PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta, 20
de maio de 2021
Quinta-feira da semana
VII
LITURGIA
Quinta-feira
da semana VII
S. Bernardino de Sena, presbítero – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou da Ascensão.
L 1 At 22, 30: 23, 6-11; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11
Ev Jo 17, 20-26
* Na Ordem Franciscana – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Bernardino de Sena, presbítero, da
I Ordem – MO
* Na Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e na
Congregação dos Missionários do Verbo Divino – B. Josefa Stenmanns, Cofundadora
da Congregação – FESTA
* Na Congregação Salesiana (Évora) – Aniversário da Dedicação da igreja de
Nossa Senhora Auxiliadora – SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Hebr 4,
16
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos misericórdia do Senhor. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor, aos vossos fiéis os dons do Espírito Santo, para que Ele nos
transforme interiormente e crie em nós um coração novo, agradável a vossos
olhos e dócil à vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que
é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 22, 30; 23, 6-11
«É necessário que dês testemunho também em Roma»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações
dos judeus contra Paulo, mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem os
príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo para
comparecer diante deles. Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo
partido dos saduceus e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio:
«Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e é pela nossa esperança na
ressurreição dos mortos que estou a ser julgado». Estas palavras desencadearam
um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se. De facto os
saduceus dizem que não há ressurreição, nem Anjos, nem espíritos, ao passo que
os fariseus afirmam uma e outra coisa. Levantou-se enorme gritaria e alguns
escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com
energia, dizendo: «Não encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito
ou um Anjo que lhe falou?». A discussão redobrou de violência, a tal ponto que
o tribuno, receando que eles despedaçassem Paulo, ordenou que os soldados
descessem para o tirarem do meio deles e o reconduzissem à fortaleza. Na noite
seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste
testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar testemunho também em Roma».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 1-2a.5.7-8.9-10.11 (R. 1 ou
Aleluia)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o
meu refúgio. Repete-se
Ou: Guardai-me, Senhor: esperei em Vós. Repete-se
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino. Refrão
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Refrão
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção. Refrão.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão
ALELUIA Jo 17, 21
Refrão: Aleluia Repete-se
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste. Refrão
EVANGELHO Jo 17, 20-26
«Sejam consumados na unidade»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço
somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da
sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em
Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu
neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que
Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também
estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me
deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te
conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a
conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste
esteja neles e Eu esteja neles».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons, que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal ou da
Ascensão
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 16, 7
Em verdade vos digo:
É melhor para vós que Eu vá deste mundo para o Pai.
Se Eu não for para o Pai, diz o Senhor,
não virá sobre vós o Espírito Santo. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos pedimos, Senhor, que a participação nestes santos mistérios
ilumine a nossa inteligência e fortaleça a nossa vontade, a fim de podermos
viver em plenitude as riquezas do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 22, 30; 23, 6-11: Como
aconteceu com Jesus, o fim de Paulo será também cair nas mãos do tribunal, onde
mais se hão de manifestar os ódios dos homens do que a justiça de Deus; ou
antes, esta triunfará, mas por outros caminhos. Julgado em Jerusalém por
acusações dos judeus, Paulo recebe do Senhor a revelação de que ele está
destinado a levar o testemunho do Evangelho à própria cidade de Roma, nesse
tempo o centro do império romano e do mundo. Paulo continua a ser o “vaso de
eleição” que há de levar o nome do Senhor diante dos reis pagãos.
Jo 17, 20-26: A
unidade das Pessoas divinas é a fonte e o modelo da unidade entre os cristãos.
O Filho de Deus feito homem é o primeiro Homem, Cabeça da humanidade nova,
Centro da unidade de todos os homens, Mediador da união entre os homens e Deus.
Foi para estabelecer esta união que Jesus Se ofereceu na Cruz; por ela Ele orou
e continua a orar junto do Pai.
AGENDA DO DIA:
18.00
horas: Missa em Nisa
18.30
horas: Oração do terço em Alpalhão
21.00
horas: Oração do terço em Nisa.
A VOZ DO
PASTOR:
“VEM
E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA
Dia Internacional da
Família, Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social,
Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição acompanhou
a mudança do Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o Domingo da
Ascensão! Todos estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é correr o
risco de não falar de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial dos
Meios da Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de eloquência
vazia que abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública, inclusive
entre nós, comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou piropo, o
Papa cita um dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma infinidade de
nadas. As suas razões são dois grãos de trigo perdidos em dois feixes de palha.
Têm-se de procurar o dia todo para os achar, e, quando se encontram, não valem
a procura».
Como a vida não
permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos,
discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma
grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei
pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria
no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os
discípulos, enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração,
de olhar fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco,
que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”. Esse
Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E
“voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).
A Ressurreição e a
Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os
discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz
acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não
podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham
visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova
que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher,
despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do
tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário
de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização,
incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez
história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos
da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados.
Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e
transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e
atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco:
“Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que
o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma
separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no
meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força
verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa
ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos
da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados
pela Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de
revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os
ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há
progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de
coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao
próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é
para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora,
sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua
a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada
pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma grande
alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor eterno
para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos”
(Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos como
comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria vida
será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a
comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e
encontro, a sociedade será melhor.
O Papa, para
desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no
Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão
para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na
redação dum jornal, no mundo da web,
ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a
informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das
agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos
sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os
próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem
anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã
primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando
João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João
Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe
onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles
foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que
jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro
horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto
Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante
esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E
acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um
conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem
e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação
mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar,
permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu testemunho
chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender, experimentando-as. Na verdade, não se comunica só com as
palavras, mas também com os olhos, o tom da voz, os gestos. O intenso fascínio
de Jesus sobre quem O encontrava dependia da verdade da sua pregação, mas a
eficácia daquilo que dizia era inseparável do seu olhar, das suas atitudes e
até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).
Ao longo dos tempos,
muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e
vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração
a coração, o que viu e experimentou.
A Evangelii
Gaudium refere: “Hoje que a Igreja
deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que
nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas
com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a
pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que
realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a
disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede
espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho.
Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo
pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas
esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que
enchem o coração” (EG127-128).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021
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