domingo, 16 de maio de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Segunda, 17 de maio de 2021

 

Segunda-feira da semana VII

 

 

LITURGIA

Branco – Ofício da féria (Semana III do Saltério).
Missa da féria, pf. pascal ou da Ascensão.


L 1 At 19, 1-8; Sal 67 (68), 2-3. 4-5ac. 6-7ab
Ev Jo 16, 29-33

* Na Ordem Franciscana – S. Pascoal Bailão, religioso, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Pascoal Bailão, religioso, da I Ordem – MF
* Na Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus – I Vésp. de S. Rafaela Maria.
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – I Vésperas de S. Estanislau Papczynski.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Atos 1, 8
Recebereis a força do Espírito Santo,
que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas
até aos confins da terra. Aleluia.

ORAÇÃO COLECTA
Desça sobre nós, Senhor, a força do Espírito Santo, para que possamos conhecer fielmente a vossa vontade e dar testemunho dela com a prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 19, 1-8
«Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?»


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou a região alta e chegou a Éfeso. Encontrou lá alguns discípulos e perguntou-lhes: «Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?». Eles responderam-lhe: «Nem sequer ouvimos falar do Espírito Santo». Paulo perguntou: «Então, que batismo recebestes?». Eles responderam: «O batismo de João». Disse-lhes Paulo: «João administrou um batismo de penitência, dizendo ao povo que acreditasse n’Aquele que ia chegar depois dele, isto é, em Jesus». Depois de ouvirem estas palavras, receberam o Batismo em nome do Senhor Jesus. Quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar. Eram ao todo uns doze homens. Paulo foi em seguida à sinagoga, onde falou com firmeza durante três meses, argumentando de modo convincente sobre o reino de Deus.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 67 (68), 2-3.4-5ac.6-7ab (R. 33a ou Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante deles os que O odeiam.
Como se desfaz o fumo, assim eles se dissipam,
assim perecem os ímpios à vista de Deus. Refrão

Os justos exultam na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença. Refrão

Pai dos órfãos e defensor das viúvas
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade. Refrão


ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se

Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão


EVANGELHO Jo 16, 29-33
«Tende confiança: Eu venci o mundo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Nós Vos pedimos, Senhor, que este santo sacrifício purifique o nosso coração e nos dê o vigor da graça divina. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal ou da Ascensão

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 18; 16, 22
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor.
Eu virei de novo e o vosso coração exultará de alegria. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Atos 19, 1-8: Os futuros cristãos de Éfeso eram ainda, nesta altura, apenas discípulos de João Baptista, que tinham recebido somente o batismo do Precursor. Ora o batismo de João era um rito ascético, que convidava à penitência, ao passo que o batismo cristão é sinal da vida nova dada por Jesus Cristo. É um dom, comunica o Espírito Santo; supõe a conversão por parte de quem o recebe; mas é dom gratuito, fruto do sacrifício pascal do Senhor. Os discípulos de Éfeso ainda não tinham chegado até aqui.

Jo 16, 29-33 :Jesus anuncia aos discípulos que, enquanto estiveram no mundo, sentirão, como Ele sentiu, as dificuldades, angústias e até a perseguição inerentes a esta vida, mas pela força do Espírito de Jesus ressuscitado eles vencerão o mundo, como Ele o venceu. É precisamente o momento em que os discípulos fazem um ato de fé e de confiança maior no Mestre, é precisamente esse que Ele escolhe para lhes anunciar maiores provações e lhes pedir maior confiança para as tribulações que os esperam. A confiança no Senhor não pode ter limites!


AGENDA DO DIA:

12.00 hora: Funeral no Arneiro

21.00 horas: Oração do terço em Nisa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

“VEM E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA

 

Dia Internacional da Família, Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição acompanhou a mudança do Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o Domingo da Ascensão! Todos estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é correr o risco de não falar de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial dos Meios da Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de eloquência vazia que abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública, inclusive entre nós, comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou piropo, o Papa cita um dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma infinidade de nadas. As suas razões são dois grãos de trigo perdidos em dois feixes de palha. Têm-se de procurar o dia todo para os achar, e, quando se encontram, não valem a procura».

 

Como a vida não permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos, discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os discípulos, enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração, de olhar fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”. Esse Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E “voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).

 

A Ressurreição e a Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher, despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização, incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados. Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco: “Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados pela Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua  a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor eterno para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos” (Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos como comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria vida será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e encontro, a sociedade será melhor.

 

O Papa, para desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na redação dum jornal, no mundo da web, ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe  onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar, permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu testemunho chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender, experimentando-as. Na verdade, não se comunica só com as palavras, mas também com os olhos, o tom da voz, os gestos. O intenso fascínio de Jesus sobre quem O encontrava dependia da verdade da sua pregação, mas a eficácia daquilo que dizia era inseparável do seu olhar, das suas atitudes e até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).

 

Ao longo dos tempos, muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração a coração, o que viu e experimentou.

 

A Evangelii Gaudium refere: “Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho. Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que enchem o coração” (EG127-128).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021

 

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