PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
17 de maio de 2021
Segunda-feira da
semana VII
LITURGIA
Branco –
Ofício da féria (Semana III do Saltério).
Missa da féria, pf. pascal ou da Ascensão.
L 1 At 19, 1-8; Sal 67 (68), 2-3. 4-5ac. 6-7ab
Ev Jo 16, 29-33
* Na Ordem Franciscana – S. Pascoal Bailão, religioso, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Pascoal Bailão, religioso, da I
Ordem – MF
* Na Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus – I Vésp. de S.
Rafaela Maria.
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – I Vésperas de S.
Estanislau Papczynski.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Atos
1, 8
Recebereis a força do Espírito Santo,
que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas
até aos confins da terra. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Desça sobre nós, Senhor, a força do Espírito Santo, para que possamos conhecer
fielmente a vossa vontade e dar testemunho dela com a prática das boas obras.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
LEITURA I Atos 19, 1-8
«Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou a região alta e chegou a
Éfeso. Encontrou lá alguns discípulos e perguntou-lhes: «Recebestes o Espírito
Santo, quando abraçastes a fé?». Eles responderam-lhe: «Nem sequer ouvimos
falar do Espírito Santo». Paulo perguntou: «Então, que batismo recebestes?».
Eles responderam: «O batismo de João». Disse-lhes Paulo: «João administrou um
batismo de penitência, dizendo ao povo que acreditasse n’Aquele que ia chegar
depois dele, isto é, em Jesus». Depois de ouvirem estas palavras, receberam o
Batismo em nome do Senhor Jesus. Quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito
Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar. Eram ao
todo uns doze homens. Paulo foi em seguida à sinagoga, onde falou com firmeza
durante três meses, argumentando de modo convincente sobre o reino de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 67 (68), 2-3.4-5ac.6-7ab (R. 33a ou
Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor.
Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante deles os que O odeiam.
Como se desfaz o fumo, assim eles se dissipam,
assim perecem os ímpios à vista de Deus. Refrão
Os justos exultam na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença. Refrão
Pai dos órfãos e defensor das viúvas
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade. Refrão
ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 16, 29-33
«Tende confiança: Eu venci o mundo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas
abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém
Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes
Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis
dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só,
porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No
mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Nós Vos pedimos, Senhor, que este santo sacrifício purifique o nosso coração e
nos dê o vigor da graça divina. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que
é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal ou da Ascensão
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 18; 16, 22
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor.
Eu virei de novo e o vosso coração exultará de alegria. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos
passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 19, 1-8: Os
futuros cristãos de Éfeso eram ainda, nesta altura, apenas discípulos de João
Baptista, que tinham
recebido somente o batismo do Precursor. Ora o batismo de João
era um rito ascético, que convidava à penitência, ao passo que o batismo cristão é
sinal da vida nova dada por Jesus Cristo. É um dom, comunica o Espírito Santo;
supõe a conversão por parte de quem o recebe; mas é dom gratuito, fruto do
sacrifício pascal do Senhor. Os discípulos de Éfeso ainda não tinham chegado até aqui.
Jo 16, 29-33 :Jesus
anuncia aos discípulos que, enquanto estiveram no mundo, sentirão, como Ele
sentiu, as dificuldades, angústias e até a perseguição inerentes a esta vida,
mas pela força do Espírito de Jesus ressuscitado eles vencerão o mundo, como
Ele o venceu. É precisamente o momento em que os discípulos fazem um ato de fé e de
confiança maior no Mestre, é precisamente esse que Ele escolhe para lhes
anunciar maiores provações e lhes pedir maior confiança para as tribulações que
os esperam. A confiança no Senhor não pode ter limites!
AGENDA DO DIA:
12.00
hora: Funeral no Arneiro
21.00
horas: Oração do terço em Nisa.
A VOZ DO
PASTOR:
“VEM
E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA
Dia Internacional da
Família, Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social,
Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição
acompanhou a mudança do Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o
Domingo da Ascensão! Todos estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é
correr o risco de não falar de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia
Mundial dos Meios da Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de
eloquência vazia que abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública,
inclusive entre nós, comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou
piropo, o Papa cita um dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma
infinidade de nadas. As suas razões são dois grãos de trigo perdidos em dois feixes
de palha. Têm-se de procurar o dia todo para os achar, e, quando se encontram,
não valem a procura».
Como a vida não
permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos,
discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma
grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei
pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria
no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os discípulos,
enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração, de olhar
fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco,
que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”. Esse
Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E
“voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).
A Ressurreição e a
Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os
discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz
acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não
podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham
visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova
que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher,
despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do
tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário
de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização,
incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez
história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos
da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados.
Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e
transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e
atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco:
“Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que
o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma
separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no
meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força
verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa
ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos
da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados
pela Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de
revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os
ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há
progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de
coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao
próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é
para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora,
sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua
a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi
anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma
grande alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor
eterno para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e
povos” (Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos
como comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria
vida será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a
comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e
encontro, a sociedade será melhor.
O Papa, para
desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no
Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão
para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na
redação dum jornal, no mundo da web,
ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a
informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das
agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos
sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os
próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem
anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã
primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando
João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João
Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe
onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles
foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que
jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro
horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto
Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante
esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E
acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um
conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem
e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação mais
honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar,
permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu
testemunho chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender,
experimentando-as. Na
verdade, não se comunica só com as palavras, mas também com os olhos, o tom da
voz, os gestos. O intenso fascínio de Jesus sobre quem O encontrava dependia da
verdade da sua pregação, mas a eficácia daquilo que dizia era inseparável do
seu olhar, das suas atitudes e até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).
Ao longo dos tempos,
muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e
vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração
a coração, o que viu e experimentou.
A Evangelii
Gaudium refere: “Hoje que a Igreja
deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que
nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas
com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a
pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que
realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a
disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede
espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho.
Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo
pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas
esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que
enchem o coração” (EG127-128).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021
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