PARÓQUIAS DE NISA
Terça - feira, 11 de maio de 2021
VI semana da Páscoa
LITURGIA
Terça-feira da semana VI
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 At 16, 22-34; Sal 137 (138), 1-2a.
2bc-3. 7c-8
Ev Jo 16, 5-11
* Na Ordem Beneditina – SS. Odo, Máiolo, Odilão e Hugo, e B. Pedro o Venerável,
abades de Cluni – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – SS. Odo,
Maiolo, Odilão, Hugo e B. Pedro o Venerável, abades de Cluny – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Inácio de Láconi, religioso, da I
Ordem – MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – B. Joana de Portugal – MF; S. Nereu e
S. Aquileu – MF; S. Pancrácio – MF
* Na Diocese de Aveiro (Cidade de Aveiro) – I Vésp. de B. Joana de Portugal.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Ap 19, 7.9
Exultemos de alegria e dêmos glória a Deus,
porque o Senhor reina eternamente. Aleluia.
ORAÇÃO
COLECTA
Exulte sempre o vosso povo, Senhor, com a renovada juventude da alma, de modo
que, alegrando-se agora por se ver restituído à glória da adoção divina,
aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
LEITURA I Atos 16, 22-34
«Acredita no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua família»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, a multidão dos habitantes de Filipos amotinou-se contra Paulo e
Silas e os magistrados mandaram que lhes arrancassem as vestes e os açoitassem.
Depois de lhes terem dado muitas vergastadas, meteram-nos na cadeia e ordenaram
ao carcereiro que os guardasse cuidadosamente. Ao receber semelhante ordem, o
carcereiro lançou-os no calaboiço interior e prendeu-lhes os pés no cepo. Por
volta da meia noite, Paulo e Silas, em oração, entoavam louvores a Deus e os
outros presos escutavam-nos. De repente, sentiu-se um tremor de terra tão
grande que abalou os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e
soltaram-se as cadeias de todos os presos. O carcereiro acordou e, ao ver
abertas as portas da prisão, puxou da espada e queria suicidar-se, julgando que
os presos se tinham evadido. Mas Paulo bradou com voz forte: «Não faças nenhum mal
a ti mesmo, pois nós estamos todos aqui». O carcereiro pediu uma luz, correu
para dentro e lançou-se, a tremer, aos pés de Paulo e Silas. Depois trouxe-os
para fora e perguntou-lhes: «Senhores, que devo fazer para ser salvo?» Eles
responderam-lhe: «Acredita no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua família».
E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, bem como a todos os que viviam em sua
casa. O carcereiro, àquela hora da noite, tomou-os consigo, lavou-lhes as
feridas e logo recebeu o Batismo, juntamente com todos os seus. Depois
mandou-os subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua
família, por ter acreditado em Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-2a.2bc-3.7c-8 (R. 7c)
Refrão: A vossa mão direita salvou-me,
Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei de cantar-Vos
e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo. Refrão
Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade
e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma. Refrão
A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos. Refrão
ALELUIA cf. Jo 16, 7.13
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade. Refrão
EVANGELHO Jo 16, 5-11
«Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora vou para Aquele que Me
enviou e nenhum de vós Me pergunta: ‘Para onde vais?’. Mas por Eu vos ter dito
estas coisas, o vosso coração encheu-se de tristeza. No entanto, Eu digo-vos a
verdade: É do vosso interesse que Eu vá. Se Eu não for, o Paráclito não virá a
vós; mas se Eu for, Eu vo-l’O enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do
pecado, da justiça e do julgamento: do pecado, porque não acreditam em Mim; da
justiça, porque vou para o Pai e não Me vereis mais; do julgamento, porque o
príncipe deste mundo já está condenado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor, que em todo o tempo possamos alegrar-nos com estes mistérios
pascais, de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção seja para nós
causa de alegria eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf . Lc 24, 46.26
Jesus Cristo tinha de padecer e ressuscitar dos mortos
para entrar na sua glória. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ouvi, Senhor, as nossas preces e fazei que estes santos mistérios da nossa
redenção nos auxiliem na vida presente e nos alcancem as alegrias eternas. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 16, 22-34: Na
cidade de Filipos, a mesma cidade onde se batizara a primeira cristã da Europa,
fruto da pregação de Paulo, aconteceu também a primeira perseguição por parte
das autoridades locais. Paulo e seu companheiro são presos; mas a cadeia
transforma-se num espaço sagrado para acolher uma assembleia em vigília de
oração. E tudo acaba com a iniciação cristã do carcereiro e sua família. A
Páscoa continua assim como em perpétua Vigília Pascal, ao longo de toda a vida
da Igreja sobre a Terra.
Jo 16, 5-11: Jesus
“parte” deste mundo pela sua Morte, e “vai” para o Pai. Mas não Se ausenta. Por
um lado, leva em Si o homem que veio procurar a este mundo: por outro,
continua, e bem vivo e ativo, no meio dos seus, pelo seu Espírito. Foi
precisamente para que o Espírito de Deus fosse a alma da nova humanidade que
Jesus foi até à Cruz e partiu para o Pai. Vivemos agora, no tempo da Igreja, da
vida do Espírito de Deus. Foi por isso bom que o Senhor tivesse partido. E é
agora, pela ação do Espírito, que se pode fazer justiça à causa de Jesus.
AGENDA DO DIA:
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Nisa
18.30
horas: Oração do terço na Igreja de Alpalhão
21.00 horas: Oração do terço na Igreja do Espírito Santo.
A VOZ DO PASTOR:
ACREDITA,
EUROPA!... CRISTO NÃO É CONTRA TI!...
O nove de maio é o teu Dia, ó Europa.
Por ser o teu Dia, também é nosso, somos europeus, festejamo-lo com alegria.
Apesar de tudo quanto te engrandece e nos atrai, temos a dizer-te que não há
bela sem senão! Por que vives tão preconceituosa em relação a Cristo, se Ele
também falou, agiu e morreu por ti? Por que lavas as mãos como Pilatos e
permites que Cristo continue a ser preso, esbofeteado e crucificado? Não o
ouves a dizer-te: “Se falei mal, diz-me em quê. Mas se falei bem,
porque me bates?” (cf. Jo 18,23). Não foram os discípulos de Cristo
que fizeram essa admirável síntese entre a fé de Israel e o espírito grego e
cimentaram a tua identidade e cultura? Não foi a força dessa identidade e
cultura que, aquando das circunstâncias históricas e políticas que te
estilhaçaram e deram origem a sociedades com culturas próprias, não foi
essa identidade e cultura o teu elemento unificador? Não foi no cristianismo
que se identificavam quase todos os atos da tua população? Não foi pela
influência cristã que a tua consciência coletiva foi assimilando os valores
fundamentais da sadia convivência humana e se integraram povos e culturas
diversas? Não foi pelo contributo determinante do cristianismo que se
foram afirmando os valores da dignidade da pessoa humana e o da razão, e
se foram adquirindo os valores da liberdade, do ideal democrático, do Estado de
direito e da distinção entre política e religião, dando corpo à
proclamação universal dos direitos humanos? Não foi pela força da fé em Cristo
que se construíram obras de arte e de pensamento que ainda hoje salpicam todo o
teu espaço geográfico, causam admiração a quantos amam a excelência e a harmonia,
e são verdadeiros monumentos a eternizar a nobreza da tua alma e cultura? Se te
orgulhas de ser o velho mundo, o mundo das grandes transformações históricas e
avanços científicos e técnicos, não reconheces que estás a ficar mesmo muito
velha pela falta de natalidade, pela perda do sentido da vida, pelo vazio
interior de tantos e tantas a fazer olhar o teu futuro com “mais medo que
desejo”? Não reparas que, à medida que te afastas ou não te apoias no ideal da
fraternidade anunciado por Cristo, os Barrabás pululam, o racismo e a violência
avançam cada vez mais, o tráfego humano torna-se a nova e vergonhosa
escravatura, os mais frágeis são marginalizados, os pobres aumentam, os
desequilíbrios socias crescem, os oportunistas dão à perna e a barbaridade das
guerras pode voltar? Não te lembras que, com os Descobrimentos, deste a
conhecer ao resto do mundo a pessoa de Jesus Cristo, os valores cristãos e
culturais, e outros que te enriqueciam e eram o teu brio? Por que desdenhas em
reconhecer e recuperar esses valores com alegria e fidelidade criativa, não
para voltar para trás, mas para promover novos dinamismos que envolvam e
mobilizem, com alegria e esperança? Ou será, que, por meros preconceitos e
apenas para demolires o passado, só reténs e exploras os insucessos, as
piratarias e o malfazer dos de cerviz dura e coração de pedra, para,
agora, te colocares em bicos de pés em processo de endeusamento? E não tens,
porventura, também hoje, dentro de ti, em crescendo, insucessos, piratarias,
malfazer e quejandos? Tê-los-ás tanto mais quanto menos te apoiares na
fraternidade universal que nos une e humaniza. Se somos irmãos, é porque temos
um Pai comum que é Deus. Seu Filho Jesus Cristo é que no-lo veio revelar em
plenitude, falando-nos como a amigos e apontando-nos o caminho, Ele mesmo o
Caminho, a Verdade e a Vida. Neste projeto verdadeiramente revolucionário, se
trabalhou muita gente, teve como principais promotores São Bento,
italiano, da Europa Ocidental, São Cirilo e São Metódio, eslavos, da Europa de Leste.
Homens apaixonados pelo projeto salvador de Jesus Cristo, apóstolos incansáveis
e teus Padroeiros, foram eles os principais construtores desse pano de fundo em
que os teus povos se reviam.
Sabemos que com o surgir do
renascimento, da revolução industrial, dos avanços da ciência, da tecnologia
cada vez mais perfeita, da cibernética, da robótica e da informática, das
viagens espaciais e de todo o progresso que, felizmente, nos envolve, sabemos
que tudo isso te fez pular o sentimento de tudo poder, de tudo ter e conhecer,
julgando até que, sem precisares de Deus para nada, virás a ter a resposta para
todas as tuas interrogações existenciais. Embebecida com tudo isso e com tudo o
que nisso se pendura, vives hoje voltada para o outro lado da cama onde te
deitaste, esquecendo o grande sinal da Cruz e sem insónias por causa disso. Aí,
dormente, embrulhada numa manta de farrapos neopagã, costurada com os fios dum
novelo chamado “apostasia silenciosa”, sonhas alto em adocicar o Evangelho à
tua medida, em jeito de teorias da new age. A perda de valores, a intolerância
e os fanatismos, os elitismos e a corrupção, a exploração e exclusão de
pessoas, são fruto de uma imagem de Deus forjada, manipulada e usada a bel
prazer de quem a fabrica, julgando-se superior e diferente do resto dos
mortais, a quem tenta convencer que só ele é que sabe, só ele está certo. Essa
não é a imagem do Deus de Jesus Cristo, amigo e protetor do homem, fonte de
vida, de justiça e de paz. Ninguém duvida, ó Europa, que vives atarefada com
muita coisa importante, boa e necessária, é verdade, todos te devemos o nosso
respeito por isso. Mas fica a impressão que dás pouca ou nenhuma atenção àquilo
que também é essencial e forte laço de coesão e desenvolvimento: a tua
verdadeira identidade e referência cultural. Mesmo sem especializadas lunetas,
nota-se que a única força centrípeta que move e une os teus países, é a galinha
dos ovos de ouro. Se ela se torna infecunda, se ela os não põe, se os ovos se
partem, se os ovos caem apenas nas mãos de quem tem os braços da ambição mais
compridos, se as tais bazucas ou vitaminas não se chegam à frente, adeus
Europa, duvido que te aguentes apesar de tudo o que tens de ótimo, que é muito
e muito bom. É da experiência histórica que, quando o homem coloca Deus de
lado, quando constrói uma antropologia sem Deus e sem Cristo e se coloca a si
próprio no centro do mundo, o homem acaba por abrir as comportas ao
pior de si mesmo e torna-se o predador do próprio homem em vez de o amar e
proteger! “Homo homini lupus”, o homem é o lobo do homem, na
célebre frase de Titus Plautus, de antes de Cristo, e mais divulgada por Thomas
Hobbes, no século XVII.
Neste Dia da Europa, muitos falarão de
muitas outras coisas que não destas, e bem. Mas disto também é preciso
falar. Para cada nova geração, são precisos novos apóstolos que tenham
a coragem de falar de Cristo, de testemunhar a fé mediante um estilo de
vida inspirado no Evangelho, vivido com criatividade e idealismo saudável, sem
vergonha nem respeitos humanos. Por isso, ninguém pode deixar de recordar
a todos os cristãos, sobretudo àqueles que ocupam instâncias de poder e de
influência política e social, as palavras dum grande santo dos nossos dias e de
saudosa memória, a quem a Europa tanto deve: São João Paulo II. Deixo uma
síntese dos apelos que ele faz a todos os europeus de boa vontade nos últimos
números do capítulo VI da Exortação Apostólica pós-Sinodal sobre a Igreja na
Europa. Aí, ao seu bom estilo, ele lembra que a Europa do terceiro
milénio precisa de dar um salto qualitativo na tomada de consciência
da sua herança espiritual. Todos os cristãos e gente de boa vontade, têm o
dever de anunciar a mensagem de alegria e de esperança, recordando-lhe, com
entusiasmo: Europa, “O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como
poderoso Salvador!”: não deixes cair os teus braços; não cedas ao desânimo,
não te resignes a formas de pensar e de viver que não têm futuro. Volta a
encontrar-te, sê tu mesma, descobre as tuas origens, reaviva as tuas
raízes. O tesouro da fé cristã funda a tua vida social e não pertence só
ao passado. É um projeto para o futuro que deve ser transmitido às novas
gerações. Não temas! O Evangelho não é contra ti, mas a teu favor. A inspiração
cristã pode transformar a união política, cultural e económica numa convivência
onde todos os europeus se sintam em casa própria e formem uma família de
nações. Tem confiança! Em Jesus, encontrarás a esperança sólida e duradoura por
que anseias. É uma esperança fundada na vitória de Cristo sobre o pecado e a
morte. Esta vitória, quis Ele que te pertencesse para tua salvação e alegria.
Podes estar certa! O Evangelho da esperança não desilude, é luz que ilumina e
orienta o teu caminho; é força que te sustenta nas provações; é profecia
de um mundo novo; é indicação de um novo início; é convite a todos, crentes e
não crentes, para traçarem caminhos sempre novos que desemboquem na “Europa do
espírito” a fim de fazer dela uma verdadeira “casa comum” onde haja alegria de
viver (cf. EE121-122).
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