PARÓQUIAS
DE NISA
Terça-feira,
25 de maio de 2021
Terça da VIII Semana
do tempo comum
LITURGIA
Terça-feira da semana VIII
S.
Beda Venerável, presbítero e doutor da Igreja – MF
S. Gregório VII, papa – MF
S. Maria Madalena de Pazzi, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
L 1 Sir 35, 1-15 (gr. 1-12); Sal 49 (50), 5-6. 7-8. 14 e 23
Ev Mc 10, 28-31
* Na Ordem Beneditina – S. Beda Venerável – MO
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Maria Madalena de
Pazzi, virgem – FESTA e MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Beda
Venerável, presbítero e doutor da Igreja – MO
* Na Congregação das Religiosas de Maria Imaculada – S. Vicenta Maria,
Fundadora da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação Salesiana (Mogofores) – Aniversário da Dedicação da igreja de
Nossa Senhora Auxiliadora – SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
17, 19-20
O Senhor veio em meu auxílio,
livrou-me da angústia e pôs-me em liberdade.
Levou-me para lugar seguro, salvou-me pelo seu amor.
ORAÇÃO COLECTA
Fazei, Senhor,
que os acontecimentos do mundo
decorram para nós segundo os vossos desígnios de paz
e a Igreja Vos possa servir na tranquilidade e na alegria.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Sir 35, 1-15 (gr. 1-12)
«Ser fiel aos mandamentos é um sacrifício de salvação»
Leitura do Livro
de Ben-Sirá
Cumprir a lei equivale a muitas
oferendas, ser fiel aos mandamentos é um sacrifício de salvação. Dar graças é
uma oblação de flor de farinha e a esmola é um sacrifício de louvor. O que mais
agrada ao Senhor é desviar-se do mal, afastar-se da injustiça é um sacrifício
de expiação. Não te apresentes diante do Senhor de mãos vazias, todos estes
sacrifícios se oferecem porque são mandados por Deus. A oferenda do justo
enriquece o altar e o seu agradável perfume sobe à presença do Altíssimo. O
sacrifício do justo é agradável ao Senhor e o seu memorial não será esquecido.
Dá glória ao Senhor com generosidade e não sejas mesquinho nas primícias que
ofereces. Em todas as tuas oferendas mostra um rosto alegre e consagra o dízimo
de boa vontade. Dá ao Altíssimo conforme Ele te deu, com generosidade, segundo
as tuas posses. Porque o Senhor sabe retribuir e te dará sete vezes mais. Não
tentes suborná-l’O com presentes, porque não os aceitará. Nem confies num
sacrifício injusto, porque o Senhor é juiz e não faz aceção de pessoas.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 49 (50), 5-6.7-8.14 e 23 (R. cf. 23b)
Refrão: A quem segue o caminho reto
darei a salvação de Deus. Repete-se
Reuni os meus fiéis,
que selaram a minha aliança com um sacrifício.
– Os céus proclamam a sua justiça:
o próprio Deus vem julgar. Refrão
Ouve, meu povo, que Eu vou falar,
contra ti vou testemunhar:
Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo,
os teus holocaustos estão sempre na minha presença. Refrão
Oferece a Deus sacrifícios de louvor
e cumpre os votos feitos ao Altíssimo.
Honra-Me quem Me oferece um sacrifício de louvor,
a quem segue o caminho recto
darei a salvação de Deus. Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos
os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Mc 10, 28-31
«Recebereis cem vezes mais, já neste mundo, juntamente com perseguições, e, no
mundo futuro, a vida eterna»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Pedro começou a dizer
a Jesus: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir». Jesus respondeu: «Em
verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai,
filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes
mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras,
juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna. Muitos dos
primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que nos concedeis estes dons que Vos oferecemos
e nos atribuís o mérito do oferecimento,
nós Vos suplicamos:
o que nos dais como fonte de mérito
nos obtenha o prémio da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 12, 6
Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez,
exaltarei o nome do Senhor, cantarei hinos ao Altíssimo.
Ou Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados,
concedei-nos, por este sacramento
com que nos alimentais na vida presente,
a comunhão convosco na vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Sir 35, 1-15 (gr. 1-12): Os nossos atos
de culto têm de ser sempre acompanhados de uma vida vivida conforme aos
mandamentos de Deus, e assim toda ela será culto de Deus; os atos religiosos serão
então momentos bem significativos do nosso constante amor a Deus.
Mc 10, 28-31: Numa
linguagem hiperbólica, isto é, aparentemente exagerada, se atendermos apenas às
palavras em si mesmas, Jesus pretende fazer compreender a superioridade
indiscutível do valor da vida de quem O seguir, em comparação com os valores
deste mundo, em si mesmos considerados. A linguagem intencionalmente forte já
por si manifesta como não é fácil de compreender o sentido da vida de quem mais
de perto seguir o Senhor.
AGENDA DO DIA:
15.00 horas: Funeral em
Gáfete
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.30 horas; Oração do terço
em Alpalhão
21.00 horas: Oração do
terço em Nisa.
A VOZ DO
PASTOR:
UMA PRESENÇA DISCRETA MAS EFICAZ
É elegantemente afável. Tem um agir muito próprio. Não fala de si
próprio. Nunca ninguém o ouviu falar. Fala-se muitíssimo dele, é verdade, mas
nunca ninguém o viu. Não se evidencia, vive como se não existisse, em família,
em comunidade, discretamente, como se não existisse. A sua presença, porém,
experimenta-se, vive-se, usufrui-se, produz frutos em abundância, provoca
alegria e paz. São imensuráveis os efeitos da sua atividade, tanto na vida das
pessoas como na história do universo. É muitas vezes designado por vento, fogo,
luz, dom, fonte de água viva... Quem o acolhe e escuta com os ouvidos do
coração não baterá com a cabeça na parede. Isso poderá acontecer a quem não lhe
presta atenção, mesmo quando esse seu agir se manifesta através dum conselho de
alguém. Fazer-lhe ouvidos moucos e agir levianamente, sem avaliar e discernir,
é de loucos, pode fazer partir a cabeça e a parede! Bernard Sesboué diz, e
explica, que assim como a psicologia das profundidades alerta para a
importância do inconsciente na nossa vida, este alguém de quem falamos é, de
alguma forma, o nosso “inconsciente divino”, aquele a quem podemos “causar
desgosto” em nós mesmos porque estamos marcados com o seu selo (Ef 4, 30). O
leitor já descobriu de quem se trata? Pois é, é Ele mesmo!...
Por Ele, Jesus encarnou no seio da Virgem Maria. Em forma de pomba,
desceu sobre Jesus no batismo no Jordão.
No Cenáculo, veio sobre os Apóstolos sob a forma de línguas de fogo.
É-nos apresentado como princípio de atividade, como criador, santificador, consolador,
advogado, Espírito da promessa, Espírito de adoção, Espírito de Cristo,
Espírito do Senhor, Espírito de Deus, Espírito de Verdade, Espírito de glória, Paráclito... É o poder de
Deus que vem, que permanece em Jesus, que distribui os dons de Deus pelas
pessoas, como lhe apraz. O Pai e o Filho têm falado aos homens e falam um com o
outro. Ele não fala, mas deve-se-lhe a eficácia operativa quer à palavra quer
aos sacramentos. O Espírito Santo, Senhor que dá a vida e procede do Pai e do
Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, guarda silêncio, mas um
silêncio ativo e eficaz. Ele inspirou as Escrituras, assiste e dinamiza a
Igreja, enriquece-a, santifica-a, edifica-a com dons e carismas numa variedade
imensa de vocações, ministérios e serviços, sem que a diversidade destrua a
unidade e a comunhão. Atua na liturgia sacramental, intercede por nós na
oração, impulsiona a vida apostólica e missionária. É a alma, o protagonista da
evangelização, manifesta-se no testemunho dos mártires e santos, ilumina na
interpretação da palavra de Deus. Não ensina nada de novo, é verdade, mas
recorda e ajuda a aprofundar o ensinamento de Jesus. Guia os discípulos para a
verdade total e está connosco para sempre, nesta missão invisível de acompanhar
e continuar a missão de Jesus. Mas se não fala, Ele age nas pessoas que falam,
fá-las falar com coragem, inspira-as segundo o pensamento do Pai e do Filho. A
palavra dos profetas é-lhe atribuída. Os Atos dos Apóstolos referem que “Todos
ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o
Espírito lhes inspirava que se exprimissem”. Segundo São Paulo, ao Espírito
Santo se deve a graça de podermos professar a nossa fé, de nos voltarmos para
Deus e lhe chamarmos Pai, de confessarmos que “Jesus é Senhor”. Ele habita no
coração dos crentes, inspira a sua liberdade, com respeito, sem nunca a
violentar, motiva a vontade para falar e agir segundo Deus. Convida à mudança e
à conversão, age na intimidade de cada pessoa, leva-a a descobrir e a reconhecer
a dignidade da natureza humana, a grandeza da inteligência, o valor da
consciência, a excelência da liberdade, individual e alheia. Faz-nos
compreender mais profundamente o que significa ser batizado em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, impele-nos ao apostolado, à participação e à
corresponsabilidade, sem medos, sem preconceitos nem prudências mal entendidas.
É pela sua força que se denuncia com coragem o mal, que angustia e escraviza, e
se anuncia a Palavra de Jesus, que liberta e salva.
Como “Espírito que dá vida e renova a face da terra”, não é monopólio da
Igreja nem de ninguém. Ele age com soberana e universal liberdade, “entra
constantemente na história do mundo através do coração humano; suscita
aspirações e realizações que encarnam valores humanos e, por isso, cristãos;
valores que se apresentam como “sinais” dos desígnios de Deus e chamam a
humanidade a renovar-se em Cristo e a transformar-se em família de Deus (cf.
CEP- Carta Pastoral – O Espírito Santo que dá a vida, 1997, 14).
São Cirilo da
Alexandria, do século IV, deixou-nos uma interessante catequese sobre o
Espirito Santo como fonte de água viva que jorra para a vida eterna. Diz ele:
“Novo género de água esta que vive e jorra; mas jorra apenas sobre os que são
dignos dela. Mas porque é que o Senhor dá o nome de «água» à graça do Espírito?
Certamente porque tudo tem necessidade de água; ela sustenta as ervas e os
animais. A água da chuva cai dos céus; e embora caia sempre do mesmo modo e na
mesma forma, produz efeitos muito variados. Não é, de facto, o mesmo, o efeito
que produz na palmeira e na vide, e assim em todas as coisas, embora a sua
natureza seja sempre a mesma e não possa ser diversa de si própria. Na verdade,
a chuva não se modifica a si mesma em qualquer das suas manifestações; mas, ao
cair sobre a terra, acomoda-se às estruturas dos seres que a recebem, dando a
cada um deles o que necessita. De maneira semelhante, o Espírito Santo,
sendo único, com uma única maneira de ser e indivisível, distribui por cada um
a graça como lhe apraz. E assim como a árvore ressequida, ao receber a água,
produz novos rebentos, assim também a alma pecadora, ao receber do Espírito
Santo o dom do arrependimento, produz frutos de justiça. O Espírito tem um só e
o mesmo modo de ser; mas, por vontade de Deus e pelos méritos de Cristo, produz
efeitos diversos. Serve-se da língua de uns para comunicar o dom da sabedoria;
ilumina a inteligência de outros com o dom da profecia. A este dá-lhe o poder
de expulsar os demónios; àquele concede-lhe o dom de interpretar as divinas
Escrituras. A uns fortalece-os na temperança, a outros ensina-lhes a
misericórdia; a estes inspira a prática do jejum e os exercícios da vida
ascética, àqueles a sabedoria nas coisas temporais; a outros prepara-os para o
martírio. Enfim, manifesta-Se de modo diferente em cada um, mas permanece
sempre igual a Si mesmo, como está escrito: A cada um é dada a
manifestação do Espírito para o bem comum. Branda e suave é a sua aproximação;
benigna e agradável é a sua presença; levíssimo é o seu jugo. A sua vinda é
precedida pelas irradiações resplandecentes da sua luz e da sua ciência. Ele
vem como protetor fraterno: vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar,
fortalecer, consolar, iluminar a alma de quem o recebe, e depois, por meio
desse, a alma dos outros”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 21-05-2021.
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