PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
03 de julho de 2021
Sábado
da XIII semana do tempo comum
LITURGIA
Sábado da semana XIII (de manhã)
S. Tomé, Apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 Ef 2, 19-22; Sal 116 (117), 1. 2
Ev Jo 20, 24-29
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Coimbra – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Virgílio do
Nascimento Antunes (2011).
* Na Diocese de Coimbra (Coimbra) e na Diocese de Leiria-Fátima (Leiria) – I
Vésp. de S. Isabel de Portugal.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
S. TOMÉ, Apóstolo
Nota
Histórica:
Tomé é conhecido entre os Apóstolos especialmente pela sua incredulidade
que se desvaneceu na presença de Cristo ressuscitado; ele proclamou a fé pascal
da Igreja: «Meu Senhor e meu Deus». Sobre a sua vida nada se sabe ao certo,
além dos pormenores contidos no Evangelho. Diz-se que pregou o Evangelho na
Índia. Desde o séc. VI celebra-se no dia 3 de Julho a memória da trasladação do
seu corpo para Edessa.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf.
Salmo 117, 28
Eu Vos dou graças, porque sois o meu Deus.
Eu Vos glorifico, porque sois o meu Salvador.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus omnipotente,
a graça de celebrar com alegria a festa do apóstolo São Tomé,
de modo que, ajudados pela sua intercessão,
tenhamos a vida pela fé em Jesus Cristo,
que ele reconheceu como Senhor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ef 2, 19-22
«Edificados sobre o alicerce dos
Apóstolos»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos:
Já não sois estrangeiros nem hóspedes,
mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas,
que tem Cristo como pedra angular.
Em Cristo, toda a construção, bem ajustada,
cresce para formar um templo santo do Senhor;
e em união com Ele, também vós sois integrados na construção,
para vos tornardes, no Espírito Santo, morada de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 116 (117), 1.2 (R. Mc 16, 15)
Refrão: Ide por todo o mundo e anunciai o
Evangelho.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.
ALELUIA Jo 20, 29
Refrão: Aleluia. Repete-se
Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste;
felizes os que acreditam sem terem visto. Refrão
EVANGELHO Jo 20, 24-29
«Meu Senhor e meu Deus!»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele
tempo,
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Palavra
da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Nós Vos apresentamos, Senhor,
a homenagem do nosso ministério,
na festa do apóstolo São Tomé,
e Vos pedimos que conserveis em nós os vossos dons
ao celebrarmos este sacrifício de louvor.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Apóstolos
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 20, 27
Disse Jesus a Tomé:
Com a tua mão reconhece o lugar dos cravos.
Não sejas incrédulo, mas fiel.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus eterno e todo-poderoso,
que nos destes neste sacramento
o Corpo do vosso Filho Unigénito,
fazei que, acreditando, com São Tomé,
que Ele é nosso Deus e Senhor,
dêmos testemunho, em palavras e obras,
desta fé que professamos.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO DIA:
09.00 horas: Missa
na Igreja de Nossa Senhora da Graça
10.30 horas: Missa,
Batismo e Primeira Comunhão na Igreja de Nossa Senhora da Graça
11.30 horas: Batismo na
Igreja do Espírito Santo em Nisa
15.00 horas:
Missa em Salavessa
16.00 horas:
Missa em Pé da Serra
16.00 horas:
Missa no Pardo
18.00 horas:
Missa em Alpalhão
18.00 horas:
Missa em Nisa – Espírito Santo
A VOZ DO
PASTOR:
OS RECURSOS HUMANOS E A NOVA EVANGELIZAÇÃO
Na passada semana,
abordei quanto bem poderia acontecer nas nossas paróquias se as famílias cristãs
se organizassem. Isto é, se não se fechassem em si mesmas e dessem as mãos para
levar mais vida a outras famílias e às comunidades que tanto precisam de
dinâmicas que as façam viver com alegria e esperança. Se todos reconhecemos a
importância das famílias neste processo, hoje quero referir-me - com muita
estima, aliás!-, a tanta gente que, se também desse uma mãozinha a essa causa,
tudo seria bem diferente. Embora haja quem o poderia e possa fazer, - e muitos
o fazem! -, hoje venho desafiar ou apelar a todos aqueles e aquelas que
acrescentam aos seus estudos, preparação e saber, o testemunho da sua fé e a
capacidade de intervir e gerar empatia, quer pelo seu humanismo e coerência de
vida quer pela alegria com que vivem e ajudam a viver. Refiro-me a professores,
gente do setor terciário e profissionais livres, gente com influência positiva
nas comunidades. Atentos ao meio, serão os primeiros a reconhecer que as
comunidades carecem de recursos humanos habilitados para lhes transmitir
convenientemente a mensagem cristã. Também constatarão que, se há falta de
formação cristã, também há quem gostaria de saber mais e de aceitar novos
desafios. As próprias comunidades reconhecem e apontam a necessidade urgente de
formação. No entanto, se se constata a falta de formação e as iniciativas de
formação acontecem, as pessoas não correspondem, são poucas as que aparecem, e,
se aparecem, são quase sempre as mesmas. Desta falta de formação ou de cultura
da fé, surgem algumas atitudes. Por um lado, temos aqueles que, mesmo muito bem
formados noutras áreas, adaptam a Igreja ao seu modo de pensar e estar na vida,
afastam-se do culto, dizem-se não praticantes mas católicos. A Igreja torna-se,
para eles, qualquer coisa que não faz parte deles, está fora deles. A ela
recorrem como se recorre a uma repartição pública em busca de serviços vários,
como festas, batizados, casamentos e funerais. Por outro lado, temos aqueles
que querem culto, muito culto, é verdade, sobretudo culto e religiosidade
popular. Sendo um valor a preservar e a purificar, se lhe falta a formação,
pode degenerar em sentimentalismo estéril. E se há muita gente que aposta na
formação pessoal, tem consciência de pertença à Igreja, vive integrado e cumpre
em caminhada de conversão constante, outros poderá haver, que, embora muito
cumpridores, se lhes falta a formação também podem meter os pés pelas mãos: de
manhã são capazes de frequentar a igreja e o culto, de tarde, se lhes der na
gana, procuram adivinhos, quiromantes, magos, bruxos, necromantes, como se tudo
fosse igual a tudo. Se se pergunta a razão disto acontecer, facilmente se
distribuem culpas, as causas, porém, são várias e complexas, afirmamo-lo sem
querer julgar ninguém. Mas entre essas causas também está a falta de quem faça
essa formação de maneira inteligente e atrativa, com método e capacidade de bem
expor. Se as pessoas a quem hoje me dirijo, aposentadas ou não, tivessem o
gosto desse voluntariado junto dos adultos das suas comunidades, como esse
serviço marcaria a diferença! Até porque, se essas iniciativas de formação não
surgirem dos leigos, torna-se difícil a sua implementação. E mesmo que,
porventura, alguém reconhecesse que não tem formação aprofundada em conteúdos e
pedagogia apropriada, tem experiência e traquejo verbal, tem capacidade de preparar
os temas, tem a arte de bem os expor e transmitir, tem facilidade de gerar
empatia e de aguçar o apetite dos participantes para mais saber. É certo que,
sendo indispensável, nem sempre basta ter a capacidade de se preparar e ser bom
comunicador. É importante perceber que, quando alguém fala ou ensina em nome de
Cristo, é Cristo que fala ou ensina, e é Cristo que é falado ou ensinado. Não é
momento para transmitir ideias pessoais, para inventar e ocupar o tempo de
qualquer forma, ou para ideologizar os presentes, mas, tal como Cristo o fez, é
tempo de os servir com humildade, amor e verdade: “Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a vós” (Jo 20, 21).
Sabemos como tanta
gente animou e continua a animar a criação de Universidades Seniores, e bem,
são um valor a fazer com que todos permaneçam em processo de formação
permanente, com regularidade e tempos combinados. E por que não formar grupos
semelhantes para a formação cristã de adultos? Inventem-se nomes para tais
grupos, clubes ou academias que atraiam e não afastem. Muitíssima gente ficaria
eternamente grata por essas iniciativas e serviço. Quem, para além da sua
azáfama familiar e profissional, tivesse este gesto de bem fazer às suas
comunidades e promovesse tais iniciativas, até descansaria nisso, sentir-se-ia
bem consigo próprio, entraria naquele processo de igreja em saída a que o Papa
Francisco tanto apela, ajudaria à nova evangelização com o seu saber, a sua
paciência e dedicação. Há tanta coisa que os leigos podem e devem sugerir e
fazer sem a presença de quem preside às comunidades, embora sempre em comunhão
com eles. Que as comunidades cristãs, sem qualquer espécie de preconceito,
estejam atentas a quem, de dentro delas mesmas, as possa fazer crescer em
sabedoria e graça. Que essas pessoas oiçam os apelos, mesmo que silenciosos das
comunidades, reconheçam quanto bem podem fazer aos outros e, por tabela, a si
próprias, colaborando, sentindo-se mais úteis, pondo a render os seus talentos,
conhecimento e saber. Que sintam o acolhimento, o apoio e o estímulo dos
responsáveis e de toda a comunidade, distribuindo tarefas, confiando, ganhando
confiança uns nos outros. Que ninguém esqueça: “em cada pegada de amor nascerá
sempre uma flor de gratidão”. E é sempre um aliciante desafio ajudar a fazer de
cada paróquia um verdadeiro jardim do qual todos se orgulhem, dele cuidem e
usufruam, na certeza de que até um copo de água dado por amor não ficará sem
recompensa (Mt 10, 42). Por isso, “se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não
fecheis o vosso coração” (Sl94/95). As comunidades cristãs merecem, precisam da
vossa colaboração, e “quão formosos são os pés daqueles que anunciam o
Evangelho” (Rom 10,15).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 25-06-2021.
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