domingo, 23 de maio de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Segunda, 24 de maio de 2021

 

Segunda da VIII Semana

 

 

LITURGIA

Segunda-feira da semana VIII

Santa Maria, Mãe da Igreja – MO

[Em Moçambique, Festa]
Branco – Ofício da memória (Semana IV do Saltério).
Missa da memória.


L 1 Gen 3, 9-15.20 ou At 1, 12-14; Sal 86 (87), 1-2. 3 e 5. 6-7
Ev Jo 19, 25-34

Onde a segunda-feira depois do Pentecostes é dia de especial afluência de fiéis à Missa, podem tomar-se as leituras do domingo de Pentecostes propostas no Lecionário.

* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Aniversário da Dedicação da Basílica de S. Francisco de Assis – FESTA
* Na Ordem de São Domingos – Transladação de S. Domingos, presbítero – MO; (Na cidade do Porto) – Aniversário da Dedicação da igreja de Cristo-Rei – SOLENIDADE (transferida)
* Na Companhia de Jesus – Nossa Senhora da Estrada – MF
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos, Padroeira secundária da Congregação – MO
* Na Congregação Salesiana – Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira principal da Família Salesiana e Titular das igrejas salesianas de Évora, Lisboa e Mogofores – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira principal do Instituto – SOLENIDADE
* Na Congregação das Religiosas de Maria Imaculada – I Vésp. de S. Vicenta Maria.

:

SANTA MARIA, MÃE DA IGREJA MO  

Segunda-Feira depois do Pentecostes

Nota Histórica

À Virgem Santa Maria foi atribuído o título “Mãe da Igreja”, porque deu à luz a Cabeça da Igreja e se tornou a Mãe dos redimidos quando seu Filho ia morrer na cruz. O papa São Paulo VI confirmou solenemente a mesma designação na alocução aos Padres do Concílio Vaticano II, no dia 21 de Novembro de 1964, e decidiu que todo o povo cristão honrasse, agora ainda mais, com este santíssimo nome, a Mãe de Deus.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Atos 1, 14
Os discípulos perseveravam unidos na oração com Maria, Mãe de Jesus.

ORAÇÃO COLECTA
Deus, Pai de misericórdia,
cujo Filho Unigénito, pregado na cruz,
nos deu a sua própria Mãe,
a Virgem Santa Maria, como nossa Mãe,
fazei que a Igreja, assistida pelo seu amor materno,
exulte com o número e a santidade dos seus filhos
e reúna numa só família todos os povos da terra.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.

LEITURA I Gen 3, 9-15.20
«A mãe de todos os viventes»


Leitura do Livro do Génesis


Depois de Adão ter comido da árvore,
o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?».
Ele respondeu:
«Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim
e, como estava nu, tive medo e escondi-me».
Disse Deus:
«Quem te deu a conhecer que estavas nu?
Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?».
Adão respondeu:
«A mulher que me destes por companheira
deu-me do fruto da árvore e eu comi».
O Senhor Deus perguntou à mulher:
«Que fizeste?»
E a mulher respondeu:
«A serpente enganou-me e eu comi».
Disse então o Senhor Deus à serpente:
«Por teres feito semelhante coisa,
maldita sejas entre todos os animais domésticos
e todos os animais selvagens.
Hás-de rastejar e comer do pó da terra
todos os dias da tua vida.
Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a descendência dela.
Esta há-de atingir-te na cabeça
e tu a atingirás no calcanhar».
O homem deu à sua mulher o nome de ‘Eva’,
porque ela foi a mãe de todos os viventes.


Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA I Atos 1, 12-14
«Perseveravam unidos na oração, com Maria, Mãe de Jesus»


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Depois de Jesus ter subido ao Céu,
os Apóstolos voltaram para Jerusalém,
descendo o monte chamado das Oliveiras,
que fica perto de Jerusalém,
à distância de uma caminhada de sábado.
Quando chegaram à cidade, subiram para a sala de cima,
onde se encontravam habitualmente.
Estavam lá Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé,
Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu,
Simão, o Zeloso, e Judas, irmão de Tiago.
Todos estes perseveravam unidos em oração,
em companhia de algumas mulheres,
entre as quais Maria, Mãe de Jesus.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 86 (87), 1-2. 3 e 5.6-7 (R. 3)
Refrão: Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.

O Senhor ama a cidade,
por Ele fundada sobre os montes santos;
ama as portas de Sião
mais que todas as moradas de Jacob.
Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.

E dir-se-á em Sião: «Todos lá nasceram,
o próprio Altíssimo a consolidou».
O Senhor escreverá no registo dos povos:
«Este nasceu em Sião».
E irão dançando e cantando:
«Todas as minhas fontes estão em ti».


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Oh ditosa Virgem, que destes à luz o Senhor;
oh admirável Mãe da Igreja,
que reavivais em nós
o Espírito do vosso Filho, Jesus Cristo! Refrão


EVANGELHO Jo 19, 25-27
«Eis o teu filho...Eis a tua Mãe»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo,
estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, as nossas oferendas
e transformai-as em sacramento de salvação,
pelo qual nos confiemos mais fervorosamente
ao amor da Virgem Santa Maria, Mãe da Igreja,
e colaboremos com maior diligência na obra da redenção.
Por Nosso Senhor.


Prefácio de Nossa Senhora III [Maria, Mãe da Igreja]:

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
e exaltar a vossa infinita bondade
ao celebrarmos a festa [memória] da Virgem Santa Maria.
Recebendo o vosso Verbo em seu coração imaculado,
Ela mereceu concebê-l’O em seu seio virginal
e, dando à luz o Criador do universo,
preparou o nascimento da Igreja.
Junto à cruz, aceitou o testamento da caridade divina
e recebeu todos os homens como seus filhos,
pela morte de Cristo gerados para a vida eterna.
Enquanto esperava, com os Apóstolos,
a vinda do Espírito Santo,
associando-se às preces dos discípulos,
tornou-se modelo admirável da Igreja em oração.
Elevada à glória do céu,
assiste com amor materno
a Igreja ainda peregrina sobre a terra,
protegendo misericordiosamente os seus passos
a caminho da pátria celeste,
enquanto espera a vinda gloriosa do Senhor.
Por isso, com os Anjos e os Santos,
proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:

Santo, Santo, Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 2, 1.11
Celebraram-se umas bodas em Caná da Galileia
e estava lá a Mãe de Jesus.
Ali o Senhor deu início aos seus milagres,
manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele.

Ou cf. Jo 19, 26-27
Suspenso na cruz, Jesus disse ao discípulo: Eis a tua Mãe.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste admirável sacramento
nos destes o penhor da redenção e da vida,
fazei que a vossa Igreja,
com o auxílio materno da Virgem Santa Maria,
leve a todos os povos o anúncio do Evangelho
e renove a face da terra com os dons do vosso Espírito.
Por Nosso Senhor.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra

 

LEITURAS:


AGENDA DO DIA:

 

16.00 horas: Funeral em Nisa

 

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

UMA PRESENÇA DISCRETA MAS EFICAZ

 

 

É elegantemente afável. Tem um agir muito próprio. Não fala de si próprio. Nunca ninguém o ouviu falar. Fala-se muitíssimo dele, é verdade, mas nunca ninguém o viu. Não se evidencia, vive como se não existisse, em família, em comunidade, discretamente, como se não existisse. A sua presença, porém, experimenta-se, vive-se, usufrui-se, produz frutos em abundância, provoca alegria e paz. São imensuráveis os efeitos da sua atividade, tanto na vida das pessoas como na história do universo. É muitas vezes designado por vento, fogo, luz, dom, fonte de água viva... Quem o acolhe e escuta com os ouvidos do coração não baterá com a cabeça na parede. Isso poderá acontecer a quem não lhe presta atenção, mesmo quando esse seu agir se manifesta através dum conselho de alguém. Fazer-lhe ouvidos moucos e agir levianamente, sem avaliar e discernir, é de loucos, pode fazer partir a cabeça e a parede! Bernard Sesboué diz, e explica, que assim como a psicologia das profundidades alerta para a importância do inconsciente na nossa vida, este alguém de quem falamos é, de alguma forma, o nosso “inconsciente divino”, aquele a quem podemos “causar desgosto” em nós mesmos porque estamos marcados com o seu selo (Ef 4, 30). O leitor já descobriu de quem se trata? Pois é, é Ele mesmo!...

 

Por Ele, Jesus encarnou no seio da Virgem Maria. Em forma de pomba, desceu sobre Jesus no batismo no Jordão.  No Cenáculo, veio sobre os Apóstolos sob a forma de línguas de fogo. É-nos apresentado como princípio de atividade, como criador, santificador, consolador, advogado, Espírito da promessa, Espírito de adoção, Espírito de Cristo, Espírito do Senhor, Espírito de Deus, Espírito de Verdade,  Espírito de glória, Paráclito... É o poder de Deus que vem, que permanece em Jesus, que distribui os dons de Deus pelas pessoas, como lhe apraz. O Pai e o Filho têm falado aos homens e falam um com o outro. Ele não fala, mas deve-se-lhe a eficácia operativa quer à palavra quer aos sacramentos. O Espírito Santo, Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, guarda silêncio, mas um silêncio ativo e eficaz. Ele inspirou as Escrituras, assiste e dinamiza a Igreja, enriquece-a, santifica-a, edifica-a com dons e carismas numa variedade imensa de vocações, ministérios e serviços, sem que a diversidade destrua a unidade e a comunhão. Atua na liturgia sacramental, intercede por nós na oração, impulsiona a vida apostólica e missionária. É a alma, o protagonista da evangelização, manifesta-se no testemunho dos mártires e santos, ilumina na interpretação da palavra de Deus. Não ensina nada de novo, é verdade, mas recorda e ajuda a aprofundar o ensinamento de Jesus. Guia os discípulos para a verdade total e está connosco para sempre, nesta missão invisível de acompanhar e continuar a missão de Jesus. Mas se não fala, Ele age nas pessoas que falam, fá-las falar com coragem, inspira-as segundo o pensamento do Pai e do Filho. A palavra dos profetas é-lhe atribuída. Os Atos dos Apóstolos referem que “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem”. Segundo São Paulo, ao Espírito Santo se deve a graça de podermos professar a nossa fé, de nos voltarmos para Deus e lhe chamarmos Pai, de confessarmos que “Jesus é Senhor”. Ele habita no coração dos crentes, inspira a sua liberdade, com respeito, sem nunca a violentar, motiva a vontade para falar e agir segundo Deus. Convida à mudança e à conversão, age na intimidade de cada pessoa, leva-a a descobrir e a reconhecer a dignidade da natureza humana, a grandeza da inteligência, o valor da consciência, a excelência da liberdade, individual e alheia. Faz-nos compreender mais profundamente o que significa ser batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, impele-nos ao apostolado, à participação e à corresponsabilidade, sem medos, sem preconceitos nem prudências mal entendidas. É pela sua força que se denuncia com coragem o mal, que angustia e escraviza, e se anuncia a Palavra de Jesus, que liberta e salva.

 

Como “Espírito que dá vida e renova a face da terra”, não é monopólio da Igreja nem de ninguém. Ele age com soberana e universal liberdade, “entra constantemente na história do mundo através do coração humano; suscita aspirações e realizações que encarnam valores humanos e, por isso, cristãos; valores que se apresentam como “sinais” dos desígnios de Deus e chamam a humanidade a renovar-se em Cristo e a transformar-se em família de Deus (cf. CEP- Carta Pastoral – O Espírito Santo que dá a vida, 1997, 14).

 

São Cirilo da Alexandria, do século IV, deixou-nos uma interessante catequese sobre o Espirito Santo como fonte de água viva que jorra para a vida eterna. Diz ele: “Novo género de água esta que vive e jorra; mas jorra apenas sobre os que são dignos dela. Mas porque é que o Senhor dá o nome de «água» à graça do Espírito? Certamente porque tudo tem necessidade de água; ela sustenta as ervas e os animais. A água da chuva cai dos céus; e embora caia sempre do mesmo modo e na mesma forma, produz efeitos muito variados. Não é, de facto, o mesmo, o efeito que produz na palmeira e na vide, e assim em todas as coisas, embora a sua natureza seja sempre a mesma e não possa ser diversa de si própria. Na verdade, a chuva não se modifica a si mesma em qualquer das suas manifestações; mas, ao cair sobre a terra, acomoda-se às estruturas dos seres que a recebem, dando a cada um deles o que necessita. De maneira semelhante, o Espírito Santo, sendo único, com uma única maneira de ser e indivisível, distribui por cada um a graça como lhe apraz. E assim como a árvore ressequida, ao receber a água, produz novos rebentos, assim também a alma pecadora, ao receber do Espírito Santo o dom do arrependimento, produz frutos de justiça. O Espírito tem um só e o mesmo modo de ser; mas, por vontade de Deus e pelos méritos de Cristo, produz efeitos diversos. Serve-se da língua de uns para comunicar o dom da sabedoria; ilumina a inteligência de outros com o dom da profecia. A este dá-lhe o poder de expulsar os demónios; àquele concede-lhe o dom de interpretar as divinas Escrituras. A uns fortalece-os na temperança, a outros ensina-lhes a misericórdia; a estes inspira a prática do jejum e os exercícios da vida ascética, àqueles a sabedoria nas coisas temporais; a outros prepara-os para o martírio. Enfim, manifesta-Se de modo diferente em cada um, mas permanece sempre igual a Si mesmo, como está escrito: A cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum. Branda e suave é a sua aproximação; benigna e agradável é a sua presença; levíssimo é o seu jugo. A sua vinda é precedida pelas irradiações resplandecentes da sua luz e da sua ciência. Ele vem como protetor fraterno: vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar a alma de quem o recebe, e depois, por meio desse, a alma dos outros”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 21-05-2021.

 

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