domingo, 4 de julho de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Segunda-feira, 05 de julho de 2021

 

Segunda da XIII semana do tempo comum

 

LITURGIA

 

Segunda-feira da semana XIV

S. António Maria Zacarias, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gen 28, 10-22a; Sal 90 (91), 1-2. 3-4. 14-15ab
Ev Mt 9, 18-26

* Na Arquidiocese de Braga (Basílica do Bom Jesus) – Aniversário da Basílica do Bom Jesus – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres – Aniversário da aprovação da Congregação (1955).
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Dia de oração e ação de graças.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Gen 28, 10-22a
«Viu uma escada, pela qual os Anjos de Deus subiam e desciam;
e Deus falou-lhe»


Leitura do Livro do Génesis


Naqueles dias, Jacob saiu de Bersabé e tomou o caminho de Harã. Chegando a certo lugar quando o sol já se tinha posto, resolveu passar ali a noite. Tomou uma das pedras do local, colocou-a debaixo da cabeça e deitou-se ali mesmo. Teve então um sonho: Uma escada estava assente na terra e a parte superior tocava o céu; por ela subiam e desciam Anjos de Deus. No cimo da escada estava o Senhor, que lhe disse: «Eu sou o Senhor, Deus de Abraão teu pai e Deus de Isaac. Dar-te-ei, a ti e à tua descendência, a terra em que te encontras. A tua descendência será tão numerosa como o pó da terra. Estender-te-ás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o sul, e, por ti e pela tua descendência, serão abençoadas todas as famílias da terra. Eu estou contigo: proteger-te-ei para onde quer que vás e reconduzir-te-ei a esta terra. Não te abandonarei, enquanto não tiver realizado tudo o que te prometi». Quando Jacob despertou do sono, disse: «Realmente o Senhor está neste lugar e eu não o sabia». Ele teve medo e disse: «Como é terrível este lugar! É nada menos que a casa de Deus e a porta do Céu». Jacob levantou-se de manhã cedo, tomou a pedra que lhe servira de travesseiro, ergueu-a como estela e derramou óleo por cima. A este lugar deu o nome de Betel, mas antes a cidade chamava-se Luza. Jacob fez então este voto: «Se Deus estiver comigo e me guardar nesta viagem que faço, se me der pão para comer e roupa para vestir e eu voltar são e salvo à casa paterna, então o Senhor será o meu Deus e esta pedra que eu ergui como estela será uma casa de Deus».


Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 90 (91) 1-2.3-4.14-15ab (R. cf. 2b)
Refrão: Senhor, meu Deus, em Vós confio. Repete-se

Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo
e moras à sombra do Omnipotente,
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela;
meu Deus, em Vós confio». Refrão

Ele te livrará do laço do caçador
e do flagelo maligno.
Cobrir-te-á com as suas penas,
debaixo das suas asas encontrarás abrigo. Refrão

«Porque em Mim confiou, hei de salvá-lo,
hei de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação. Refrão

ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se

Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão

EVANGELHO Mt 9, 18-26
«A minha filha acaba de morrer.
Mas vem impor-lhe a mão e ela viverá»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.

 

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.


Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Gen 28, 10-22a: Na noite que passou nos campos de Betel (Casa de Deus) a caminho da casa do seu tio Labão, Jacob dormiu e teve o célebre sonho da escada que ligava a Terra ao Céu por onde subiam e desciam Anjos de Deus. E Deus falou-lhe para renovar, a ele, a promessa já feita a Abraão, de lhe dar aquela mesma terra em herança. Assim se vai atualizando de geração em geração a promessa de Deus.

Mt 9, 18-26: Jesus faz dois milagres, um para salvar na doença, outro para livrar da morte, dois sinais de que Ele é quem salva e dá a vida, de que Ele tem a Vida em Si mesmo (cf. Jo, 5, 26), de que Ele mesmo é a Vida. No reino de Deus, “a morte deixará de existir, e não mais haverá luto” (Ap. 21,4). Os milagres de Jesus são sinais desse reino, que já começou, mas que ainda se não revelou em toda a sua plenitude.

 


AGENDA DO DIA:

 

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

TANTA GENTE A FUGIR DO QUE PROCURA!...

 

Por mais que sejam as nossas diferenças pessoais, as situações geográficas e culturais, as direções assumidas e os caminhos trilhados, há um ponto de convergência que, do nascimento à morte, a todos persegue e até fundamenta a azáfama quotidiana de todo o ser humano: a felicidade, toda a gente quer ser feliz!

Nessa luta constante para a construir, mesmo que, em algum intervalo, se pense que já se encontrou e se é feliz, não tarda a inquietação interior. Depressa esbarramos com a fragilidade e o sofrimento, com os tristes desaires da história, sentimo-nos indecifráveis, constatamos que não nos bastamos a nós próprios, que não somos omnipotentes nem eternos neste mundo, que a felicidade não se contenta com o espetacular, o passear, o ter, o poder, o prazer...

A experiência de tudo isso, porém, não nos deixa desistir da luta, insiste em dizer-nos que, apesar de tudo, a vida é bela, é um bem que merece ser vivido e ao qual só o amor é capaz de lhe dar sentido e a dinamizar. Só o amor vence a morte, só o amor nos faz sentir amados e acolhidos e retribuir na mesma moeda. Só o amor puro e genuíno gera a esperança, uma esperança que nos aponta para o futuro. Este amor de que falamos não é o amor romântico ou outra qualquer espécie de amor tóxico ou menos saudável que só pensa em si, que manipula, escraviza, destrói, controla, amarfanha com medo da perda, não cria relação, não deixa fluir em liberdade, não respeita, arrasta sofrimento. Falamos daquele amor, gratuito e desinteressado, que não busca o seu próprio interesse e tem origem no próprio Deus que é a plenitude do amor.

Deus é amor, criou-nos por amor, só no amor nos realizamos, só o amor nos tornará livres e felizes, só o amor nos ajudará a descobrir e a viver o amor de Deus presente e atuante nos caminhos da história e na história de cada um de nós. Como dizia Santo Agostinho, “fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti”. Este amor de Deus por nós foi-nos revelado em plenitude por Jesus, que também nos desafiou a amar como Ele próprio nos amou (Jo 13, 24). Quem o vê vê o Pai (Jo 10, 30). Como discípulos de Jesus, iremos penetrando no mistério do amor de Deus, mesmo que, pelo seu silêncio, tantas vezes nos pareça que dorme, que está ausente e indiferente perante os dramas da história e a infelicidade humana. De facto, a sua lógica não é a nossa lógica. E por mais evoluída que seja a ciência, a técnica, o progresso e o bem estar, tudo isso fruto da inteligência e da vontade com que Deus nos dotou, a inquietude interior não dará tréguas, permanecerá. E será tanto maior quanto mais se pensar que a fé e a razão são incompatíveis, que não podem caminhar juntas em busca da Verdade, e quanto mais tentarmos fugir àquela atração por Deus que trazemos no coração. Só ela é capaz de nos saciar, de nos tornar verdadeiramente felizes, o que implica, não fugir de nós, mas entrar aí mesmo, dentro de nós próprios, onde Deus se manifesta em brisa suave (1Re19,11).

Nesta agitada viagem, mais ou menos longa, ao mais profundo de nós mesmos é que poderemos encontrar o essencial, tal como Santo Agostinho o traduziu em texto tantas vezes citado: “Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Chamastes, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira...tocastes-me e agora desejo ardentemente a Vossa paz”. 

Jesus Cristo, que também viveu muitas incertezas e inquietações, é que dá razões à nossa esperança e nos conduz à felicidade tão desejada, mesmo que por entre sofrimento e lágrimas. O amor que Ele nos testemunhou é o amor forte e invencível que diz respeito ao amor de Deus para com o homem, do homem para com Deus e do homem para com o próximo. Se distante de nós no espaço e no tempo, Jesus é nosso coetâneo e continua a não deixar ninguém indiferente, desde que alguém de boa vontade o dê a conhecer, sem pieguices nem sentimentalismos, mas em beleza e verdade. É por isso que, implementar dinamismos que o deem a conhecer é um dos mais importantes e inadiáveis desafios que as nossas famílias e comunidades cristãs estão chamadas a enfrentar, deitando mão de todos os seus recursos, para que, tal como outrora, a fama de Jesus continue a espalhar-se por toda a parte e seja para todos o Caminho, a Verdade e a Vida, pois ninguém vai ao Pai senão por Ele. Nesta busca da felicidade, muitos continuam a fugir de si mesmos, insensíveis que se tornam ao próprio Jesus que bate à porta para entrar e se sentar com eles à mesa, sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da vida e se tomam opções fundamentais...

É por isso que, para alertar e apontar o caminho, é preciso, como afirma o Papa Francisco “um novo protagonismo de cada um dos batizados. Esta convicção transforma-se num apelo dirigido a cada cristão para que ninguém renuncie ao seu compromisso de evangelização, porque, se uma pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe deem muitas lições ou longas instruções. Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos «discípulos» e «missionários», mas sempre que somos «discípulos missionários». Se não estivermos convencidos disto, olhemos para os primeiros discípulos, que logo depois de terem conhecido o olhar de Jesus, saíram proclamando cheios de alegria: «Encontrámos o Messias» (Jo 1, 41). A Samaritana, logo que terminou o seu diálogo com Jesus, tornou-se missionária, e muitos samaritanos acreditaram em Jesus «devido às palavras da mulher» (Jo 4, 39). Também São Paulo, depois do seu encontro com Jesus Cristo, «começou imediatamente a proclamar (…) que Jesus era o Filho de Deus» (At 9, 20). Porque esperamos nós? Certamente todos somos chamados a crescer como evangelizadores. Devemos procurar simultaneamente uma melhor formação, um aprofundamento do nosso amor e um testemunho mais claro do Evangelho. Neste sentido, todos devemos deixar que os outros nos evangelizem constantemente; isto não significa que devemos renunciar à missão evangelizadora, mas encontrar o modo de comunicar Jesus que corresponda à situação em que vivemos. Seja como for, todos somos chamados a dar aos outros o testemunho explícito do amor salvífico do Senhor, que, sem olhar às nossas imperfeições, nos oferece a sua proximidade, a sua Palavra, a sua força, e dá sentido à nossa vida. O teu coração sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer” (EG120-121).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 02-07-2021.

 

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