PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 24 de outubro de 2021
XXX domingo do tempo comum
LITURGIA
DOMINGO XXX DO TEMPO
COMUM
Verde – Ofício do domingo
(Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória Credo, pf. dominical.
L 1 Jer 31, 7-9; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
L2 Hebr 5, 1-6
Ev Mc 10, 46-52
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Dia mundial das Missões. Onde se realizam celebrações especiais pelas
missões, pode dizer-se a Missa “Pela evangelização dos povos” – (MR, p. 1208).
* Em todas as Dioceses de Portugal – Ofertório para as Missões.
* Na Sociedade Missionária da Boa Nova – Dia Mundial das Missões.
* Na Diocese de Beja (Beja) – S. Sisenando, diácono e mártir, Padroeiro
principal da cidade – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – Aniversário da
fundação da Congregação (1673).
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – S. António Maria
Claret, bispo, Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Na Sociedade Missionária da Boa Nova – Dia de ação de graças pela fundação da
Sociedade.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para as Missões.
* No Patriarcado de Lisboa (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja
Catedral.
* Na Congregação dos Sagrados Corações – I Vésp. do aniversário da Dedicação da
própria igreja, em todas as igrejas dedicadas da Congregação.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE
ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 31, 7-9
«Vou trazer de novo o cego e o coxo entre lágrimas e preces»
Leitura do Livro
de Jeremias
Eis o que diz
o Senhor: «Soltai brados de alegria por causa de Jacob, enaltecei a primeira
das nações. Fazei ouvir os vossos louvores e proclamai: ‘O Senhor salvou o seu
povo, o resto de Israel’. Vou trazê-los das terras do Norte e reuni-los dos
confins do mundo. Entre eles vêm o cego e o coxo, a mulher que vai ser mãe e a
que já deu à luz. É uma grande multidão que regressa. Eles partiram com
lágrimas nos olhos e Eu vou trazê-los no meio de consolações. Levá-los-ei às
águas correntes, por caminho plano em que não tropecem. Porque Eu sou um Pai
para Israel e Efraim é o meu primogénito».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R. 3)
Refrão: Grandes maravilhas fez por nós o
Senhor,
por isso exultamos de alegria. Repete-se
Ou: O Senhor fez maravilhas em favor do
seu povo. Repete-se
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e dos nossos lábios cânticos de júbilo. Refrão
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria. Refrão
Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria. Refrão
À ida vão a chorar,
levando as sementes;
à volta vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas. Refrão
LEITURA II Hebr 5, 1-6
«Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec»
Leitura da
Epístola aos Hebreus
Todo o sumo
sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído em favor dos homens, nas
suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele
pode ser compreensivo para com os ignorantes e os transviados, porque também
ele está revestido de fraqueza; e, por isso, deve oferecer sacrifícios pelos
próprios pecados e pelos do seu povo. Ninguém atribui a si próprio esta honra,
senão quem foi chamado por Deus, como Aarão. Assim também, não foi Cristo que
tomou para Si a glória de Se tornar sumo sacerdote; deu-Lha Aquele que Lhe disse:
«Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei», e como disse ainda noutro lugar: «Tu és
sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec».
Palavra do Senhor.
ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia. Repete-se
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão
EVANGELHO Mc 10, 46-52
«Mestre, que eu veja»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele
tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande
multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à
beira do caminho. Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a
gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim». Muitos repreendiam-no para
que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de
mim». Jesus parou e disse: «Chamai-o». Chamaram então o cego e disseram-lhe:
«Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». O cego atirou fora a capa, deu
um salto e foi ter com Jesus. Jesus perguntou-lhe: «Que queres que Eu te
faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vai: a
tua fé te salvou». Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.
Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Jer 31, 7-9: Esta leitura refere-se, em primeiro lugar ao fim do
exílio do povo de Deus em Babilónia. Mas ela é, ao mesmo tempo, o quadro onde
encontram lugar todos os que sofrem e procuram salvação. Hoje, como então, a
palavra de Deus anuncia essa salvação. O Senhor quer reunir todos os homens e
de todos fazer um só povo, o seu povo. Para isso, chama-os das situações mais
humilhantes em que eles se encontram, e oferece-lhes a vida nova que Cristo nos
trouxe.
Hebr 5, 1-6: Jesus
é, junto do Pai, sacerdote de toda a humanidade e não já de um só povo apenas.
E não é sacerdote como os da Antiga Aliança, que morriam e tinham de ser
substituídos. Jesus é sacerdote de outra maneira, à maneira de Melquisedec,
aquela figura misteriosa que saiu ao encontro de Abraão, sem que se lhe conheça
nem a origem nem o fim, imagem por isso de Jesus, sacerdote eterno, porque está
vivo para sempre.
Mc 10, 46-52: A
profecia da primeira leitura, dizendo que entre os retornados do exílio estaria
o cego, realiza-se em Jesus Cristo. O cego, proclamando-O “Filho de David”,
reconhece n’Ele o Messias. Jesus, curando-o, recompensa a sua fé; mas
simultaneamente mostra que os tempos do Messias e da salvação por Ele oferecida
a todos os homens tinham chegado ao meio deles.
AGENDA DO DIA:
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo.
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em
Gáfete
12.20 horas: Funeral no
Cacheiro
15.30 horas:
Missa em Montalvão
15.30 horas:
Missa no Cacheiro
15.30 horas:
Missa no Arneiro
PENSAMENTO DO DIA
« Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR:
O AMOR ESTÁ SEMPRE EM MOVIMENTO
O que eles viram e ouviram não lhes
permitia que se calassem. E quando tiveram de enfrentar uma grande trupe endiabrada
que os queria fazer engolir em seco e proibir de anunciar o que tinham visto e
ouvido, eles ainda o anunciavam com mais coragem e entusiasmo. Importava mais
obedecer a Deus que aos homens (At 5, 29). É verdade que nós, hoje, não vimos,
não ouvimos como eles ouviram e viram. Não somos testemunhas de antemão
escolhidas (At 10, 41-42), mas estamos no número daqueles que acreditam sem
terem visto (Jo 20,29). E acreditamos pelo testemunho dos que viram, ouviram e
conviveram com Jesus (cf. At 4,20). No entanto, pode acontecer que hoje, tal
como no tempo dos profetas, muitos tapem os olhos para não ver e deixem
endurecer o coração para não entenderem nem quererem saber (cf. Is 44, 18). Mas
Jesus continua a dizer-nos: “Vós, porém, sois felizes porque os vossos olhos
veem e os vossos ouvidos ouvem. Eu vos garanto: muito profetas e justos
desejaram ver o que vós vedes e não viram, e ouvir o que vós ouvis e não
ouviram” (Mt 13, 16-17). E São Paulo desafia-nos a que, como discípulos de
Jesus, não nos cansemos de levar a Boa Nova a todos, pois, todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão invocar aquele em quem
não acreditam? E como poderão acreditar nele se nunca dele ouvirem falar? E
como poderão ouvir falar dele se não houver quem lhes vá anunciar? E como se poderá
anunciar se ninguém lhes for enviado? (cf. Rm 10, 13-15). Ao nos encaminharmos
para o fim deste mês dedicado à reflexão sobre a importância de sermos
verdadeiramente missionários, a Sagrada Escritura lembra-nos “como são belos os
pés daqueles que anunciam boas notícias!”.
A melhor das notícias que podemos transmitir
aos outros é o Evangelho de Jesus Cristo. Essa é a notícia por excelência! Anunciada
com alegria e esperança, com a força e a sabedoria do Espírito Santo, ela não
deixa ninguém indiferente, embora, tal como outrora, também hoje as atitudes sejam
diferentes de pessoa para pessoa. Alguns contentam-se em apenas vê-lo (Lc 19,
1-28). Outros vão ao templo para ver se o encontram (Lc 2, 25-32). Outros
apertam-se ao seu redor para o ouvir (Lc 5, 1). Outros alegram-se com todas as
maravilhas que Ele realizou e continua a realizar (Lc 13,17). Outros, julgando-se
indignos, apenas ousam tocar-lhe, mas logo sentem o seu terno acolhimento (Mc
5, 25-34). Outros continuam a perguntar-se quem é este homem que até perdoa os
pecados (Lc 7, 49). Outros, boquiabertos por até os ventos e as águas lhe
obedecerem (Lc 8, 25), maravilhados com a sua doutrina (Mc 11, 18) e cheios de
espanto com tudo o que Ele diz e faz (Lc 4, 36), deixam tudo para o seguir (Lc
5, 11). Outros contemplam-no como um grande profeta que apareceu entre nós, que
é Deus a visitar o seu povo (Lc 7, 16). Outros louvam a Deus pelo que ouvem e veem (Lc 5, 26) pelo
que experimentam e presenciam (Lc 5, 26). Outros, nem que seja de noite como
Nicodemos (Jo 3, 2), vão ao seu encontro para Lhe perguntar o que fazer para
serem felizes (Mt 19, 16-30). Outros preferem ser mortos a negar a pessoa de
Jesus (At 6, 1-70). Outros saltam de alegria por perceberem que Ele se oferece
para ficar em sua casa (Lc 19, 10). Outros ainda, permanecem sensíveis ao toque
de Jesus a bater à porta pedindo delicadamente licença para entrar e sentar-se
com eles à mesa (Ap 3, 20), sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as
situações mais complicadas da vida e se tomam as opções mais fundamentais...
É certo, também continuará a haver quem diga
que o mundo já se tornou adulto, que Deus é uma hipótese inútil, que Jesus é um
mito, que outros deuses são bem mais dignos de apreço: o poder, o dinheiro
fácil, o luxo e o prazer, o conforto do sofá e dos pés à lareira, o ter e o
mandar, o usar e deitar fora, o explorar, o descartar... O Deus de Jesus Cristo
incomoda, desaconselha a idolatria daqueles deuses, é um desmancha prazeres
para quem assim procede. Por isso, continuam a armar-lhe ciladas para o prender
(Jo 8, 1-11). Suplicam-lhe que se afaste (Mt 8, 34), entregam-no aos inimigos
(Jo 18, 1-3), condenam-no à morte (Jo 19, 1-42).
No entanto, como afirma Francisco na Mensagem
para o Dia Mundial das Missões, “o amor está sempre em movimento e põe-nos em
movimento, para partilhar o anúncio mais belo e promissor: «Encontramos o
Messias» (Jo 1, 41). O
grito da esperança ecoou no mundo desde a primeira hora, gerando alegria e
esperança: «Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6).
Tal como os primeiros cristãos e tantos
outros ao longo dos tempos, também nós, hoje, «não podemos deixar de afirmar o
que vimos e ouvimos» (At 4,
20). Lembra-nos o Papa Francisco que esta missão “é, e sempre foi, a identidade
da Igreja: «ela existe para evangelizar» (EN14). Por isso, todos nós, «mesmo os
mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira,
porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com
muitas fragilidades» (CV239).
Em Dia Mundial das Missões “recordamos
com gratidão todas as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o
nosso compromisso batismal de ser apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho.
Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família
para que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de
aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção. Contemplar o seu
testemunho missionário impele-nos a ser corajosos e a pedir, com insistência,
«ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2)”.
Jesus continua a precisar “de corações
que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que
os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos
de compaixão. E esta chamada, fá-la a todos nós, embora não da mesma forma.
Lembremo-nos que existem periferias que estão perto de nós, no centro duma
cidade ou na própria família. Há também um aspeto da abertura universal do amor
que não é geográfico, mas existencial (...) Viver a missão é aventurar-se no
cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a
pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-10-2021.
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