PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 30 de outubro de 2021
Sábado-feira da XXX semana do tempo comum
LITURGIA
Sábado
da semana XXX
Santa Maria no Sábado –
MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Rom 11, 1-2a. 11-12. 25-29; Sal 93 (94), 12-13a. 14-15. 17-18
Ev Lc 14, 1. 7-11
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Maria Teresa de S. José, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana – Aniversário da Dedicação da igreja própria, em todas
as igrejas dedicadas da Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos (São Domingos – Lisboa) – Aniversário da Dedicação
da igreja do convento – SOLENIDADE
* Na Companhia de Jesus – B. Domingos Collins, religioso – MF
* Na Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias – Nossa
Senhora das Vitórias, Padroeira principal da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. de Jesus Cristo,
Caminho, Verdade e Vida, Mestre e Pastor da Humanidade.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 104,
3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos impares) Rom 11, 1-2a.11-12.25-29
«Se da rejeição dos judeus resultou a reconciliação do mundo,
a sua reintegração será uma ressurreição dos mortos (v. 15)»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Eu pergunto: Teria Deus rejeitado o seu povo? De modo nenhum. Porque eu
também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não
rejeitou o seu povo, que de antemão conheceu. Pergunto ainda: Teria Israel
tropeçado para cair definitivamente? De modo nenhum. Mas da sua queda resultou
a salvação dos gentios, para provocar a emulação de Israel. Se a sua queda se
tornou riqueza para o mundo e o seu declínio riqueza para os gentios, que não
fará a sua participação plena na salvação? Não quero, irmãos, que ignoreis este
mistério, para não pensardes que sois sábios: O endurecimento de uma parte de
Israel durará até que chegue à salvação a plenitude dos gentios. Então todo
Israel será salvo, como diz a Escritura: «De Sião virá o Libertador, que
afastará as iniquidades de Jacob. E esta será a aliança que farei com eles,
quando perdoar os seus pecados». Quanto ao Evangelho, eles são inimigos de Deus
para vossa utilidade; mas quanto à escolha divina, são por Ele amados por causa
dos seus pais. Porque os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 93 (94), 12-13a.14-15.17-18 (R.14a)
Refrão: O Senhor não abandona o seu povo.
Repete-se
Feliz o homem
a quem Vós ensinais, Senhor,
e instruís na vossa lei,
para lhe dar a paz nos dias de angústia. Refrão
O Senhor não rejeita o seu povo
nem abandona a sua herança.
Mas há de julgar com justiça
e hão de segui-la todos os corações retos. Refrão
Se o Senhor não viesse em meu auxílio,
em breve a minha alma habitaria no silêncio.
Quando digo: «Os meus pés vacilam»,
a vossa bondade, Senhor, me sustenta. Refrão
ALELUIA Mt 11, 29ab
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor,
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração. Refrão
EVANGELHO Lc 14, 1.7-11
«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus
para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados
escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores
convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer
que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que
vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois
envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores
convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou,
dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros
convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.
Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de
fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza,
dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da
Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica,
escuta.
- Dirige-te a Deus que te
falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Rom 11, 1-2a.11-12.25-29: A leitura da
epístola aos Romanos, que temos vindo a escutar, leva-nos hoje à presença dos
judeus; eles que foram, desde longa data, os destinatários favorecidos da Palavra
de Deus, eram, no tempo de S. Paulo, como ainda hoje o são, o povo a quem essa
Palavra passa ao lado sem por eles ser acolhida. Para São Paulo, tal atitude da
parte dos judeus foi ocasião de os então pagãos, como nós o éramos, entrarem na
Igreja de Cristo; mas ele espera que a hora dos judeus chegará também, quando a
plenitude dos gentios tiver entrado, pois que os dons de Deus são irrevogáveis.
Lc 14, 1.7-11: Jesus continua a
ensinar os verdadeiros valores da vida. A humildade, o saber colocar-se entre
os outros sem vaidade de si, nem desdém pelos demais, é esse um dos valores e
dos mais fundamentais. Custa tanto a entendê-lo! Mas é o ideal, para o qual
devemos caminhar todos os dias, sem cansaço nem angústia, mas com humildade e
paz.
AGENDA
DO DIA:
11.00 horas: Funeral em Nisa
15.00 horas: Missa no Pé da Serra
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
O
AMOR ESTÁ SEMPRE EM MOVIMENTO
O
que eles viram e ouviram não lhes permitia que se calassem. E quando tiveram de
enfrentar uma grande trupe endiabrada que os queria fazer engolir em seco e
proibir de anunciar o que tinham visto e ouvido, eles ainda o anunciavam com
mais coragem e entusiasmo. Importava mais obedecer a Deus que aos homens (At 5,
29). É verdade que nós, hoje, não vimos, não ouvimos como eles ouviram e viram.
Não somos testemunhas de antemão escolhidas (At 10, 41-42), mas estamos no
número daqueles que acreditam sem terem visto (Jo 20,29). E acreditamos pelo
testemunho dos que viram, ouviram e conviveram com Jesus (cf. At 4,20). No
entanto, pode acontecer que hoje, tal como no tempo dos profetas, muitos tapem
os olhos para não ver e deixem endurecer o coração para não entenderem nem
quererem saber (cf. Is 44, 18). Mas Jesus continua a dizer-nos: “Vós, porém,
sois felizes porque os vossos olhos veem e os vossos ouvidos ouvem. Eu vos
garanto: muito profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram, e
ouvir o que vós ouvis e não ouviram” (Mt 13, 16-17). E São Paulo desafia-nos a
que, como discípulos de Jesus, não nos cansemos de levar a Boa Nova a todos,
pois, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão
invocar aquele em quem não acreditam? E como poderão acreditar nele se nunca
dele ouvirem falar? E como poderão ouvir falar dele se não houver quem lhes vá
anunciar? E como se poderá anunciar se ninguém lhes for enviado? (cf. Rm 10,
13-15). Ao nos encaminharmos para o fim deste mês dedicado à reflexão sobre a
importância de sermos verdadeiramente missionários, a Sagrada Escritura
lembra-nos “como são belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!”.
A
melhor das notícias que podemos transmitir aos outros é o Evangelho de Jesus
Cristo. Essa é a notícia por excelência! Anunciada com alegria e esperança, com
a força e a sabedoria do Espírito Santo, ela não deixa ninguém indiferente,
embora, tal como outrora, também hoje as atitudes sejam diferentes de pessoa
para pessoa. Alguns contentam-se em apenas vê-lo (Lc 19, 1-28). Outros vão ao
templo para ver se o encontram (Lc 2, 25-32). Outros apertam-se ao seu redor
para o ouvir (Lc 5, 1). Outros alegram-se com todas as maravilhas que Ele
realizou e continua a realizar (Lc 13,17). Outros, julgando-se indignos, apenas
ousam tocar-lhe, mas logo sentem o seu terno acolhimento (Mc 5, 25-34). Outros
continuam a perguntar-se quem é este homem que até perdoa os pecados (Lc 7,
49). Outros, boquiabertos por até os ventos e as águas lhe obedecerem (Lc 8,
25), maravilhados com a sua doutrina (Mc 11, 18) e cheios de espanto com tudo o
que Ele diz e faz (Lc 4, 36), deixam tudo para o seguir (Lc 5, 11). Outros
contemplam-no como um grande profeta que apareceu entre nós, que é Deus a
visitar o seu povo (Lc 7, 16). Outros louvam a
Deus pelo que ouvem e veem (Lc 5, 26) pelo que experimentam e presenciam
(Lc 5, 26). Outros, nem que seja de noite como Nicodemos (Jo 3, 2), vão ao seu
encontro para Lhe perguntar o que fazer para serem felizes (Mt 19, 16-30).
Outros preferem ser mortos a negar a pessoa de Jesus (At 6, 1-70). Outros
saltam de alegria por perceberem que Ele se oferece para ficar em sua casa (Lc
19, 10). Outros ainda, permanecem sensíveis ao toque de Jesus a bater à porta
pedindo delicadamente licença para entrar e sentar-se com eles à mesa (Ap 3,
20), sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da
vida e se tomam as opções mais fundamentais...
É
certo, também continuará a haver quem diga que o mundo já se tornou adulto, que
Deus é uma hipótese inútil, que Jesus é um mito, que outros deuses são bem mais
dignos de apreço: o poder, o dinheiro fácil, o luxo e o prazer, o conforto do
sofá e dos pés à lareira, o ter e o mandar, o usar e deitar fora, o explorar, o
descartar... O Deus de Jesus Cristo incomoda, desaconselha a idolatria daqueles
deuses, é um desmancha prazeres para quem assim procede. Por isso, continuam a
armar-lhe ciladas para o prender (Jo 8, 1-11). Suplicam-lhe que se afaste (Mt
8, 34), entregam-no aos inimigos (Jo 18, 1-3), condenam-no à morte (Jo 19,
1-42).
No
entanto, como afirma Francisco na Mensagem para o Dia Mundial das Missões, “o
amor está sempre em movimento e põe-nos em movimento, para partilhar o anúncio
mais belo e promissor: «Encontramos o Messias» (Jo 1, 41). O grito da
esperança ecoou no mundo desde a primeira hora, gerando alegria e esperança:
«Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6).
Tal
como os primeiros cristãos e tantos outros ao longo dos tempos, também nós,
hoje, «não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20).
Lembra-nos o Papa Francisco que esta missão “é, e sempre foi, a identidade da
Igreja: «ela existe para evangelizar» (EN14). Por isso, todos nós, «mesmo os
mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira,
porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com
muitas fragilidades» (CV239).
Em
Dia Mundial das Missões “recordamos com gratidão todas as pessoas, cujo
testemunho de vida nos ajuda a renovar o nosso compromisso batismal de ser
apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho. Lembramos especialmente aqueles
que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho
pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de aldeias e cidades onde
tantas vidas estão sedentas de bênção. Contemplar o seu testemunho missionário
impele-nos a ser corajosos e a pedir, com insistência, «ao dono da messe que
mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2)”.
Jesus
continua a precisar “de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira
história de amor, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se
mensageiros e instrumentos de compaixão. E esta chamada, fá-la a todos nós,
embora não da mesma forma. Lembremo-nos que existem periferias que estão perto
de nós, no centro duma cidade ou na própria família. Há também um aspeto da
abertura universal do amor que não é geográfico, mas existencial (...) Viver a
missão é aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com
Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-10-2021.
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