PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta -
feira, 14 de maio de 2021
VI semana
da Páscoa
LITURGIA
Sexta-feira da semana VI
S. Matias, Apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 At 1, 15-17. 20-26; Sal 112 (113), 1-2. 3-4. 5-6. 7-8
Ev Jo 15, 9-17
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – I
Vésp. de S. João Batista de La Salle
S. MATIAS, Apóstolo
Nota Histórica
Foi escolhido para completar o grupo dos
Doze, em substituição de Judas, para ser, como os outros Apóstolos, testemunha
da ressurreição do Senhor, como se lê em Atos 1,15-26
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Jo
15, 16
Não fostes vós que Me escolhestes, diz o Senhor.
Fui Eu que vos escolhi e vos destinei,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que escolhestes São Matias
para tomar parte no ministério dos Apóstolos,
concedei, por sua intercessão,
que nos alegremos sempre no vosso amor
e sejamos um dia contados entre os vossos eleitos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 1, 15-17.20-26
«A sorte caiu em Matias, que foi agregado aos onze Apóstolos»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias,
estavam reunidas cerca de cento e vinte pessoas.
Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse:
«Irmãos, era necessário que se cumprisse
o que o Espírito Santo anunciou na Escritura,
pela boca de David,
a respeito de Judas, que foi o guia dos que prenderam Jesus.
Na verdade, era um dos nossos
e foi-lhe atribuída uma parte neste ministério.
Está escrito no Livro dos Salmos:
‘Fique deserta a sua morada
e não haja quem nela habite’.
E ainda: ‘Receba outro o seu cargo’.
É necessário, portanto,
que de entre os homens que estiveram connosco
durante todo o tempo que o Senhor Jesus viveu no meio de nós,
desde o baptismo de João
até ao dia em que do meio de nós foi elevado ao Céu,
um deles se torne connosco testemunha da sua ressurreição».
Apresentaram dois:
José, chamado Barsabás, de sobrenome Justo, e Matias.
E oraram, dizendo:
«Senhor, que conheceis o coração de todos os homens,
indicai-nos qual destes dois escolhestes
para ocupar, no ministério apostólico,
o lugar que Judas abandonou, a fim de ir para o seu lugar».
Deitaram sortes sobre eles
e a sorte caiu em Matias
que foi agregado aos onze Apóstolos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 112 (113), 1-2.3-4.5-6.7-8 (R. cf. 8)
Refrão: O Senhor fê-lo sentar-se com os grandes do seu povo.
Ou: Aleluia.
Louvai, servos do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre.
Desde o nascer ao pôr do sol,
seja louvado o nome do Senhor.
O Senhor domina sobre todos os povos,
a sua glória está acima dos céus.
Quem se compara ao Senhor nosso Deus,
que tem o seu trono nas alturas
e Se inclina lá do alto
a olhar o céu e a terra?
Levanta do pó o indigente
e tira o pobre da miséria,
para o fazer sentar com os grandes,
com os grandes do seu povo.
ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça. Refrão
EVANGELHO Jo 15, 9-17
«Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Assim como o Pai Me amou,
também Eu vos amei.
Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor,
assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai
e permaneço no seu amor.
Disse-vos estas coisas,
para que a minha alegria esteja em vós
e a vossa alegria seja completa.
É este o meu mandamento:
que vos ameis uns aos outros,
como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor
do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos,
se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos,
porque o servo não sabe o que faz o seu senhor;
mas chamo-vos amigos,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes;
fui Eu que vos escolhi e destinei,
para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça.
E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome,
Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que a Igreja Vos oferece na festa de São Matias
e fortalecei-nos sempre com o poder da vossa graça.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Apóstolos I ou II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 15, 12
É este o meu mandamento, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, Alimentai sempre, a vossa família
com estes dons divinos,
para que, por intercessão de São Matias,
sejamos por Vós recebidos na herança dos santos,
na luz divina.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica,
escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO DIA:
11.00
horas: Funeral no Gavião
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.30
horas: Oração do terço na Igreja de Alpalhão
18.00
horas: Missa em Nisa
21.00
horas: Oração do terço em Nisa.
A VOZ DO
PASTOR:
ACREDITA, EUROPA!... CRISTO NÃO É CONTRA TI!...
O nove de maio é o teu Dia, ó Europa. Por ser o teu Dia, também é
nosso, somos europeus, festejamo-lo com alegria. Apesar de tudo quanto te
engrandece e nos atrai, temos a dizer-te que não há bela sem senão! Por que
vives tão preconceituosa em relação a Cristo, se Ele também falou, agiu e
morreu por ti? Por que lavas as mãos como Pilatos e permites que Cristo
continue a ser preso, esbofeteado e crucificado? Não o ouves a dizer-te: “Se
falei mal, diz-me em quê. Mas se falei bem, porque me bates?” (cf. Jo
18,23). Não foram os discípulos de Cristo que fizeram essa admirável síntese
entre a fé de Israel e o espírito grego e cimentaram a tua identidade e cultura?
Não foi a força dessa identidade e cultura que, aquando das circunstâncias
históricas e políticas que te estilhaçaram e deram origem a sociedades com
culturas próprias, não foi essa identidade e cultura o teu elemento unificador?
Não foi no cristianismo que se identificavam quase todos os atos da tua
população? Não foi pela influência cristã que a tua consciência coletiva foi
assimilando os valores fundamentais da sadia convivência humana e se integraram
povos e culturas diversas? Não foi pelo contributo determinante do cristianismo
que se foram afirmando os valores da dignidade da pessoa humana e o da
razão, e se foram adquirindo os valores da liberdade, do ideal democrático, do
Estado de direito e da distinção entre política e religião, dando corpo à
proclamação universal dos direitos humanos? Não foi pela força da fé em Cristo
que se construíram obras de arte e de pensamento que ainda hoje salpicam todo o
teu espaço geográfico, causam admiração a quantos amam a excelência e a
harmonia, e são verdadeiros monumentos a eternizar a nobreza da tua alma e
cultura? Se te orgulhas de ser o velho mundo, o mundo das grandes
transformações históricas e avanços científicos e técnicos, não reconheces que
estás a ficar mesmo muito velha pela falta de natalidade, pela perda do sentido
da vida, pelo vazio interior de tantos e tantas a fazer olhar o teu futuro com
“mais medo que desejo”? Não reparas que, à medida que te afastas ou não te
apoias no ideal da fraternidade anunciado por Cristo, os Barrabás pululam, o
racismo e a violência avançam cada vez mais, o tráfego humano torna-se a nova e
vergonhosa escravatura, os mais frágeis são marginalizados, os pobres aumentam,
os desequilíbrios socias crescem, os oportunistas dão à perna e a barbaridade
das guerras pode voltar? Não te lembras que, com os Descobrimentos, deste a
conhecer ao resto do mundo a pessoa de Jesus Cristo, os valores cristãos e
culturais, e outros que te enriqueciam e eram o teu brio? Por que desdenhas em
reconhecer e recuperar esses valores com alegria e fidelidade criativa, não
para voltar para trás, mas para promover novos dinamismos que envolvam e
mobilizem, com alegria e esperança? Ou será, que, por meros preconceitos e
apenas para demolires o passado, só reténs e exploras os insucessos, as
piratarias e o malfazer dos de cerviz dura e coração de pedra, para,
agora, te colocares em bicos de pés em processo de endeusamento? E não tens,
porventura, também hoje, dentro de ti, em crescendo, insucessos, piratarias,
malfazer e quejandos? Tê-los-ás tanto mais quanto menos te apoiares na
fraternidade universal que nos une e humaniza. Se somos irmãos, é porque temos
um Pai comum que é Deus. Seu Filho Jesus Cristo é que no-lo veio revelar em
plenitude, falando-nos como a amigos e apontando-nos o caminho, Ele mesmo o
Caminho, a Verdade e a Vida. Neste projeto verdadeiramente revolucionário, se
trabalhou muita gente, teve como principais promotores São Bento,
italiano, da Europa Ocidental, São Cirilo e São Metódio, eslavos, da Europa de
Leste. Homens apaixonados pelo projeto salvador de Jesus Cristo, apóstolos
incansáveis e teus Padroeiros, foram eles os principais construtores desse pano
de fundo em que os teus povos se reviam.
Sabemos que com o surgir do renascimento, da revolução industrial,
dos avanços da ciência, da tecnologia cada vez mais perfeita, da cibernética,
da robótica e da informática, das viagens espaciais e de todo o progresso que,
felizmente, nos envolve, sabemos que tudo isso te fez pular o sentimento de
tudo poder, de tudo ter e conhecer, julgando até que, sem precisares de Deus
para nada, virás a ter a resposta para todas as tuas interrogações
existenciais. Embebecida com tudo isso e com tudo o que nisso se pendura, vives
hoje voltada para o outro lado da cama onde te deitaste, esquecendo o grande sinal
da Cruz e sem insónias por causa disso. Aí, dormente, embrulhada numa manta de
farrapos neopagã, costurada com os fios dum novelo chamado “apostasia
silenciosa”, sonhas alto em adocicar o Evangelho à tua medida, em jeito de
teorias da new age. A perda de valores, a intolerância e os fanatismos, os
elitismos e a corrupção, a exploração e exclusão de pessoas, são fruto de uma
imagem de Deus forjada, manipulada e usada a bel prazer de quem a fabrica,
julgando-se superior e diferente do resto dos mortais, a quem tenta convencer
que só ele é que sabe, só ele está certo. Essa não é a imagem do Deus de Jesus
Cristo, amigo e protetor do homem, fonte de vida, de justiça e de paz. Ninguém
duvida, ó Europa, que vives atarefada com muita coisa importante, boa e necessária,
é verdade, todos te devemos o nosso respeito por isso. Mas fica a impressão que
dás pouca ou nenhuma atenção àquilo que também é essencial e forte laço de
coesão e desenvolvimento: a tua verdadeira identidade e referência cultural.
Mesmo sem especializadas lunetas, nota-se que a única força centrípeta que move
e une os teus países, é a galinha dos ovos de ouro. Se ela se torna infecunda,
se ela os não põe, se os ovos se partem, se os ovos caem apenas nas mãos de
quem tem os braços da ambição mais compridos, se as tais bazucas ou vitaminas
não se chegam à frente, adeus Europa, duvido que te aguentes apesar de tudo o
que tens de ótimo, que é muito e muito bom. É da experiência histórica que,
quando o homem coloca Deus de lado, quando constrói uma antropologia sem Deus e
sem Cristo e se coloca a si próprio no centro do mundo, o homem acaba por abrir
as comportas ao pior de si mesmo e torna-se o predador do próprio
homem em vez de o amar e proteger! “Homo homini lupus”, o
homem é o lobo do homem, na célebre frase de Titus Plautus, de antes de Cristo,
e mais divulgada por Thomas Hobbes, no século XVII.
Neste Dia da Europa, muitos falarão de muitas outras coisas que não destas, e bem. Mas disto também é preciso falar. Para cada nova geração, são precisos novos apóstolos que tenham a coragem de falar de Cristo, de testemunhar a fé mediante um estilo de vida inspirado no Evangelho, vivido com criatividade e idealismo saudável, sem vergonha nem respeitos humanos. Por isso, ninguém pode deixar de recordar a todos os cristãos, sobretudo àqueles que ocupam instâncias de poder e de influência política e social, as palavras dum grande santo dos nossos dias e de saudosa memória, a quem a Europa tanto deve: São João Paulo II. Deixo uma síntese dos apelos que ele faz a todos os europeus de boa vontade nos últimos números do capítulo VI da Exortação Apostólica pós-Sinodal sobre a Igreja na Europa. Aí, ao seu bom estilo, ele lembra que a Europa do terceiro milénio precisa de dar um salto qualitativo na tomada de consciência da sua herança espiritual. Todos os cristãos e gente de boa vontade, têm o dever de anunciar a mensagem de alegria e de esperança, recordando-lhe, com entusiasmo: Europa, “O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso Salvador!”: não deixes cair os teus braços; não cedas ao desânimo, não te resignes a formas de pensar e de viver que não têm futuro. Volta a encontrar-te, sê tu mesma, descobre as tuas origens, reaviva as tuas raízes. O tesouro da fé cristã funda a tua vida social e não pertence só ao passado. É um projeto para o futuro que deve ser transmitido às novas gerações. Não temas! O Evangelho não é contra ti, mas a teu favor. A inspiração cristã pode transformar a união política, cultural e económica numa convivência onde todos os europeus se sintam em casa própria e formem uma família de nações. Tem confiança! Em Jesus, encontrarás a esperança sólida e duradoura por que anseias. É uma esperança fundada na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Esta vitória, quis Ele que te pertencesse para tua salvação e alegria. Podes estar certa! O Evangelho da esperança não desilude, é luz que ilumina e orienta o teu caminho; é força que te sustenta nas provações; é profecia de um mundo novo; é indicação de um novo início; é convite a todos, crentes e não crentes, para traçarem caminhos sempre novos que desemboquem na “Europa do espírito” a fim de fazer dela uma verdadeira “casa comum” onde haja alegria de viver (cf. EE121-122).
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