quinta-feira, 20 de maio de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Sexta, 21 de maio de 2021

 

Sexta-feira da semana VII

 

 

LITURGIA

Sexta-feira da semana VII

SS. Cristóvão Magallanes, presbítero,
e Companheiros, mártires
– MF

Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou da Ascensão.

L 1 At 25, 13b-21; Sal 102 (103), 1-2. 11-12. 19-20ab
Ev Jo 21, 15-19

* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Augusto César Alves Ferreira da Silva, Bispo Emérito de Portalegre-Castelo Branco (1972).
* Na Ordem de São Domingos – B. Jacinto Maria Cormier – MF
* Na Diocese de Angra – I Vésp. do B. João Batista Machado.
* Na Arquidiocese de Évora (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Congregação das Beneditinas da Rainha dos Apóstolos – I Vésp. de Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. de Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos.

 

 MISSA

 
ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 1, 5-6
Cristo amou-nos e purificou-nos dos nossos pecados pelo seu Sanguee fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus, que, pela glorificação do vosso Filho e pela vinda do Espírito Santo, nos abristes as portas da vida eterna, concedei que, pela participação de tão grandes dons, sejamos mais dedicados ao vosso serviço e vivamos mais plenamente as riquezas da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 25, 13b-21
«Jesus que morreu e que Paulo afirma estar vivo»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

 Naqueles dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar cumprimentos ao governador Festo. Como se demoraram ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Há aqui um homem, que Félix deixou preso, e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação. Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de qualquer homem, antes de o réu ter na sua frente os acusadores e poder defender-se da acusação. Vieram então aqui a Cesareia e, sem mais demoras, logo no dia seguinte, sentei-me no tribunal e mandei comparecer o homem. Postos frente a frente, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes de que eu suspeitava. Só tinham com ele discussões acerca da sua religião e especialmente a respeito de um certo Jesus que morreu e que Paulo afirma estar vivo. Eu fiquei embaraçado perante um debate deste género e perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém, para lá ser julgado. Mas como Paulo apelou, para que a sua causa fosse decidida pelo imperador, mandei que o conservassem preso, até o enviar a César».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 102 (103), 1-2.11-12.19-20ab (R. l9a ou Aleluia)
Refrão: O Senhor tem no Céu o trono da sua glória. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão

Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia
para os que O temem.
Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados. Refrão

O Senhor fixou no Céu o seu trono
e o seu reino estende-se sobre o universo.
Bendizei o Senhor, todos os seus Anjos,
poderosos executores das suas ordens. Refrão


ALELUIA Jo 14, 26
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Refrão


EVANGELHO Jo 21, 15-19
«Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas
»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

 
Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas». Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para a oblação do vosso povo e fazei que a vinda do Espírito Santo purifique as nossas consciências e Vos torne agradável este sacrifício. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal ou da Ascensão


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 16, 13
Quando vier o Espírito da verdade, diz o Senhor,
Ele vos ensinará toda a verdade. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que nos purificais e alimentais com os santos mistérios, concedei-nos que o alimento de Vós recebido seja para nós fonte de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra

 

LEITURAS: Atos 25, 13b-21: De Jerusalém, Paulo foi levado, prisioneiro, para Cesareia marítima. Depois de muitas reuniões tanto de judeus como de romanos, em que aqueles não cessaram de acusar Paulo, compareceu este perante o rei Agripa, de passagem em Cesareia, e a quem o governador Festo resume a história de Paulo numa frase lapidar, cujo sentido ele evidentemente não alcançava, mas que resume toda a fé cristã: “Jesus, que morreu e que Paulo afirma estar vivo”. Desta fé, dá Paulo, agora ali, testemunho em plena sala de audiência do tribunal, antes de o dar noutro tribunal de César, em Roma, para onde apelara.

Jo 21, 15-19: As leituras de hoje e de amanhã são o epílogo do Evangelho de S. João, e referem-se a Pedro e a João. Hoje, Jesus confia a Pedro a missão de Pastor supremo da Igreja. E fá-lo depois de três vezes lhe ter pedido uma profissão de amor, certamente em resposta à tríplice negação que ele fizera durante a paixão. Esta profissão de amor será feita, primeiro, com a palavra, mais tarde, será selada com o próprio sangue.


AGENDA DO DIA:

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.30 horas: Oração do terço em Alpalhão

21.00 horas: Oração do terço em Nisa.

 

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

“VEM E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA

 

Dia Internacional da Família, Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição acompanhou a mudança do Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o Domingo da Ascensão! Todos estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é correr o risco de não falar de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial dos Meios da Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de eloquência vazia que abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública, inclusive entre nós, comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou piropo, o Papa cita um dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma infinidade de nadas. As suas razões são dois grãos de trigo perdidos em dois feixes de palha. Têm-se de procurar o dia todo para os achar, e, quando se encontram, não valem a procura».

 

Como a vida não permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos, discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os discípulos, enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração, de olhar fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”. Esse Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E “voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).

 

A Ressurreição e a Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher, despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização, incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados. Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco: “Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados pela Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua  a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor eterno para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos” (Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos como comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria vida será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e encontro, a sociedade será melhor.

 

O Papa, para desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na redação dum jornal, no mundo da web, ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe  onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar, permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu testemunho chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender, experimentando-as. Na verdade, não se comunica só com as palavras, mas também com os olhos, o tom da voz, os gestos. O intenso fascínio de Jesus sobre quem O encontrava dependia da verdade da sua pregação, mas a eficácia daquilo que dizia era inseparável do seu olhar, das suas atitudes e até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).

 

Ao longo dos tempos, muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração a coração, o que viu e experimentou.

 

A Evangelii Gaudium refere: “Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho. Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que enchem o coração” (EG127-128).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021

 

 

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário