PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta, 21
de maio de 2021
Sexta-feira da semana
VII
LITURGIA
Sexta-feira
da semana VII
SS. Cristóvão Magallanes, presbítero,
e Companheiros, mártires – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou da Ascensão.
L 1 At 25, 13b-21; Sal 102 (103), 1-2. 11-12. 19-20ab
Ev Jo 21, 15-19
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Augusto César Alves Ferreira da
Silva, Bispo Emérito de Portalegre-Castelo Branco (1972).
* Na Ordem de São Domingos – B. Jacinto Maria Cormier – MF
* Na Diocese de Angra – I Vésp. do B. João Batista Machado.
* Na Arquidiocese de Évora (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja
Catedral.
* Na Congregação das Beneditinas da Rainha dos Apóstolos – I Vésp. de Nossa
Senhora, Rainha dos Apóstolos.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. de Nossa Senhora,
Rainha dos Apóstolos.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 1, 5-6
Cristo amou-nos e purificou-nos dos nossos pecados pelo seu Sanguee fez de nós
um reino de sacerdotes para Deus seu Pai. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus, que, pela glorificação do vosso Filho e pela vinda do Espírito
Santo, nos abristes as portas da vida eterna, concedei que, pela participação
de tão grandes dons, sejamos mais dedicados ao vosso serviço e vivamos mais
plenamente as riquezas da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é
Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 25, 13b-21
«Jesus que morreu e que Paulo afirma estar vivo»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, o rei Agripa e Berenice
chegaram a Cesareia e foram apresentar cumprimentos ao governador Festo. Como
se demoraram ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Há
aqui um homem, que Félix deixou preso, e contra o qual, estando eu em
Jerusalém, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram
queixa, pedindo a sua condenação. Respondi-lhes que não era costume dos romanos
conceder a entrega de qualquer homem, antes de o réu ter na sua frente os
acusadores e poder defender-se da acusação. Vieram então aqui a Cesareia e, sem
mais demoras, logo no dia seguinte, sentei-me no tribunal e mandei comparecer o
homem. Postos frente a frente, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes de
que eu suspeitava. Só tinham com ele discussões acerca da sua religião e
especialmente a respeito de um certo Jesus que morreu e que Paulo afirma estar
vivo. Eu fiquei embaraçado perante um debate deste género e perguntei-lhe se
queria ir a Jerusalém, para lá ser julgado. Mas como Paulo apelou, para que a
sua causa fosse decidida pelo imperador, mandei que o conservassem preso, até o
enviar a César».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 102 (103), 1-2.11-12.19-20ab (R. l9a ou
Aleluia)
Refrão: O Senhor tem no Céu o trono da
sua glória. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão
Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia
para os que O temem.
Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados. Refrão
O Senhor fixou no Céu o seu trono
e o seu reino estende-se sobre o universo.
Bendizei o Senhor, todos os seus Anjos,
poderosos executores das suas ordens. Refrão
ALELUIA Jo 14, 26
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Refrão
EVANGELHO Jo 21, 15-19
«Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades,
depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu
mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». Voltou a perguntar-lhe segunda
vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu
sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro
entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e
respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus:
«Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais
novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho,
estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». Jesus
disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a
Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para a oblação do vosso povo e fazei que a vinda do
Espírito Santo purifique as nossas consciências e Vos torne agradável este
sacrifício. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal ou da Ascensão
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 16, 13
Quando vier o Espírito da verdade, diz o Senhor,
Ele vos ensinará toda a verdade. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que nos purificais e alimentais com os santos mistérios,
concedei-nos que o alimento de Vós recebido seja para nós fonte de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Atos 25, 13b-21: De
Jerusalém, Paulo foi levado, prisioneiro, para Cesareia marítima. Depois de
muitas reuniões tanto de judeus como de romanos, em que aqueles não cessaram de
acusar Paulo, compareceu este perante o rei Agripa, de passagem em Cesareia, e
a quem o governador Festo resume a história de Paulo numa frase lapidar, cujo
sentido ele evidentemente não alcançava, mas que resume toda a fé cristã:
“Jesus, que morreu e que Paulo afirma estar vivo”. Desta fé, dá Paulo, agora
ali, testemunho em plena sala de audiência do tribunal, antes de o dar noutro
tribunal de César, em Roma, para onde apelara.
Jo 21, 15-19: As
leituras de hoje e de amanhã são o epílogo do Evangelho de S. João, e
referem-se a Pedro e a João. Hoje, Jesus confia a Pedro a missão de Pastor
supremo da Igreja. E fá-lo depois de três vezes lhe ter pedido uma profissão de
amor, certamente em resposta à tríplice negação que ele fizera durante a
paixão. Esta profissão de amor será feita, primeiro, com a palavra, mais tarde,
será selada com o próprio sangue.
AGENDA DO DIA:
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.30
horas: Oração do terço em Alpalhão
21.00
horas: Oração do terço em Nisa.
A VOZ DO
PASTOR:
“VEM
E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA
Dia Internacional da
Família, Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social,
Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição
acompanhou a mudança do Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o
Domingo da Ascensão! Todos estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é
correr o risco de não falar de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia
Mundial dos Meios da Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de
eloquência vazia que abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública,
inclusive entre nós, comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou
piropo, o Papa cita um dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma
infinidade de nadas. As suas razões são dois grãos de trigo perdidos em dois
feixes de palha. Têm-se de procurar o dia todo para os achar, e, quando se
encontram, não valem a procura».
Como a vida não
permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos,
discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma
grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei
pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria
no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os
discípulos, enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração,
de olhar fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de
branco, que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”.
Esse Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E
“voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).
A Ressurreição e a
Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os
discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz
acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não
podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham
visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova
que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher,
despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do
tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário
de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização,
incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez
história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos
da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados.
Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e
transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e
atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco:
“Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que
o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma
separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no
meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força
verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa
ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos
da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados
pela Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de
revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os
ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há
progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de
coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao
próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é
para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora,
sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua
a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi
anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma
grande alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor
eterno para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e
povos” (Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos
como comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria
vida será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a
comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e
encontro, a sociedade será melhor.
O Papa, para
desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no
Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão
para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na
redação dum jornal, no mundo da web,
ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a
informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das
agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos
sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os
próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem
anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã
primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando
João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João
Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe
onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles
foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que
jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro
horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto
Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante
esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E
acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um
conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem
e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação
mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar,
permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu
testemunho chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender,
experimentando-as. Na
verdade, não se comunica só com as palavras, mas também com os olhos, o tom da
voz, os gestos. O intenso fascínio de Jesus sobre quem O encontrava dependia da
verdade da sua pregação, mas a eficácia daquilo que dizia era inseparável do
seu olhar, das suas atitudes e até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).
Ao longo dos tempos,
muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e
vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração
a coração, o que viu e experimentou.
A Evangelii
Gaudium refere: “Hoje que a Igreja
deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que
nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas
com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a
pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que
realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a
disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede
espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho.
Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo
pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas
esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que
enchem o coração” (EG127-128).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021
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