PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 31 de julho de 2021
Sábado da XVII semana do tempo comum
LITURGIA
Sábado
da semana XVII
S. Inácio de Loiola, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
1 Cor 10, 31 -11,
ou
L 1 Lev 25, 1. 8-17; Sal 66 (67), 2-3. 5. 7-8
Ev Mt 14, 1-12
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito
de Castello Jabar (1983).
* Na Companhia de Jesus – S. Inácio de Loiola, presbítero, Fundador da
Companhia de Jesus – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. de S. Afonso Maria de
Ligório.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
S. INÁCIO DE LOIOLA,
presbítero
Nota Histórica:
Nasceu no ano 1491 em Loiola, na Cantábria (Espanha);
seguiu primeiramente a vida da corte e a vida militar. Depois, consagrando-se
totalmente ao Senhor, estudou teologia em Paris e aí reuniu os primeiros
companheiros, com quem mais tarde fundou em Roma a Companhia de Jesus. Exerceu
intensa atividade apostólica e, particularmente com os seus escritos e com a
formação de discípulos, contribuiu grandemente para a reforma da vida cristã e
para a renovação da ação missionária. Morreu em Roma no ano 1556.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Filip
2, 10-11
Ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu,
na terra e nos abismos
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor
para glória de Deus Pai.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que suscitastes na vossa Igreja Santo Inácio de Loiola para
propagar a maior glória do vosso nome, concedei que, à sua imitação e com o seu
auxílio, combatendo o bom combate na terra, participemos da sua vitória no Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
LEITURA I 1 Cor 10, 31 -11, 1
«Fazei tudo para glória de Deus»
Leitura da
Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou
façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo
que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus.
Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o
próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. Sede meus
imitadores, como eu o sou de Cristo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
EVANGELHO Mt 14, 1-12
«Herodes mandou decapitar João na cadeia
e os seus discípulos foram dar a notícia a Jesus»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, o tetrarca Herodes
ouviu falar da fama de Jesus e disse aos seus familiares: «Esse homem é João
Baptista que ressuscitou dos mortos. Por isso é que nele se exercem tais
poderes miraculosos». De facto, Herodes tinha mandado prender João e algemá-lo
no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Porque João
dizia constantemente a Herodes: «Não te é permitido tê-la por mulher». E embora
quisesse dar-Lhe a morte, tinha receio da multidão, que o considerava como
profeta. Ocorreu entretanto o aniversário de Herodes e a filha de Herodíades
dançou diante dos convidados. Agradou de tal maneira a Herodes, que este lhe
prometeu com juramento dar-lhe o que ela pedisse. Instigada pela mãe, ela
respondeu: «Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Baptista». O rei ficou
consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, ordenou que lha
dessem e mandou decapitar João no cárcere. A cabeça foi trazida num prato e
entregue à jovem, que a levou a sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o
seu cadáver e deram-lhe sepultura. Depois foram dar a notícia a Jesus.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que Vos apresentamos na festa de Santo
Inácio de Loiola e concedei que os santos mistérios que instituístes como fonte
de toda a santidade nos santifiquem na verdade. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 12, 49
Eu vim trazer o fogo à terra, diz o Senhor;
e que quero Eu senão que ele se acenda?
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor nosso Deus, que este sacrifício de louvor, oferecido em
acção de graças, na festa de Santo Inácio de Loiola, nos conduza à bem-aventurança
eterna para louvarmos sem fim a vossa imensa glória. Por Nosso Senhor.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS -
AGENDA DO DIA:
11.30 horas: Batismo em Nisa, Senhora a Graça
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Batismos em Nisa, Senhora a Graça
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR:
OS SONHOS, A MEMÓRIA E A ORAÇÃO DOS AVÓS!...
Muitas pessoas já
celebram o Dia dos Avós em 26 de julho de cada ano, dia litúrgico de Santa Ana
e São Joaquim, avós maternos de Jesus. Com o Santo Padre, saudamos todos os
avôs e avós, cada idoso e cada idosa, pedindo ao Senhor para todos eles a graça
da alegria e da paz, em saúde e bom acolhimento familiar e social, ou
institucional, se for o caso. Que a vida lhes sorria sempre. Aos que já
partiram, que o Senhor lhes dê o eterno descanso e intercedam por nós junto de
Deus.
A Assembleia da
República Portuguesa, em 3 de abril de 2003, nos termos do n.º 5 do artigo
166.º da Constituição da República, que nos termos do artigo 67.º define a
família como elemento fundamental da nossa sociedade, resolveu, a pedido de
várias pessoas e instituições, instituir esse dia 26 de julho de cada ano como
Dia Nacional dos Avós. No projeto de resolução n.º 142/IX, pelo qual instituiu
esse Dia Nacional dos Avós, a Assembleia da República realça a importância dos
avós como agentes de equilíbrio de relações afetivas em família, pelo seu papel
na transmissão de valores sociais e de valores da família, pelo seu importante
papel na educação dos netos, já que os pais estão ausentes em grande parte do
dia, bem como pela sua troca de saberes e de experiências em família e na
sociedade, permitindo a continuidade.
O Papa Francisco, este
ano, instituiu, a nível da Igreja Católica, o Dia Mundial dos Avós, a celebrar
sempre no Domingo mais próximo do dia 26 de julho, dia litúrgico de Santa Ana e
São Joaquim. Neste primeiro Dia Mundial dos Avós, a Igreja manifesta a sua
solidariedade com todos os avós e idosos, dizendo a cada um: a Igreja
“preocupa-se contigo, ama-te e não quer deixar-te abandonado”. Esta afirmação
da Igreja é feita pela voz do Papa Francisco. Ele recorda a cada um a promessa que
o Senhor fez aos discípulos antes de subir ao Céu: «Eu estou contigo todos os
dias» (cf. Mt 28, 20).
Lembrando o anjo que
veio animar e incutir esperança ao avô materno de Jesus em hora menos boa da
sua vida, Francisco afirma que “mesmo quando tudo parece escuro, como nestes
meses de pandemia, o Senhor continua a enviar anjos para consolar a nossa
solidão, repetindo-nos: «Eu estou contigo todos os dias». Di-lo a ti, di-lo a
mim, a todos. Está aqui o sentido deste Dia Mundial que eu quis celebrado pela
primeira vez precisamente neste ano, depois dum longo isolamento e com uma
retoma ainda lenta da vida social: oxalá cada avô, cada idoso, cada avó, cada
idosa – especialmente quem dentre vós está mais sozinho – receba a visita de um
anjo! Este anjo, algumas vezes, terá o rosto dos nossos netos; outras vezes,
dos familiares, dos amigos de longa data ou conhecidos precisamente neste
momento difícil. Neste período, aprendemos a entender como são importantes,
para cada um de nós, os abraços e as visitas, e muito me entristece o facto de
as mesmas não serem ainda possíveis em alguns lugares”.
Acentuando também a
importância da Palavra de Deus em nos ajudar a entender o que o Senhor nos pede
em cada estação da vida, acrescenta: “Eu mesmo posso dar testemunho de que
recebi a chamada para me tornar Bispo de Roma quando tinha chegado, por assim
dizer, à idade da aposentação e imaginava que já não podia fazer muito de novo.
O Senhor está sempre junto de nós – sempre – com novos convites, com novas
palavras, com a sua consolação, mas está sempre junto de nós. Como sabeis, o
Senhor é eterno e nunca vai para a reforma. Nunca”.
E no contexto do mandato
que o Senhor nos deu de ir e ensinar, o Papa lembra aos idosos que a sua
vocação “é salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos
pequeninos. Atenção! Qual é a nossa vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar
as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos
esqueçais disto. Não importa quantos anos tens, se ainda trabalhas ou não, se
ficaste sozinho ou tens uma família, se te tornaste avó ou avô ainda
relativamente jovem ou já avançado nos anos, se ainda és autónomo ou precisas
de ser assistido, porque não existe uma idade para aposentar-se da tarefa de
anunciar o Evangelho, da tarefa de transmitir as tradições aos netos. É preciso
pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo para empreender algo de novo”.
Há “uma renovada vocação, também para ti, num momento crucial da história.
Perguntar-te-ás: Mas, como é possível? As minhas energias vão-se exaurindo e
não creio que possa ainda fazer muito. Como posso começar a comportar-me de
maneira diferente, quando o hábito se tornou a regra da minha existência? Como
posso dedicar-me a quem é mais pobre, se já tenho tantas preocupações com a
minha família? Como posso alongar o meu olhar, se não me é permitido sequer
sair da residência onde vivo? Não é um fardo já demasiado pesado a minha
solidão? Quantos de vós se interrogam: Não é um fardo já demasiado pesado a
minha solidão? O próprio Jesus ouviu Nicodemos dirigir-Lhe uma pergunta deste
tipo: «Como pode um homem nascer, sendo velho?» (Jo 3, 4). Isso é possível –
responde o Senhor –, abrindo o próprio coração à obra do Espírito Santo, que
sopra onde quer. Com a liberdade que tem, o Espírito Santo move-Se por toda a
parte e faz aquilo que quer”.
Repetindo que ninguém se
salva sozinho e que desta crise jamais sairemos iguais, o Papa diz a cada avó,
avô, idoso ou idosa, que cada um é necessário “para se construir, na
fraternidade e na amizade social, o mundo de amanhã”, todos devemos ser «parte
ativa na reabilitação e apoio das sociedades feridas». E apresenta três de
entre vários pilares que os idosos deverão sustentar nesta nova construção: “os
sonhos, a memória e a oração”.
Recordando a passagem
bíblica de Joel: «Os vossos anciãos terão sonhos e os jovens terão visões»,
Francisco diz que “o futuro do mundo está nesta aliança entre os jovens e os
idosos. Quem, senão os jovens, pode agarrar os sonhos dos idosos e levá-los por
diante? Mas, para isso, é necessário continuar a sonhar: nos nossos sonhos de
justiça, de paz, de solidariedade reside a possibilidade de os nossos jovens
terem novas visões e, juntos, construirmos o futuro. É preciso que testemunhes,
também tu, a possibilidade de se sair renovado duma experiência dolorosa. E
tenho a certeza de que não será a única, pois, na tua vida, terás tido tantas e
sempre conseguiste triunfar delas. E, dessa experiência que tens, aprende como
sair da provação atual. Nisto se vê como os sonhos estão entrelaçados com a
memória. Penso como pode ser de grande valor a memória dolorosa da guerra, e
quanto podem as novas gerações aprender dela a respeito do valor da paz. E, a
transmitir isto, és tu que viveste a tribulação das guerras. Recordar é uma
missão verdadeira e própria de cada idoso: conservar na memória e levar a
memória aos outros”. E volta à sua vivência pessoal: “Penso também nos meus
avós e naqueles de vós que tiveram de emigrar e sabem quanto custa deixar a
própria casa, como fazem muitos ainda hoje à procura dum futuro. Talvez
tenhamos algum deles ao nosso lado a cuidar de nós. Esta memória pode ajudar a
construir um mundo mais humano, mais acolhedor. Mas, sem a memória, não se pode
construir; sem alicerces, tu nunca construirás uma casa. Nunca. E os alicerces
da vida estão na memória”.
Aliada aos sonhos e à
memória, está a oração, afirma Francisco: “A tua oração é um recurso
preciosíssimo: é um pulmão de que não se podem privar a Igreja e o mundo.
Sobretudo neste tempo tão difícil para a humanidade em que estamos – todos na
mesma barca – a atravessar o mar tempestuoso da pandemia, a tua intercessão
pelo mundo e pela Igreja não é vã, mas indica a todos a serena confiança de um
porto seguro”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 23-07-2021.
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