PARÓQUIAS
DE NISA
Terça, 27
de julho de 2021
Terça-feira
da XVII semana do tempo comum
LITURGIA
Terça-feira
da semana XVII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Ex 33, 7-11 – 34, 5b-9. 28; Sal 102 (103), 6-7. 8-9. 10-11.
Ev Mt 13, 36-43
* Na Diocese do Porto (Porto) – S. Pantaleão, mártir – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Tito Brandsma,
presbítero e mártir – MO e MF
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Maria Madalena Martinengo, virgem, da II
Ordem – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Madalena Martinengo, virgem,
da II Ordem – MF
* Na Instituição Teresiana – I Vésp. de S. Pedro Poveda Castroverde.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Ex 33, 7-11; 34, 5b-9.28
«O Senhor falava com Moisés face a face»
Leitura do Livro
do Êxodo
Naqueles dias, Moisés pegou na tenda
e armou-a fora do acampamento, a certa distância. Chamava-lhe a ‘Tenda da
Reunião’. Quem desejasse consultar o Senhor devia ir à Tenda da Reunião, que
estava fora do acampamento. Sempre que Moisés se dirigia para a Tenda, todo o
povo se levantava; cada um ficava à entrada da sua própria tenda e seguia
Moisés com o olhar até ele entrar na Tenda da Reunião. Quando Moisés entrava na
Tenda, a coluna de nuvem descia e ficava à entrada e o Senhor falava com
Moisés. E quando o povo via a coluna de nuvem deter-se à entrada da Tenda, toda
a gente se levantava e se prostrava à porta da sua tenda. O Senhor falava com
Moisés face a face, como quem fala com um amigo. Por fim, Moisés regressava ao
acampamento, mas o seu jovem ajudante, Josué, filho de Nun, não deixava o
interior da Tenda. Moisés invocou o nome do Senhor. O Senhor passou diante dele
e exclamou: «O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, lento para a
ira e rico de misericórdia e fidelidade. Mantém a sua misericórdia até à milésima
geração, perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, mas não deixa nada
impune e castiga a iniquidade dos pais nos filhos e nos netos, até à terceira e
quarta geração». Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração. Depois
disse: «Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor
caminhar no meio de nós. É um povo de cerviz dura, mas Vós perdoareis os nossos
pecados e iniquidades e fareis de nós a vossa herança». Moisés ficou ali com o
Senhor durante quarenta dias e quarenta noites, sem comer nem beber. E escreveu
nas tábuas as palavras da aliança: os dez mandamentos.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 6-7.8-9.10-11 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de
compaixão. Repete-se
O Senhor faz justiça
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios. Refrão
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não está sempre a repreender,
nem guarda ressentimento. Refrão
Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como a distância da terra ao céu,
assim é grande a sua misericórdia para os que O temem. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo:
quem O encontra permanece para sempre. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 36-43
«Como o joio é apanhado e queimado no fogo,
assim será no fim do mundo»
Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus deixou a
multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe:
«Explica-nos a parábola do joio no campo». Jesus respondeu: «Aquele que semeia
a boa semente é o Filho do homem e o campo é o mundo. A boa semente são os
filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o
Diabo. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os Anjos. Como o joio é
apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do homem
enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino todos os escandalosos e todos
os que praticam a iniquidade, e hão de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá
choro e ranger de dentes. Então, os justos brilharão como o sol no reino do seu
Pai. Quem tem ouvidos, oiça».
Palavra
da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial
perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS - Ex 33, 7-11; 34, 5b-9.28: Durante a travessia do deserto, Deus
está no meio do seu povo e manifesta-Se como seu educador, e Moisés como o
Intermediário, atento e fiel. Deus revela-Se como Deus clemente e compassivo,
amigo do seu povo, que não só lhe revela os seus desígnios pela voz de Moisés,
mas até lhe escreve a sua Lei em tábuas de pedra, para que esta se não venha a
perder e o povo a possa recordar para sempre. E a presença de Deus na tenda da
reunião prefigura a sua presença futura em Jesus Cristo, Deus feito homem no
meio dos homens.
Mt 13, 36-43: Este
mundo é o campo onde a palavra cai como semente e onde ela cresce e se
desenvolve e dá fruto no coração de quem a acolhe com fé. Mas outras sementes
há que nesse campo são semeadas e nele crescem, com o perigo de prejudicarem a
boa seara. É o mistério da vida da Igreja sobre a terra: trigo e joio a
crescerem misturados, e Deus, o dono da seara, na sua paciência infinita,
esperando até à hora da colheita! Então, o joio, isto é, os filhos do Maligno,
revelar-se-ão como palha, que só serve para o fogo, enquanto que os filhos do
reino brilharão como o Sol no reino do Pai.
AGENDA DO DIA:
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão
A VOZ DO
PASTOR:
OS SONHOS, A MEMÓRIA E A ORAÇÃO DOS AVÓS!...
Muitas pessoas já celebram o Dia dos Avós em 26 de
julho de cada ano, dia litúrgico de Santa Ana e São Joaquim, avós maternos de
Jesus. Com o Santo Padre, saudamos todos os avôs e avós, cada idoso e cada
idosa, pedindo ao Senhor para todos eles a graça da alegria e da paz, em saúde
e bom acolhimento familiar e social, ou institucional, se for o caso. Que a
vida lhes sorria sempre. Aos que já partiram, que o Senhor lhes dê o eterno
descanso e intercedam por nós junto de Deus.
A Assembleia da República Portuguesa, em 3 de abril de
2003, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição da República, que nos
termos do artigo 67.º define a família como elemento fundamental da nossa
sociedade, resolveu, a pedido de várias pessoas e instituições, instituir esse
dia 26 de julho de cada ano como Dia Nacional dos Avós. No projeto de resolução
n.º 142/IX, pelo qual instituiu esse Dia Nacional dos Avós, a Assembleia da
República realça a importância dos avós como agentes de equilíbrio de relações
afetivas em família, pelo seu papel na transmissão de valores sociais e de
valores da família, pelo seu importante papel na educação dos netos, já que os
pais estão ausentes em grande parte do dia, bem como pela sua troca de saberes
e de experiências em família e na sociedade, permitindo a continuidade.
O Papa Francisco, este ano, instituiu, a nível da
Igreja Católica, o Dia Mundial dos Avós, a celebrar sempre no Domingo mais
próximo do dia 26 de julho, dia litúrgico de Santa Ana e São Joaquim. Neste
primeiro Dia Mundial dos Avós, a Igreja manifesta a sua solidariedade com todos
os avós e idosos, dizendo a cada um: a Igreja “preocupa-se contigo, ama-te e
não quer deixar-te abandonado”. Esta afirmação da Igreja é feita pela voz do
Papa Francisco. Ele recorda a cada um a promessa que o Senhor fez aos
discípulos antes de subir ao Céu: «Eu estou contigo todos os dias» (cf. Mt 28,
20).
Lembrando o anjo que veio animar e incutir esperança
ao avô materno de Jesus em hora menos boa da sua vida, Francisco afirma que
“mesmo quando tudo parece escuro, como nestes meses de pandemia, o Senhor
continua a enviar anjos para consolar a nossa solidão, repetindo-nos: «Eu estou
contigo todos os dias». Di-lo a ti, di-lo a mim, a todos. Está aqui o sentido
deste Dia Mundial que eu quis celebrado pela primeira vez precisamente neste
ano, depois dum longo isolamento e com uma retoma ainda lenta da vida social:
oxalá cada avô, cada idoso, cada avó, cada idosa – especialmente quem dentre
vós está mais sozinho – receba a visita de um anjo! Este anjo, algumas vezes,
terá o rosto dos nossos netos; outras vezes, dos familiares, dos amigos de
longa data ou conhecidos precisamente neste momento difícil. Neste período,
aprendemos a entender como são importantes, para cada um de nós, os abraços e
as visitas, e muito me entristece o facto de as mesmas não serem ainda
possíveis em alguns lugares”.
Acentuando também a importância da Palavra de Deus em
nos ajudar a entender o que o Senhor nos pede em cada estação da vida,
acrescenta: “Eu mesmo posso dar testemunho de que recebi a chamada para me
tornar Bispo de Roma quando tinha chegado, por assim dizer, à idade da aposentação
e imaginava que já não podia fazer muito de novo. O Senhor está sempre junto de
nós – sempre – com novos convites, com novas palavras, com a sua consolação,
mas está sempre junto de nós. Como sabeis, o Senhor é eterno e nunca vai para a
reforma. Nunca”.
E no contexto do mandato que o Senhor nos deu de ir e
ensinar, o Papa lembra aos idosos que a sua vocação “é salvaguardar as raízes,
transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Atenção! Qual é a nossa
vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos
jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos esqueçais disto. Não importa quantos
anos tens, se ainda trabalhas ou não, se ficaste sozinho ou tens uma família,
se te tornaste avó ou avô ainda relativamente jovem ou já avançado nos anos, se
ainda és autónomo ou precisas de ser assistido, porque não existe uma idade
para aposentar-se da tarefa de anunciar o Evangelho, da tarefa de transmitir as
tradições aos netos. É preciso pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo
para empreender algo de novo”. Há “uma renovada vocação, também para ti, num
momento crucial da história. Perguntar-te-ás: Mas, como é possível? As minhas
energias vão-se exaurindo e não creio que possa ainda fazer muito. Como posso
começar a comportar-me de maneira diferente, quando o hábito se tornou a regra
da minha existência? Como posso dedicar-me a quem é mais pobre, se já tenho
tantas preocupações com a minha família? Como posso alongar o meu olhar, se não
me é permitido sequer sair da residência onde vivo? Não é um fardo já demasiado
pesado a minha solidão? Quantos de vós se interrogam: Não é um fardo já
demasiado pesado a minha solidão? O próprio Jesus ouviu Nicodemos dirigir-Lhe
uma pergunta deste tipo: «Como pode um homem nascer, sendo velho?» (Jo 3, 4). Isso
é possível – responde o Senhor –, abrindo o próprio coração à obra do Espírito
Santo, que sopra onde quer. Com a liberdade que tem, o Espírito Santo move-Se
por toda a parte e faz aquilo que quer”.
Repetindo que ninguém se salva sozinho e que desta
crise jamais sairemos iguais, o Papa diz a cada avó, avô, idoso ou idosa, que
cada um é necessário “para se construir, na fraternidade e na amizade social, o
mundo de amanhã”, todos devemos ser «parte ativa na reabilitação e apoio das
sociedades feridas». E apresenta três de entre vários pilares que os idosos
deverão sustentar nesta nova construção: “os sonhos, a memória e a oração”.
Recordando a passagem bíblica de Joel: «Os vossos
anciãos terão sonhos e os jovens terão visões», Francisco diz que “o futuro do mundo
está nesta aliança entre os jovens e os idosos. Quem, senão os jovens, pode
agarrar os sonhos dos idosos e levá-los por diante? Mas, para isso, é
necessário continuar a sonhar: nos nossos sonhos de justiça, de paz, de
solidariedade reside a possibilidade de os nossos jovens terem novas visões e,
juntos, construirmos o futuro. É preciso que testemunhes, também tu, a
possibilidade de se sair renovado duma experiência dolorosa. E tenho a certeza
de que não será a única, pois, na tua vida, terás tido tantas e sempre
conseguiste triunfar delas. E, dessa experiência que tens, aprende como sair da
provação atual. Nisto se vê como os sonhos estão entrelaçados com a memória.
Penso como pode ser de grande valor a memória dolorosa da guerra, e quanto
podem as novas gerações aprender dela a respeito do valor da paz. E, a
transmitir isto, és tu que viveste a tribulação das guerras. Recordar é uma
missão verdadeira e própria de cada idoso: conservar na memória e levar a
memória aos outros”. E volta à sua vivência pessoal: “Penso também nos meus
avós e naqueles de vós que tiveram de emigrar e sabem quanto custa deixar a
própria casa, como fazem muitos ainda hoje à procura dum futuro. Talvez
tenhamos algum deles ao nosso lado a cuidar de nós. Esta memória pode ajudar a construir
um mundo mais humano, mais acolhedor. Mas, sem a memória, não se pode
construir; sem alicerces, tu nunca construirás uma casa. Nunca. E os alicerces
da vida estão na memória”.
Aliada aos sonhos e à memória, está a oração, afirma
Francisco: “A tua oração é um recurso preciosíssimo: é um pulmão de que não se
podem privar a Igreja e o mundo. Sobretudo neste tempo tão difícil para a
humanidade em que estamos – todos na mesma barca – a atravessar o mar
tempestuoso da pandemia, a tua intercessão pelo mundo e pela Igreja não é vã,
mas indica a todos a serena confiança de um porto seguro”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 23-07-2021.
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