sexta-feira, 28 de maio de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Sábado, 29 de maio de 2021

 

Sábado da VIII Semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

Sábado da semana VIII

S. Paulo VI, papa – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Sir 51, 17-27 (gr. 12-20); Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 11
Ev Mc 11, 27-33

* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António José Cavaco Carrilho, Bispo Emérito do Funchal (1999).
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. José Kowalski, presbítero e mártir – MO e MF
* I Vésp. da Santíssima Trindade – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

Nota Histórica

João Baptista Montini nasceu a 26 de Setembro de 1897 em Concesio (Bréscia), na Itália. Foi ordenado sacerdote a 29 de Maio de 1920, distinguiu-se pela extraordinária solicitude apostólica e nomeado Arcebispo de Milão. Foi eleito à cátedra de Pedro em 21 de Junho de 1963. Perseverou infatigavelmente na obra iniciada pelos seus predecessores, em particular, levando a cabo o Concílio Vaticano II, deu cumprimento à reforma litúrgica, promoveu o diálogo ecuménico e o anúncio do Evangelho. A 6 de Agosto de 1978, no Castelo Gandolfo, entregou a alma a Deus.

 

MISSA

Comum dos pastores da Igreja (Papa)


ORAÇÃO DE COLECTA

Deus eterno e omnipotente,
que chamastes o papa São Paulo VI,
solícito apóstolo do Evangelho do vosso Filho,
para governar a santa Igreja,
fazei que, iluminados pelos seus ensinamentos,
colaboremos generosamente  no vosso reino
para que se dilate a civilização do amor em todo o mundo.
Por Nosso Senhor.



LEITURA I 1 Cor 9, 16-19.22-23
«Ai de mim se não evangelizar!»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios


Irmãos:
Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória,
é uma obrigação que me foi imposta.
Ai de mim se não anunciar o Evangelho!
Se o fizesse por minha iniciativa,
teria direito a recompensa.
Mas, como não o faço por minha iniciativa,
desempenho apenas um cargo que me está confiado.
Em que consiste, então, a minha recompensa?
Em anunciar gratuitamente o Evangelho,
sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere.
Livre como sou em relação a todos,
de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível.
Com os fracos tornei-me fraco,
a fim de ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para todos,
a fim de ganhar alguns a todo o custo.
E tudo faço por causa do Evangelho,
para me tornar participante dos seus bens.


Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2a.2b-3.7-8a.10 (R. 3)

Refrão: Anunciai em todos os povos as maravilhas do Senhor.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

Dai ao Senhor, ó famílias dos povos,
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome.

Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.


ALELUIA Mc 1, 17
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde comigo, diz o Senhor,
e farei de vós pescadores de homens. Refrão

EVANGELHO Mt 16, 13-19
«Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe
e perguntou aos seus discípulos:
«Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam:
«Uns dizem que é João Baptista,
outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou:
«E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse:
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe:
«Feliz de ti, Simão, filho de Jonas,
porque não foram a carne e o sangue que to revelaram,
mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro;
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus:
tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus,
e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que nos concedeis estes dons que Vos oferecemos
e nos atribuís o mérito do oferecimento,
nós Vos suplicamos:
o que nos dais como fonte de mérito
nos obtenha o prémio da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 12, 6
Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez,
exaltarei o nome do Senhor, cantarei hinos ao Altíssimo.

Ou Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados,
concedei-nos, por este sacramento
com que nos alimentais na vida presente,
a comunhão convosco na vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra

 

LEITURAS:


AGENDA DO DIA:

11.00 horas: batismo e Primeira Comunhão em Nisa

16.00 horas: Bodas de Ouro matrimoniais em Nisa

17.30 horas: Oração do Terço em Nis e Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

UMA PRESENÇA DISCRETA MAS EFICAZ

 

 

É elegantemente afável. Tem um agir muito próprio. Não fala de si próprio. Nunca ninguém o ouviu falar. Fala-se muitíssimo dele, é verdade, mas nunca ninguém o viu. Não se evidencia, vive como se não existisse, em família, em comunidade, discretamente, como se não existisse. A sua presença, porém, experimenta-se, vive-se, usufrui-se, produz frutos em abundância, provoca alegria e paz. São imensuráveis os efeitos da sua atividade, tanto na vida das pessoas como na história do universo. É muitas vezes designado por vento, fogo, luz, dom, fonte de água viva... Quem o acolhe e escuta com os ouvidos do coração não baterá com a cabeça na parede. Isso poderá acontecer a quem não lhe presta atenção, mesmo quando esse seu agir se manifesta através dum conselho de alguém. Fazer-lhe ouvidos moucos e agir levianamente, sem avaliar e discernir, é de loucos, pode fazer partir a cabeça e a parede! Bernard Sesboué diz, e explica, que assim como a psicologia das profundidades alerta para a importância do inconsciente na nossa vida, este alguém de quem falamos é, de alguma forma, o nosso “inconsciente divino”, aquele a quem podemos “causar desgosto” em nós mesmos porque estamos marcados com o seu selo (Ef 4, 30). O leitor já descobriu de quem se trata? Pois é, é Ele mesmo!...

 

Por Ele, Jesus encarnou no seio da Virgem Maria. Em forma de pomba, desceu sobre Jesus no batismo no Jordão.  No Cenáculo, veio sobre os Apóstolos sob a forma de línguas de fogo. É-nos apresentado como princípio de atividade, como criador, santificador, consolador, advogado, Espírito da promessa, Espírito de adoção, Espírito de Cristo, Espírito do Senhor, Espírito de Deus, Espírito de Verdade,  Espírito de glória, Paráclito... É o poder de Deus que vem, que permanece em Jesus, que distribui os dons de Deus pelas pessoas, como lhe apraz. O Pai e o Filho têm falado aos homens e falam um com o outro. Ele não fala, mas deve-se-lhe a eficácia operativa quer à palavra quer aos sacramentos. O Espírito Santo, Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, guarda silêncio, mas um silêncio ativo e eficaz. Ele inspirou as Escrituras, assiste e dinamiza a Igreja, enriquece-a, santifica-a, edifica-a com dons e carismas numa variedade imensa de vocações, ministérios e serviços, sem que a diversidade destrua a unidade e a comunhão. Atua na liturgia sacramental, intercede por nós na oração, impulsiona a vida apostólica e missionária. É a alma, o protagonista da evangelização, manifesta-se no testemunho dos mártires e santos, ilumina na interpretação da palavra de Deus. Não ensina nada de novo, é verdade, mas recorda e ajuda a aprofundar o ensinamento de Jesus. Guia os discípulos para a verdade total e está connosco para sempre, nesta missão invisível de acompanhar e continuar a missão de Jesus. Mas se não fala, Ele age nas pessoas que falam, fá-las falar com coragem, inspira-as segundo o pensamento do Pai e do Filho. A palavra dos profetas é-lhe atribuída. Os Atos dos Apóstolos referem que “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem”. Segundo São Paulo, ao Espírito Santo se deve a graça de podermos professar a nossa fé, de nos voltarmos para Deus e lhe chamarmos Pai, de confessarmos que “Jesus é Senhor”. Ele habita no coração dos crentes, inspira a sua liberdade, com respeito, sem nunca a violentar, motiva a vontade para falar e agir segundo Deus. Convida à mudança e à conversão, age na intimidade de cada pessoa, leva-a a descobrir e a reconhecer a dignidade da natureza humana, a grandeza da inteligência, o valor da consciência, a excelência da liberdade, individual e alheia. Faz-nos compreender mais profundamente o que significa ser batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, impele-nos ao apostolado, à participação e à corresponsabilidade, sem medos, sem preconceitos nem prudências mal entendidas. É pela sua força que se denuncia com coragem o mal, que angustia e escraviza, e se anuncia a Palavra de Jesus, que liberta e salva.

 

Como “Espírito que dá vida e renova a face da terra”, não é monopólio da Igreja nem de ninguém. Ele age com soberana e universal liberdade, “entra constantemente na história do mundo através do coração humano; suscita aspirações e realizações que encarnam valores humanos e, por isso, cristãos; valores que se apresentam como “sinais” dos desígnios de Deus e chamam a humanidade a renovar-se em Cristo e a transformar-se em família de Deus (cf. CEP- Carta Pastoral – O Espírito Santo que dá a vida, 1997, 14).

 

São Cirilo da Alexandria, do século IV, deixou-nos uma interessante catequese sobre o Espirito Santo como fonte de água viva que jorra para a vida eterna. Diz ele: “Novo género de água esta que vive e jorra; mas jorra apenas sobre os que são dignos dela. Mas porque é que o Senhor dá o nome de «água» à graça do Espírito? Certamente porque tudo tem necessidade de água; ela sustenta as ervas e os animais. A água da chuva cai dos céus; e embora caia sempre do mesmo modo e na mesma forma, produz efeitos muito variados. Não é, de facto, o mesmo, o efeito que produz na palmeira e na vide, e assim em todas as coisas, embora a sua natureza seja sempre a mesma e não possa ser diversa de si própria. Na verdade, a chuva não se modifica a si mesma em qualquer das suas manifestações; mas, ao cair sobre a terra, acomoda-se às estruturas dos seres que a recebem, dando a cada um deles o que necessita. De maneira semelhante, o Espírito Santo, sendo único, com uma única maneira de ser e indivisível, distribui por cada um a graça como lhe apraz. E assim como a árvore ressequida, ao receber a água, produz novos rebentos, assim também a alma pecadora, ao receber do Espírito Santo o dom do arrependimento, produz frutos de justiça. O Espírito tem um só e o mesmo modo de ser; mas, por vontade de Deus e pelos méritos de Cristo, produz efeitos diversos. Serve-se da língua de uns para comunicar o dom da sabedoria; ilumina a inteligência de outros com o dom da profecia. A este dá-lhe o poder de expulsar os demónios; àquele concede-lhe o dom de interpretar as divinas Escrituras. A uns fortalece-os na temperança, a outros ensina-lhes a misericórdia; a estes inspira a prática do jejum e os exercícios da vida ascética, àqueles a sabedoria nas coisas temporais; a outros prepara-os para o martírio. Enfim, manifesta-Se de modo diferente em cada um, mas permanece sempre igual a Si mesmo, como está escrito: A cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum. Branda e suave é a sua aproximação; benigna e agradável é a sua presença; levíssimo é o seu jugo. A sua vinda é precedida pelas irradiações resplandecentes da sua luz e da sua ciência. Ele vem como protetor fraterno: vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar a alma de quem o recebe, e depois, por meio desse, a alma dos outros”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 21-05-2021.

 

 

 

 

 

 

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