PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 23 de outubro de 2021
Sábado da XXIX semana do tempo comum
LITURGIA
Sábado da semana XXIX
Santa Maria no Sábado – MF
S. João de Capistrano, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Rom 8, 1-11; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
Ev Lc 13, 1-9
* Dia do Ordinariato Castrense.
* Na Ordem Agostiniana – S. Guilherme, eremita e B. João Bom, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. João de
Capistrano, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – B.
Arnoldo Reche, religioso – MF
* Na Diocese de Beja (Beja) – I Vésp. de S. Sisenando.
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – I Vésp. de S. António
Maria Claret.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
16, 6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 8, 1-11
«O Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus
de entre os mortos habita em vós»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Nenhuma condenação existe agora para
aqueles que estão em Cristo Jesus, porque a lei do Espírito, que dá a vida em
Cristo Jesus, me libertou da lei do pecado e da morte. Na verdade, o que era
impossível para a Lei, por causa da fragilidade humana, foi possível para Deus:
Enviando o seu próprio Filho, numa carne semelhante à carne pecadora, como
sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne, para que a
justiça exigida pela Lei fosse plenamente cumprida em nós, que não vivemos segundo
a carne, mas segundo o Espírito. Os que vivem segundo a carne desejam o que é
carnal; os que vivem segundo o Espírito desejam o que é espiritual. Os desejos
da carne conduzem à morte, mas os desejos do Espírito conduzem à vida e à paz.
Na verdade, os desejos da carne são revolta contra Deus, pois eles não se
submetem nem podem submeter-se à lei de Deus. Os que vivem segundo a carne não
podem agradar a Deus. Vós não estais sob o domínio da carne, mas do Espírito,
se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de
Cristo, não Lhe pertence. Se Cristo está em vós, embora o vosso corpo seja
mortal por causa do pecado, o espírito permanece vivo por causa da justiça. E,
se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós,
Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos
vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)
Refrão: Esta é a geração dos que procuram
o Senhor. Repete-se
Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas. Refrão
Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso. Refrão
Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob. Refrão
ALELUIA Ez 33, 11
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor,
mas que se converta e viva. Refrão
EVANGELHO Lc 13, 1-9
«Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele
tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos
galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes:
«Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores
do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos
arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a
torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que
todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos
arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte
parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar
os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro:
‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves
cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’ Mas o
vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu,
entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar
frutos. Se não der, mandarás cortá-la».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.
Ou Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Rom 8, 1-11: Os que estão unidos a Jesus Cristo são habitados pelo
Espírito de Cristo, o Espírito Santo, que lhes comunica a vida nova de Cristo
ressuscitado. Essa vida há-de vencer a própria morte corporal e dará vida aos
nossos corpos mortais, coisa que era impossível à Lei de Moisés, mas que é
agora possível, porque Deus nos enviou o seu Filho numa natureza igual à nossa
natureza pecadora, mas sem pecado. Foi nessa natureza humana que Ele Se
ofereceu até à morte na cruz, e depois ressuscitou e vive agora para sempre.
Lc 13, 1-9: Jesus, aproveitando acontecimentos então recentes, exorta
os seus ouvintes à conversão; e por meio de uma breve parábola, convida-os a
aproveitarem bem o tempo que lhes resta para darem os frutos que o Senhor
espera. Nós ligamos facilmente a ideia de prémio ou de castigo aos
acontecimentos que temos por felizes ou infelizes. É um critério superficial.
Primeiro, porque, felizes ou infelizes, só aos olhos de Deus os acontecimentos
podem ser assim julgados; depois, porque a justiça de Deus não se aplica à
maneira dos homens. Deus é sempre amor, espera sempre a hora da conversão, e só
esta conversão interior liberta o homem de infelicidade.
AGENDA DO DIA:
10.00 horas: Bênção dos capacetes
11.00 horas: Funeral em Amieira
15.00 horas: Missa na Falagueira
16.00 horas: Missa em Monte Claro
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
21.00 horas: Vigília Missionária de oração na Igreja do Espírito
Santo.
PENSAMENTO DO DIA
« Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR:
FRANCISCO CHAMA POR SI... NÓS TAMBÉM!...
É verdade que
não estamos em jejum! Tal como outras Dioceses, também nós fizemos um Sínodo
diocesano e batalhamos com tais dinâmicas. No entanto, apesar de tanto esforço
e trabalho durante alguns anos, se não estamos em jejum, acho que ainda não
merecemos o almoço, muito menos com jantar e/ou ceia. Pastoralmente falando,
muito se experienciou, se propôs e ofereceu para elaborar um manjar melhorado e
mais delicioso, mas todos gostaríamos que a coisa se tivesse enraizado melhor
em prol duma ementa diária, mais capaz, geral e inclusiva, como exigência
cristã e eclesial! Para chegar aí, à mesa de todos, exige-se muito trabalho e
persistência, confiança no Espírito, do qual ninguém tem o monopólio, e
confiança nos outros. Exige-se despojamento de certezas e de preconceitos, distribuição
de tarefas sem centralizar nem manipular, que os órgãos de corresponsabilidade
e participação funcionem, que o entusiasmo e o alegre compromisso se cheguem à
frente, dando as mãos, e os pés também!... Estes ingredientes, porém, não se
importam diretamente da Tailândia, não se dão nem se vendem nos hipermercados
embora estes possam ter “tudo e mais não sei quê”. Adquirem-se com humildade e
dedicação, com verdadeiro sentido de Igreja e treino, muito treino, faça frio
ou calor, sopre o vento ou caia a chuva...
Em abril de
2021, o Papa Francisco deu início a um caminho sinodal em toda a Igreja, e de
forma diferente. Não é sobre um tema como tantos outros, é sobre a identidade
mais profunda da Igreja, a sinodalidade. Se em dois mil anos de história da
Igreja “é a primeira vez que um evento destes é chamado a envolver todo o Povo
de Deus”, não falta quem diga que “este é o evento eclesial mais importante e estratégico depois do
Concílio Vaticano II”.
A primeira fase
deste Processo Sinodal decorre, em cada diocese de todo o mundo católico, até
fins do primeiro trimestre de 2022. Em Roma, a abertura aconteceu no sábado,
dia 9 de outubro de 2021. A fase diocesana inicia-se no Domingo, dia 17 de
outubro. Entre nós acontecerá em Castelo Branco, o programa está divulgado.
Porque não é possível grande aglomeração, esperamos que todos os Sacerdotes,
Diáconos, Ministros Extraordinários da Palavra, Secretariados Diocesanos,
Movimentos Apostólicos, Confrarias e Irmandades, todos os Agentes da pastoral,
falem nos lugares que lhes compete, esclareçam, divulguem, estimulem à
participação e se organizem. Depois desta fase em todas as dioceses do mundo,
elaborar-se-á o primeiro ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se irão
debruçar as sete reuniões continentais: África, Oceânia, Ásia, Médio Oriente,
América Latina, Europa e América do Norte. Cada uma destas sete regiões
elaborará um ‘Documento Final’. A partir destes sete documentos, será produzir
o segundo ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se debruçará a Assembleia
Sinodal de outubro de 2023, no Vaticano.
Com palavras
dos documentos e afirmações do Santo Padre, e doutros, que, por este motivo do
Sínodo nos fizeram chegar às mãos e temos divulgado, recordo que um Sínodo não é um faz de conta, um “parlatório”
ou “um parlamento”. Não é “um jogo de maiorias”, onde, para “alcançar um
consenso ou um acordo comum, se recorre à negociação, a pactos ou a
compromissos”, a maioria parlamentares. Não se trata de “uma espécie de
democratização”, pois a Igreja “é um evento do Espírito Santo, seu verdadeiro
protagonista que harmoniza as diferenças, as reconcilia, converge-as na unidade
que é o próprio Cristo vivo e presente na Igreja”. Não é uma
"convenção" eclesial, uma "conferência de estudos", um
"congresso político". Tampouco é para convencer os que não
pensam como nós, ou para provocar uma série de reuniões e debates insonsos
sobre o que nos é proposto refletir em clima do tem que ser. Também “não é um
exercício mecânico de recolha de dados” para produzir mais documentos ou para
mostrar trabalho. É o “Povo de Deus a caminho, uma sinfonia de diversidades que
convergem na unidade para servir ao mundo”. É um “evento de graça”, um "processo de cura
conduzido pelo Espírito", “um espaço protegido no qual a Igreja
experimenta a ação do Espírito Santo”. E o Espírito Santo “fala através da
língua de todas as pessoas que se deixam guiar pelo Deus que surpreende sempre,
pelo Deus que revela aos pequeninos aquilo que esconde aos sábios e aos
entendidos, pelo Deus que criou a lei e o sábado para o homem e não o
contrário, pelo Deus que deixa as noventa e nove ovelhas para ir procurar a
única ovelha tresmalhada, pelo Deus que é sempre maior do que as nossas lógicas
e cálculos”.
O Sínodo agora
em processo, orienta-se pelos princípios de comunhão, participação e missão, e
concentra-se no tema da sinodalidade em si mesma. A sinodalidade é parte
integrante da Igreja. Deve ser assumida “como forma, como estilo e como
estrutura da Igreja”. Esta forma de estar e participar conduz as pessoas “a
sonhar com a Igreja que somos chamados a ser, a fazer florescer as esperanças
das pessoas, a estimular a confiança, a vendar as feridas, a tecer relações
novas e mais profundas, a aprender uns com os outros, a construir pontes, a
iluminar mentes, a aquecer corações e a dar força de novo às nossas mãos para a
nossa missão comum”.
Neste sentido, a Igreja, que somos todos os batizados,
“caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de
Deus”. Questiona-se “sobre a sua fidelidade ao depósito da fé, que para ela não
representa um museu para visitar ou para salvaguardar, mas é uma fonte viva na
qual a Igreja se dessedenta para matar a sede e iluminar o depósito da vida”. É o Espírito Santo
quem, neste caminho e busca, nos guia, ilumina e faz com que ponhamos diante
dos nossos olhos não os nossos pareceres pessoais por mais importantes que
possam ser, mas “a fé em Deus, a fidelidade ao magistério, o bem da Igreja, a
salvação das almas que é a lei suprema da Igreja”. Por isso, é
preciso escutar “Deus, até ouvir, com Ele, o grito do povo”, é preciso escutar
o “povo, até respirar, nele, a vontade a que Deus nos chama”. Este foi o
caminho que o Povo de Deus sempre percorreu e percorre conjuntamente. Também
Jesus se apresentou entre nós como «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6), e
os cristãos da primeira hora eram chamados «os discípulos do caminho»
(cf. At 9,2).
O
método do Sínodo, segundo Francisco, só pode ser, de facto, um: abrir-se ao
Espírito Santo, com coragem apostólica, com humildade evangélica, com oração
confiante. A coragem apostólica “não se deixa amedrontar diante das
seduções do mundo”, nem sequer “diante do empedernimento de alguns corações”. A humildade evangélica “sabe esvaziar-se das próprias
convicções e preconceitos para ouvir”, sabe que não pode “apontar o dedo contra
os outros para os julgar”, sabe dar-lhes a mão “para os ajudar a levantar-se
sem nunca se sentir superior a eles”. A oração
confiante é a ação do coração que
nos silencia “para ouvir a suave voz de Deus que fala no silêncio. Sem ouvir
Deus, todas as nossas palavras serão unicamente «palavras» que não saciam nem
servem. Sem nos deixarmos guiar pelo Espírito todas as nossas decisões serão
apenas «decorações» que em vez de exaltar o Evangelho o encobrem e
escondem”.
Esta consulta que nos está confiada pelo Santo
Padre, nesta primeira fase destina-se, em toda a Igreja, a cada Diocese e às
pessoas de boa vontade que nela residam, mesmo que se sintam ao lado, mas se
queiram inserir, dizendo o que têm a dizer para saber como é que este “caminho em
conjunto” está a acontecer hoje na nossa Igreja diocesana. E que passos é que o
Espírito Santo nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”.
Caro leitor,
mesmo que tenha de esticar os braços e abrir a boca em jeito de ginástica
preguiçosa, que tantas vezes sabe bem, com o Papa Francisco pedimos-lhe o favor
de tirar as pantufas, saltar do sofá, calçar os sapatos e não ficar à janela a
ver passar a banda. Mas, desafiando outros, vir daí para dar a sua cota parte
de participação, formando um pequeno grupo de reflexão, por exemplo. Caminhando
juntos, é muito mais bonito e proveitoso. Participar, afirma Francisco, é "uma exigência de fé e não de
estilo". Não se trata duma “cosmética eclesial”, para mostrar que somos
"politicamente corretos", capazes de um certo grau de partilha.
Trata-se de uma questão de identidade verdadeiramente eclesial.
Vamos a isso!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-10-2021.
Sem comentários:
Enviar um comentário