PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
04 de julho de 2021
Domingo
da XIII semana do tempo comum
LITURGIA
DOMINGO
XIV DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério).
Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Ez 2, 2-5; Sal 122 (123), 1-2a. 2bcd. 3-4
L2 2 Cor 12, 7-10
Ev Mc 6, 1-6
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Coimbra – S. Isabel de Portugal, Padroeira principal da cidade
de Coimbra. Na cidade de Coimbra – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese –
Ofício e Missa do Domingo.
* Na Diocese de Leiria-Fátima – S. Isabel de Portugal, Padroeira principal da
cidade de Leiria. Na cidade de Leiria – SOLENIDADE; nas outras igrejas da
Diocese – Ofício e Missa do Domingo.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Cadeira de S. Pedro.
* Na Arquidiocese de Braga (Basílica do Bom Jesus) – I Vésp. do aniversário da
Basílica do Bom Jesus.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 47,
10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ez 2, 2-5
«São uma casa de rebeldes,
mas saberão que há um profeta no meio deles»
Leitura da
Profecia de Ezequiel
Naqueles
dias, o Espírito entrou em mim e fez-me levantar. Ouvi então Alguém que me
dizia: «Filho do homem, Eu te envio aos filhos de Israel, a um povo rebelde que
se revoltou contra Mim. Eles e seus pais ofenderam-Me até ao dia de hoje. É a
esses filhos de cabeça dura e coração obstinado que te envio, para lhes
dizeres: ‘Eis o que diz o Senhor’. Podem escutar-te ou não – porque são uma
casa de rebeldes –, mas saberão que há um profeta no meio deles».
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 122 (123), 1-2a.2bcd.3-4 (R. 2cd)
Refrão: Os nossos olhos estão postos no Senhor,
até que Se compadeça de nós. Repete-se
Levanto os meus olhos para Vós,
para Vós que habitais no Céu,
como os olhos do servo
se fixam nas mãos do seu senhor. Refrão
Como os olhos da serva
se fixam nas mãos da sua senhora,
assim os nossos olhos
se voltam para o Senhor nosso Deus,
até que tenha piedade de nós. Refrão
Piedade, Senhor, tende piedade de nós,
porque estamos saturados de desprezo.
A nossa alma está saturada do sarcasmo
dos arrogantes
e do desprezo dos soberbos. Refrão
LEITURA II 2 Cor 12, 7-10
«Gloriar-me-ei nas minhas fraquezas,
para que habite em mim o poder de Cristo»
Leitura da
Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Para que a grandeza das revelações não me ensoberbeça, foi-me deixado um
espinho na carne, – um anjo de Satanás que me esbofeteia – para que não me
orgulhe. Por três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas Ele
disse-me: «Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se manifesta todo o
meu poder». Por isso, de boa vontade me gloriarei das minhas fraquezas, para
que habite em mim o poder de Cristo. Alegro-me nas minhas fraquezas, nas
afrontas, nas adversidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor
de Cristo, porque, quando sou fraco, então é que sou forte.
Palavra do Senhor.
ALELUIA cf. Lc 4, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Espírito do Senhor está sobre mim:
Ele me enviou a anunciar o Evangelho aos pobres. Refrão
EVANGELHO Mc 6, 1-6
«Um profeta só é desprezado na sua terra»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele
tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-n’O. Quando
chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam
admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe
foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos? Não é Ele o
carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E
não estão as suas irmãs aqui entre nós?». E ficavam perplexos a seu respeito.
Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus
parentes e em sua casa». E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou
alguns doentes, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela
gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.
Palavra
da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor .
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Ez 2, 2-5: De muitos modos Deus tem falado ao
seu povo. Os profetas foram, no Antigo Testamento, um dos meios pelos quais
Deus lhe falou. Mas nem sempre é fácil, porque nem sempre é cómodo, escutar os
profetas de Deus. A palavra de Deus que eles transmitem pede atenção, escuta,
obediência, fidelidade, atitudes que nem sempre foram fáceis ao povo de Deus.
Mas, a vingança (!) de Deus foi enviar-lhe, por fim, o Profeta, que foi o seu
próprio Filho.
2
Cor 12, 7-10: S. Paulo é exemplo do homem
verdadeiramente humilde, aquele que sabe reconhecer os dons de Deus, sobretudo
quando eles triunfam das suas fraquezas. Forte só Deus, e o homem que n’Ele se
apoia, n’Ele confia, a Ele atribui todo o bem e d’Ele espera tudo o que lhe
falta. Tanto mais se enaltece a graça de Deus, quanto maior é a fraqueza de que
ela triunfa.
Mc
6, 1-6: O último dos Profetas foi o próprio Filho de Deus,
Jesus. Mais do que Profeta, porque Ele, não só anunciou a palavra de Deus, mas
Ele próprio é a Palavra do Pai, e veio a este mundo precisamente para ser a
Palavra de Deus no meio dos homens. Apesar disso, os seus próprios compatriotas
desprezaram-n’O. Era para eles apenas um vizinho, todos Lhe conheciam a
história, e facilmente desprezamos o que só conhecemos por fora. Outros, ao
longe, hão de acreditar n’Ele, e, por Ele, chegar ao Pai.
AGENDA DO DIA:
09.30 horas:
Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas:
Missa em Arez
11.00 horas:
Missa em Nisa
11.45 horas: Missa em
Tolosa
12.00 horas:
Missa em Gáfete
12.00 horas:
Missa em Alpalhão
15.30 horas: Missa
em Montalvão
15.30 horas: Missa
no Arneiro
15.30 horas: Celebração
da Palavra no Cacheiro
16.00 horas:
Missa no Pardo
18.00 horas:
Missa em Alpalhão
18.00 horas:
Missa em Nisa – Espírito Santo
A VOZ DO
PASTOR:
TANTA
GENTE A FUGIR DO QUE PROCURA!...
Por mais que sejam as nossas diferenças
pessoais, as situações geográficas e culturais, as direções assumidas e os
caminhos trilhados, há um ponto de convergência que, do nascimento à morte, a
todos persegue e até fundamenta a azáfama quotidiana de todo o ser humano: a
felicidade, toda a gente quer ser feliz!
Nessa luta constante para a construir, mesmo
que, em algum intervalo, se pense que já se encontrou e se é feliz, não tarda a
inquietação interior. Depressa esbarramos com a fragilidade e o sofrimento, com
os tristes desaires da história, sentimo-nos indecifráveis, constatamos que não
nos bastamos a nós próprios, que não somos omnipotentes nem eternos neste mundo,
que a felicidade não se contenta com o espetacular, o passear, o ter, o poder, o
prazer...
A experiência de tudo isso, porém, não nos
deixa desistir da luta, insiste em dizer-nos que, apesar de tudo, a vida é bela,
é um bem que merece ser vivido e ao qual só o amor é capaz de lhe dar sentido e
a dinamizar. Só o amor vence a morte, só o amor nos faz sentir amados e
acolhidos e retribuir na mesma moeda. Só o amor puro e genuíno gera a
esperança, uma esperança que nos aponta para o futuro. Este amor de que falamos
não é o amor romântico ou outra qualquer espécie de amor tóxico ou menos
saudável que só pensa em si, que manipula, escraviza, destrói, controla, amarfanha
com medo da perda, não cria relação, não deixa fluir em liberdade, não
respeita, arrasta sofrimento. Falamos daquele amor, gratuito e desinteressado, que
não busca o seu próprio interesse e tem origem no próprio Deus que é a
plenitude do amor.
Deus é amor, criou-nos por amor, só no amor
nos realizamos, só o amor nos tornará livres e felizes, só o amor nos ajudará a
descobrir e a viver o amor de Deus presente e atuante nos caminhos da história
e na história de cada um de nós. Como dizia Santo Agostinho, “fizeste-nos para Ti,
Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti”. Este
amor de Deus por nós foi-nos revelado em plenitude por Jesus, que também nos
desafiou a amar como Ele próprio nos amou (Jo 13, 24). Quem o vê vê o Pai (Jo
10, 30). Como discípulos de Jesus, iremos penetrando no mistério do amor de
Deus, mesmo que, pelo seu silêncio, tantas vezes nos pareça que dorme, que está
ausente e indiferente perante os dramas da história e a infelicidade humana. De
facto, a sua lógica não é a nossa lógica. E por mais evoluída que seja a
ciência, a técnica, o progresso e o bem estar, tudo isso fruto da inteligência
e da vontade com que Deus nos dotou, a inquietude interior não dará tréguas,
permanecerá. E será tanto maior quanto mais se pensar que a fé e a razão são
incompatíveis, que não podem caminhar juntas em busca da Verdade, e quanto mais
tentarmos fugir àquela atração por Deus que trazemos no coração. Só ela é capaz
de nos saciar, de nos tornar verdadeiramente felizes, o que implica, não fugir
de nós, mas entrar aí mesmo, dentro de nós próprios, onde Deus se manifesta em
brisa suave (1Re19,11).
Nesta agitada viagem, mais ou menos longa, ao
mais profundo de nós mesmos é que poderemos encontrar o essencial, tal como
Santo Agostinho o traduziu em texto tantas vezes citado: “Tarde Vos amei, ó
beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas
eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado,
precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não
estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não
existisse em Vós. Chamastes, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes,
resplandecestes e dissipastes a minha cegueira...tocastes-me e agora desejo
ardentemente a Vossa paz”.
Jesus Cristo, que também viveu muitas incertezas
e inquietações, é que dá razões à nossa esperança e nos conduz à felicidade tão
desejada, mesmo que por entre sofrimento e lágrimas. O amor que Ele nos
testemunhou é o amor forte e invencível que diz respeito ao amor de Deus para
com o homem, do homem para com Deus e do homem para com o próximo. Se distante
de nós no espaço e no tempo, Jesus é nosso coetâneo e continua a não deixar
ninguém indiferente, desde que alguém de boa vontade o dê a conhecer, sem
pieguices nem sentimentalismos, mas em beleza e verdade. É por isso que, implementar dinamismos que o deem a conhecer é um
dos mais importantes e inadiáveis desafios que as nossas famílias e comunidades
cristãs estão chamadas a enfrentar, deitando mão de todos os seus recursos,
para que, tal como outrora, a fama
de Jesus continue a espalhar-se por toda a parte e seja para todos o Caminho, a
Verdade e a Vida, pois ninguém vai ao Pai senão por Ele. Nesta busca da
felicidade, muitos continuam a fugir de si mesmos, insensíveis que se tornam ao
próprio Jesus que bate à porta para entrar e se sentar com eles à mesa, sendo à
mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da vida e se
tomam opções fundamentais...
É por isso que, para
alertar e apontar o caminho, é preciso, como afirma o Papa Francisco “um novo protagonismo de cada um dos batizados. Esta convicção
transforma-se num apelo dirigido a cada cristão para que ninguém renuncie ao
seu compromisso de evangelização, porque, se uma pessoa experimentou
verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de
preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe deem muitas lições
ou longas instruções. Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou
com o amor de Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos «discípulos» e
«missionários», mas sempre que somos «discípulos missionários». Se não
estivermos convencidos disto, olhemos para os primeiros discípulos, que logo
depois de terem conhecido o olhar de Jesus, saíram proclamando cheios de alegria:
«Encontrámos o Messias» (Jo 1, 41). A Samaritana, logo que terminou o seu
diálogo com Jesus, tornou-se missionária, e muitos samaritanos acreditaram em
Jesus «devido às palavras da mulher» (Jo 4, 39). Também São Paulo, depois
do seu encontro com Jesus Cristo, «começou imediatamente a proclamar (…) que
Jesus era o Filho de Deus» (At 9, 20). Porque esperamos nós? Certamente todos somos chamados a crescer como evangelizadores. Devemos
procurar simultaneamente uma melhor formação, um aprofundamento do nosso amor e
um testemunho mais claro do Evangelho. Neste sentido, todos devemos deixar que
os outros nos evangelizem constantemente; isto não significa que devemos
renunciar à missão evangelizadora, mas encontrar o modo de comunicar Jesus que
corresponda à situação em que vivemos. Seja como for, todos somos chamados a
dar aos outros o testemunho explícito do amor salvífico do Senhor, que, sem
olhar às nossas imperfeições, nos oferece a sua proximidade, a sua Palavra, a
sua força, e dá sentido à nossa vida. O teu coração sabe que a vida não é a
mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e
te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição
não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo constante para
não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer” (EG120-121).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 02-07-2021.
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