PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta,
28 de julho de 2021
Quarta-feira
da XVII semana do tempo comum
LITURGIA
Quarta-feira
da semana XVII
Verde – Ofício da féria.
L 1 Ex 34, 29-35; Sal 98 (99), 5. 6. 7. 8
Ev Mt 13, 44-46
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. João Soreth, presbítero – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Teresa Kowalska, virgem e
mártir, da II Ordem – MF
* Na Instituição Teresiana –S. Pedro Poveda Castroverde, mártir e Fundador –
SOLENIDADE
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – I Vésp. de S. Marta.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Ex 34, 29-35
«Viram que o rosto de Moisés irradiava luz
e temeram aproximar-se dele»
Leitura do Livro
do Êxodo
Quando Moisés descia do monte Sinai,
trazendo nas mãos as duas tábuas da Lei, não sabia que o seu rosto irradiava
luz, depois de se encontrar com o Senhor. Aarão e todos os filhos de Israel, ao
olharem para Moisés, viram que o seu rosto irradiava luz e temeram aproximar-se
dele. Então Moisés chamou-os. Aarão e todos os chefes da comunidade aproximaram-se
e Moisés falou com eles. Depois todos os filhos de Israel se aproximaram e ele
transmitiu-lhes todas as ordens que tinha recebido do Senhor no monte Sinai.
Quando Moisés acabou de lhes falar, cobriu o rosto com um véu. Sempre que
Moisés comparecia na presença do Senhor para falar com Ele, tirava o véu até
sair de lá. Então comunicava aos filhos de Israel as ordens que recebera. Mas
como os filhos de Israel viam que o rosto de Moisés irradiava luz, ele voltava
a cobrir o rosto com o véu, até voltar a entrar de novo na Tenda para falar com
o Senhor.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 98 (99), 5.6.7.9 (R. cf. 9c)
Refrão: Vós sois santo, Senhor, nosso
Deus. Repete-se
Aclamai o Senhor, nosso Deus,
prostrai-vos a seus pés:
Ele é santo. Refrão
Moisés e Aarão estão entre os seus sacerdotes
e Samuel entre os que invocam o seu nome;
invocavam o Senhor e Ele os atendia. Refrão
Falava-lhes da coluna de nuvem;
eles observavam os seus mandamentos
e os preceitos que lhes dera. Refrão
Aclamai o Senhor, nosso Deus
e prostrai-vos diante da sua montanha santa:
é santo o Senhor, nosso Deus. Refrão
ALELUIA Jo 15, 15b
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 44-46
«Vendeu tudo quanto possuía para comprar aquele campo»
.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O
reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o
encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto
possuía e comprou aquele campo. O reino dos Céus é semelhante a um negociante
que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender
tudo quanto possuía e comprou essa pérola».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial
perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS - Ex 34, 29-35: A aproximação de Deus transfigura
sempre o homem. Assim aconteceu com Moisés, assim acontece com os discípulos de
Cristo, que ‘reflectem, como num espelho, a glória do Senhor, e são
transformados nesta mesma imagem’, como diz S. Paulo, comentando esta passagem
Mt 13,
44-46:Jesus compara o reino de Deus a um tesouro escondido no campo e a uma
pérola preciosa. O reino é o “único necessário”; só ele responde ao desejo mais
profundo de realização do homem: imagem de Deus, o homem só n’Ele encontra o
sentido da sua vida e a sua felicidade. Por isso, a novidade da descoberta do
reino torna tudo o mais de interesse relativo. O reino merece todas as
renúncias.
AGENDA DO DIA:
17-00
horas: Missa em Gáfete
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Tolosa
A VOZ DO
PASTOR:
OS SONHOS, A MEMÓRIA E A ORAÇÃO DOS AVÓS!...
Muitas pessoas já celebram o Dia dos Avós em 26 de
julho de cada ano, dia litúrgico de Santa Ana e São Joaquim, avós maternos de
Jesus. Com o Santo Padre, saudamos todos os avôs e avós, cada idoso e cada
idosa, pedindo ao Senhor para todos eles a graça da alegria e da paz, em saúde
e bom acolhimento familiar e social, ou institucional, se for o caso. Que a
vida lhes sorria sempre. Aos que já partiram, que o Senhor lhes dê o eterno
descanso e intercedam por nós junto de Deus.
A Assembleia da República Portuguesa, em 3 de abril de
2003, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição da República, que nos
termos do artigo 67.º define a família como elemento fundamental da nossa
sociedade, resolveu, a pedido de várias pessoas e instituições, instituir esse
dia 26 de julho de cada ano como Dia Nacional dos Avós. No projeto de resolução
n.º 142/IX, pelo qual instituiu esse Dia Nacional dos Avós, a Assembleia da
República realça a importância dos avós como agentes de equilíbrio de relações
afetivas em família, pelo seu papel na transmissão de valores sociais e de
valores da família, pelo seu importante papel na educação dos netos, já que os
pais estão ausentes em grande parte do dia, bem como pela sua troca de saberes
e de experiências em família e na sociedade, permitindo a continuidade.
O Papa Francisco, este ano, instituiu, a nível da
Igreja Católica, o Dia Mundial dos Avós, a celebrar sempre no Domingo mais
próximo do dia 26 de julho, dia litúrgico de Santa Ana e São Joaquim. Neste
primeiro Dia Mundial dos Avós, a Igreja manifesta a sua solidariedade com todos
os avós e idosos, dizendo a cada um: a Igreja “preocupa-se contigo, ama-te e
não quer deixar-te abandonado”. Esta afirmação da Igreja é feita pela voz do
Papa Francisco. Ele recorda a cada um a promessa que o Senhor fez aos
discípulos antes de subir ao Céu: «Eu estou contigo todos os dias» (cf. Mt 28,
20).
Lembrando o anjo que veio animar e incutir esperança
ao avô materno de Jesus em hora menos boa da sua vida, Francisco afirma que
“mesmo quando tudo parece escuro, como nestes meses de pandemia, o Senhor
continua a enviar anjos para consolar a nossa solidão, repetindo-nos: «Eu estou
contigo todos os dias». Di-lo a ti, di-lo a mim, a todos. Está aqui o sentido
deste Dia Mundial que eu quis celebrado pela primeira vez precisamente neste
ano, depois dum longo isolamento e com uma retoma ainda lenta da vida social:
oxalá cada avô, cada idoso, cada avó, cada idosa – especialmente quem dentre
vós está mais sozinho – receba a visita de um anjo! Este anjo, algumas vezes,
terá o rosto dos nossos netos; outras vezes, dos familiares, dos amigos de
longa data ou conhecidos precisamente neste momento difícil. Neste período,
aprendemos a entender como são importantes, para cada um de nós, os abraços e
as visitas, e muito me entristece o facto de as mesmas não serem ainda
possíveis em alguns lugares”.
Acentuando também a importância da Palavra de Deus em
nos ajudar a entender o que o Senhor nos pede em cada estação da vida,
acrescenta: “Eu mesmo posso dar testemunho de que recebi a chamada para me
tornar Bispo de Roma quando tinha chegado, por assim dizer, à idade da
aposentação e imaginava que já não podia fazer muito de novo. O Senhor está
sempre junto de nós – sempre – com novos convites, com novas palavras, com a
sua consolação, mas está sempre junto de nós. Como sabeis, o Senhor é eterno e
nunca vai para a reforma. Nunca”.
E no contexto do mandato que o Senhor nos deu de ir e
ensinar, o Papa lembra aos idosos que a sua vocação “é salvaguardar as raízes, transmitir
a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Atenção! Qual é a nossa vocação hoje,
na nossa idade? Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos
pequeninos. Não vos esqueçais disto. Não importa quantos anos tens, se ainda
trabalhas ou não, se ficaste sozinho ou tens uma família, se te tornaste avó ou
avô ainda relativamente jovem ou já avançado nos anos, se ainda és autónomo ou
precisas de ser assistido, porque não existe uma idade para aposentar-se da
tarefa de anunciar o Evangelho, da tarefa de transmitir as tradições aos netos.
É preciso pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo para empreender algo
de novo”. Há “uma renovada vocação, também para ti, num momento crucial da
história. Perguntar-te-ás: Mas, como é possível? As minhas energias vão-se
exaurindo e não creio que possa ainda fazer muito. Como posso começar a
comportar-me de maneira diferente, quando o hábito se tornou a regra da minha
existência? Como posso dedicar-me a quem é mais pobre, se já tenho tantas
preocupações com a minha família? Como posso alongar o meu olhar, se não me é
permitido sequer sair da residência onde vivo? Não é um fardo já demasiado
pesado a minha solidão? Quantos de vós se interrogam: Não é um fardo já
demasiado pesado a minha solidão? O próprio Jesus ouviu Nicodemos dirigir-Lhe
uma pergunta deste tipo: «Como pode um homem nascer, sendo velho?» (Jo 3, 4).
Isso é possível – responde o Senhor –, abrindo o próprio coração à obra do
Espírito Santo, que sopra onde quer. Com a liberdade que tem, o Espírito Santo
move-Se por toda a parte e faz aquilo que quer”.
Repetindo que ninguém se salva sozinho e que desta
crise jamais sairemos iguais, o Papa diz a cada avó, avô, idoso ou idosa, que
cada um é necessário “para se construir, na fraternidade e na amizade social, o
mundo de amanhã”, todos devemos ser «parte ativa na reabilitação e apoio das
sociedades feridas». E apresenta três de entre vários pilares que os idosos
deverão sustentar nesta nova construção: “os sonhos, a memória e a oração”.
Recordando a passagem bíblica de Joel: «Os vossos
anciãos terão sonhos e os jovens terão visões», Francisco diz que “o futuro do
mundo está nesta aliança entre os jovens e os idosos. Quem, senão os jovens,
pode agarrar os sonhos dos idosos e levá-los por diante? Mas, para isso, é
necessário continuar a sonhar: nos nossos sonhos de justiça, de paz, de
solidariedade reside a possibilidade de os nossos jovens terem novas visões e,
juntos, construirmos o futuro. É preciso que testemunhes, também tu, a
possibilidade de se sair renovado duma experiência dolorosa. E tenho a certeza
de que não será a única, pois, na tua vida, terás tido tantas e sempre
conseguiste triunfar delas. E, dessa experiência que tens, aprende como sair da
provação atual. Nisto se vê como os sonhos estão entrelaçados com a memória.
Penso como pode ser de grande valor a memória dolorosa da guerra, e quanto
podem as novas gerações aprender dela a respeito do valor da paz. E, a
transmitir isto, és tu que viveste a tribulação das guerras. Recordar é uma missão
verdadeira e própria de cada idoso: conservar na memória e levar a memória aos
outros”. E volta à sua vivência pessoal: “Penso também nos meus avós e naqueles
de vós que tiveram de emigrar e sabem quanto custa deixar a própria casa, como
fazem muitos ainda hoje à procura dum futuro. Talvez tenhamos algum deles ao
nosso lado a cuidar de nós. Esta memória pode ajudar a construir um mundo mais
humano, mais acolhedor. Mas, sem a memória, não se pode construir; sem
alicerces, tu nunca construirás uma casa. Nunca. E os alicerces da vida estão
na memória”.
Aliada aos sonhos e à memória, está a oração, afirma
Francisco: “A tua oração é um recurso preciosíssimo: é um pulmão de que não se
podem privar a Igreja e o mundo. Sobretudo neste tempo tão difícil para a humanidade
em que estamos – todos na mesma barca – a atravessar o mar tempestuoso da
pandemia, a tua intercessão pelo mundo e pela Igreja não é vã, mas indica a
todos a serena confiança de um porto seguro”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 23-07-2021.
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