PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta,
19 de maio de 2021
Quarta-feira da semana
VII
LITURGIA
Quarta-feira
da semana VII
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal ou da Ascensão.
L 1 At 20, 28-38; Sal 67 (68), 29-30. 33-35a. 35b-36c
Ev Jo 17, 11b-19
* Na Ordem Agostiniana – Bb. Clemente de Osimo e Agostinho de Tarano,
presbíteros – MO
* Na Ordem Beneditina – S. Celestino, papa e eremita – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Crispim de Viterbo, religioso, da
I Ordem – MO
* Na Congregação das Irmãs Dominicanas da Anunciata – B. Francisco Coll e
Guitar, presbítero, Fundador da Congregação – FESTA
* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – B.
Rafael Luís Rafiringa, religioso – MF
* Na Congregação Salesiana – (Évora) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da
igreja de Nossa Senhora Auxiliadora.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 46,
2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade, concedei propício à vossa Igreja que, reunida pelo
Espírito Santo, se dedique totalmente ao vosso serviço e realize a vossa
vontade num só coração e numa só alma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 20, 28-38
«Entrego-vos a Deus,
que pode construir o edifício espiritual e conceder-vos a herança»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, disse Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso: «Tende cuidado
convosco e com todo o rebanho, do qual o Espírito Santo vos constituiu
vigilantes para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o sangue
do seu próprio Filho. Eu sei que, depois da minha partida, se hão de introduzir
entre vós lobos devoradores que não pouparão o rebanho. De entre vós mesmos se
hão de erguer homens com palavras perversas, para arrastarem os discípulos
atrás de si. Por isso, sede vigilantes e lembrai-vos que, durante três anos,
noite e dia, não cessei de exortar com lágrimas cada um de vós. Agora entrego-
vos a Deus e à palavra da sua graça, que tem o poder de construir o edifício e
conceder a herança a todos os santificados. Não desejei prata, ouro ou
vestuário de ninguém. Vós próprios sabeis que estas mãos proveram às minhas
necessidades e às dos meus companheiros. Em tudo vos mostrei que é trabalhando
assim que devemos acudir aos mais fracos; e recordo-vos as palavras do Senhor
Jesus: ‘Há mais felicidade em dar do que em receber’». Dito isto, Paulo pôs-se
de joelhos e orou com eles. Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço
de Paulo, começaram a abraçá-lo, consternados sobretudo por ele lhes ter dito
que não mais tornariam a ver o seu rosto. Em seguida, acompanharam-no até ao
barco.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 67 (68),
29-30.33-35a.35b-36c (R. 33a ou
Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Mostrai, Senhor, o vosso poder,
confirmai o que por nós fizestes.
No vosso templo, em Jerusalém,
os reis vos oferecem presentes. Refrão
Reinos da terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor,
a Ele que avança pelos céus altíssimos
e faz ouvir a sua voz poderosa. Refrão
Sobre Israel resplandece a sua majestade
e nas nuvens está o seu poder.
O Deus de Israel dá força e poder ao seu povo.
Bendito seja Deus. Refrão
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade:
santificai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO Jo 17, 11b-19
«Para que sejam um como Nós»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo,
guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós. Quando
Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e
nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a
Escritura. Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em
si mesmos a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra e o mundo
odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo. Não peço que os
tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não
sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade. Assim como Tu
Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. Eu consagro-Me por eles,
para que também eles sejam consagrados na verdade».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício que Vós mesmo nos mandastes oferecer, e, por
estes sagrados mistérios que celebramos, confirmai em nós a obra da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
Prefácio pascal ou da
Ascensão
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 15, 26-27
Quando vier o Consolador, que Eu vos enviarei,
o Espírito da verdade, que procede do Pai,
Ele dará testemunho de Mim, diz o Senhor.
E vós também dareis testemunho. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a comunhão deste divino sacramento aumente em nós a vossa
graça nos purifique de todo o pecado e nos torne cada vez mais dignos de tão
grande benefício. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 20, 28-38: Continua
o discurso de despedida de S. Paulo, ontem começado. Às recomendações para o
presente juntam-se as perspetivas do futuro, não de todo otimistas; mas o poder
da graça de Deus construirá o que os homens não conseguirem evitar que seja
destruído. A saudade domina a hora da despedida. E Paulo sabia senti-la! Mas
partiu, julgando não os voltar a ver. De facto, voltou!
Jo 17, 11b-19: Jesus
pede a graça da unidade para os seus discípulos. Ele é Um com o pai, e veio ao
mundo para revelar aos homens o Pai, para que os homens comunguem na própria
vida do Pai, junto de quem Ele é Medianeiro. A unidade é, por isso, a comunhão
de vida que existe entre o Pai e o Filho, e que, pelo Filho, vem até aos
homens. Os que chegarem ao conhecimento do Pai pela palavra do Filho entrarão
na unidade com Deus, se se deixarem consagrar por essa palavra de verdade que o
Filho lhes revela.
AGENDA DO DIA:
17.00
horas: Missa em Gáfete
18.00
horas: Missa em Tolosa
18.00
horas: Missa em Nisa
18.30
horas: Oração do terço em Alpalhão
21.00
horas: Oração do terço em Nisa.
A VOZ DO
PASTOR:
“VEM
E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA
Dia Internacional da Família,
Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, Solenidade da
Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição acompanhou a mudança do
Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o Domingo da Ascensão! Todos
estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é correr o risco de não falar
de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial dos Meios da
Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de eloquência vazia que
abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública, inclusive entre nós,
comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou piropo, o Papa cita um
dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma infinidade de nadas. As suas
razões são dois grãos de trigo perdidos em dois feixes de palha. Têm-se de
procurar o dia todo para os achar, e, quando se encontram, não valem a
procura».
Como a vida não
permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos,
discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma
grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei
pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria
no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os
discípulos, enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração,
de olhar fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de
branco, que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”.
Esse Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E
“voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).
A Ressurreição e a
Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os
discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz
acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não
podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham
visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova
que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher,
despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do
tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário
de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização,
incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez
história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos
da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados.
Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e
transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e
atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco:
“Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que
o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma
separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no
meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força
verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa
ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos
da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados pela
Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de
revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os
ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há
progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de
coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao
próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é
para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora,
sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua
a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi
anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma
grande alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor
eterno para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e
povos” (Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos
como comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria
vida será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a
comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e
encontro, a sociedade será melhor.
O Papa, para
desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no
Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão
para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na
redação dum jornal, no mundo da web,
ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a
informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das
agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos
sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os
próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem
anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã
primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando
João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João
Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe
onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles
foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que
jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro
horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto
Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante
esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E
acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um
conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem
e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação
mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar,
permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu
testemunho chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender,
experimentando-as. Na
verdade, não se comunica só com as palavras, mas também com os olhos, o tom da
voz, os gestos. O intenso fascínio de Jesus sobre quem O encontrava dependia da
verdade da sua pregação, mas a eficácia daquilo que dizia era inseparável do
seu olhar, das suas atitudes e até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).
Ao longo dos tempos,
muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e
vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração
a coração, o que viu e experimentou.
A Evangelii Gaudium
refere: “Hoje que a Igreja deseja viver
uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a
todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se
encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal
que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um
missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição
permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente
em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho. Nesta pregação,
sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo pessoal, no qual a
outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as
preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que enchem o coração”
(EG127-128).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021
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