo, a vida é bela, é um bem que merece ser vivido e ao qual só o amor é capaz de lhe dar sentido e a dinamizar. Só o amor vence a morte, só o amor nos faz sentir amados e acolhidos e retribuir na mesma moeda. Só o amor puro e genuíno gera a esperança, uma esperança que nos aponta para o futuro. Este amor de que falamos não é o amor romântico ou outra qualquer espécie de amor tóxico ou menos saudável que só pensa em si, que manipula, escraviza, destrói, controla, amarfanha com medo da perda, não cria relação, não deixa fluir em liberdade, não respeita, arrasta sofrimento. Falamos daquele amor, gratuito e desinteressado, que não busca o seu próprio interesse e tem origem no próprio Deus que é a plenitude do amor.

Deus é amor, criou-nos por amor, só no amor nos realizamos, só o amor nos tornará livres e felizes, só o amor nos ajudará a descobrir e a viver o amor de Deus presente e atuante nos caminhos da história e na história de cada um de nós. Como dizia Santo Agostinho, “fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti”. Este amor de Deus por nós foi-nos revelado em plenitude por Jesus, que também nos desafiou a amar como Ele próprio nos amou (Jo 13, 24). Quem o vê vê o Pai (Jo 10, 30). Como discípulos de Jesus, iremos penetrando no mistério do amor de Deus, mesmo que, pelo seu silêncio, tantas vezes nos pareça que dorme, que está ausente e indiferente perante os dramas da história e a infelicidade humana. De facto, a sua lógica não é a nossa lógica. E por mais evoluída que seja a ciência, a técnica, o progresso e o bem estar, tudo isso fruto da inteligência e da vontade com que Deus nos dotou, a inquietude interior não dará tréguas, permanecerá. E será tanto maior quanto mais se pensar que a fé e a razão são incompatíveis, que não podem caminhar juntas em busca da Verdade, e quanto mais tentarmos fugir àquela atração por Deus que trazemos no coração. Só ela é capaz de nos saciar, de nos tornar verdadeiramente felizes, o que implica, não fugir de nós, mas entrar aí mesmo, dentro de nós próprios, onde Deus se manifesta em brisa suave (1Re19,11).

Nesta agitada viagem, mais ou menos longa, ao mais profundo de nós mesmos é que poderemos encontrar o essencial, tal como Santo Agostinho o traduziu em texto tantas vezes citado: “Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Chamastes, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira...tocastes-me e agora desejo ardentemente a Vossa paz”. 

Jesus Cristo, que também viveu muitas incertezas e inquietações, é que dá razões à nossa esperança e nos conduz à felicidade tão desejada, mesmo que por entre sofrimento e lágrimas. O amor que Ele nos testemunhou é o amor forte e invencível que diz respeito ao amor de Deus para com o homem, do homem para com Deus e do homem para com o próximo. Se distante de nós no espaço e no tempo, Jesus é nosso coetâneo e continua a não deixar ninguém indiferente, desde que alguém de boa vontade o dê a conhecer, sem pieguices nem sentimentalismos, mas em beleza e verdade. É por isso que, implementar dinamismos que o deem a conhecer é um dos mais importantes e inadiáveis desafios que as nossas famílias e comunidades cristãs estão chamadas a enfrentar, deitando mão de todos os seus recursos, para que, tal como outrora, a fama de Jesus continue a espalhar-se por toda a parte e seja para todos o Caminho, a Verdade e a Vida, pois ninguém vai ao Pai senão por Ele. Nesta busca da felicidade, muitos continuam a fugir de si mesmos, insensíveis que se tornam ao próprio Jesus que bate à porta para entrar e se sentar com eles à mesa, sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da vida e se tomam opções fundamentais...

É por isso que, para alertar e apontar o caminho, é preciso, como afirma o Papa Francisco “um novo protagonismo de cada um dos batizados. Esta convicção transforma-se num apelo dirigido a cada cristão para que ninguém renuncie ao seu compromisso de evangelização, porque, se uma pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe deem muitas lições ou longas instruções. Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos «discípulos» e «missionários», mas sempre que somos «discípulos missionários». Se não estivermos convencidos disto, olhemos para os primeiros discípulos, que logo depois de terem conhecido o olhar de Jesus, saíram proclamando cheios de alegria: «Encontrámos o Messias» (Jo 1, 41). A Samaritana, logo que terminou o seu diálogo com Jesus, tornou-se missionária, e muitos samaritanos acreditaram em Jesus «devido às palavras da mulher» (Jo 4, 39). Também São Paulo, depois do seu encontro com Jesus Cristo, «começou imediatamente a proclamar (…) que Jesus era o Filho de Deus» (At 9, 20). Porque esperamos nós? Certamente todos somos chamados a crescer como evangelizadores. Devemos procurar simultaneamente uma melhor formação, um aprofundamento do nosso amor e um testemunho mais claro do Evangelho. Neste sentido, todos devemos deixar que os outros nos evangelizem constantemente; isto não significa que devemos renunciar à missão evangelizadora, mas encontrar o modo de comunicar Jesus que corresponda à situação em que vivemos. Seja como for, todos somos chamados a dar aos outros o testemunho explícito do amor salvífico do Senhor, que, sem olhar às nossas imperfeições, nos oferece a sua proximidade, a sua Palavra, a sua força, e dá sentido à nossa vida. O teu coração sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer” (EG120-121).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 02-07-2021.

 

 

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