segunda-feira, 5 de julho de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Terça-feira, 05 de julho de 2021

 

Terça da XIII semana do tempo comum

 

LITURGIA

 

Terça-feira da semana XIV

S. Maria Goretti, virgem e mártir – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gen 32, 22-32 (hebr. 23-33); Sal 16 (17), 1. 2-3. 6-7. 8b-9a e 15
Ev Mt 9, 32-38

* No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da tomada de posse de D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Cardeal Patriarca.
* Na Congregação das Irmãs Missionárias de S. Pedro Claver – B. Maria Teresa Ledóchowska, Fundadora da Congregação – FESTA
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Maria Goretti, virgem e mártir – MO

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 32, 22-32 (hebr. 23-33)
«O teu nome será Israel,
porque lutaste com Deus e com os homens e saíste vencedor»

Na estranha personagem com quem entra em luta, Jacob descobre a presença do próprio Deus, e não descansa enquanto d’Ele não obtém a bênção. Este acontecimento misterioso, pretende, em última análise, explicar o significado do nome de “Israel”, ‘forte contra Deus’, e indicar que a bênção que Jacob recebe de Deus se estenderá a todo o povo que levará o seu nome, o povo de Israel.

Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, Jacob levantou-se de noite, tomou consigo as duas esposas, as duas servas e os onze filhos e atravessou o vau do Jaboc. Ajudou-os a passar a torrente com tudo o que possuía e ficou para trás sozinho. Então um homem lutou com ele até ao romper da aurora e, ao ver que não podia dominá-lo, atingiu-lhe a articulação da coxa, de modo que o tendão da coxa de Jacob se deslocou, enquanto lutava com ele. O homem disse-lhe: «Deixa-me ir, que já raiou a aurora». Mas Jacob respondeu-lhe: «Não te deixarei, enquanto não me abençoares». O homem perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?». Ele respondeu: «Jacob». Então o homem disse-lhe: «Já não te chamarás Jacob, mas Israel, porque lutaste com Deus e com os homens e saíste vencedor». Pediu-lhe então Jacob: «Rogo-te que me reveles o teu nome». Mas ele respondeu: «Porque queres saber o meu nome?». E abençoou-o. Jacob deu àquele lugar o nome de Penuel, «porque – disse ele – vi a Deus face a face e a minha vida foi salva». Já nascia o sol, quando Jacob atravessou Penuel; e manquejava de uma coxa. Se os israelitas, até ao presente, não comem o tendão que há na articulação da coxa, é porque Jacob foi atingido nesse tendão.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 16 (17), 1.2-3.6-7.8b-9a e 15
(R. cf. 15a)
Refrão: Pela vossa bondade, Senhor,
espero contemplar o vosso rosto. Repete-se

Ouvi, Senhor, uma causa justa,
atendei a minha súplica.
Escutai a minha oração,
feita com sinceridade. Refrão

Sede Vós a fazer o meu julgamento,
pois vossos olhos vêem o que é recto.
Se perscrutais o meu coração e o provais com o fogo,
não encontrareis em mim iniquidade. Refrão

Eu Vos invoco, meu Deus, respondei-me,
ouvi-me e escutai as minhas palavras.
Mostrai a vossa admirável misericórdia,
Vós que salvais quem se acolhe à vossa direita. Refrão

Protegei-me à sombra das vossas asas,
longe dos ímpios que me fazem violência.
Por minha parte, mereça eu contemplar a vossa face
e, ao despertar, saciar-me com a vossa imagem. Refrão


ALELUIA Jo 10, 14
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o bom pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 32-38
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»

Para ser capaz de reconhecer a intervenção de Deus é necessário ter-se um coração simples, como o de uma criança. Foi assim já no tempo de Jesus: os simples tinham fé, os entendidos negavam-se até ao que era evidente. Jesus nem por isso desiste de anunciar o reino de Deus; só lamenta que poucos se entreguem ao trabalho que este reino exige. Mas esses serão sempre um dom de Deus; é necessário, pois, pedir que Ele os envie. Sem a luz da Palavra de Deus, os homens transviam-se e perdem-se. Quem lha anunciará?

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio. Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou.
A multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel». Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo
.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:

1


AGENDA DO DIA:

 12,00 horas: Funeral no Cacheiro

17.00 h0ras: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

TANTA GENTE A FUGIR DO QUE PROCURA!...

 

Por mais que sejam as nossas diferenças pessoais, as situações geográficas e culturais, as direções assumidas e os caminhos trilhados, há um ponto de convergência que, do nascimento à morte, a todos persegue e até fundamenta a azáfama quotidiana de todo o ser humano: a felicidade, toda a gente quer ser feliz!

Nessa luta constante para a construir, mesmo que, em algum intervalo, se pense que já se encontrou e se é feliz, não tarda a inquietação interior. Depressa esbarramos com a fragilidade e o sofrimento, com os tristes desaires da história, sentimo-nos indecifráveis, constatamos que não nos bastamos a nós próprios, que não somos omnipotentes nem eternos neste mundo, que a felicidade não se contenta com o espetacular, o passear, o ter, o poder, o prazer...

A experiência de tudo isso, porém, não nos deixa desistir da luta, insiste em dizer-nos que, apesar de tudo, a vida é bela, é um bem que merece ser vivido e ao qual só o amor é capaz de lhe dar sentido e a dinamizar. Só o amor vence a morte, só o amor nos faz sentir amados e acolhidos e retribuir na mesma moeda. Só o amor puro e genuíno gera a esperança, uma esperança que nos aponta para o futuro. Este amor de que falamos não é o amor romântico ou outra qualquer espécie de amor tóxico ou menos saudável que só pensa em si, que manipula, escraviza, destrói, controla, amarfanha com medo da perda, não cria relação, não deixa fluir em liberdade, não respeita, arrasta sofrimento. Falamos daquele amor, gratuito e desinteressado, que não busca o seu próprio interesse e tem origem no próprio Deus que é a plenitude do amor.

Deus é amor, criou-nos por amor, só no amor nos realizamos, só o amor nos tornará livres e felizes, só o amor nos ajudará a descobrir e a viver o amor de Deus presente e atuante nos caminhos da história e na história de cada um de nós. Como dizia Santo Agostinho, “fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti”. Este amor de Deus por nós foi-nos revelado em plenitude por Jesus, que também nos desafiou a amar como Ele próprio nos amou (Jo 13, 24). Quem o vê vê o Pai (Jo 10, 30). Como discípulos de Jesus, iremos penetrando no mistério do amor de Deus, mesmo que, pelo seu silêncio, tantas vezes nos pareça que dorme, que está ausente e indiferente perante os dramas da história e a infelicidade humana. De facto, a sua lógica não é a nossa lógica. E por mais evoluída que seja a ciência, a técnica, o progresso e o bem estar, tudo isso fruto da inteligência e da vontade com que Deus nos dotou, a inquietude interior não dará tréguas, permanecerá. E será tanto maior quanto mais se pensar que a fé e a razão são incompatíveis, que não podem caminhar juntas em busca da Verdade, e quanto mais tentarmos fugir àquela atração por Deus que trazemos no coração. Só ela é capaz de nos saciar, de nos tornar verdadeiramente felizes, o que implica, não fugir de nós, mas entrar aí mesmo, dentro de nós próprios, onde Deus se manifesta em brisa suave (1Re19,11).

Nesta agitada viagem, mais ou menos longa, ao mais profundo de nós mesmos é que poderemos encontrar o essencial, tal como Santo Agostinho o traduziu em texto tantas vezes citado: “Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Chamastes, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira...tocastes-me e agora desejo ardentemente a Vossa paz”. 

Jesus Cristo, que também viveu muitas incertezas e inquietações, é que dá razões à nossa esperança e nos conduz à felicidade tão desejada, mesmo que por entre sofrimento e lágrimas. O amor que Ele nos testemunhou é o amor forte e invencível que diz respeito ao amor de Deus para com o homem, do homem para com Deus e do homem para com o próximo. Se distante de nós no espaço e no tempo, Jesus é nosso coetâneo e continua a não deixar ninguém indiferente, desde que alguém de boa vontade o dê a conhecer, sem pieguices nem sentimentalismos, mas em beleza e verdade. É por isso que, implementar dinamismos que o deem a conhecer é um dos mais importantes e inadiáveis desafios que as nossas famílias e comunidades cristãs estão chamadas a enfrentar, deitando mão de todos os seus recursos, para que, tal como outrora, a fama de Jesus continue a espalhar-se por toda a parte e seja para todos o Caminho, a Verdade e a Vida, pois ninguém vai ao Pai senão por Ele. Nesta busca da felicidade, muitos continuam a fugir de si mesmos, insensíveis que se tornam ao próprio Jesus que bate à porta para entrar e se sentar com eles à mesa, sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da vida e se tomam opções fundamentais...

É por isso que, para alertar e apontar o caminho, é preciso, como afirma o Papa Francisco “um novo protagonismo de cada um dos batizados. Esta convicção transforma-se num apelo dirigido a cada cristão para que ninguém renuncie ao seu compromisso de evangelização, porque, se uma pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe deem muitas lições ou longas instruções. Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos «discípulos» e «missionários», mas sempre que somos «discípulos missionários». Se não estivermos convencidos disto, olhemos para os primeiros discípulos, que logo depois de terem conhecido o olhar de Jesus, saíram proclamando cheios de alegria: «Encontrámos o Messias» (Jo 1, 41). A Samaritana, logo que terminou o seu diálogo com Jesus, tornou-se missionária, e muitos samaritanos acreditaram em Jesus «devido às palavras da mulher» (Jo 4, 39). Também São Paulo, depois do seu encontro com Jesus Cristo, «começou imediatamente a proclamar (…) que Jesus era o Filho de Deus» (At 9, 20). Porque esperamos nós? Certamente todos somos chamados a crescer como evangelizadores. Devemos procurar simultaneamente uma melhor formação, um aprofundamento do nosso amor e um testemunho mais claro do Evangelho. Neste sentido, todos devemos deixar que os outros nos evangelizem constantemente; isto não significa que devemos renunciar à missão evangelizadora, mas encontrar o modo de comunicar Jesus que corresponda à situação em que vivemos. Seja como for, todos somos chamados a dar aos outros o testemunho explícito do amor salvífico do Senhor, que, sem olhar às nossas imperfeições, nos oferece a sua proximidade, a sua Palavra, a sua força, e dá sentido à nossa vida. O teu coração sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer” (EG120-121).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 02-07-2021.

 

 

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