terça-feira, 18 de maio de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Quarta, 19 de maio de 2021

 

Quarta-feira da semana VII

 

 

LITURGIA


Quarta-feira da semana VII

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal ou da Ascensão.

L 1 At 20, 28-38; Sal 67 (68), 29-30. 33-35a. 35b-36c
Ev Jo 17, 11b-19

* Na Ordem Agostiniana – Bb. Clemente de Osimo e Agostinho de Tarano, presbíteros – MO
* Na Ordem Beneditina – S. Celestino, papa e eremita – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Crispim de Viterbo, religioso, da I Ordem – MO
* Na Congregação das Irmãs Dominicanas da Anunciata – B. Francisco Coll e Guitar, presbítero, Fundador da Congregação – FESTA
* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – B. Rafael Luís Rafiringa, religioso – MF
* Na Congregação Salesiana – (Évora) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade, concedei propício à vossa Igreja que, reunida pelo Espírito Santo, se dedique totalmente ao vosso serviço e realize a vossa vontade num só coração e numa só alma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 20, 28-38
«Entrego-vos a Deus,
que pode construir o edifício espiritual e conceder-vos a herança»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

 
Naqueles dias, disse Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso: «Tende cuidado convosco e com todo o rebanho, do qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. Eu sei que, depois da minha partida, se hão de introduzir entre vós lobos devoradores que não pouparão o rebanho. De entre vós mesmos se hão de erguer homens com palavras perversas, para arrastarem os discípulos atrás de si. Por isso, sede vigilantes e lembrai-vos que, durante três anos, noite e dia, não cessei de exortar com lágrimas cada um de vós. Agora entrego- vos a Deus e à palavra da sua graça, que tem o poder de construir o edifício e conceder a herança a todos os santificados. Não desejei prata, ouro ou vestuário de ninguém. Vós próprios sabeis que estas mãos proveram às minhas necessidades e às dos meus companheiros. Em tudo vos mostrei que é trabalhando assim que devemos acudir aos mais fracos; e recordo-vos as palavras do Senhor Jesus: ‘Há mais felicidade em dar do que em receber’». Dito isto, Paulo pôs-se de joelhos e orou com eles. Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram a abraçá-lo, consternados sobretudo por ele lhes ter dito que não mais tornariam a ver o seu rosto. Em seguida, acompanharam-no até ao barco.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL
Salmo 67 (68), 29-30.33-35a.35b-36c (R. 33a ou Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Mostrai, Senhor, o vosso poder,
confirmai o que por nós fizestes.
No vosso templo, em Jerusalém,
os reis vos oferecem presentes. Refrão

Reinos da terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor,
a Ele que avança pelos céus altíssimos
e faz ouvir a sua voz poderosa. Refrão

Sobre Israel resplandece a sua majestade
e nas nuvens está o seu poder.
O Deus de Israel dá força e poder ao seu povo.
Bendito seja Deus. Refrão


ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia Repete-se

A vossa palavra, Senhor, é a verdade:
santificai-nos na verdade. Refrão


EVANGELHO Jo 17, 11b-19
«Para que sejam um como Nós»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

 
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós. Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura. Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício que Vós mesmo nos mandastes oferecer, e, por estes sagrados mistérios que celebramos, confirmai em nós a obra da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal ou da Ascensão


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 15, 26-27
Quando vier o Consolador, que Eu vos enviarei,
o Espírito da verdade, que procede do Pai,
Ele dará testemunho de Mim, diz o Senhor.
E vós também dareis testemunho. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a comunhão deste divino sacramento aumente em nós a vossa graça nos purifique de todo o pecado e nos torne cada vez mais dignos de tão grande benefício. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Atos 20, 28-38: Continua o discurso de despedida de S. Paulo, ontem começado. Às recomendações para o presente juntam-se as perspetivas do futuro, não de todo otimistas; mas o poder da graça de Deus construirá o que os homens não conseguirem evitar que seja destruído. A saudade domina a hora da despedida. E Paulo sabia senti-la! Mas partiu, julgando não os voltar a ver. De facto, voltou!

Jo 17, 11b-19: Jesus pede a graça da unidade para os seus discípulos. Ele é Um com o pai, e veio ao mundo para revelar aos homens o Pai, para que os homens comunguem na própria vida do Pai, junto de quem Ele é Medianeiro. A unidade é, por isso, a comunhão de vida que existe entre o Pai e o Filho, e que, pelo Filho, vem até aos homens. Os que chegarem ao conhecimento do Pai pela palavra do Filho entrarão na unidade com Deus, se se deixarem consagrar por essa palavra de verdade que o Filho lhes revela.


AGENDA DO DIA:

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Tolosa

18.00 horas: Missa em Nisa

18.30 horas: Oração do terço em Alpalhão

21.00 horas: Oração do terço em Nisa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

“VEM E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA

 

Dia Internacional da Família, Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição acompanhou a mudança do Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o Domingo da Ascensão! Todos estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é correr o risco de não falar de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial dos Meios da Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de eloquência vazia que abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública, inclusive entre nós, comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou piropo, o Papa cita um dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma infinidade de nadas. As suas razões são dois grãos de trigo perdidos em dois feixes de palha. Têm-se de procurar o dia todo para os achar, e, quando se encontram, não valem a procura».

 

Como a vida não permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos, discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os discípulos, enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração, de olhar fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”. Esse Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E “voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).

 

A Ressurreição e a Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher, despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização, incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados. Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco: “Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados pela Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua  a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor eterno para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos” (Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos como comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria vida será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e encontro, a sociedade será melhor.

 

O Papa, para desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na redação dum jornal, no mundo da web, ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe  onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar, permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu testemunho chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender, experimentando-as. Na verdade, não se comunica só com as palavras, mas também com os olhos, o tom da voz, os gestos. O intenso fascínio de Jesus sobre quem O encontrava dependia da verdade da sua pregação, mas a eficácia daquilo que dizia era inseparável do seu olhar, das suas atitudes e até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).

 

Ao longo dos tempos, muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração a coração, o que viu e experimentou.

 

A Evangelii Gaudium refere: “Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho. Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que enchem o coração” (EG127-128).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021

 

 

 

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