PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 25 de outubro de 2021
Segunda-feira da XXX semana do tempo comum
LITURGIA
Segunda-feira
da semana XXX
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Rom 8, 12-17; Sal 67 (68), 2 e 4. 6-7ab. 20-21
Ev Lc 13, 10-17
* Na Diocese de Setúbal – Aniversário da Ordenação episcopal e tomada de posse
de D. José Ornelas Carvalho (2015).
* No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé
– SOLENIDADE; nas outras igrejas do Patriarcado – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – S. João Stone, mártir – MO
* Na Ordem de Cister – S. Bernardo Calbó, bispo – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Jesus Masiá Ferragut e
Companheiras, Mártires Capuchinhas de Valência – MF
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Bb. Bráulio Maria Corres,
presbítero, e Companheiros, mártires – MF
* Na Congregação das Missionárias de S. Carlos (Scalabrinianas) – Aniversário
da fundação da Congregação (1895).
* Na Congregação dos Sagrados Corações – Aniversário da Dedicação da igreja
própria, em todas as igrejas dedicadas da Congregação – SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 8, 12-17
«Recebestes o Espírito de adoção filial,
pelo qual exclamamos: «Abba, Pai».
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos:
Já não somos devedores à carne para vivermos segundo a carne. Se viverdes
segundo a carne, morrereis; mas se pelo Espírito fizerdes morrer as obras da
carne, vivereis. Porque todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são
filhos de Deus. Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no
temor, mas o Espírito de adoção filial, pelo qual exclamamos: «Abba, Pai». O
próprio Espírito Santo dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que
somos filhos de Deus. Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de
Deus e herdeiros com Cristo; Se sofrermos com Ele, também com Ele seremos
glorificados.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 67 (68 ), 2 e 4.6-7ab.20-21 (R.cf.
21a)
Refrão: O Senhor, nosso Deus, vem
salvar-nos. Repete-se
Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante d’Ele os que O odeiam.
Os justos, porém, alegram-se
e exultam na presença de Deus
e transbordam de alegria. Refrão
Pai dos órfãos e defensor das viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade. Refrão
Bendito seja o Senhor, dia após dia:
preocupa-Se connosco o Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor. Refrão
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia. Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade:
consagrai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO Lc 13, 10-17
«Esta filha de Abraão não devia
libertar-se
desse jugo no dia de sábado?»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele
tempo, estava Jesus a ensinar ao sábado numa sinagoga. Apareceu lá uma mulher
com um espírito que a tornava enferma havia dezoito anos; andava curvada e não
podia de modo algum endireitar-se. Ao vê-la, Jesus chamou-a e disse-lhe:
«Mulher, estás livre da tua enfermidade»; e impôs-lhe as mãos. Ela
endireitou-se logo e começou a dar glória a Deus. Mas o chefe da sinagoga,
indignado por Jesus ter feito uma cura ao sábado, tomou a palavra e disse à
multidão: «Há seis dias para trabalhar. Portanto, vinde curar-vos nesses dias e
não no dia de sábado». O Senhor respondeu: «Hipócritas! Não solta cada um de
vós do estábulo o seu boi ou o seu jumento ao sábado, para o levar a beber? E
esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia
libertar-se desse jugo no dia de sábado?». Enquanto Jesus assim falava, todos
os seus adversários ficaram envergonhados e a multidão alegrava-se com todas as
maravilhas que Ele realizava.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.
Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Rom 8, 12-17: O Espírito Santo, que nos é dado, faz de nós filhos
de Deus. Ora, é pelo Espírito que nós vivemos. Devemos, pois, deixar-nos
conduzir por este Espírito, para vivermos como filhos adotivos de Deus; assim
seremos também herdeiros com Cristo, o Filho de Deus.
Lc 13, 10-17: A
lei de Deus é lei de amor, que deve ser entendida com amor e bom senso, e não
uma lei despótica, feita para tolher a liberdade. Há de ser interpretada à luz
do Espírito Santo e não do espírito farisaico. Assim, com uma atitude de
caridade para com uma doente, Jesus ensina como se deve interpretar a lei. Não
basta cumprir a letra, é preciso entender-lhe o espírito. O que os adversários
de Jesus não entendiam, a multidão da gente simples entendia-o e ficava
maravilhada.
AGENDA DO DIA:
17.00 horas: Funeral em
Montalvão
PENSAMENTO DO DIA
« Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR:
O AMOR ESTÁ SEMPRE EM MOVIMENTO
O que eles viram e ouviram não lhes permitia
que se calassem. E quando tiveram de enfrentar uma grande trupe endiabrada que
os queria fazer engolir em seco e proibir de anunciar o que tinham visto e
ouvido, eles ainda o anunciavam com mais coragem e entusiasmo. Importava mais
obedecer a Deus que aos homens (At 5, 29). É verdade que nós, hoje, não vimos,
não ouvimos como eles ouviram e viram. Não somos testemunhas de antemão
escolhidas (At 10, 41-42), mas estamos no número daqueles que acreditam sem
terem visto (Jo 20,29). E acreditamos pelo testemunho dos que viram, ouviram e
conviveram com Jesus (cf. At 4,20). No entanto, pode acontecer que hoje, tal
como no tempo dos profetas, muitos tapem os olhos para não ver e deixem
endurecer o coração para não entenderem nem quererem saber (cf. Is 44, 18). Mas
Jesus continua a dizer-nos: “Vós, porém, sois felizes porque os vossos olhos
veem e os vossos ouvidos ouvem. Eu vos garanto: muito profetas e justos
desejaram ver o que vós vedes e não viram, e ouvir o que vós ouvis e não
ouviram” (Mt 13, 16-17). E São Paulo desafia-nos a que, como discípulos de
Jesus, não nos cansemos de levar a Boa Nova a todos, pois, todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão invocar aquele em quem
não acreditam? E como poderão acreditar nele se nunca dele ouvirem falar? E
como poderão ouvir falar dele se não houver quem lhes vá anunciar? E como se
poderá anunciar se ninguém lhes for enviado? (cf. Rm 10, 13-15). Ao nos
encaminharmos para o fim deste mês dedicado à reflexão sobre a importância de
sermos verdadeiramente missionários, a Sagrada Escritura lembra-nos “como são
belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!”.
A melhor das notícias que podemos
transmitir aos outros é o Evangelho de Jesus Cristo. Essa é a notícia por
excelência! Anunciada com alegria e esperança, com a força e a sabedoria do
Espírito Santo, ela não deixa ninguém indiferente, embora, tal como outrora,
também hoje as atitudes sejam diferentes de pessoa para pessoa. Alguns
contentam-se em apenas vê-lo (Lc 19, 1-28). Outros vão ao templo para ver se o
encontram (Lc 2, 25-32). Outros apertam-se ao seu redor para o ouvir (Lc 5, 1).
Outros alegram-se com todas as maravilhas que Ele realizou e continua a
realizar (Lc 13,17). Outros, julgando-se indignos, apenas ousam tocar-lhe, mas logo
sentem o seu terno acolhimento (Mc 5, 25-34). Outros continuam a perguntar-se
quem é este homem que até perdoa os pecados (Lc 7, 49). Outros, boquiabertos
por até os ventos e as águas lhe obedecerem (Lc 8, 25), maravilhados com a sua
doutrina (Mc 11, 18) e cheios de espanto com tudo o que Ele diz e faz (Lc 4,
36), deixam tudo para o seguir (Lc 5, 11). Outros contemplam-no como um grande
profeta que apareceu entre nós, que é Deus a visitar o seu povo (Lc 7, 16).
Outros louvam a Deus pelo que ouvem e
veem (Lc 5, 26) pelo que experimentam e presenciam (Lc 5, 26). Outros, nem que
seja de noite como Nicodemos (Jo 3, 2), vão ao seu encontro para Lhe perguntar
o que fazer para serem felizes (Mt 19, 16-30). Outros preferem ser mortos a
negar a pessoa de Jesus (At 6, 1-70). Outros saltam de alegria por perceberem
que Ele se oferece para ficar em sua casa (Lc 19, 10). Outros ainda, permanecem
sensíveis ao toque de Jesus a bater à porta pedindo delicadamente licença para
entrar e sentar-se com eles à mesa (Ap 3, 20), sendo à mesa que tantas vezes se
resolvem as situações mais complicadas da vida e se tomam as opções mais
fundamentais...
É certo, também continuará a haver quem diga
que o mundo já se tornou adulto, que Deus é uma hipótese inútil, que Jesus é um
mito, que outros deuses são bem mais dignos de apreço: o poder, o dinheiro
fácil, o luxo e o prazer, o conforto do sofá e dos pés à lareira, o ter e o
mandar, o usar e deitar fora, o explorar, o descartar... O Deus de Jesus Cristo
incomoda, desaconselha a idolatria daqueles deuses, é um desmancha prazeres
para quem assim procede. Por isso, continuam a armar-lhe ciladas para o prender
(Jo 8, 1-11). Suplicam-lhe que se afaste (Mt 8, 34), entregam-no aos inimigos
(Jo 18, 1-3), condenam-no à morte (Jo 19, 1-42).
No entanto, como afirma Francisco na Mensagem
para o Dia Mundial das Missões, “o amor está sempre em movimento e põe-nos em
movimento, para partilhar o anúncio mais belo e promissor: «Encontramos o
Messias» (Jo 1, 41). O
grito da esperança ecoou no mundo desde a primeira hora, gerando alegria e
esperança: «Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6).
Tal como os primeiros cristãos e tantos
outros ao longo dos tempos, também nós, hoje, «não podemos deixar de afirmar o
que vimos e ouvimos» (At 4,
20). Lembra-nos o Papa Francisco que esta missão “é, e sempre foi, a identidade
da Igreja: «ela existe para evangelizar» (EN14). Por isso, todos nós, «mesmo os
mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira,
porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com
muitas fragilidades» (CV239).
Em Dia Mundial das Missões “recordamos
com gratidão todas as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o
nosso compromisso batismal de ser apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho.
Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e
família para que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles
ângulos de aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção. Contemplar
o seu testemunho missionário impele-nos a ser corajosos e a pedir, com
insistência, «ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2)”.
Jesus continua a precisar “de corações
que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que
os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos
de compaixão. E esta chamada, fá-la a todos nós, embora não da mesma forma.
Lembremo-nos que existem periferias que estão perto de nós, no centro duma cidade
ou na própria família. Há também um aspeto da abertura universal do amor que
não é geográfico, mas existencial (...) Viver a missão é aventurar-se no
cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a
pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-10-2021.
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