segunda-feira, 17 de maio de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Terça, 18 de maio de 2021

 

Terça-feira da semana VII

 

 

LITURGIA

S. João I, papa e mártir – MF

Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou da Ascensão..

L 1 At 20, 17-27; Sal 67 (68), 10-11. 20-21
Ev Jo 17, 1-11a

* Na Ordem Agostiniana – B. Guilherme de Tolosa, presbítero – MF
* Na Ordem Franciscana – S. Félix de Cantalício, religioso, da I Ordem – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Félix de Cantalício, religioso, da I Ordem – FESTA
* Na Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus – S. Rafaela Maria, virgem, Fundadora da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – S. Estanislau Papczynski, Fundador da Congregação – SOLENIDADE.
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Deis – B. Guadalupe Ortiz de Landázuri – MF
* Na Congregação Salesiana – S. Leonardo Murialdo, presbítero – MF

 MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 1, 17-18
Eu sou o Primeiro e o Último.
Estive morto, mas agora vivo para sempre. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Deus omnipotente e misericordioso, que o Espírito Santo venha habitar em nós e nos transforme em templos da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 20, 17-27
«Levar a bom termo a minha carreira
e a missão que recebi do Senhor Jesus»


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja. Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como me comportei sempre convosco, desde o primeiro dia em que pus os pés na Ásia. Servi o Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio de provações que me vieram das ciladas dos judeus. Em nada que vos pudesse ser útil me furtei a pregar-vos e a instruir-vos, publicamente e de casa em casa. Exortei judeus e gregos a converterem-se a Deus e a acreditarem em Jesus, nosso Senhor. Agora vou para Jerusalém, prisioneiro do Espírito, sem saber o que lá me espera. Só sei que o Espírito Santo me avisa, de cidade em cidade, que me aguardam cadeias e tribulações. Mas por título nenhum eu dou valor à vida, contanto que leve a bom termo a minha carreira e a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do Evangelho da graça de Deus. Agora, eu sei que não tornareis a ver o meu rosto, vós todos entre os quais passei anunciando o Reino. Por isso posso garantir-vos, hoje, que não me sinto responsável pela perda de nenhum de vós, pois não me furtei a anunciar-vos todo o desígnio de Deus a vosso respeito».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 67 (68), 10-11.20-21
(R. 33a ou Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido. Refrão

Bendito seja o Senhor, dia após dia.
Preocupa-se connosco Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor. Refrão


ALELUIA cf. Jo 14, 16
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre. Refrão


EVANGELHO Jo 17, 1-11a
«Pai, glorifica o teu Filho»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

 
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, as orações e as ofertas dos vossos fiéis e fazei que esta celebração sagrada nos encaminhe para a glória do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal ou da Ascensão


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 26
O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, diz o Senhor,vos ensinará todas as coisas
e vos lembrará tudo quanto vos tenho dito. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados, humildemente Vos pedimos, Senhor: o sacramento que o vosso Filho nos mandou celebrar em sua memória, aumente sempre a nossa caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Atos 20, 17-27: É este o terceiro grande discurso de S. Paulo, que os Atos dos Apóstolos nos transmitiram; é o seu testamento pastoral, dirigido aos anciãos, aos pastores, de Éfeso, quando supunha que seria a última vez que os veria. Vigilância, desinteresse, caridade são as virtudes fundamentais que lhes recomenda. O discurso continua na leitura do dia seguinte.

Jo 17, 1-11a: Começamos a ler hoje, e leremos durante mais dois dias, a oração em que Jesus, no fim da última Ceia, faz a oblação de Si ao Pai e intercede pelos seus, os do presente e os do futuro. É a chamada “oração sacerdotal”. A glorificação que Jesus pede para Si é a participação da sua santa humanidade na glória que o Filho de Deus desde sempre leve junto do Pai, glorificação que se há de manifestar na ressurreição e que será participada por todos aqueles que O reconhecerem. É a grande oração ofertorial do Sacrifício do Senhor ao Pai, em seu nome e em nome de toda a Igreja e por toda a humanidade.


AGENDA DO DIA:

12.30 horas: Funeral em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa

21.00 horas: Oração do terço em Nisa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

“VEM E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA

 

Dia Internacional da Família, Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição acompanhou a mudança do Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o Domingo da Ascensão! Todos estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é correr o risco de não falar de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial dos Meios da Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de eloquência vazia que abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública, inclusive entre nós, comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou piropo, o Papa cita um dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma infinidade de nadas. As suas razões são dois grãos de trigo perdidos em dois feixes de palha. Têm-se de procurar o dia todo para os achar, e, quando se encontram, não valem a procura».

 

Como a vida não permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos, discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os discípulos, enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração, de olhar fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”. Esse Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E “voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).

 

A Ressurreição e a Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher, despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização, incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados. Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco: “Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados pela Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua  a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor eterno para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos” (Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos como comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria vida será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e encontro, a sociedade será melhor.

 

O Papa, para desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na redação dum jornal, no mundo da web, ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe  onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar, permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu testemunho chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender, experimentando-as. Na verdade, não se comunica só com as palavras, mas também com os olhos, o tom da voz, os gestos. O intenso fascínio de Jesus sobre quem O encontrava dependia da verdade da sua pregação, mas a eficácia daquilo que dizia era inseparável do seu olhar, das suas atitudes e até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).

 

Ao longo dos tempos, muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração a coração, o que viu e experimentou.

 

A Evangelii Gaudium refere: “Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho. Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que enchem o coração” (EG127-128).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário