PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta, 30
de julho de 2021
Sexta-feira
da XVII semana do tempo comum
LITURGIA
Sexta-feira
da semana XVII
S. Pedro Crisólogo, bispo e doutor da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Lev 23, 1. 14-11. 15-16. 27. 34b-37; Sal 80 (81), 2-4. 5-6ab.10-11ab
Ev Mt 13, 54-58
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Francisco Solano Casey, presbítero
da I Ordem – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Justino
de Jacobis, bispo – MO
* Na Companhia de Jesus – I Vésp. de S. Inácio de Loiola.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protector dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Lev 23, 1.4-11.15-16.27.34b-37
«As solenidades do Senhor, as assembleias sagradas
para as quais convocareis os filhos de Israel»
Leitura do Livro
do Levítico
O Senhor falou a Moisés, dizendo:
«São estas as solenidades do Senhor, as assembleias sagradas, para as quais, no
tempo devido, convocareis os filhos de Israel: No dia catorze do primeiro mês,
ao entardecer, é a Páscoa do Senhor; e no dia quinze desse mês, é a Festa dos
Pães Ázimos em honra do Senhor. Durante sete dias comereis pães ázimos. No
primeiro dia reunireis uma assembleia sagrada: não fareis qualquer trabalho
servil. Durante sete dias apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo.
No sétimo dia reunireis uma assembleia sagrada: Não fareis qualquer trabalho
servil». O Senhor falou ainda a Moisés, dizendo: «Fala aos filhos de Israel e
diz-lhes: ‘Quando tiverdes entrado na terra que vos darei e aí ceifardes as
searas, levareis ao sacerdote um molho de espigas, como primícias da vossa
colheita. O sacerdote oferecê-lo-á ao Senhor com o gesto da apresentação, para
que Ele vos seja favorável. Esta apresentação será feita no dia a seguir ao
sábado. A partir do dia a seguir ao sábado, em que tiverdes trazido o molho de
espigas para a apresentação, contareis sete semanas completas. Até ao dia a
seguir ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias e apresentareis ao Senhor uma
oferenda da nova colheita. No dia dez do sétimo mês, é o dia das Expiações.
Reunireis uma assembleia sagrada: fareis penitência e apresentareis ao Senhor
oferendas passadas pelo fogo. A partir do dia quinze deste sétimo mês, durante
sete dias, é a Festa das Tendas em honra do Senhor. No primeiro dia reunireis
uma assembleia sagrada: não fareis qualquer trabalho servil. Durante sete dias,
apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. No oitavo dia reunireis
uma assembleia sagrada: apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. É
o dia da última assembleia: não fareis qualquer trabalho servil. São estas as
solenidades do Senhor, nas quais reunireis assembleias sagradas, para oferecer
ao Senhor oferendas passadas pelo fogo, holocaustos, oblações, sacrifícios e
libações, segundo o ritual próprio de cada dia’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 80 (81), 2-4.5-6ab.10-11ab (R. 2a)
Refrão: Alegrai-vos em Deus, que é o nosso auxílio. Repete-se
Ou: Aclamai a Deus, nossa força. Repete-se
Aclamai a Deus, nossa força,
aplaudi ao Deus de Jacob.
Fazei ressoar a trombeta na lua nova
e na lua cheia, dia da nossa festa. Refrão
É uma obrigação para Israel,
é um preceito do Deus de Jacob,
lei que Ele impôs a José,
quando saiu da terra do Egipto. Refrão
«Não terás contigo um deus alheio,
nem adorarás divindades estranhas.
Eu, o Senhor, sou o teu Deus,
que te fiz sair da terra do Egipto». Refrão
ALELUIA 1 Pedro 1, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
A palavra do Senhor permanece eternamente.
Esta é a palavra que vos foi anunciada. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 54-58
«Não é Ele o filho do carpinteiro? Donde Lhe vem tudo isto?»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus foi à sua terra
e começou a ensinar os que estavam na sinagoga, de tal modo que ficavam
admirados e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e este poder de fazer
milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? A sua Mãe não se chama Maria e os
seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem entre nós? De
onde Lhe vem tudo isto?». E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes:
«Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa». E por causa da falta
de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres.
Palavra
da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial
perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS - Lev 23, 1.4-11.15-16.27.34b-37: Na continuação da leitura da história
da salvação no tempo do Antigo Testamento, são hoje enumeradas as solenidades
que marcam o ritmo do ano: a Páscoa e os Ázimos, na Primavera; a festa das
semanas (Pentecostes); e, no Outono, o Dia da Expiação e a Festa dos
Tabernáculos. As solenidades evocam a memória de certos acontecimentos
especialmente importantes na história da salvação, ao mesmo tempo que são
ocasião para renovar a aliança entre Deus e o seu povo.
Mt 13, 54-58: A
fé tem de ultrapassar a experiência dos sentidos: estes podem até dificultar a
fé. Foi o que aconteceu aos conterrâneos de Jesus, que, à força de O verem no
meio deles, não conseguiram penetrar mais profundamente e reconhecer n’Ele o
Filho de Deus. Não souberam entender os sinais de Deus que Se manifestava no
seu tempo e tão junto de si. Se através dos sinais se não vai até à
significação dos mesmos, não se chega à fé, mas apenas ao aspeto material da
experiência.
AGENDA DO DIA:
16.30
horas: Funeral em Nisa
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão.
A VOZ DO
PASTOR:
OS SONHOS, A MEMÓRIA E A ORAÇÃO DOS AVÓS!...
Muitas pessoas já celebram o Dia dos Avós em 26 de
julho de cada ano, dia litúrgico de Santa Ana e São Joaquim, avós maternos de
Jesus. Com o Santo Padre, saudamos todos os avôs e avós, cada idoso e cada
idosa, pedindo ao Senhor para todos eles a graça da alegria e da paz, em saúde
e bom acolhimento familiar e social, ou institucional, se for o caso. Que a
vida lhes sorria sempre. Aos que já partiram, que o Senhor lhes dê o eterno
descanso e intercedam por nós junto de Deus.
A Assembleia da República Portuguesa, em 3 de abril de
2003, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição da República, que nos
termos do artigo 67.º define a família como elemento fundamental da nossa
sociedade, resolveu, a pedido de várias pessoas e instituições, instituir esse
dia 26 de julho de cada ano como Dia Nacional dos Avós. No projeto de resolução
n.º 142/IX, pelo qual instituiu esse Dia Nacional dos Avós, a Assembleia da
República realça a importância dos avós como agentes de equilíbrio de relações
afetivas em família, pelo seu papel na transmissão de valores sociais e de
valores da família, pelo seu importante papel na educação dos netos, já que os
pais estão ausentes em grande parte do dia, bem como pela sua troca de saberes
e de experiências em família e na sociedade, permitindo a continuidade.
O Papa Francisco, este ano, instituiu, a nível da
Igreja Católica, o Dia Mundial dos Avós, a celebrar sempre no Domingo mais
próximo do dia 26 de julho, dia litúrgico de Santa Ana e São Joaquim. Neste
primeiro Dia Mundial dos Avós, a Igreja manifesta a sua solidariedade com todos
os avós e idosos, dizendo a cada um: a Igreja “preocupa-se contigo, ama-te e
não quer deixar-te abandonado”. Esta afirmação da Igreja é feita pela voz do
Papa Francisco. Ele recorda a cada um a promessa que o Senhor fez aos
discípulos antes de subir ao Céu: «Eu estou contigo todos os dias» (cf. Mt 28,
20).
Lembrando o anjo que veio animar e incutir esperança
ao avô materno de Jesus em hora menos boa da sua vida, Francisco afirma que
“mesmo quando tudo parece escuro, como nestes meses de pandemia, o Senhor
continua a enviar anjos para consolar a nossa solidão, repetindo-nos: «Eu estou
contigo todos os dias». Di-lo a ti, di-lo a mim, a todos. Está aqui o sentido
deste Dia Mundial que eu quis celebrado pela primeira vez precisamente neste
ano, depois dum longo isolamento e com uma retoma ainda lenta da vida social:
oxalá cada avô, cada idoso, cada avó, cada idosa – especialmente quem dentre vós
está mais sozinho – receba a visita de um anjo! Este anjo, algumas vezes, terá
o rosto dos nossos netos; outras vezes, dos familiares, dos amigos de longa
data ou conhecidos precisamente neste momento difícil. Neste período,
aprendemos a entender como são importantes, para cada um de nós, os abraços e
as visitas, e muito me entristece o facto de as mesmas não serem ainda
possíveis em alguns lugares”.
Acentuando também a importância da Palavra de Deus em
nos ajudar a entender o que o Senhor nos pede em cada estação da vida,
acrescenta: “Eu mesmo posso dar testemunho de que recebi a chamada para me
tornar Bispo de Roma quando tinha chegado, por assim dizer, à idade da
aposentação e imaginava que já não podia fazer muito de novo. O Senhor está
sempre junto de nós – sempre – com novos convites, com novas palavras, com a
sua consolação, mas está sempre junto de nós. Como sabeis, o Senhor é eterno e
nunca vai para a reforma. Nunca”.
E no contexto do mandato que o Senhor nos deu de ir e
ensinar, o Papa lembra aos idosos que a sua vocação “é salvaguardar as raízes,
transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Atenção! Qual é a nossa
vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos
jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos esqueçais disto. Não importa quantos
anos tens, se ainda trabalhas ou não, se ficaste sozinho ou tens uma família,
se te tornaste avó ou avô ainda relativamente jovem ou já avançado nos anos, se
ainda és autónomo ou precisas de ser assistido, porque não existe uma idade
para aposentar-se da tarefa de anunciar o Evangelho, da tarefa de transmitir as
tradições aos netos. É preciso pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo
para empreender algo de novo”. Há “uma renovada vocação, também para ti, num
momento crucial da história. Perguntar-te-ás: Mas, como é possível? As minhas
energias vão-se exaurindo e não creio que possa ainda fazer muito. Como posso
começar a comportar-me de maneira diferente, quando o hábito se tornou a regra
da minha existência? Como posso dedicar-me a quem é mais pobre, se já tenho
tantas preocupações com a minha família? Como posso alongar o meu olhar, se não
me é permitido sequer sair da residência onde vivo? Não é um fardo já demasiado
pesado a minha solidão? Quantos de vós se interrogam: Não é um fardo já
demasiado pesado a minha solidão? O próprio Jesus ouviu Nicodemos dirigir-Lhe
uma pergunta deste tipo: «Como pode um homem nascer, sendo velho?» (Jo 3, 4).
Isso é possível – responde o Senhor –, abrindo o próprio coração à obra do
Espírito Santo, que sopra onde quer. Com a liberdade que tem, o Espírito Santo
move-Se por toda a parte e faz aquilo que quer”.
Repetindo que ninguém se salva sozinho e que desta
crise jamais sairemos iguais, o Papa diz a cada avó, avô, idoso ou idosa, que
cada um é necessário “para se construir, na fraternidade e na amizade social, o
mundo de amanhã”, todos devemos ser «parte ativa na reabilitação e apoio das
sociedades feridas». E apresenta três de entre vários pilares que os idosos
deverão sustentar nesta nova construção: “os sonhos, a memória e a oração”.
Recordando a passagem bíblica de Joel: «Os vossos
anciãos terão sonhos e os jovens terão visões», Francisco diz que “o futuro do
mundo está nesta aliança entre os jovens e os idosos. Quem, senão os jovens,
pode agarrar os sonhos dos idosos e levá-los por diante? Mas, para isso, é
necessário continuar a sonhar: nos nossos sonhos de justiça, de paz, de
solidariedade reside a possibilidade de os nossos jovens terem novas visões e,
juntos, construirmos o futuro. É preciso que testemunhes, também tu, a
possibilidade de se sair renovado duma experiência dolorosa. E tenho a certeza
de que não será a única, pois, na tua vida, terás tido tantas e sempre
conseguiste triunfar delas. E, dessa experiência que tens, aprende como sair da
provação atual. Nisto se vê como os sonhos estão entrelaçados com a memória.
Penso como pode ser de grande valor a memória dolorosa da guerra, e quanto
podem as novas gerações aprender dela a respeito do valor da paz. E, a
transmitir isto, és tu que viveste a tribulação das guerras. Recordar é uma
missão verdadeira e própria de cada idoso: conservar na memória e levar a
memória aos outros”. E volta à sua vivência pessoal: “Penso também nos meus
avós e naqueles de vós que tiveram de emigrar e sabem quanto custa deixar a
própria casa, como fazem muitos ainda hoje à procura dum futuro. Talvez
tenhamos algum deles ao nosso lado a cuidar de nós. Esta memória pode ajudar a
construir um mundo mais humano, mais acolhedor. Mas, sem a memória, não se pode
construir; sem alicerces, tu nunca construirás uma casa. Nunca. E os alicerces
da vida estão na memória”.
Aliada aos sonhos e à memória, está a oração, afirma
Francisco: “A tua oração é um recurso preciosíssimo: é um pulmão de que não se
podem privar a Igreja e o mundo. Sobretudo neste tempo tão difícil para a
humanidade em que estamos – todos na mesma barca – a atravessar o mar
tempestuoso da pandemia, a tua intercessão pelo mundo e pela Igreja não é vã,
mas indica a todos a serena confiança de um porto seguro”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 23-07-2021.
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