PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta -
feira, 12 de maio de 2021
VI semana
da Páscoa
LITURGIA
Quarta-feira
da semana VI
B. Joana de
Portugal, virgem – MF
S. Nereu e S. Aquileu, mártires – MF
S. Pancrácio, mártir – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 At 17, 15. 22 – 18, 1; Sal 148, 1-2. 11-12ab. 12c-14a. 14bcd
Ev Jo 16, 12-15
* Na Diocese de Aveiro – B. Joana de Portugal, Padroeira principal da Diocese e
da Cidade. Na Cidade de Aveiro – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese –
FESTA
* Na Ordem Agostiniana – B. Guilherme Tirry, presbítero e mártir – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Leopoldo Mandic de Castelnuovo,
presbítero, da I Ordem – MO
* Na Ordem de São Domingos – B. Joana de Portugal, virgem – MO
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Nossa Senhora, Mãe
da Misericórdia – MF
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – B. Álvaro del Portillo, bispo – MO
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.
* Na Diocese de Leiria-Fátima – I Vésp. da Virgem Santa Maria do Rosário de
Fátima.
* Na Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima – I Vésp. da
Virgem Santa Maria do Rosário de Fátima.
* Na Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima – I Vésp. da Virgem
Santa Maria do Rosário de Fátima.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 17, 50
; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Senhor, que, celebrando agora o mistério da ressurreição do vosso
Filho, mereçamos alegrar-nos com todos os Santos, quando Ele vier na sua
glória. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 17, 15.22 - 18, 1
«Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas e voltaram em
seguida, encarregados de transmitirem a Silas e a Timóteo a ordem de irem ter
com Paulo o mais depressa possível. Um dia, Paulo, de pé no meio do Areópago,
disse: «Atenienses, vejo que sois em tudo extremamente religiosos. Na verdade,
quando eu andava percorrendo a vossa cidade e observando os vossos monumentos
sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Pois
bem: Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio. O Deus que
fez o mundo e tudo o que nele existe é o Senhor do céu e da terra. Não habita
em templos feitos por mãos humanas, nem é servido pelas mãos dos homens, como
se tivesse necessidade de alguma coisa. É Ele que a todos dá a vida, a
respiração e tudo o mais. Criou de um só homem todo o género humano, para
habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites
da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem
realmente para O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um
de nós. É n’Ele que vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos
vossos poetas: ‘Somos da raça de Deus’. Se nós somos da raça de Deus, não
devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra,
trabalhados pela arte e engenho do homem. Sem olhar a estes tempos de
ignorância, Deus fez saber agora aos homens que todos e em toda a parte se
devem arrepender; pois Ele fixou um dia em que há-de julgar o universo com
justiça por meio de um homem que escolheu, e deu a todos motivo de crédito,
ressuscitando-O de entre os mortos». Ao ouvirem falar da ressurreição dos
mortos, alguns zombavam, mas outros disseram: «Havemos de te ouvir falar disto
ainda outra vez». Foi assim que Paulo saiu do meio deles. No entanto, alguns
homens juntaram-se a Paulo e abraçaram a fé: entre eles, Dionísio, o
Areopagita, e também uma mulher chamada Dâmaris, e outros com eles. Depois
disto, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 148, 1-2.11-12ab.12bc-14a.14bcd
Refrão: O céu e a terra proclamam a vossa
glória. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Louvai o Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas,
louvai-O, todos os seus Anjos. Refrão
Reis e povos do mundo,
príncipes e todos os juízes da terra,
jovens e donzelas, velhos e crianças; Refrão
Louvem todos o nome do Senhor,
porque o seu nome é sublime,
a sua majestade está acima do céu e da terra. Refrão
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel, seu povo eleito. Refrão
ALELUIA cf. Jo 14, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre. Refrão
EVANGELHO Jo 16, 12-15
«Tudo o que o Pai tem é meu.
O Espírito receberá do que é meu, para vo-lo anunciar»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para
vos dizer, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da
verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo,
mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me
glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anun- ciá-lo. Tudo o que
o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há de
anunciá-lo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício, nos
fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que,
conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e
fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 17, 15.22 - 18, 1: Paulo
chega a Atenas, a capital da Grécia, que foi a escola de todo o saber da
antiguidade. À vista da multidão dos deuses adorados pelos pagãos, Paulo
anuncia-lhes o Deus de Jesus Cristo. Pode observar-se como, a não-judeus, Paulo
não parte da Escritura, mas da ordem natural. Partindo de Deus Criador, chega
até Jesus Cristo ressuscitado. Mas, chegando aqui, aqueles homens não
conseguiram ouvir mais; a ressurreição estava acima da sua filosofia.
Jo 16, 12-15: A
ciência dos gregos, apesar de ser a mais alta do tempo, não conseguiu
ultrapassar a limitada medida do homem. A própria palavra divina, mesmo
anunciada por Jesus, mas escutada pelos ouvidos, ainda muito terrenos, dos
discípulos, não conseguiu ser entendida logo que escutada. Será só depois o
Espírito de Deus que conduzirá os mesmos discípulos até à compreensão profunda
dessa mesma palavra.
AGENDA DO DIA:
18.00
horas: Missa em Tolosa
18.00
horas: Missa em Nisa
18.30
horas: Oração do terço na Igreja de Alpalhão
21.00
horas: Oração do terço em Nisa.
A VOZ DO
PASTOR:
ACREDITA, EUROPA!... CRISTO NÃO É CONTRA TI!...
O nove de maio é o teu Dia, ó Europa. Por ser o teu Dia, também é
nosso, somos europeus, festejamo-lo com alegria. Apesar de tudo quanto te
engrandece e nos atrai, temos a dizer-te que não há bela sem senão! Por que
vives tão preconceituosa em relação a Cristo, se Ele também falou, agiu e
morreu por ti? Por que lavas as mãos como Pilatos e permites que Cristo
continue a ser preso, esbofeteado e crucificado? Não o ouves a dizer-te: “Se
falei mal, diz-me em quê. Mas se falei bem, porque me bates?” (cf. Jo
18,23). Não foram os discípulos de Cristo que fizeram essa admirável síntese
entre a fé de Israel e o espírito grego e cimentaram a tua identidade e
cultura? Não foi a força dessa identidade e cultura que, aquando das
circunstâncias históricas e políticas que te estilhaçaram e deram origem
a sociedades com culturas próprias, não foi essa identidade e cultura o
teu elemento unificador? Não foi no cristianismo que se identificavam quase
todos os atos da tua população? Não foi pela influência cristã que a tua
consciência coletiva foi assimilando os valores fundamentais da sadia
convivência humana e se integraram povos e culturas diversas? Não foi pelo
contributo determinante do cristianismo que se foram afirmando os valores
da dignidade da pessoa humana e o da razão, e se foram adquirindo os valores da
liberdade, do ideal democrático, do Estado de direito e da distinção entre
política e religião, dando corpo à proclamação universal dos direitos
humanos? Não foi pela força da fé em Cristo que se construíram obras de arte e
de pensamento que ainda hoje salpicam todo o teu espaço geográfico, causam
admiração a quantos amam a excelência e a harmonia, e são verdadeiros
monumentos a eternizar a nobreza da tua alma e cultura? Se te orgulhas de ser o
velho mundo, o mundo das grandes transformações históricas e avanços
científicos e técnicos, não reconheces que estás a ficar mesmo muito velha pela
falta de natalidade, pela perda do sentido da vida, pelo vazio interior de
tantos e tantas a fazer olhar o teu futuro com “mais medo que desejo”? Não reparas
que, à medida que te afastas ou não te apoias no ideal da fraternidade
anunciado por Cristo, os Barrabás pululam, o racismo e a violência avançam cada
vez mais, o tráfego humano torna-se a nova e vergonhosa escravatura, os mais
frágeis são marginalizados, os pobres aumentam, os desequilíbrios socias
crescem, os oportunistas dão à perna e a barbaridade das guerras pode voltar?
Não te lembras que, com os Descobrimentos, deste a conhecer ao resto do mundo a
pessoa de Jesus Cristo, os valores cristãos e culturais, e outros que te
enriqueciam e eram o teu brio? Por que desdenhas em reconhecer e recuperar
esses valores com alegria e fidelidade criativa, não para voltar para trás, mas
para promover novos dinamismos que envolvam e mobilizem, com alegria e esperança? Ou
será, que, por meros preconceitos e apenas para demolires o passado,
só reténs e exploras os insucessos, as piratarias e o malfazer dos de
cerviz dura e coração de pedra, para, agora, te colocares em bicos de pés
em processo de endeusamento? E não tens, porventura, também hoje, dentro de ti,
em crescendo, insucessos, piratarias, malfazer e quejandos? Tê-los-ás tanto
mais quanto menos te apoiares na fraternidade universal que nos une e humaniza.
Se somos irmãos, é porque temos um Pai comum que é Deus. Seu Filho Jesus Cristo
é que no-lo veio revelar em plenitude, falando-nos como a amigos e
apontando-nos o caminho, Ele mesmo o Caminho, a Verdade e a Vida. Neste projeto
verdadeiramente revolucionário, se trabalhou muita gente, teve como principais
promotores São Bento, italiano, da Europa Ocidental, São Cirilo e São
Metódio, eslavos, da Europa de Leste. Homens apaixonados pelo projeto salvador
de Jesus Cristo, apóstolos incansáveis e teus Padroeiros, foram eles os
principais construtores desse pano de fundo em que os teus povos se reviam.
Sabemos que com o surgir do renascimento, da revolução industrial,
dos avanços da ciência, da tecnologia cada vez mais perfeita, da cibernética,
da robótica e da informática, das viagens espaciais e de todo o progresso que,
felizmente, nos envolve, sabemos que tudo isso te fez pular o sentimento de
tudo poder, de tudo ter e conhecer, julgando até que, sem precisares de Deus
para nada, virás a ter a resposta para todas as tuas interrogações
existenciais. Embebecida com tudo isso e com tudo o que nisso se pendura, vives
hoje voltada para o outro lado da cama onde te deitaste, esquecendo o grande
sinal da Cruz e sem insónias por causa disso. Aí, dormente, embrulhada numa
manta de farrapos neopagã, costurada com os fios dum novelo chamado “apostasia
silenciosa”, sonhas alto em adocicar o Evangelho à tua medida, em jeito de
teorias da new age. A perda de valores, a intolerância e os fanatismos, os
elitismos e a corrupção, a exploração e exclusão de pessoas, são fruto de uma imagem
de Deus forjada, manipulada e usada a bel prazer de quem a fabrica, julgando-se
superior e diferente do resto dos mortais, a quem tenta convencer que só ele é
que sabe, só ele está certo. Essa não é a imagem do Deus de Jesus Cristo, amigo
e protetor do homem, fonte de vida, de justiça e de paz. Ninguém duvida, ó
Europa, que vives atarefada com muita coisa importante, boa e necessária, é
verdade, todos te devemos o nosso respeito por isso. Mas fica a impressão que
dás pouca ou nenhuma atenção àquilo que também é essencial e forte laço de
coesão e desenvolvimento: a tua verdadeira identidade e referência cultural.
Mesmo sem especializadas lunetas, nota-se que a única força centrípeta que move
e une os teus países, é a galinha dos ovos de ouro. Se ela se torna infecunda,
se ela os não põe, se os ovos se partem, se os ovos caem apenas nas mãos de
quem tem os braços da ambição mais compridos, se as tais bazucas ou vitaminas
não se chegam à frente, adeus Europa, duvido que te aguentes apesar de tudo o
que tens de ótimo, que é muito e muito bom. É da experiência histórica que,
quando o homem coloca Deus de lado, quando constrói uma antropologia sem Deus e
sem Cristo e se coloca a si próprio no centro do mundo, o homem acaba por abrir
as comportas ao pior de si mesmo e torna-se o predador do próprio
homem em vez de o amar e proteger! “Homo homini lupus”, o
homem é o lobo do homem, na célebre frase de Titus Plautus, de antes de Cristo,
e mais divulgada por Thomas Hobbes, no século XVII.
Neste Dia da Europa, muitos falarão de muitas outras coisas que
não destas, e bem. Mas disto também é preciso falar. Para cada nova
geração, são precisos novos apóstolos que tenham a coragem de falar de
Cristo, de testemunhar a fé mediante um estilo de vida inspirado no Evangelho,
vivido com criatividade e idealismo saudável, sem vergonha nem respeitos
humanos. Por isso, ninguém pode deixar de recordar a todos os cristãos,
sobretudo àqueles que ocupam instâncias de poder e de influência política e
social, as palavras dum grande santo dos nossos dias e de saudosa memória, a
quem a Europa tanto deve: São João Paulo II. Deixo uma síntese dos apelos que
ele faz a todos os europeus de boa vontade nos últimos números do capítulo VI
da Exortação Apostólica pós-Sinodal sobre a Igreja na Europa. Aí, ao seu bom
estilo, ele lembra que a Europa do terceiro milénio precisa de dar um
salto qualitativo na tomada de consciência da sua herança espiritual.
Todos os cristãos e gente de boa vontade, têm o dever de anunciar a mensagem de
alegria e de esperança, recordando-lhe, com entusiasmo: Europa, “O
Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso Salvador!”: não deixes
cair os teus braços; não cedas ao desânimo, não te resignes a formas de pensar
e de viver que não têm futuro. Volta a encontrar-te, sê tu mesma, descobre as
tuas origens, reaviva as tuas raízes. O tesouro da fé cristã funda a tua
vida social e não pertence só ao passado. É um projeto para o futuro que deve
ser transmitido às novas gerações. Não temas! O Evangelho não é contra ti, mas
a teu favor. A inspiração cristã pode transformar a união política, cultural e
económica numa convivência onde todos os europeus se sintam em casa própria e
formem uma família de nações. Tem confiança! Em Jesus, encontrarás a esperança
sólida e duradoura por que anseias. É uma esperança fundada na vitória de
Cristo sobre o pecado e a morte. Esta vitória, quis Ele que te pertencesse para
tua salvação e alegria. Podes estar certa! O Evangelho da esperança não
desilude, é luz que ilumina e orienta o teu caminho; é força que te
sustenta nas provações; é profecia de um mundo novo; é indicação de um
novo início; é convite a todos, crentes e não crentes, para traçarem caminhos
sempre novos que desemboquem na “Europa do espírito” a fim de fazer dela uma
verdadeira “casa comum” onde haja alegria de viver (cf. EE121-122).
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