sexta-feira, 9 de julho de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sábado, 10 de julho de 2021

 

Sábado da XIV semana do tempo comum

 

LITURGIA

 

Sábado da semana XIV

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gen 49, 29-33 – 50, 15-26a; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7
Ev Mt 10, 24-33

* Na Diocese de Coimbra – Aniversário da tomada de posse e entrada solene de D. Virgílio do Nascimento Antunes.
* Na Ordem Franciscana – S. Verónica Giuliani, virgem, da II Ordem – MF; na II Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Verónica Giuliani, virgem, da II Ordem – FESTA
* Na Congregação dos Sagrados Corações – S. Agostinho Zhao Rong, presbítero e Companheiros, mártires – MF
* Na Diocese de Bragança-Miranda – I Vésp. de S. Bento.
* Na Ordem Beneditina – I Vésp. de S. Bento.
* Na Ordem de Cister – I Vésp. de S. Bento.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 49, 29-32; 50, 15-26a
«Deus há de ajudar-vos e vos fará sair desta terra»


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Jacob deu aos seus filhos esta ordem: «Eu vou reunir-me à minha gente. Sepultai-me junto dos meus pais, na gruta que está no campo de Efron, o hitita, na gruta do campo de Macpela, diante de Mambré, na terra de Canaã, o campo comprado por Abraão a Efron, o hitita, como propriedade funerária. Aí foram sepultados Abraão e sua mulher Sara; aí foram sepultados Isaac e sua mulher Rebeca; e foi lá também que eu sepultei Lia. O campo e a gruta que está nele foram comprados aos filhos de Het». Quando Jacob acabou de dar aos filhos as suas instruções, recolheu os pés sobre o leito. Depois expirou e foi reunir-se aos seus. Ao verem que seu pai tinha morrido, os irmãos de José disseram entre si: «E se José nos guardar rancor e quiser que paguemos agora todo o mal que lhe fizemos?». Por isso mandaram dizer a José: «Antes de morrer, teu pai deu-nos esta ordem: ‘Dizei a José da minha parte: Peço-te que perdoes aos teus irmãos o seu crime e o seu pecado e todo o mal que te fizeram’. Também nós te pedimos que perdoes esse crime aos servos do Deus de teu pai». Ao ouvir o que eles mandaram dizer, José chorou. Os irmãos foram pessoalmente prostrar-se a seus pés e disseram-lhe: «Estamos aqui como teus servos». Mas José respondeu-lhes: «Não temais. Estarei eu porventura no lugar de Deus? Vós tivestes a intenção de me fazer mal, mas Deus, nos seus desígnios, converteu-o em bem, a fim de se realizar o que hoje sucede: salvar a vida a um povo numeroso. Portanto, não temais. Eu vos sustentarei, bem como aos vossos filhos». Assim os confortou e lhes falou ao coração. José e a família de seu pai permaneceram no Egipto e José viveu até aos cento e dez anos. Viu os filhos de Efraim até à terceira geração e os filhos de Maquir, filho de Manassés, que, ao nascerem, recebeu sobre os seus joelhos. Por fim, José disse aos irmãos: «Eu vou morrer, mas Deus há de ajudar-vos e vos fará regressar deste país à terra que prometeu com juramento a Abraão, Isaac e Jacob». E, obrigando-os sob juramento, disse aos filhos de Israel: «Deus há de ajudar-vos; então levareis daqui os meus ossos». E José morreu aos cento e dez anos de idade.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 1-2.3-4.6-7
(R. cf. Salmo 68 (69), 33)
Refrão: Humildes, procurai o Senhor. Repete-se
Ou: Procurai, pobres, o Senhor e encontrareis a vida. Repete-se

Dai graças ao Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas. Refrão

Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face. Refrão

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
Ele é o Senhor, o nosso Deus,
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão


ALELUIA 1 Pedro 4, 14
Refrão: Aleluia Repete-se

Felizes de vós, se sois ultrajados pelo nome de Cristo,
porque o Espírito de Deus repousa sobre vós. Refrão


EVANGELHO Mt 10, 24-33
«Não temais os que matam o corpo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor. Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servo ser como o seu senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua casa? Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos. A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus. Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.


Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Gen 49, 29-32; 50, 15-26a: A série de leituras sobre a vida dos grandes patriarcas do povo de Deus termina hoje com a morte de Jacob e do seu filho José. Assim termina, ao mesmo tempo, a leitura do Livro do Génesis, o primeiro livro da Bíblia. As palavras de José, ao morrer, interpretam a sua história e a história do povo de Deus no Egipto como o ponto de partida de uma futura história de salvação e anunciam a seus irmãos a hora da entrada na Terra Prometida. Deus sabe sempre tirar o bem do mal: ele, José, traído por seus irmãos mas depois libertado, é figura de Jesus, o Salvador. Assim, o ciclo de José é uma figura do mistério pascal de Jesus.

Mt 10, 24-33: O discípulo é chamado a seguir em tudo o seu Mestre, até no dom da própria vida. Mas, em tudo e sempre, poderá estar certo de que está nas mãos de Deus e de que “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (I Jo, 5,4). Apesar de todas as lutas e dificuldades que tiver de sofrer, o discípulo de Cristo não há de temer nada, senão aquilo que pode deitar a perder o sentido da sua vida. E esta é mais do que a saúde e a integridade corporal.

 


AGENDA DO DIA:

 

11.30 horas: Batizado em Nisa

15.00 horas: Missa  na Falagueira

16.00 horas: Missa em Monte Claro

16.00 horas: Missa no Pardo

18.00 horas: Missa em Nisa

21.00 horas: Início da novena para a festa do Beato Diogo

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

TANTA GENTE A FUGIR DO QUE PROCURA!...

 

Por mais que sejam as nossas diferenças pessoais, as situações geográficas e culturais, as direções assumidas e os caminhos trilhados, há um ponto de convergência que, do nascimento à morte, a todos persegue e até fundamenta a azáfama quotidiana de todo o ser humano: a felicidade, toda a gente quer ser feliz!

Nessa luta constante para a construir, mesmo que, em algum intervalo, se pense que já se encontrou e se é feliz, não tarda a inquietação interior. Depressa esbarramos com a fragilidade e o sofrimento, com os tristes desaires da história, sentimo-nos indecifráveis, constatamos que não nos bastamos a nós próprios, que não somos omnipotentes nem eternos neste mundo, que a felicidade não se contenta com o espetacular, o passear, o ter, o poder, o prazer...

A experiência de tudo isso, porém, não nos deixa desistir da luta, insiste em dizer-nos que, apesar de tudo, a vida é bela, é um bem que merece ser vivido e ao qual só o amor é capaz de lhe dar sentido e a dinamizar. Só o amor vence a morte, só o amor nos faz sentir amados e acolhidos e retribuir na mesma moeda. Só o amor puro e genuíno gera a esperança, uma esperança que nos aponta para o futuro. Este amor de que falamos não é o amor romântico ou outra qualquer espécie de amor tóxico ou menos saudável que só pensa em si, que manipula, escraviza, destrói, controla, amarfanha com medo da perda, não cria relação, não deixa fluir em liberdade, não respeita, arrasta sofrimento. Falamos daquele amor, gratuito e desinteressado, que não busca o seu próprio interesse e tem origem no próprio Deus que é a plenitude do amor.

Deus é amor, criou-nos por amor, só no amor nos realizamos, só o amor nos tornará livres e felizes, só o amor nos ajudará a descobrir e a viver o amor de Deus presente e atuante nos caminhos da história e na história de cada um de nós. Como dizia Santo Agostinho, “fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti”. Este amor de Deus por nós foi-nos revelado em plenitude por Jesus, que também nos desafiou a amar como Ele próprio nos amou (Jo 13, 24). Quem o vê vê o Pai (Jo 10, 30). Como discípulos de Jesus, iremos penetrando no mistério do amor de Deus, mesmo que, pelo seu silêncio, tantas vezes nos pareça que dorme, que está ausente e indiferente perante os dramas da história e a infelicidade humana. De facto, a sua lógica não é a nossa lógica. E por mais evoluída que seja a ciência, a técnica, o progresso e o bem estar, tudo isso fruto da inteligência e da vontade com que Deus nos dotou, a inquietude interior não dará tréguas, permanecerá. E será tanto maior quanto mais se pensar que a fé e a razão são incompatíveis, que não podem caminhar juntas em busca da Verdade, e quanto mais tentarmos fugir àquela atração por Deus que trazemos no coração. Só ela é capaz de nos saciar, de nos tornar verdadeiramente felizes, o que implica, não fugir de nós, mas entrar aí mesmo, dentro de nós próprios, onde Deus se manifesta em brisa suave (1Re19,11).

Nesta agitada viagem, mais ou menos longa, ao mais profundo de nós mesmos é que poderemos encontrar o essencial, tal como Santo Agostinho o traduziu em texto tantas vezes citado: “Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Chamastes, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira...tocastes-me e agora desejo ardentemente a Vossa paz”. 

Jesus Cristo, que também viveu muitas incertezas e inquietações, é que dá razões à nossa esperança e nos conduz à felicidade tão desejada, mesmo que por entre sofrimento e lágrimas. O amor que Ele nos testemunhou é o amor forte e invencível que diz respeito ao amor de Deus para com o homem, do homem para com Deus e do homem para com o próximo. Se distante de nós no espaço e no tempo, Jesus é nosso coetâneo e continua a não deixar ninguém indiferente, desde que alguém de boa vontade o dê a conhecer, sem pieguices nem sentimentalismos, mas em beleza e verdade. É por isso que, implementar dinamismos que o deem a conhecer é um dos mais importantes e inadiáveis desafios que as nossas famílias e comunidades cristãs estão chamadas a enfrentar, deitando mão de todos os seus recursos, para que, tal como outrora, a fama de Jesus continue a espalhar-se por toda a parte e seja para todos o Caminho, a Verdade e a Vida, pois ninguém vai ao Pai senão por Ele. Nesta busca da felicidade, muitos continuam a fugir de si mesmos, insensíveis que se tornam ao próprio Jesus que bate à porta para entrar e se sentar com eles à mesa, sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da vida e se tomam opções fundamentais...

É por isso que, para alertar e apontar o caminho, é preciso, como afirma o Papa Francisco “um novo protagonismo de cada um dos batizados. Esta convicção transforma-se num apelo dirigido a cada cristão para que ninguém renuncie ao seu compromisso de evangelização, porque, se uma pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe deem muitas lições ou longas instruções. Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos «discípulos» e «missionários», mas sempre que somos «discípulos missionários». Se não estivermos convencidos disto, olhemos para os primeiros discípulos, que logo depois de terem conhecido o olhar de Jesus, saíram proclamando cheios de alegria: «Encontrámos o Messias» (Jo 1, 41). A Samaritana, logo que terminou o seu diálogo com Jesus, tornou-se missionária, e muitos samaritanos acreditaram em Jesus «devido às palavras da mulher» (Jo 4, 39). Também São Paulo, depois do seu encontro com Jesus Cristo, «começou imediatamente a proclamar (…) que Jesus era o Filho de Deus» (At 9, 20). Porque esperamos nós? Certamente todos somos chamados a crescer como evangelizadores. Devemos procurar simultaneamente uma melhor formação, um aprofundamento do nosso amor e um testemunho mais claro do Evangelho. Neste sentido, todos devemos deixar que os outros nos evangelizem constantemente; isto não significa que devemos renunciar à missão evangelizadora, mas encontrar o modo de comunicar Jesus que corresponda à situação em que vivemos. Seja como for, todos somos chamados a dar aos outros o testemunho explícito do amor salvífico do Senhor, que, sem olhar às nossas imperfeições, nos oferece a sua proximidade, a sua Palavra, a sua força, e dá sentido à nossa vida. O teu coração sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer” (EG120-121).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 02-07-2021.

 

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