quarta-feira, 19 de maio de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Quinta, 20 de maio de 2021

 

Quinta-feira da semana VII

 

 

LITURGIA

Quinta-feira da semana VII

S. Bernardino de Sena, presbítero – MF

Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou da Ascensão.

L 1 At 22, 30: 23, 6-11; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11
Ev Jo 17, 20-26

* Na Ordem Franciscana – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – B. Josefa Stenmanns, Cofundadora da Congregação – FESTA
* Na Congregação Salesiana (Évora) – Aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora – SOLENIDADE

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Hebr 4, 16
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos misericórdia do Senhor. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor, aos vossos fiéis os dons do Espírito Santo, para que Ele nos transforme interiormente e crie em nós um coração novo, agradável a vossos olhos e dócil à vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 22, 30; 23, 6-11
«É necessário que dês testemunho também em Roma»


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações dos judeus contra Paulo, mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo para comparecer diante deles. Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo partido dos saduceus e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e é pela nossa esperança na ressurreição dos mortos que estou a ser julgado». Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se. De facto os saduceus dizem que não há ressurreição, nem Anjos, nem espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa. Levantou-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito ou um Anjo que lhe falou?». A discussão redobrou de violência, a tal ponto que o tribuno, receando que eles despedaçassem Paulo, ordenou que os soldados descessem para o tirarem do meio deles e o reconduzissem à fortaleza. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar testemunho também em Roma».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 1-2a.5.7-8.9-10.11 (R. 1 ou Aleluia)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio. Repete-se
Ou: Guardai-me, Senhor: esperei em Vós. Repete-se

Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino. Refrão

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Refrão

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção. Refrão.

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão


ALELUIA Jo 17, 21
Refrão: Aleluia Repete-se
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste. Refrão


EVANGELHO Jo 17, 20-26
«Sejam consumados na unidade»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons, que Vos oferecemos como sacrifício espiritual, e fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal ou da Ascensão


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 16, 7
Em verdade vos digo:
É melhor para vós que Eu vá deste mundo para o Pai.
Se Eu não for para o Pai, diz o Senhor,
não virá sobre vós o Espírito Santo. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos pedimos, Senhor, que a participação nestes santos mistérios ilumine a nossa inteligência e fortaleça a nossa vontade, a fim de podermos viver em plenitude as riquezas do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Atos 22, 30; 23, 6-11: Como aconteceu com Jesus, o fim de Paulo será também cair nas mãos do tribunal, onde mais se hão de manifestar os ódios dos homens do que a justiça de Deus; ou antes, esta triunfará, mas por outros caminhos. Julgado em Jerusalém por acusações dos judeus, Paulo recebe do Senhor a revelação de que ele está destinado a levar o testemunho do Evangelho à própria cidade de Roma, nesse tempo o centro do império romano e do mundo. Paulo continua a ser o “vaso de eleição” que há de levar o nome do Senhor diante dos reis pagãos.

Jo 17, 20-26: A unidade das Pessoas divinas é a fonte e o modelo da unidade entre os cristãos. O Filho de Deus feito homem é o primeiro Homem, Cabeça da humanidade nova, Centro da unidade de todos os homens, Mediador da união entre os homens e Deus. Foi para estabelecer esta união que Jesus Se ofereceu na Cruz; por ela Ele orou e continua a orar junto do Pai.


AGENDA DO DIA:

18.00 horas: Missa em Nisa

18.30 horas: Oração do terço em Alpalhão

21.00 horas: Oração do terço em Nisa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

“VEM E VÊ” – EVITARÁS A MUITA PARRA E POUCA UVA

 

Dia Internacional da Família, Semana da Vida, Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu e Dia da Espiga se a tradição acompanhou a mudança do Dia da Ascensão, de Quinta-feira da Ascensão para o Domingo da Ascensão! Todos estes temas são dignos de atenção. Falar de todos é correr o risco de não falar de nenhum! Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial dos Meios da Comunicação Social, pede para pensarmos na quantidade de eloquência vazia que abunda no nosso tempo em todas as esferas da vida pública, inclusive entre nós, comunicadores cristãos. Para acentuar este seu mimo ou piropo, o Papa cita um dramaturgo inglês que diz: «Fala muito, diz uma infinidade de nadas. As suas razões são dois grãos de trigo perdidos em dois feixes de palha. Têm-se de procurar o dia todo para os achar, e, quando se encontram, não valem a procura».

 

Como a vida não permite que fiquemos inertes a olhar para o céu, temos de ouvir os conselhos, discernir e arriscar, fazendo opções, mesmo que isso, por vezes, seja uma grande espiga! Escutando o conselho dos dois homens vestidos de branco, optei pela Ascensão do Senhor que fez despoletar uma estridente explosão de alegria no coração de quem presenciou o facto. Quando Jesus se elevou ao Céu, os discípulos, enquanto Ele se afastava, ficaram, num misto de espanto e adoração, de olhar fixo no céu. Entretanto, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?”. Esse Jesus, “virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu” (At 1, 10-11). E “voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,25).

 

A Ressurreição e a Ascensão de Jesus Cristo foram a grande notícia que correu célere. Os discípulos de Jesus, eufóricos por terem sido testemunhas deste feliz acontecimento, testemunhas de antemão escolhidas, não podiam calar-se, não podiam conter em si este fervilhar interior, tinham de partilhar o que tinham visto, ouvido e tocado. E logo partem por toda a parte a difundir esta Boa Nova que, ao longo dos tempos, interpelou quem teve a graça de a ouvir e acolher, despertou a curiosidade dos curiosos e incrédulos, sacudiu os manda chuva do tempo e doutros tempos, provocou estudos, muitos estudos, inspirou o imaginário de artistas das mais diversas áreas, fomentou uma cultura e uma civilização, incendiou o mundo e os corações de muita gente com o fogo do amor, fez história, fez mártires e santos. Sim, o impacto social foi enorme, os destinos da História mudaram, o modo de ser e estar da humanidade foram revolucionados. Mas este programa verdadeiramente salvífico, explosivo, revolucionário e transformador, não perdeu a validade e a eficácia, ele continua atual e atuante, até que Ele venha. Assim o disseram os dois homens vestidos de branco: “Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que o vistes ir para o Céu!”. A Ascensão de Cristo ao Céu, se significa uma separação física dos seus amigos, ela inaugura uma nova presença de Jesus no meio do mundo, na e através da sua Igreja. Continua a ser uma força verdadeiramente subversiva a influenciar para o bem. Age como fermento na massa ou sal na comida, dá sabor ao pão e ao presigo de cada dia, é luz nos caminhos da vida. E sê-lo-á tanto mais quanto mais existirem comunicadores apaixonados pela Verdade, descobrindo, por experiência própria, quanto a Verdade é capaz de revolucionar interiormente as pessoas, as famílias, as instituições, os ambientes de trabalho e da diversão. Onde ela chega, há compromisso social, há progresso justo e sustentável, há harmonia e paz social, há dinamismos de coesão fraterna e solidária, há respeito pela casa comum, há amor a Deus e ao próximo. Por isso, como recorda o Papa Francisco, a alegria desta Boa Nova é para anunciar “a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo”. Ela continua  a ser “para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que será para todo o povo” (EG23). É “uma Boa Nova de valor eterno para anunciar aos homens da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos” (Ap 14,6). Se isto acontecer, todas as famílias sentirão os seus efeitos como comunidade de vida e de amor num projeto estável e partilhado, a própria vida será respeitada na sua dignidade desde a conceção à morte natural, a comunicação social, sem “eloquência vazia”, pelejará pela proximidade e encontro, a sociedade será melhor.

 

O Papa, para desenvolver a Mensagem referida, baseou-se no “Vem e Verás”, que nos aparece no Evangelho de São João (Jo 1, 46). A partir daí, proporciona uma séria reflexão para todos os comunicadores que queiram ser transparentes e honestos, seja na redação dum jornal, no mundo da web, ou na comunicação política ou social. Francisco não vê com bons olhos a informação “construída nas redações, diante do computador, nos terminais das agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os próprios olhos determinadas situações”. Coisa que também se aplica a quem anuncia o Evangelho. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã primeiramente se comunicou: “ir, ver e partilhar”. Francisco lembra que quando João Batista apontou Jesus como o Cordeiro de Deus, os discípulos de João Batista seguiram Jesus e perguntaram-lhe  onde é que Ele morava. Jesus respondeu-lhes: «Vinde ver». Eles foram, viram e ficaram com Ele. Este encontro foi de tal modo marcante que jamais esqueceram a própria hora em que aconteceu: foi por volta das quatro horas da tarde (Jo 1, 36-39). Quando Filipe disse a Natanael que tinha visto Aquele de quem falavam as Escrituras, Natanael colocou reticências. Perante esta atitude de Natanael, Filipe desafia-o: “Vem e verás” (1Jo 44-46. E acrescenta o Papa: “A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer”. O método «vem e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar, permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu testemunho chegue até mim”. Algumas coisas “só se podem aprender, experimentando-as. Na verdade, não se comunica só com as palavras, mas também com os olhos, o tom da voz, os gestos. O intenso fascínio de Jesus sobre quem O encontrava dependia da verdade da sua pregação, mas a eficácia daquilo que dizia era inseparável do seu olhar, das suas atitudes e até dos seus silêncios” (cf. Mensagem referida).

 

Ao longo dos tempos, muitos homens e mulheres aceitaram o convite: “vem e verás”. Quem vem e vê, não pode deixar de partilhar com os outros, de pessoa a pessoa, de coração a coração, o que viu e experimentou.

 

A Evangelii Gaudium refere: “Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho. Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que enchem o coração” (EG127-128).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 14-05-2021

 

 

 

 

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